Você está na página 1de 1

LO G I N SIGN UP

Filosofia um projeto de vida

Juliana Oliveira

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - UFSJ

A FILOSOFIA, UM PROJETO DE VIDA ?

Bolsista: Juliana Oliveira do Nascimento


Curso: Filosofia – Licenciatura
Período: 1º período
N º de matrícula: 140400077
Professor: Luiz Paulo Rouanet
Departamento: DFIME

São João del-Rei, maio de 2014.

A Filosofia como projeto de vida

Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de
problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores
morais e estéticos, à mente e à linguagem. Um filósofo busca o conhecimento de si mesmo, e
é movido pela curiosidade, pela constante dúvida e pelos fundamentos da realidade. A
filosofia é a ciência pelas causas primeiras, para resolver o problema da vida.
A filosofia é a base e essência de todos os conhecimentos, pois, sem ela, o homem aceitaria as
perguntas e respostas da vida sem questioná-las e, se não o fizesse, certamente não
desenvolveria seu senso crítico, sua capacidade de argumentar e sua visão de mundo. Ele se
tornaria alguém incapaz de pensar por si próprio, se tornaria um submisso do pensamento
alheio, e aceitaria os fatos que se dão no dia a dia de forma subordinada e alienada. Alguém
que estuda Filosofia, se torna antes de tudo, um pensador e, segundo Nietzsche, um pensador
é alguém que é capaz de transformar as idéias de forma que elas se tornem mais simples do
que realmente são. Logo, um filósofo é alguém que consegue transmitir suas idéias de
maneira clara, até mesmo para aqueles que não possuem grandes conhecimentos com relação
ao assunto que será abordado. E ainda que este, não seja originalmente de fácil compreensão.
Ao contrário do que alguns pensam, ser um filósofo não é uma tarefa tão simples. É
necessário sempre estar buscando novas respostas, ou ainda novas perguntas, buscando assim
seu aprimoramento intelectual. Abaixo, uma citação do filósofo alemão Nietzsche que
caracteriza o “parto” ao qual os filósofos são submetidos com relaç ão aos seus pensamentos:

“Para nós, filósofos, não nos é dada a liberdade de separar a alma e o corpo, como
faz o povo. Temos de parir constantemente nossos pensamentos na nossa dor e dar-
lhes todo nosso sangue, paixão, alegria e fatalidade que existe em nós.” ( Friedrich
Nietzsche, A Gaia Ciência, 1882. Editora Hemus ) .

No ensino médio, temos a unidade curricular Filosofia. E desde então, somos apresentados a
um mundo onde questionar não só é importante, como fundamental e indispensável para
nosso crescimento e amadurecimento acadêmico, cultural e mental. Meu primeiro contato
acadêmico com a Filosofia, se deu no primeiro ano do ensino médio. Admito que sempre
nutri uma certa “simpatia” pela mesma, pois sempre fora minha matéria preferida durante o
ensino médio. Na época em que decidi cursar Filosofia, contei com o apoio de alguns
familiares, que assim como eu, acreditam na extrema importância de filósofos nos dias atuais.
Em contra partida, no entanto, fui desanimada por alguns outros amigos e familiares, pois
segundo eles: A Filosofia não me daria um bom emprego, e eu não conseguirá ganhar
dinheiro para me manter com esse curso. Apesar de todo esse preconceito, continuei com meu
desejo de cursar Filosofia, e continuei acreditando que sim, a Filosofia é importante. E que
desde que eu fizesse algo que me realizasse como pessoa, não me importava se eu iria ganhar

muito, ou pouco dinheiro. Assim como Nietzsche, ( 1883/1885 ) penso que o que realmente
importa é aquilo que me faça feliz.
Acredito que se não houvesse a Filosofia, seria impossível haver outros cursos, pois, a mesma
é a base para qualquer outro. Esse preconceito que existe com relação ao curso, é um grande
ato de ignorância, uma vez que uma pessoa que tem uma capacidade maior de pensar entende
a importância de filósofos nos dias atuais. No entanto, é compreensível esse preconceito.
Temos preconceito de tudo aquilo que não conhecemos, e muitas pessoas ignoram a Filosofia
exatamente por ela se dar pelo ato de questionar, tendo em vista nossa falsa democracia, que
dá o domínio nas mãos de poucos que determinam a linha de vida política, econômica e
social. Logo, o ato de questionar é algo “perigoso” diante do que vivemos politicamente. Com
relação a isso, podemos fazer uso das sábias palavras de Platão:

O que é a caverna? O mundo das aparências em que vivemos. Que são as sombras
projetadas no fundo? As coisas que percebemos. Que são os grilhões e as correntes?
Nossos preconceitos e opiniões, nossa crença de que o que estamos percebendo é a
realidade. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a
luz do Sol? A luz da verdade. O que é o mundo iluminado pelo sol da verdade? A
realidade. Qual o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele
deseja libertar os outros prisioneiros? A Filosofia. ( O MITO DA CAVERNA .
Livro VII – Platão. REPÚBLICA. Adaptação de Marcelo Perine. Scipione, 2001.
PP. 83 – 93.)

Escolhi Filosofia porque acho fundamental o ato de questionar os acontecimentos da vida


diária. Acontecimentos esses, que muitas vezes passam despercebidos aos olhos de algumas
pessoas. Penso que quando questionamos, deixamos de ser estereótipos, ou fantoches
manipulados e em contra partida, nos tornamos donos do nossos próprios pensamentos. Ao
estudar Filosofia, adquirimos uma habilidade de argumentação notavelmente maior. Nós
passamos a ver além do contexto que nos é dado, e conseguimos ver o acontecimento como
um todo.
Creio que é um pouco cedo para ter conclusões com relação ao curso, no entanto, tenho tido
uma experiência muito satisfatória. Tanto com relação ao conteúdo ministrado, quanto aos
professores. Me faltam adjetivos para dar ao curso. Posso estar me precipitando com relação
ao resto do período acadêmico, porém, o pouco que já pude presenciar é o bastante pra
concluir que minha relação com a Filosofia está se consolidando a cada dia mais. Espero que
o curso continue contando com o entusiasmo dos primeiros dias, com o objetivo, e a vontade
de sempre aprender mais. Pois, devemos usar de exemplo Platão ( séc. IV a.C ) e estarmos
cientes de que por mais que saibamos muitas coisas, não sabemos nada diante de tudo que há
para aprendermos ao longo da nossa caminhada acadêmica e até pessoal.

Bibliografia:

Find new research papers in:

Physics

Chemistry

Biology

Health Sciences

Ecology

Earth Sciences

Cognitive Science

Mathematics

Computer Science

D O W N LO A D F I L E

Você também pode gostar