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Juliana Oliveira
Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de
problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores
morais e estéticos, à mente e à linguagem. Um filósofo busca o conhecimento de si mesmo, e
é movido pela curiosidade, pela constante dúvida e pelos fundamentos da realidade. A
filosofia é a ciência pelas causas primeiras, para resolver o problema da vida.
A filosofia é a base e essência de todos os conhecimentos, pois, sem ela, o homem aceitaria as
perguntas e respostas da vida sem questioná-las e, se não o fizesse, certamente não
desenvolveria seu senso crítico, sua capacidade de argumentar e sua visão de mundo. Ele se
tornaria alguém incapaz de pensar por si próprio, se tornaria um submisso do pensamento
alheio, e aceitaria os fatos que se dão no dia a dia de forma subordinada e alienada. Alguém
que estuda Filosofia, se torna antes de tudo, um pensador e, segundo Nietzsche, um pensador
é alguém que é capaz de transformar as idéias de forma que elas se tornem mais simples do
que realmente são. Logo, um filósofo é alguém que consegue transmitir suas idéias de
maneira clara, até mesmo para aqueles que não possuem grandes conhecimentos com relação
ao assunto que será abordado. E ainda que este, não seja originalmente de fácil compreensão.
Ao contrário do que alguns pensam, ser um filósofo não é uma tarefa tão simples. É
necessário sempre estar buscando novas respostas, ou ainda novas perguntas, buscando assim
seu aprimoramento intelectual. Abaixo, uma citação do filósofo alemão Nietzsche que
caracteriza o “parto” ao qual os filósofos são submetidos com relaç ão aos seus pensamentos:
“Para nós, filósofos, não nos é dada a liberdade de separar a alma e o corpo, como
faz o povo. Temos de parir constantemente nossos pensamentos na nossa dor e dar-
lhes todo nosso sangue, paixão, alegria e fatalidade que existe em nós.” ( Friedrich
Nietzsche, A Gaia Ciência, 1882. Editora Hemus ) .
No ensino médio, temos a unidade curricular Filosofia. E desde então, somos apresentados a
um mundo onde questionar não só é importante, como fundamental e indispensável para
nosso crescimento e amadurecimento acadêmico, cultural e mental. Meu primeiro contato
acadêmico com a Filosofia, se deu no primeiro ano do ensino médio. Admito que sempre
nutri uma certa “simpatia” pela mesma, pois sempre fora minha matéria preferida durante o
ensino médio. Na época em que decidi cursar Filosofia, contei com o apoio de alguns
familiares, que assim como eu, acreditam na extrema importância de filósofos nos dias atuais.
Em contra partida, no entanto, fui desanimada por alguns outros amigos e familiares, pois
segundo eles: A Filosofia não me daria um bom emprego, e eu não conseguirá ganhar
dinheiro para me manter com esse curso. Apesar de todo esse preconceito, continuei com meu
desejo de cursar Filosofia, e continuei acreditando que sim, a Filosofia é importante. E que
desde que eu fizesse algo que me realizasse como pessoa, não me importava se eu iria ganhar
muito, ou pouco dinheiro. Assim como Nietzsche, ( 1883/1885 ) penso que o que realmente
importa é aquilo que me faça feliz.
Acredito que se não houvesse a Filosofia, seria impossível haver outros cursos, pois, a mesma
é a base para qualquer outro. Esse preconceito que existe com relação ao curso, é um grande
ato de ignorância, uma vez que uma pessoa que tem uma capacidade maior de pensar entende
a importância de filósofos nos dias atuais. No entanto, é compreensível esse preconceito.
Temos preconceito de tudo aquilo que não conhecemos, e muitas pessoas ignoram a Filosofia
exatamente por ela se dar pelo ato de questionar, tendo em vista nossa falsa democracia, que
dá o domínio nas mãos de poucos que determinam a linha de vida política, econômica e
social. Logo, o ato de questionar é algo “perigoso” diante do que vivemos politicamente. Com
relação a isso, podemos fazer uso das sábias palavras de Platão:
O que é a caverna? O mundo das aparências em que vivemos. Que são as sombras
projetadas no fundo? As coisas que percebemos. Que são os grilhões e as correntes?
Nossos preconceitos e opiniões, nossa crença de que o que estamos percebendo é a
realidade. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a
luz do Sol? A luz da verdade. O que é o mundo iluminado pelo sol da verdade? A
realidade. Qual o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele
deseja libertar os outros prisioneiros? A Filosofia. ( O MITO DA CAVERNA .
Livro VII – Platão. REPÚBLICA. Adaptação de Marcelo Perine. Scipione, 2001.
PP. 83 – 93.)
Bibliografia:
Physics
Chemistry
Biology
Health Sciences
Ecology
Earth Sciences
Cognitive Science
Mathematics
Computer Science
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