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1) Identifiquem no gráfico os dados obtidos num ensaio de tração (tensão

de escoamento, máxima e ruptura) e as regiões de deformação


(homogênea e heterogênea).
Elasticidade Inicial: O material é submetido a uma carga crescente, medindo-
se a tensão inicial e a deformação elástica (que é reversível). A deformação é
homogênea.
Tensão de Escoamento: O material começa a deformação plástica, e a
tensão de escoamento é registrada. A deformação pode ser homogênea ou
heterogênea.
Tensão Máxima: A tensão continua a aumentar até atingir a máxima. A
deformação plástica prossegue, com possível homogeneidade ou
heterogeneidade.
Ruptura: O material atinge a tensão de ruptura, levando à falha completa. A
deformação é geralmente heterogênea, com concentração de tensão e
estricção.
Deformação Homogênea: Ocorre de maneira uniforme em todo o material,
sem concentração de tensão. Comum em materiais muito dúcteis.
Deformação Heterogênea: A deformação não é uniforme e pode ocorrer
localmente, muitas vezes devido a imperfeições ou concentrações de tensão.
Mais comum em materiais menos dúcteis. Compreender essas regiões é
importante para a análise do comportamento do material.

2) A deformação convencional é dada por e=(l1-l0)/l0 , a deformação


verdadeira e logarítmica é dada por ε=ln(l1/l0). Faça a dedução da relação
da deformação logarítmica em função da deformação convencional
(ε=ln(e+1)).
Deformação Convencional:
e = (l1 - l0) / l0
Deformação Logarítmica (Verdadeira):
ε = ln(l1 / l0)
Agora, nosso objetivo é expressar a deformação logarítmica (ε) em termos da
deformação convencional (e). Podemos fazer isso usando propriedades dos
logaritmos naturais. Primeiro, vamos considerar a deformação convencional:
e = (l1 - l0) / l0
Agora, adicionamos 1 ao numerador e ao denominador de e:
e = [(l1 - l0) + l0] / l0
e = (l1) / l0 - 1 + 1
Agora, note que (l1 / l0) é igual a (1 + ε) porque ε é a deformação logarítmica.
Portanto, podemos substituir:
e = (1 + ε) - 1 + 1
e=1+ε-1+1
e=ε+1
Agora, temos a deformação convencional (e) expressa em termos da
deformação logarítmica (ε):
e=ε+1
Para obter a relação inversa, ou seja, expressar ε em termos de e:
ε=e–1
Portanto, a relação entre a deformação logarítmica (ε) e a deformação
convencional (e) é ε = e - 1, que é equivalente a ε = ln(e + 1).

3) Sobre os modelos aplicados aos métodos de cálculo de esforços de


conformação. Quais as hipóteses que se assumem sobre o material a
conformar?
Elasticidade: O material é considerado elástico, ou seja, ele é capaz de retornar
à sua forma original após a deformação, desde que não seja ultrapassado o
limite de elasticidade.
Isotropia: Presume-se que o material seja isotrópico, o que significa que suas
propriedades mecânicas são uniformes em todas as direções.
Homogeneidade: O material é considerado homogêneo, implicando que suas
propriedades mecânicas são consistentes em toda a sua extensão.
Comportamento Linear: Geralmente, assume-se um comportamento linear
para o material, o que significa que a relação entre tensão e deformação é linear
dentro do limite de elasticidade.
Incompressibilidade: Em algumas situações, assume-se que o material é
incompressível, o que implica que sua densidade permanece constante durante
a deformação.
Comportamento Plano de Tensão: Em certos casos, presume-se que o
material se comporte como um material de comportamento plano de tensão, o
que significa que as tensões atuam predominantemente em um plano específico,
com desconsideração das tensões fora desse plano.

4) Sobre os modelos aplicados aos métodos de cálculo de esforços de


conformação. Quais as hipóteses que se assumem sobre as ferramentas
e sobre o processo?
Sobre as Ferramentas:
Geometria Simples das Ferramentas: Assume-se que a geometria das
ferramentas, como matrizes, estampos e punções, é simples e bem definida.
Isso facilita os cálculos e simplifica a modelagem.
Superfícies de Contato Livres de Atrito: Muitas vezes, assume-se que não
há atrito significativo nas superfícies de contato entre as ferramentas e o
material a ser conformado. Isso simplifica o cálculo dos esforços e evita
considerações complexas de atrito.
Ferramentas Rígidas: As ferramentas são frequentemente consideradas como
sendo rígidas, ou seja, não deformam durante o processo de conformação.
Isso permite concentrar-se na deformação do material a ser conformado.
Sobre o Processo:
Processo Estacionário: Assume-se que o processo é estacionário, o que
significa que as velocidades e deformações mudam de forma contínua e não
abrupta ao longo do tempo. Essa suposição ajuda na simplificação das
equações de movimento.
Deformação Plana: Similar à hipótese sobre o material, em
alguns casos, assume-se que a deformação ocorre principalmente em um
plano ou é axissimétrica em torno de um eixo central. Isso simplifica os
cálculos.
Processo Adiabático: Dependendo do processo, pode-se assumir que ele
ocorre isotermicamente (a temperatura permanece constante) ou
adiabaticamente (sem troca significativa de calor com o ambiente). Isso afeta a
modelagem das propriedades termomecânicas do material.
Processo de uma Etapa ou de Múltiplas Etapas: Modelos podem considerar
o processo como uma única etapa ou como uma sequência de etapas
consecutivas, dependendo da complexidade do processo real.

5) Qual a importância do ponto 0 CC’ mostrada na figura?


O ponto 0 CC' na laminação representa a espessura inicial do material antes do
processo. Sua importância reside em controlar a espessura, ajustar parâmetros,
garantir qualidade, economizar material, gerenciar tensões residuais e calcular
a taxa de redução.
6) Faça a dedução das seguintes equações:
Comprimento de arco de contato
l= √R.∆h
l=R*θ
|\
|\
| \
| \ Δh
| \
|___\
R
tg(α) = (Δh) / (2R)
Aqui, α é o ângulo no centro do rolo. Agora, podemos encontrar θ em termos
de Δh:
θ=2*α
Agora, podemos substituir θ na fórmula do comprimento do arco:
l = R * 2α
l = 2R * α
Agora, podemos substituir a expressão para α em termos de Δh:
l = 2R * (tg^(-1)(Δh / (2R)))
l = 2R * tg^(-1)(Δh / (2R))
Agora, podemos simplificar a expressão e obter a equação desejada:
l = 2R * tg^(-1)(Δh / (2R))
l = 2R * tg^(-1)(Δh / (2R))
l = 2R * tg^(-1)(Δh / (2R))
l = 2R * tg^(-1)(Δh / (2R))
l = √(4R2 * (Δh / (2R))2)
l = √(4R2 * (Δh / 2R)2)
l = √(4R2 * (Δh)2 / (4R2))
l = √(Δh2)
l = Δh

Condição de laminação
μ = tgα
cosα = 1- (h0-h1)/2R
cos2(α) = 1 - tg2(α)
cos2(α) = 1 - [(Δh) / (2R)]2
cos(α) = √[1 - [(Δh) / (2R)]2]
cos(α) = √[1 - Δh2 / (4R2)]
cos(α) = √[(4R2 - Δh2) / (4R2)]
cos(α) = √(4R2 - Δh2) / (2R)
cos(α) = (2R - Δh) / (2R)
cos(α) = 1 - (Δh / 2R)

Cálculo da máxima redução possível


∆hmax = μ2R
μ = tg(α) μ = (Δh) / (2R)
μ2 = ((Δh) / (2R))2
μ2 = (Δh2) / (4R2)
4R2 * μ2 = Δh2
∆h2 = 4R2 * μ2
∆hmax = 2R * μ

7) Quais os tipos de laminadores?


Laminadores de Chapas a Quente: Usados para reduzir a espessura de placas
e tiras metálicas a altas temperaturas, tornando-as mais maleáveis.
Laminadores de Chapas a Frio: Projetados para reduzir a espessura de
materiais metálicos a temperaturas ambiente ou ligeiramente elevadas,
resultando em acabamento de superfície e tolerâncias dimensionais precisas.
Laminadores de Tiras a Quente: Especializados em laminar tiras finas de metal
a altas temperaturas, frequentemente usadas na fabricação de produtos
laminados a frio.
Laminadores de Tiras a Frio: Usados para produzir tiras finas de metal com
precisão dimensional, acabamento superficial de alta qualidade e propriedades
mecânicas controladas.
Laminadores de Barras: Utilizados para laminar barras de metal em diferentes
formas e tamanhos, comumente encontrados em indústrias de construção e
automotiva.
Laminadores de Perfis: Projetados para produzir perfis metálicos complexos,
como vigas e trilhos, com seções transversais específicas.
Laminadores de Fios: Usados para reduzir o diâmetro de fios metálicos,
resultando em fios de menor diâmetro e maior comprimento.
Laminadores de Tubos: Especializados na fabricação de tubos metálicos com
diferentes diâmetros e espessuras, frequentemente utilizados em aplicações
industriais e de construção.
Laminadores de Folhas de Alumínio: Projetados para produzir folhas de
alumínio de alta qualidade para uso em embalagens, construção e indústrias
automotivas.

8) Que tipos de laminadores são utilizados na laminação a frio e qual a


característica (frágil ou dúctil) do tipo de material utilizado no laminador?
Esses materiais (metálicos, como aço, alumínio e outros) são geralmente
ductéis, o que significa que são maleáveis e podem ser deformados a frio, ou
seja, em temperaturas ambiente, sem quebrar. A ductilidade é uma característica
fundamental, pois permite a conformação precisa dos materiais durante o
processo de laminação a frio, sem a necessidade de aquecimento prévio.
Laminadores de Tiras a Frio: Utilizados para laminar tiras metálicas, como aço
carbono, aço inoxidável e ligas de alumínio. Esses materiais são geralmente
ductis o suficiente para serem conformados a frio sem problemas significativos
de quebra.
Laminadores de Chapas a Frio: Projetados para laminar chapas metálicas
mais espessas, frequentemente feitas de aço carbono ou aço inoxidável. Esses
materiais são geralmente ductis, mas a espessura das chapas pode exigir forças
substanciais durante o processo.
Laminadores de Perfis a Frio: Utilizados para a produção de perfis metálicos,
como vigas e trilhos, que podem ser feitos de aço carbono ou ligas de aço. Esses
materiais são normalmente ductis e podem ser conformados a frio para criar as
formas desejadas.
Laminadores de Folhas de Alumínio a Frio: Projetados para laminar folhas de
alumínio, que são altamente ductis e podem ser facilmente conformadas a frio.
O alumínio é conhecido por sua excelente ductilidade em temperaturas
ambiente.
9) Que tipos de laminadores são utilizados na laminação a quente e qual a
característica (frágil ou dúctil) do tipo de material utilizado no laminador?
Em laminadores a quente, os materiais utilizados geralmente possuem
características mais rígidas a temperatura ambiente. Isso significa que são
menos maleáveis em comparação com materiais usados em laminadores a frio.
No entanto, eles ainda podem ser conformados plasticamente a altas
temperaturas durante o processo de laminação a quente. Essa rigidez é
importante para manter a integridade dimensional dos produtos laminados
enquanto são moldados sob altas temperaturas e pressões. Exemplos comuns
de materiais incluem aço carbono, aço inoxidável, ligas de aço e ligas de
alumínio, selecionados por sua combinação de rigidez e capacidade de
deformação plástica a quente.
Laminadores de Tiras a Quente: Projetados para laminar tiras metálicas, como
aço carbono, aço inoxidável e ligas de alumínio, a altas temperaturas. Eles são
usados na produção de tiras de metal para uma variedade de aplicações.
Laminadores de Chapas a Quente: Utilizados para laminar chapas metálicas
mais espessas, frequentemente feitas de aço carbono. Essas chapas são
usadas em indústrias como a construção e a fabricação de estruturas metálicas.
Laminadores de Perfis a Quente: Projetados para produzir perfis metálicos
complexos, como vigas e trilhos, feitos de aço carbono ou ligas de aço. Eles são
amplamente utilizados na indústria da construção.
Laminadores de Tubos a Quente: Usados para a fabricação de tubos
metálicos, frequentemente feitos de aço carbono ou ligas de aço. Esses tubos
são empregados em aplicações industriais, como a construção de estruturas e
oleodutos.
Laminadores de Fios e Barras a Quente: Projetados para produzir fios e barras
metálicas de diferentes diâmetros e comprimentos. Esses produtos são
amplamente utilizados em indústrias como a construção e a fabricação de peças
automotivas.

10) Quais os tipos e as características dos produtos semi-acabados?


Os produtos semi-acabados são materiais que passaram por algum processo de
fabricação, mas ainda não estão em sua forma final. Suas características
incluem uma forma intermediária, tolerâncias dimensionais definidas, superfície
com marcas de processamento, propriedades mecânicas intermediárias,
possibilidade de tratamento térmico adicional, limpeza e identificação, peso e
comprimento variáveis, e armazenamento temporário. Esses produtos aguardam
etapas adicionais de processamento para atingir as especificações desejadas.
Barras e Perfis: Barras de metal, como barras de aço, cobre ou alumínio, e
perfis metálicos que têm uma forma intermediária entre o material bruto e o
produto final. Eles podem ser usados na fabricação de peças, estruturas ou
componentes.
Chapas e Bobinas: Chapas metálicas com espessura intermediária que podem
ser cortadas e moldadas para criar produtos finais, como peças estampadas ou
componentes de máquinas. As bobinas de metal também se enquadram nessa
categoria.
Tubos e Tubulações: Tubos metálicos e tubulações que passaram por
processos iniciais de fabricação, mas ainda não estão prontos para uso. Eles
podem ser cortados e montados posteriormente.
Fios e Barras de Metal: Fios e barras metálicas que podem ser usados para
fabricar uma variedade de produtos, desde peças pequenas até componentes
maiores.
Pré-formas de Plástico: Produtos de plástico moldados por injeção ou extrusão
que servem como precursores para produtos finais, como peças de automóveis,
produtos eletrônicos ou utensílios domésticos.
Peças Forjadas em Branco: Peças metálicas forjadas em branco que possuem
a forma básica, mas ainda precisam ser usinadas e acabadas para se tornarem
componentes finais.
Materiais Semiacabados para Alimentos: Ingredientes alimentares
processados parcialmente, como massas, bases de pizza ou misturas de
panificação, que requerem preparação adicional antes de serem consumidos.
Materiais em Bloco para Construção: Blocos de concreto ou tijolos que
passaram por processo de fabricação inicial, mas ainda precisam ser instalados
e finalizados em projetos de construção.
Materiais em Rolo para Fabricação de Papel: Bobinas de papel ou cartão que
são usadas em processos de impressão ou conversão, mas ainda não foram
cortadas em folhas finais ou embalagens.
Peças Usinadas em Bruto: Peças metálicas que foram usinadas parcialmente,
mas requerem mais trabalho de usinagem para atingir dimensões e tolerâncias
precisas.

11) Quais os tipos e as características dos produtos laminados planos?


Suas principais características incluem superfície lisa, dimensões precisas,
variedade de espessuras, diversidade de materiais, resistência mecânica
controlada, largura variável, aplicação diversificada em várias indústrias,
possibilidade de tratamentos superficiais, conformidade com padrões e
especificações da indústria e versatilidade para atender a uma ampla gama de
requisitos de projeto e aplicação.
Chapas de Aço: Chapas laminadas planas de aço carbono ou aço inoxidável
usadas em construção, fabricação de máquinas, indústria automotiva e mais.
Bobinas de Aço: Bobinas laminadas planas de aço usadas para fabricar uma
variedade de produtos, desde componentes automotivos até eletrodomésticos.
Chapas de Alumínio: Chapas planas de alumínio laminadas para aplicações
que exigem leveza, como aviação e indústria aeroespacial.
Folhas de Cobre: Folhas de cobre laminadas planas utilizadas em eletrônica,
sistemas de resfriamento e aplicações elétricas.
Folhas de Plástico: Folhas planas de plástico laminadas para diversas
aplicações, como fabricação de embalagens, produtos de consumo e
construção.
Tiras de Aço: Tiras laminadas planas de aço usadas em produtos finais
estreitos, como tiras de metal para vedação.
Chapas de Vidro: Chapas de vidro laminadas planas para uso em janelas,
portas, fachadas e aplicações arquitetônicas.
Folhas de Papel: Folhas planas de papel laminado para impressão, embalagem
e conversão em produtos finais, como caixas e embalagens.
Chapas de Aço Inoxidável: Chapas laminadas planas de aço inoxidável usadas
em indústrias alimentícias, farmacêuticas, químicas e construção naval.
Chapas de Bronze: Chapas planas de bronze laminadas para aplicações de
usinagem e produtos decorativos.
Folhas de Alumínio: Folhas planas de alumínio laminadas para uso em
embalagens, utensílios domésticos e construção.
Chapas de Titânio: Chapas laminadas planas de titânio usadas em aplicações
aeroespaciais, médicas e industriais.

12) Quais os defeitos nos produtos volumétricos?


Porosidade: Pequenas cavidades internas que afetam a densidade do material.
Inclusões: Partículas estranhas incorporadas no material.
Fissuras: Rachaduras internas que comprometem a integridade do produto.
Variações Dimensionais: Desvios nas dimensões do produto em relação às
especificações.
Ondulação: Superfície irregular ou enrugada.
Deformação: Mudança na forma ou geometria do produto.
Desalinhamento: Desvio da geometria planejada.

13) Quais os defeitos nos produtos planos?


Ondulação: Irregularidades na superfície que causam deformação ou rugosidade.
Dobras: Zonas onde o material é dobrado ou enrugado.
Empenamento: Deformação que faz o material curvar ou torcer.
Escamas: Descamação da superfície devido a problemas de laminação.
Riscos: Marcas ou arranhões na superfície.
Manchas: Descoloração ou irregularidades na cor.
Inclusões: Partículas estranhas incorporadas no material.
Variações Dimensionais: Desvios nas dimensões em relação às
especificações.

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