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DOSSIÊ DO PROFESSOR págin@s 11

TESTES DE AVALIAÇÃO

PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO desejo de evasão, o sujeito evoca o passado glorioso das


descobertas marítimas (“crónicas navais”) ou transfigura o
real através da imaginação (“Levando à via-férrea os que
TESTE DE AVALIAÇÃO 6 se vão. Felizes!”). O espaço social também é analisado,
valorizando as classes trabalhadoras e denunciando
PÁG. 28 situações de degradação social, como no caso da
referência ao “velho professor de latim”.
Grupo I
Em suma, o sujeito poético em “O Sentimento dum
A. Ocidental” descreve uma cidade noturna e depressiva,
1. Na sua deambulação por Lisboa, o sujeito observa e salientando o seu desejo de evasão. (150 palavras)
reflete sobre uma cidade noturna, deprimente e vulgar. Grupo II
Na realidade, o “eu” observador percorre becos, ruas,
1. (B)
locais de culto, de comércio e de habitação, mas todos
dominados pela escuridão (“Aos lampiões”), pela clausura 2. (D)
(“O aljube”) e doença (“corpos enfezados”). É evidente 3. (D)
que o sujeito apresenta uma visão subjetiva do ambiente 4. (A)
citadino que coincide com o efeito a cidade no seu estado
5. (C)
de espírito.
Concluindo, a expressão “Triste cidade!” sintetiza a sua 6. “a minha composição”
visão do ambiente que o rodeia. 7. “onde trabalhava o meu pai” é uma oração subordinada
2. Lisboa é perspetivada, neste excerto do poema, como adjetiva relativa restritiva.
uma cidade pouco movimentada e abafada, pela entrada Grupo III
progressiva da noite. Sugestão de tópicos a desenvolver
Esta Lisboa tem um efeito negativo no “eu” como
• A IA irá ter no futuro um papel decisivo.
demonstram a segunda e sétima estrofes e os primeiros
versos da nona estrofe, provocando-lhe um desejo de • As relações interpessoais poderão beneficiar, uma vez
evasão. que o ser humano estará mais liberto de tarefas que
Para concluir, este observador acidental, que fixa podem ser realizadas por robôs.
pequenos episódios, transfigura o real através de imagens • Com o desenvolvimento da tecnologia, o ser humano
de doença e sentimentos pessimistas que o ambiente lhe pode tornar-se cada vez mais dependente das redes
provoca. sociais, privilegiando relações a distância.
3. A cidade de Lisboa é descrita como um espaço depressivo •…
e melancólico que provoca no “eu” sentimentos negativos.
Porém, a sexta estrofe apresenta uma nota discordante,
ao evocar Luís de Camões, símbolo do período mais
glorioso de Portugal. Este momento configura o imaginário
épico do poema, recordando a viagem marítima, num
misto de expansão e modernidade.
Na verdade, a estátua de Camões perdida, “num recinto
público e vulgar” destoa num ambiente de decadência
descrito pelo sujeito poético.
Em suma, esta figura evidencia a grandiosidade do
passado e a vulgaridade do presente.
4. Ao longo da sua deambulação por Lisboa ao início da
noite, o sujeito refere-se a vários tipos sociais e observa
outros.
Estas referências estão muito marcadas pela crítica e
denúncia de desigualdades sociais que têm como alvos o
aparelho jurídico, a repressão religiosa e política, o mundo
artificial e a degradação da vida social e moral. Assim, são
referidas as “velhinhas e crianças”, os “soldados”,
“patrulhas de cavalaria”, e “costureiras” e “floristas” que
são, à noite, “comparsas” ou “coristas”.
Em suma, o sujeito apresenta uma visão crítica dos vários
tipos sociais que nomeia e que constituem um ambiente
citadino marginal.
B
5. Cesário Verde, no poema “O Sentimento dum Ocidental”,
deambula pela cidade de Lisboa, ao fim da tarde.
Na verdade, o olhar do sujeito poético regista o bulício da
cidade mercantil e os diferentes tipos sociais que se
cruzam apressadamente, na hora de ponta. À medida que
escurece, em vários momentos da sua observação, o “eu”
caracteriza a cidade como um espaço desagradável e
melancólico com o qual não se identifica. Assim, no seu
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