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ARTIGOS - OPINIÃO 12/06/2020

Por Paulo Ferreira: P


​ RECONCEITO RACIAL NO BRASIL

Paulo Ferreira é graduado em Geografia pela UFC, professor da rede municipal de


educação de Fortaleza, trabalha na Escola João Mendes de Andrade.
pauloufcgeo@gmail.com

O preconceito racial no Brasil e no mundo está sendo questionado por grandes


movimentos de rua. Racismo é uma chaga extremamente violenta às sociedades, pois sua
história social foi marcada pela escravidão. Da mesma forma outros problemas sociais
precisam, urgentemente, ser questionados, sendo eles: violência contra a mulher,
iminência do fascismo, marginalização das populações indígenas etc.

As manifestações, por todo o mundo, são fundamentais para pautar na vida social a
discussão racial que deveria ser permanente e resistente. Assim, ser antiracista é
comportar-se como cidadão que respeita o pacto social estabelecido em lei e cortejado
nas relações sociais cotidianas.

Em um Brasil que luta para esquecer sua história social, é mais que necessário, como
ocorreu nos Estados Unidos, as demandas do movimento negro serem clarificadas -
desigualdade racial, racismo estrutural, institucionalizado, cobranças por um Brasil que
cumpra sua constituição, que o mercado e a economia qualifique essas populações, suas
religiões sejam respeitadas, que a educação respeite os aspectos sociohistóricos, tendo a
mesma relevância curricular. Contudo o que vemos é a história de vida de negros serem
associada a gigantescos sacrifícios, trabalho braçal brutal, violência policial, simbólica e
estrutural, suas vidas serem relacionadas a má formação educacional e profissional, que
de maneira lógica, lhe imprime uma condição social super perversa.

George Floyd é um grito, um alento, uma esperança. Saliento que direito se conquista. A
esperança foi posta, mas não foi conquistada. O Brasil precisa caminhar bastante para
entrarmos no túnel do pensamento progressista, da garantia fundamental dos Direitos
Humanos, é não da retórica política.

O que nos cabe é lutar. O desejo é construir uma sociedade igualitária, onde os bônus e
ônus sejam compartilhados com todos, que a cor da pele seja apenas a cor da pele.
Organizar debates, fomentar discussões sobre as temáticas celebradas a vida negra, fazer
parte dos movimentos populares da sociedade organizada, praticar comportamentos
antirracistas, desenvolver empatia, reflexão social e voltar-se para uma educação
antirracista.

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