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A teologia serviu de base orientadora para várias civilizações. Foi a razão do nascimento de
muitas das universidade europeias. Era uma espécie de orientação onde a sociedade ia beber
para se regular e para crescer.
Ao longo dos tempos a teologia foi perdendo o seu lugar no ensino, quer médio, quer
universitário. Deus está vivo, mas a teologia está quase morta, ou apenas respira e mal –
deixou de ser vista como útil, como base orientadora da sociedade, tendo um papel pouco
relevante nos grandes acontecimentos da sociedade.
Como aparentemente o dia-a-dia segue de forma igual, com ou sem a teologia, então passou a
ser irrelevante ser ou não crente em Deus. Deixou de haver tempo e espaço para Deus. Por
outro lado, a teologia tornou-se complexa, com linguagem encriptada e termos complexos, o
que fez com que se torna-se pouco apelativa ao povo, que por si só, já pouco tempo tinha para
dedicar ao sagrado.
Os poucos teólogos que existiam são apenas tolerados, não lhes sendo dada grande relevância
no que concerne a assuntos importantes da sociedade. Desta forma, podemos assumir que a
teologia está gravemente doente e que caminha para a morte.
A teologia esqueceu o Sermão da Montanha (das bem-aventuranças), não quis ser um cordeiro
entre lobos, desejou e alcançou poder. Confundiu a autoridade que tinha com poder e desta
forma, quis mandar na ciência e na sociedade, perdendo o crédito de que gozava devido à sua
autoridade. A autoridade é um reconhecimento de virtudes, ao passo que o poder é algo
alcançado por imposição (seja de dinheiro, armas, etc).
Nós que somos cristãos, não nos limitamos a olhar para Cristo e vermos o termos da sua
história na sua morte, até porque Cristo ressuscitou. Assim, também a teologia pode
ressuscitar no seu “pós-morte” .
Para uma ressurreição da teologia, é necessária que a mesma entre em tréguas com a filosofia
e esqueça o poder. Vá aos poucos granjeando autoridade e a cada passo, marcando pontos na
sociedade, não apenas pelo que se mostra por palavras, mas acima de tudo, pelos seus atos e
consequente testemunho.