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Nome: Aeris Faelar

Raça: Meio Elfa


Classe: Rogue

Aparência:

Aeris aparenta ser bem jovem, por volta dos 16 anos humanos. Possui
olhos lilases e cabelos curtos da mesma cor, mas os mantêm quase
sempre escondidos para não chamar muita atenção. Possui orelhas
levemente pontudas e pele clara, sem marcas de batalha. Quase sempre
está com um semblante descontraído e distraído.
Veste-se quase sempre com uma armadura preta de couro, bem justa
ao corpo o que lhe dá curvas suaves e atraentes, traz um punhal
embainhado na bota e um belo arco curto com corda de prata nas
costas.

História:

Ainda era muito jovem quando tudo aconteceu e sua vida mudou para
sempre.

Nascera em Mulmaster, sob os domínios de Bane e o controle dos


Zentharim, mas pouco vivera lá. Seus pais eram membros de um grupo
de mercenários chamado Capas Negras, contrário ao domínio local e a
miséria que se encontrava a cidade. A verdade é que pouco, ou nada,
podiam fazer contra os Zentharim e com a ameaça crescente de serem
descobertos precisavam partir o quanto antes daquelas terras.

Seu pai, Tankian, era um guerreiro experiente, já veterano no grupo, o


que era raro, fazia pouco mais de 7 anos que tivera a pequena Aeris,
junto a elfa feiticeira Faelar, ainda nova na caravana, mas muito
poderosa e suas magias já haviam salvo seus companheiros diversas
vezes. Caminhavam a dias pela estrada, a menina corria acompanhando
as carroças junto as outras poucas crianças, sempre chamara muita
atenção com seus cabelos e olhos lilases como os da mãe, que lhe eram
motivo de orgulho, não se importava muito com os serviços do grupo e
geralmente se ocupava apenas de brincadeiras e aprontar com os mais
velhos.

Os mercenários caminhavam quase desatentos devido aos dias sem


encontrarem nada no caminho, quando os batedores mandaram
sacarem as armas aos berros. Era tarde demais, estavam cercados e
não sabiam como, só perceberam os inimigos quando já os atacavam e
muitos tombaram devido as flechas que saltaram por entre as árvores.
Todos correram para se abrigar ou lutar, Faelar ergueu rapidamente
uma barreira os protegendo das flechas, mas pouco pode fazer contra
os homens que invadiam a estrada.

Zentharim, haviam os seguido por dias esperando a melhor hora para


atacar, mas Aeris nada sabia, só pensava em se esconder debaixo da
carroça, era o que lhe mandara o pai, “quando algum problema
acontecer se esconda, e espere que irei te buscar”, e sempre fora assim,
até aquele dia.

Espiando, de baixo da carroça, via muitos pés se movendo, sangue


caindo e gritos de dor e de ataques, reconhecia muitos daqueles que
caíam e as lágrimas não demoraram e embaçar sua vista. Começou a se
arrastar por baixo das carroças, tentando não olhar para aqueles corpos
todos que tombavam, suja da lama na estrada ela põe a cabeça para
fora da última carroça e vê sua mãe disparando magias que não
conhece contra os homens que saem da floresta. Tem vontade de correr
e abraçá-la, tem medo como nunca tivera, mas antes que pense no que
fazer vê uma grande espada trespassar sua mãe pelas costas e ela
tombar sem vida.

Grita como nunca fizera antes e o assassino de sua mãe a nota, sem
pensar duas vezes corre para matar aquela criança suja de lama que
chora alto mas não tem tempo, um mangual desce sobre sua cabeça e
ele cai, os olhos fixos na menina que treme e não para de gritar, sente
mãos que a puxam de baixo da carroça, é um dos guerreiros mais
experientes do grupo, Shak'Azar Zer'athar, o homem do deserto que ela
chama de Azar por achar seu nome complicado demais. Não olha em
volta, nem mesmo para a mãe que banha a estrada com seu sangue,
chorando muito, abraça forte Shak que a leva dali sem ela saber ou
questionar o porquê.

Aeris acorda e está no meio da floresta sozinha, alguma comida e


roupas jogadas de lado e sangue no chão, mas não é seu como ela se
apressa a averiguar. Lembra da mãe sendo morta e volta a chorar se
sentindo mais sozinha ainda quando uma voz conhecida se aproxima e
Shak a pega no colo, ele está ferido, mas sai apressado a carregando.
Ele olha constantemente para os lados e ela percebe que o perigo não
passou, fica em silêncio no ato segurando forçadamente o choro, a
imagem da mãe muito viva ainda na cabeça.
Azar a leva por dias descansando e falando bem pouco, ela nada diz,
como se sua voz tivesse morrido com sua mãe e provavelmente seu pai
também, apenas lágrimas caíam, mas ela nada dizia.

Para a menina pareceram anos, mas eles chegaram a uma vila e


conseguiram passar alguns dias sem problemas, Azar lhe contara que
seu pai o havia mandado levá-la dali, não disse se o pai ainda vivia, mas
era claro em sua voz que estava morto, Azar tentava lhe consolar, mas
era impossível, embora ela não chorasse mais, também não dizia uma
palavra e isso era preocupante. Continuaram viajando quase sem parar,
quanto maior a distância de Mulmaster melhor, embora nunca
conseguissem realmente fugir se os Zentharim ainda os perseguissem.

De taverna em taverna, em estadias rápidas, Azar cuidava da menina


como se fosse uma filha, em honra à amizade que tinha com Tankian e
afeição que tinha por ela, a menina não sentia que ele estava tão triste
com a perda de seus companheiros, mas não sabia se ele apenas estava
se mantendo forte para não preocupá-la mais.

Dois meses depois encontraram com outros Capas Negras que haviam
escapado, eram muito poucos e sabiam que não poderiam se unir
novamente, fugir separados era mais seguro e o grupo não existia mais.
Aeris não dizia uma palavra desde o ataque até que a única mulher
sobrevivente disse que cuidaria dela. Aeris gritou pelo nome de Azar e
correu agarrando forte em sua perna e só soltando quando a mulher
desistiu e deixou a meio elfa aos cuidados do guerreiro.

Os anos que se seguiram foram difíceis, Azar não podia aceitar trabalhos
muito complexos, que pagariam mais, porém chamariam atenção e
poderiam acusar sua localização e ainda tinha uma menina bem jovem
para cuidar. Felizmente ela parecia aprender bem rápido e, agora que o
tratava como um amigo e não estava mais calada, Azar a ensinou a se
defender e ela até mesmo o ajudava em alguns trabalhos. Passaram a
morar em Fairdale quando a menina completara 11 anos. A vida era
difícil, mas conseguiam trabalhos melhores e ela começava a aprender a
se virar sozinha nas ruas, sem recorrer ao assassinato ou à prostituição.
A menina foi logo se tornando mulher e tinha uma participação cada vez
maior nos trabalhos, Azar a considerava parceira de trabalho, mas ela
sempre o considerou mestre e quase um pai, sendo a única pessoa que
realmente lhe importa, e tudo que lhe restou.

Um dia, já com 17 anos de idade, Azar chega da taverna com uma


decisão de partir do continente, anos sem notícias dos Capas Negras
sobreviventes ou dos Zentharim em seu encalço não significava paz, ele
sabia que se os procurassem achariam um dia, então decidira partir.
Havia uma ilha em que uma colônia de Fairdale se instalara e um amigo
lhe dera o conselho de partir para lá se quisesse recomeçar, embora o
lugar fosse perigoso havia oportunidades, e dificilmente seriam
procurados por lá.

Serviço não faltaria e Aeris não contesta a decisão, embora desconfie


que quem os procura esteja perto, devido a pressa de Azar em partir.
No dia seguinte pegam um navio para Exílio, a jovem fica sentada perto
da janela, tem alguma esperança de conseguir algo melhor para onde
vão, mas nenhuma de encontrar paz, ou de esquecer o terrível passado.
As vezes quando adormece, vê novamente a espada que trespassa sua
mãe e acorda abafando um grito, não importa para onde ela vá, não
pode fugir do que aconteceu e sabe disso.

Carta à Shak'Azar

Querido Azar,

A muito que não nos falamos, então resolvi lhe enviar algo. Meu informante disse
que conhecia alguém que enviaria sem perguntas ou sem perigo de violar a carta,
mas por via das dúvidas não irei escrever nada que nos comprometa, o ritual de
invocação de balores está seguro. *desenho de um rosto piscando* Aconteceu
muita coisa desde que partiu, tanta coisa que nem me lembro de tudo, então vou
dizer só o principal, mesmo porque você está velho e vai acabar dormindo em
cima da carta.

Primeiramente, tenho andado bastante com Helm e os outros, mas há algo nesses
últimos dias que não entendo nele, sempre nos disse e insistiu para não
deixarmos o grupo sozinho e tudo mais, mas ultimamente tem andado bem
distante e me evitado, na verdade não só a mim, como a todos, achando que
estamos deixando ele de lado. Anda muito EMOtivo e Torm diz que ele sente algo
por mim. Que modo de demonstrar não acha? Me evitando.
Bom, algumas coisas aconteceram no grupo desde que partiu, Jack não está mais
entre nós e aconteceram as briguinhas de sempre entre Arrigo e Helm. Parece
que ganhei certa liberdade entre eles, como disse que aconteceria, até Arrigo
parece confiar um pouco em mim e me deu presentes, porém houve um problema
com uma nova amiga que fiz, Vanessa, bom acho que somos amigas, é uma
arcana como mamãe, ela e Arrigo tiveram uma briga mas parece que tudo se
resolveu, ou pelo menos ele não vê vantagem em matá-la, de novo. Gurnok
decidiu formar uma tribo, e continua como sempre, meio inocente e perigoso, mas
leal, pelo menos a mim. Tyr não fica mais só enfurnado e anda bastante conosco
também, é bem mais agradável que Helm, mas realmente eu queria poder ajudar
Helm, infelizmente parece que prefere andar só mesmo.

Outra coisa que tenho que lhe atualizar é que aquele tal Manuster, que
encontramos no primeiro dia que aportamos na ilha, reapareceu. Tive contatos
com alguns espíritos e uma mulher que o caça (além de soltar fogo pela boca e
ser muito forte, deu até uma surra no Tyr), parece que ele continua sua busca pela
imortalidade, e agora estamos presos a ele, temos que encontrar um artefato
capaz de derrotá-lo, mas ninguém tem idéia de onde está. É complicado conseguir
alguma pista, e geralmente quando achamos uma vem acompanhada de perigo.
Espero que quando retornar possa nos ajudar.

Quanto a Liga de Prata, nunca mais fomos convocados, nem houveram mais
ataques de licantropos, então não se preocupe, não perdeu nada, na verdade os
serviços estão bem escassos. Para não dizer que a vida anda meio tediosa, fomos
aprisionados por um arcano doido a algumas luas. Enfrentamos algum perigo e
ele até fez com que lutassemos com cópias nossas, bem perigoso, Gurnok e Kira
caíram, mas consegui derrotar a cópia de Gurnok e salvar Kira para matarmos os
outros. O arcano continua vivo e provavelmente ainda o veremos, devo uma boa
surra pelo que ele nos fez passar, fui obrigada até a nadar nua para atravessar um
lago na neve, diabos.

Outro fato "importantíssimo" foi que consegui finalmente ir a Tristam, você sabe
que era uma das coisas que mais insisti em conseguir. Bom, digamos que não
vale o caminho, é muito perigoso, cheio de tribos de bugbears no caminho e uns
esqueletos de anões, muuuito cruéis, a cidade até vende bons itens, mas muito
caros. Fora isso é uma cidade meio sem graça, apesar de um grande castelo que
não consegui entrar. Também fui àquela "porta" de água na torre perto da cidade,
não se preocupe (de novo), fui com Helm antes dele pirar, como você disse,
realmente é muito perigoso, mas não nos afogamos, nem mesmo nos molhamos,
é uma magia incrível, assim como a cidade sahuagin de lá, igualmente perigosa.
Fica difícil lembrar tudo agora, e temo fazer você dormir, então vou terminar logo e
nos falamos mais quando retornar, antes de mais nada, tenho isso sobre controle,
não precisa se apressar por isso.

Faz algumas semanas que venho sentido coisas estranhas, ouço risadas no
escuro que nem Corandor ouve, as vezes vozes que me chamam imitando vozes
conhecidas, como Helm ou Vanessa, e as vezes sinto minha vista embaçar com
luz forte, nada muito preocupante, só lhe digo porque sei que quer que conte o
que puder. Bom, um dia desses, duas vezes na verdade, uma zona de escuridão
surgiu a minha volta, todos acharam que eram drow, ninguém desconfiou de mim,
nem eu mesma na verdade, mas agora sei que fui eu, e não faço idéia do porquê.
Mas está sob controle, tenho dormido menos, mas você sabe que sempre fui
assim, sei que deve estar nervoso ao ler isso, mas não se preocupe. (novamente
*rosto feliz*)

Aguardo anciosamente seu retorno, mantenha contato e avise quando for voltar e
lhe espero no porto, vai ter uma surpresa, aposto que nem me reconhecerá.

Beijos, Aeris.
*Aeris deita em sua cama sozinha no quarto, enquanto Meri não chega, ainda
enxugando as lágrimas que derramou*

Voz: Eu avisei que isso aconteceria, avisei que só podia confiar em mim.
Aeris: Ainda não acredito que estava fazendo tudo isso pela guilda e eles me
viraram as costas, eu estava indo até lá por eles e unicamente por eles.

Voz: Não deveria derramar lágrimas por isso. Não a entendo.


Aeris: Estou sempre perdendo tudo que encontro ou que gosto. Em um dia vi que
meu esforço pela guilda foi em vão e que não dão a mínima pra ele. Minha amiga
não voltará a vida, Azar não voltará tão cedo e Orion...não pode me dar o que
preciso. Tenho seu corpo mas não seu coração.

Voz: Tenho dúvidas se ele tem um. Mas se entregou a ele mesmo assim. Não os
entendo.
Aeris: Esperava poder mudá-lo, talvez despertar algo nele. Estava errada
parece...ainda me restam Kira, Julia e Meri pelo menos...

Voz: Questão de tempo até que a abandonem também.


Aeris: Elas não vão me abandonar. Está errada.

Voz: Eu estava errada quanto a Orion e a guilda?


Aeris: Não, mas...

Voz: Sou a única que nunca lhe abandonará. Deve caminhar sozinha, não precisa
negar ajuda ou os acompanhar, mas deve caminhar sozinha, confie apenas em
mim.
Aeris: ...

Voz: Não acredito que lhe fiz perder a fala. *risada* Estás amolecendo.
Aeris: Não ria! ..Não é fácil tomar essa decisão. Sabe o quanto consegui na
guilda.

Voz: Então admite que só se uniu a eles para conseguir poder?


Aeris: No começo sim...mas depois me afeiçoei demais, não posso simplesmente
virar as costas...

Voz: Virar as costas como eles fizeram?


Aeris: ...

Voz: Os cartazes que fez com todo seu carinho para ajudar a guilda estão ali,
Orion vai querer uma resposta sua pela manhã.
Aeris: Já sei que resposta dar, apenas espero encontrar Meri antes.

Voz: Vai seguir meu conselho então? Mesmo ainda se preocupando com eles?
Aeris: *anui com a cabeça e fecha os olhos*
Voz: Descanse agora Aeris, teve um longo e solitário caminho de volta.
Aeris: Você estava comigo. Não estava sozinha.

Voz: Vamos alcançar seu objetivo ainda, descanse e verás.


Aeris: ...

*Aeris adormece e quando Meri adentra o quarto tem a leve impressão de vê-la
totalmente envolta por sombras como num abraço. Talvez a pequena hin esteja
apenas cansada e vendo coisas...*

---

*Aeris acorda no dia seguinte a fulga da escrava e percebe alguem a observando


nos pés da cama, mas nada vê. Sorri ao saber de quem se trata*

Aeris: Fomos demais ontem não? Eu sou muito boa ou o quê?


Voz: Essa felicidade toda é unicamente por ter enganado o império e os
aventureiros, estou certa?

Aeris: Claro que não! Fiz pela Meri, e pela Mikallia! Sei o que a elfa iria passar se
fosse vendida como escrava.
Voz: Ainda acho que fez apenas para mostrar que é melhor que eles. Mostrar o
quão poderosa e esperta estás ficando.

Aeris: Se fosse isso eu teria gastado o ouro que gastei e me arriscado como me
arrisquei? Te asseguro que não.
Voz: Conheço você. Aparentemente mais que você mesma. Está apenas negando
seu principal propósito para se enganar com um objetivo tido como bom.

Aeris: Claro que fiquei feliz em enganar os alfaces e salvá-la antes dos outros
aventureiros. Foi tudo perfeito. A infiltração na prisão, ela usando a poção pra
fugir. A estadia na torre...bom, lá não foi perfeito, não queria matar o alface...
Voz: Seu sorriso após fazê-lo te trai.
Aeris: Não morro de amores por eles. Mas não sou assassina.
Voz: Quem mata é assassino. Ainda mais friamente como fez.

Aeris: Mas foi necessário! Meri estava lá. Não ia arriscar ela.
Voz: Que seja. Acha que o gnomo de Bissed é confiável? Vai mandar a elfa para
casa?

Aeris: Já o ajudei muito. Antes de você e eu nos encontrarmos. E prometi um


serviço gratuito a ele quando precisar. Confio no Bruxo sim.
Voz: Acho que agora és uma heroína aos olhos da pequena halfling. Isso lhe trará
problemas futuros. Principalmente quando você começar a espalhar o que fez.

Aeris: Acha que sou burra? Só ela e o elfo saberão.


Voz: Você fez isso unicamente para mostrar superioridade. Sei que não vai
aguentar o segredo.

Aeris: Me conhece menos que pensa então. Ainda sou uma Capa Negra. Lembro
dos ensinamentos que Azar me deu.
Voz: Ele lhe ensinou a matar alguém que só seguia ordens para libertar alguém
que nem conhecia? *risada*

Aeris: Não ria. Você distorce as coisas. Fiz aquilo por Meri, ou ele nos prenderia.
Chega dessa conversa. Estou feliz demais com o que fiz, não me tire isso.
Voz: Me calarei então. Mas pense no real motivo que te fez agir. E pense bem nas
suas próximas atitudes. Pois sua vingança está em jogo se tomar parte em
alguma outra causa que não a sua. E acabar com a escravidão aqui, vai complicar
e atrasar em muito seu objetivo final.

Aeris: ...
*Aeris se veste e sai do quarto para comer algo, ainda bem contente pelo que fez,
mas sem conseguir tirar as palavras "dela" da cabeça.

---

*Aeris acorda no calabouço após a armadilha do Registrar tê-la matado*

Aeris: *grito enquanto esmurra a parede da cela até sangrarem as mãos*


Voz: Ingênua. Tola. Não queres ser chamada de criança, mas age como uma.

Aeris: Isso atrasa tudo! Merda!


Voz: É hora de se acalmar e se preparar para o sacrifício. Pois vai voltar e cumprir
sua meta.

Aeris: Irão me reviver, não terei que fazer o sacrifício.


Voz: Me parece que a única que tentou também está nesse lugar. Morta como
você.

Aeris: Como assim? Já me arrisquei inúmeras vezes por eles. Já os trouxe de


volta inúmeras vezes. Vão fazer o mesmo.
Voz: Apenas Kira tentou, e como disse ela está aqui. Logo a pessoa que você
tanto machucou por causa de um simples gato.

Aeris: ...e os outros?


Voz: Como vou saber? Estou presa aqui com você. Mas você continua morta, e
nenhum mais apareceu aqui. Logo com certeza não tentaram lhe salvar.

Aeris: ...parece que sim.


Voz: Eu sempre lhe avisei, mas você continua com sua esperança tola de ser
amada e aceita por eles e se recusa em me ouvir. Ingênua. Tola. Ainda és uma
criança e pretende fazer algo aos Zentharim? *risada*

Aeris: ...
Voz: Sabes que o sacrifício será grande não? Sabes que com seu poder o
resquício irá demandar um sacrifício grande e que perderá dons que lhe garanti.
Sabes que vai atrasar sua vingança em muito não?

Aeris: Eu sei...
Voz: Que lhe sirva de lição. Isso que ganhou por confiar neles e não me ouvir.

Aeris: ...eu...sei.
Voz: Pelo menos és dada por morta. Tire vantagem disso.

Aeris: Irei...sacrificar algo maior que minha alma para isso.


Voz: Será preciso. Chamas muita atenção como mesmo diz. Terá que fazê-lo.

Aeris: Será dificil, espero que mamãe me perdoe.


Voz: Creio que ela prefira a filha viva e livre a um detalhe tão insignificante.

Aeris: ...não é insignificante. Mas eu farei mesmo assim. *Começa a chorar*


Voz: Então o faça. E chore aqui. Derrame todas as lágrimas antes do sacrificio. E
não derrame nenhuma quando voltar. *impassível, fria*

*um longo silêncio*

Aeris: Estou pronta para voltar. Parece que não vão fazer nada mesmo...
Voz: Da forma que eu disse.
Aeris: Que seja então. Vai demorar um tempo, mas Larou será meu teste para os
Malditos. Ele morrerá pelas minhas mãos.
Voz: No momento certo. Ou voltará para cá. E talvez o sacrifício me leve ao meu
estado inicial.

Aeris: A morte não foi em vão, não se preocupe.


Voz: Assim espero.

*Aeris sai da cela e se dirige ao resquício de vida para o sacrifício que a permitirá
retornar.*

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