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PSICOLOGIA

Teorias e Técnicas Psicoterápicas

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
PSICOLOGIA
Teorias e Técnicas Psicoterápicas
Ariete Bittencourt Pinto

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Teorias e Técnicas Psicoterápicas.. ........................................................................................................................4
1. Aspectos Históricos e Conceituais de Psicoterapia................................................................................4
2. Teorias e Técnicas Psicoterápicas.. ...................................................................................................................4
2.1. Teoria Psicoterápica Psicanalítica.................................................................................................................4
2.2. Teoria Psicoterápica Humanista. . ...................................................................................................................8
2.3. Teoria Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC). .................................................................11
2.4. Teoria Psicoterápica Sistêmica.....................................................................................................................19
Resumo................................................................................................................................................................................ 28
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................29
Exercícios............................................................................................................................................................................30
Gabarito...............................................................................................................................................................................43
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................44
Referências........................................................................................................................................................................62

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Apresentação
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. Na aula de hoje estudaremos
a Unidade I – Teorias e Técnicas Psicoterápicas, que aborda Aspectos Históricos e Concei-
tuais de Psicoterapia; a Teoria Psicoterápica Psicanalítica; Teoria Psicoterápica Humanista;
Terapia Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Psicoterápica istêmica. A
aula foi elaborada visando explanar aspectos que permitem compreender de forma detalhada
o conteúdo. Em caso de dúvidas, estarei à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete

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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
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TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS


1. Aspectos Históricos e Conceituais de Psicoterapia
A palavra psicoterapia tem origem nas palavras gregas Psykê (mente) e Therapeuein
(curar), e desde o final do século XIX, vem sendo utilizada como uma forma de tratamento
(‘cura pela fala’). Suas origens remetem a hipnose, especialmente a Josef Breuer, um médico
e fisiologista austríaco, que começou a utilizar o mesmo, como forma de tratamento de pa-
cientes histéricas. Sigmund Freud, neurologista de for’mação, interessado nos estudos e resul-
tados obtidos por tal método, passou também a utilizá-lo, observando, contudo seus efeitos
transitórios. Desse modo, abandonou o uso da hipnose e passou a evocar os eventos relatados
por meio da hipnose, durante os estados de consciência do paciente, utilizando de estratégias
de associação livre e interpretação dos sonhos. Freud desenvolveu a Psicanálise, reconhecida
como a primeira forma de psicoterapia. Atualmente, a psicoterapia pode ser definida como um
método de tratamento, embasado em conceitos teóricos e técnicos, devendo ser realizado por
um profissional habilitado.
Contudo, é possível citar alguns modelo conceituais e técnico usados em psicoterapias e
dos quais trataremos nessa aula. Teorias psicanalíticas/psicodinâmicas (e seus principais re-
presentantes Sigmund Freud, Melaine Klein, Wilfred Bion, Carl Jung, Donald Winnicott e outros),
Sistêmicas (Salvador Minuchin), Humanista (Carl Roger), Comportamentalistas (Aaron Beck).
Cabe mencionar que além dessas, existem outras abordagens/teorias psicoterápicas.

2. Teorias e Técnicas Psicoterápicas


2.1. Teoria Psicoterápica Psicanalítica
A psicanálise tem como marco o trabalho de Freud intitulado ‘A interpretação dos Sonhos’,
considerada, por ele mesmo, sua obra mais importante. Para Freud, os sonhos seriam a forma
através da qual se teria acesso à dimensão inconsciente da vida psíquica, sendo eles uma
expressão dos desejos mais íntimos do indivíduo e dos mecanismos de censura que operam
para mascarar tais desejos, conhecidos como repressão.
Uma das contribuições significativas de Freud foi a construção de uma teoria sobre o in-
consciente, pré-consciente e consciente.
Na parte superior, o consciente é composto pela percepção, atenção, pensamentos/
raciocínio, ou seja, tudo aquilo que está acessível. O pré-consciente, na porção intermediá-
ria, é formado pelos conteúdos que não estão totalmente disponíveis na consciência, mas
que, podem se tornar conhecidos, como algumas memórias e conhecimentos. Por fim, a
fração mais profunda da mente, o inconsciente. Nele, encontram-se conteúdos que o indi-
víduo não se dá conta, que foram “escondidos” por causarem angústia, vergonha ou culpa
(motivações violentas, desejos egoístas, etc). A esse processo de tornar oculto, Freud deu
o nome de recalque ou recalcamento.

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Ao longo de seus estudos, Freud identificou que o aparelho psíquico era mais complexo do
que supunha anteriormente ao propor as três dimensões da mente (consciente, pré-consciente
e inconsciente). Introduziu, então, a hipótese da existência de outras três instâncias psíquicas
(id, ego e superego), que não anulam suas ideias anteriores, do contrário, as complementam
(NÁSIO, 1999; SCHULTZ; SCHULTZ, 2015).
Id: é a instância pulsional, a fonte de energia psíquica. É regido pelo Princípio do Prazer, ou
seja, seu objetivo é a obtenção de prazer e a evitação da dor. É constituído principalmente por
aspectos inatos, não conhece ética, moral ou valores. É egoísta, impulsivo, irracional e agressi-
vo, a parte animal da nossa personalidade.
Ego: é a instância responsável pelo contato com a realidade. Seu objetivo é satisfazer as
demandas dos instintos primitivos (id) de modo adequado ao ambiente em que vive. É regido
pelo Princípio da Realidade, que se configura pelo adiamento da gratificação (obtenção do
prazer e evitação da dor). Representante do equilíbrio psíquico e tem função mediadora e inte-
gradora entre as pulsões do id e as exigências do superego. Tem componentes conscientes,
pré-conscientes e inconscientes. Se desenvolve a partir do id, já nos primeiros anos de vida por
meio das interações sociais do indivíduo.
Superego: é a instância da moralidade. Se funda a partir do ego e tem como objetivo su-
primir os impulsos inaceitáveis do id, de modo a possibilitar a convivência civilizada. É respon-
sável pelo senso de certo e errado, pois compreende os valores morais e culturais do indiví-
duo e seu grupo. É, portanto, o responsável pelos sentimentos de vergonha, culpa e remorso
(SCHULTZ; SCHULTZ, 2015).
Os mecanismos de defesa do ego são inconscientes, sendo que a pessoa não se dá conta
de que os está utilizando. De modo geral, podemos dizer que eles servem para proteger o in-
divíduo de verdades ameaçadoras e que causariam um sofrimento que ele considera intenso
demais para lidar.
• Negação: Refere-se a negação de uma realidade difícil de suportar.

EXEMPLO
Os pais de uma criança que acabaram de receber a notícia de que o filho está com uma
grave doença. É comum que, num primeiro momento, eles se auto enganem, agindo como
se não fosse verdade.
• Projeção: consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo em nós
mesmos.

EXEMPLO
Um rapaz que acusa a namorada de estar lhe traindo quando, na verdade, quem está desejando
cometer a traição é ele.
• Racionalização: compreende e elaboração de uma explicação racional e convincente a
fim de encobrir sentimentos/emoções dolorosas.

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EXEMPLO
Um estudante que reprovou de ano e passa a dizer que foi muito melhor assim, pois terá a
oportunidade de aprender os conteúdos novamente; quando, na verdade, está se sentindo
fracassado e triste.
• Recalcamento, recalque ou repressão: É o mecanismo que impede os impulsos que cau-
sam ameaças, desejos, pensamentos e sentimentos dolorosos chegarem à consciência.
• Regressão: refere-se ao recuo do ego, fugindo de situações de conflitos atuais para o
estágio anterior.

EXEMPLO
Um adulto volta a um modelo infantil, no qual se sentia mais feliz e mais protegido. Assim, a
infantilização é uma forma de regressão que protege o ego do encontro com as dificuldades
do mundo adulto.
• Deslocamento: acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva)
são projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima
mais inofensiva.
• Isolamento: Atua de forma a isolar um pensamento ou comportamento, fazendo
com que as demais ligações com o conhecimento de si ou com outros pensamen-
tos fiquem interrompidos. Assim, os outros pensamentos e comportamentos são
excluídos da consciência.
• Sublimação: A sublimação é o processo através do qual a libido se afasta do objeto da
pulsão para outra espécie de satisfação.

EXEMPLO
O sujeito que transforma a energia da libido (desejo sexual, agressividade e necessidade ime-
diata de prazer) em trabalho ou arte, sem saber que o faz. Grande parte dos artistas, dos gran-
des cientistas, das grandes personalidades e dos grandes feitos só foram possíveis graças a
esse mecanismo de defesa.
• Formação reativa: Ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer alguma
coisa, mas faz o oposto.

EXEMPLO
A pessoa procura encobrir algo inaceitável por meio da adoção de uma posição oposta.

Embora o conceito de inconsciente se amplie ao longo da evolução da teoria psicanalítica,


o inconsciente freudiano já surge como um ‘lugar’ de grande influência sobre o Homem e a
partir de ‘onde’ as ações, escolhas e formas de compreensão do mundo são estabelecidas.
O modelo freudiano de mente tem sido transformado/reformulado/ampliado ao longo dos
anos de desenvolvimento da teoria, culminando no surgimento de várias ‘escolas psicanalíti-
cas’, dentre as quais se destacam Melanie Klein (1882-1960) e Wilfred Bion (1897-1979).

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A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças alcançou gran-
des avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instrumento de
grande importância para o trabalho psicanalítico. Klein ainda reformulou e ampliou vários
conceitos psicanalíticos freudianos, sendo que sua influência se reflete nos trabalhos de
vários autores posteriores.
Bion destinou-se a investigar a vida mental de pacientes psicóticos com importantes acha-
dos que norteiam o pensamento clínico psicanalítico atual. Além disso, Bion também se pre-
ocupou com a função analítica, estabelecendo conceitos e vértices que promovem a compre-
ensão do funcionamento do par analítico paciente-analista, fundamentando parâmetros novos
para o desenvolvimento da própria função psicanalítica.
No processo psicoterápico a transferência e contratransferência são pontos centrais na
técnica psicanalítica. A definição de transferência em psicologia é quando um cliente direciona
seus sentimentos de um outro significativo ou pessoa em sua vida para o psicólogo. Contra-
transferência pode ser definida como reações inconscientes do analista à pessoa do analisan-
do e, mais particularmente, à transferência deste.
Hoje a contratransferência também é entendida com um importante canal de comunicação
primitiva entre as mentes do paciente e do terapeuta, podendo ser um poderoso instrumento
a favor da empatia.

Tanto a transferência como a contratransferência são conceitos que vem sendo ampliados
até o presente e que vão ganhar diferenças a partir de cada escola psicanalítica, entretanto,
ambos os fenômenos se mostram presentes nas relações humanas e devem ser observados,
principalmente nas relações de cuidado.

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2.2. Teoria Psicoterápica Humanista


No humanismo, o indivíduo é percebido na sua totalidade (corpo, mente e emoções).
As pessoas são consideradas seres ativos e capazes de se desenvolverem, em busca da
sua autorrealização.
O humanismo propõe uma abordagem terapêutica não-diretiva e centrada na pessoa. Par-
te-se do pressuposto que é o indivíduo que possui a responsabilidade pela condução e pelo
sucesso do tratamento (FADMAN E FRAGER, 2002).
A psicologia humanista teve sua origem nos principais pressupostos de Abraham Maslow,
instituidor da pirâmide das necessidades. Foi na década de 1950 que Maslow se tornou um
dos fundadores e impulsionadores da escola de pensamento da Psicologia Humanista.
O humanismo foi um movimento em contraposição à Psicanálise de Freud e o Behavioris-
mo de Watson. Essa abordagem se diferenciava dessas teorias pois, defendia que o homem
não era regido por um inconsciente e nem mesmo por fatores externos mas, segundo Maslow
se interessava em saber o que fazia as pessoas felizes e o que elas faziam para atingir esse
objetivo (FADMAN E FRAGER, 2002).
Para Maslow, as pessoas têm um desejo natural de serem auto realizadas portanto, buscam
atender necessidades inerentes do ser humano, nomeada de hierarquia das necessidades.
Principais conceitos propostos por Abraham Maslow expostos na chamada Pirâmide de Maslow.

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Para Maslow, os indivíduos buscam satisfazer, em primeiro lugar, suas necessidades fisio-
lógicas. Sem que essas necessidades sejam satisfeitas, o ser humano não consegue avançar
na hierarquia das necessidades. Depois que isso ocorre, o ser humano busca satisfazer as
necessidades de segurança. Em seguida, as necessidades sociais. Depois a estima e por fim,
chega no topo da pirâmide, em busca da sua autorrealização.

2.2.1. Carl Rogers: Terapia Centrada na Pessoa (no Cliente)

Carl Rogers, que foi um psicólogo humanista que concordou com as pressuposições
de Maslow e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar, precisa de
um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser aceito
como é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido). Rogers comple-
menta que sem isso, relacionamentos e personalidades saudáveis não se desenvolvem
como deveriam (FADMAN E FRAGER, 2002).
Rogers centrava seus estudos e atenção no ser humano saudável. Logo, o considerava
agente de sua mudança, e não um ser humano doente à espera de fatores condicionantes.
Rogers denominou o indivíduo como cliente.

2.2.2. Princípios da Psicologia Humanista

Uma das contribuições de Carl Rogers e que ele acreditava mais importante foi a descrição
de uma pessoa totalmente funcional. Uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para che-
gar a autorrealização. O indivíduo com funcionamento integral possui variadas características,
dentre elas (FADMAN E FRAGER, 2002):
1. Abertura à experiência: Implica na pouca utilização dos sinais de alerta, que restringem
a percepção consciente do momento presente. Assim, a pessoa fica mais aberta aos senti-
mentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver completamente a experiência do seu orga-
nismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
2. Viver no Presente: É a busca por realizar-se completamente a cada momento.
3. Confiança nas exigências internas e no julgamento intuitivo: Consiste na confiança
sempre crescente na capacidade de tomar decisões.

2.2.3. Self Ideal

Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gosta-
ria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o Self ideal é um
indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode se tornar um
obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).

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Como sou e como me vejo

2.2.4. Congruência e Incongruência


2.2.4.1. Congruência

Congruência é definida como o grau de exatidão entre a experiência da comunicação e a


tomada de consciência. Um alto grau da congruência significa que a comunicação (o que se
está expressado), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de cons-
ciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes.

EXEMPLO
Quando tenho fome, como; quando estou cansado, sento-me; quando estou com sono, durmo.

2.2.4.2. Incongruência

A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência


e a comunicação desta. A incongruência pode ser sentida como tensão, ansiedade ou, em cir-
cunstâncias mais extremas, como confusão interna.

EXEMPLO
Um paciente internado em hospital psiquiátrico que declara não saber onde está, em que
hospital, qual a hora do dia, ou mesmo quem ele é, está exibindo alto grau de incongruência.

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2.2.5. Tendência à Autoatualização

Esta tendência atualizante sugere que há um impulso inato dentro de cada ser humano
voltado para o desenvolvimento pleno de suas potencialidades. Rogers compreende o impul-
so em direção à saúde como força motriz numa pessoa que está funcionando de modo livre,
não paralisada por eventos passados ou por crenças correntes que mantinham incongruência
(FADMAN E FRAGER, 2002).

2.2.6. Crescimento Psicológico

Rogers acredita na existência de forças naturais inerentes ao organismo que o impulsio-


nam positivamente em direção à saúde e ao crescimento. Trata de uma tendência e um movi-
mento natural para resolução diante do conflito (FADMAN E FRAGER, 2002).

2.2.7. Obstáculos ao Crescimento

Os obstáculos ao crescimento aparecem na infância e são aspectos normais do desenvolvimento.

EXEMPLO
Quando a criança começa a tomar consciência do self, desenvolve uma necessidade de amor
ou “consideração positiva”.

Esta necessidade é universal e existe em todo ser humano. A criança considera o amor
algo tão importante que acaba por ser conduzida, não pela característica agradável ou desa-
gradável dos seus comportamentos, mas pela promessa de afeto. Sendo assim, as crianças
tendem agir de forma a assegurar amor ou aprovação (FADMAN E FRAGER, 2002).

2.3. Teoria Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC)


Ao longo dos tempos a TCC vem evoluindo em seus modelos conceituais e nos últimos
anos, convencionou-se dividir a história das terapias de base cognitiva e comportamental em
três períodos - referidos como “ondas”.
No Brasil, temos uma “cronologia invertida”, pois enquanto nos EUA foi necessária a che-
gada da terceira onda para a popularização das terapias com foco externalista, no Brasil, as
terapias deste tipo, representadas pela Terapia Analítico-Comportamental, entre outras, já es-
tavam estabelecidas desde a primeira onda brasileira, por volta dos anos de 1970. Além disso,
vale lembrar a inexistência de superioridade das ondas mais recentes em relação às mais an-
tigas, estando a divisão nestes três momentos mais relacionada a uma organização didática
e histórica das ideias.

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2.3.1. A Primeira Onda: Terapia Comportamental

O termo Terapia Comportamental foi introduzido por pelos menos três diferentes grupos
de pesquisadores:

Durante a primeira onda, o principal objetivo era a eliminação das respostas indesejadas e
das reações emocionais avaliadas como inadequadas por meio de técnicas. Além disso, este
grupo de terapias era caracterizado por um rigor experimental que, segundo alguns autores,
limitou o estudo de questões humanas menos objetivas, que foram relegadas para tradições
menos empíricas (OSÓRIO et. all., 2022).
O modelo comportamental tem uma de suas origens no final do século XIX, com os tra-
balhos de Pavlov (Condicionamento Pavloviano, Clássico ou Respondente). Outros trabalhos
como os de Watson e Mary Cover Jones, Skinner, entre outros, foram necessários para que o
desenvolvimento das intervenções que mais tarde vieram a ser chamadas de Terapia Compor-
tamental se constituíssem como uma modalidade de tratamento psicológico. Os trabalhos
de Watson se propõe a estudar o comportamento observável por meio do método científico
experimental, a fim de prevê-lo e controlá-lo (OSÓRIO et. all., 2022).

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No início de 1970 houve um grande questionamento das práticas comportamentais, uma


vez que eram consideradas demasiadamente rígidas. Tal situação culminou na tentativa de
acrescentar componentes cognitivos às técnicas existentes, o que facilitou o surgimento das
abordagens cognitivas. Neste movimento, vale ressaltar o trabalho de Albert Bandura (1925).
Seus estudos sobre aprendizagem social enfatizam a modificação do comportamento do indi-
víduo através da interação e observação de outros indivíduos. Para ele, a aprendizagem pode
ocorrer por meio da exposição do indivíduo a contingências sociais (relação de dependência
entre variáveis do organismo e do ambiente social), mas também, sem que o indivíduo te-
nha sido diretamente exposto às situações, ou seja, indiretamente, por meio da observação
das contingências às quais outros indivíduos foram expostos. Segundo ele, a maior parte do
comportamento humano seria aprendido pela observação de outros, em processo chamado
modelação. Após Bandura houve um avanço nas pesquisas que acrescentam os processos
cognitivos aos modelos comportamentais, o que contribuiu para o surgimento da abordagem
cognitivo-comportamental.

2.3.2. A Segunda Onda: o Modelo Cognitivo

A segunda onda das TCC’s surgiu com o modelo cognitivo. O modelo cognitivo propõe que
os transtornos psicológicos são derivados de um modo distorcido/disfuncional de perceber a
si mesmo, os outros/o mundo e o futuro (denominada tríade cognitiva). Neste sentido, estas
distorções de pensamento influenciam e são afetadas pelas emoções e pelo comportamento.
É possível dividir as abordagens da segunda onda em Racionalistas e Construtivistas. As abor-
dagens Racionalistas pressupõem a primazia do pensamento sobre a emoção. Sendo assim,
a atividade cognitiva desencadearia uma resposta emocional, fisiológica e comportamental
subjacente. Já as abordagens Construtivistas enfatizam o papel das emoções na atividade
cognitiva. Entretanto, ambas as abordagens são consideradas abordagens das terapias cogni-
tivas, pois são fundamentadas no conceito de influência mútua entre razão e emoção.

2.3.2.1. Principais Autores da Segunda Onda

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As abordagens de Beck e de Ellis são consideradas abordagens Racionalistas, pois visam


à reformulação de padrões disfuncionais de pensamentos, responsáveis por alterações no
estado de humor e comportamentos. Por outro lado, a abordagem Construtivista de Mahoney
prioriza as emoções como ponto central do entendimento do funcionamento mental.
A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psicoterapia baseada em
evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.
Dentre os pressupostos básicos TC tem-se que:
a) a cognição afeta as emoções e comportamentos;
b) a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada;
c) alterando as cognições pode-se modificar as emoções e comportamentos subjacentes.
Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si, que estão entre as
causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo.

Obs.: A maneira com que esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensa-
mento Automático (PA), os quais podem ser definidos como pensamentos espon-
tâneos, diretamente ligados a situações e disponíveis à consciência após um
treino adequado.

Os PA’s distorcidos são frequentes nos transtornos psicológicos e apresentam


distorções cognitivas,

EXEMPLO
Inferência arbitrária (tirar conclusões a partir de poucas evidências), abstração seletiva (pres-
ta-se atenção em apenas alguns aspectos e não se consegue ver o todo), previsão de futuro
(antecipar o futuro de forma tão horrível que será insuportável), desqualificação do positivo
(desqualificar e descontar as experiências e acontecimentos positivos insistindo que estes
não contam), leitura mental (acredita-se tem certeza dos pensamentos ou intenções do outro
sem evidências suficientes).

2.3.2.2. A Origem dos Pensamentos Automáticos (PA’s)

Os PA’s são oriundos de Crenças Centrais (ou Nucleares). As crenças centrais consti-
tuem o modo mais profundo da estrutura cognitiva e são compostas por ideias rígidas e
globais que o indivíduo tem sobre si mesmo, sobre os outros, o mundo e também sobre o
futuro. Estas crenças se desenvolvem na infância como uma tentativa de organização do
mundo interno e externo.

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Tais crenças influenciam o modo como indivíduo lida com o mundo, levando-o a sele-
cionar detalhes sobre o ambiente e a lembrar dados relevantes que confirmem esta crença.
A partir das crenças centrais, desenvolvem-se outras categorias de crenças denominadas
crenças intermediárias (também denominadas crenças condicionais ou crenças regra).
As crenças intermediárias não estão diretamente ligadas a situações e costumam ocorrer
em forma de suposições ‘se... então...’ ou regras ‘tenho que’, ‘deveria’. As crenças intermediárias
revelam as estratégias compensatórias, que são comportamentos por meio dos quais o indi-
víduo imagina que suas crenças centrais negativas serão encobertas ou não se manifestarão.

EXEMPLO
Se uma pessoa com a crença central ‘eu sou incompetente’ ativada e associada à crença
intermediária ‘se eu sou incompetente então tenho que me empenhar o máximo’, pode enga-
jar-se em tarefas extremamente difíceis (estratégia compensatória) para encobrir a crença
central ‘sou incompetente’.

As crenças intermediárias refletem ideias ou entendimentos mais resistentes à mudança


que os pensamentos automáticos. Segundo a TC, as distorções cognitivas não são os úni-
cos fatores associados aos transtornos mentais. Outros fatores como predisposição genética,
alterações bioquímicas, conflitos interpessoais também estão relacionados aos transtornos
mentais e as distorções cognitivas os agravam ou os mantém.

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2.3.3. A Terceira Onda: Abordagens Integrativas

As abordagens da Terceira Onda foram desenvolvidas no início da década de 1990, quando


analistas do comportamento norte-americanos propuseram um modelo de terapia baseado
na análise do comportamento, com o objetivo de se diferenciar dos ecléticos terapeutas com-
portamentais, dando origem à clínical behavior analysis (análise do comportamento clínica).
São propostas que adotam o externalismo da análise do comportamento, mantém o foco na
cognição e na emoção, das TCC’s, substituindo a ideia de modificação dos comportamentos
e sentimentos/cognições, característicos da primeira e segunda onda, respectivamente, pela
aceitação deles, enfatizando a relação do indivíduo com os eventos psicológicos.

 Obs.: A ideia é que os pensamentos não devem controlar diretamente a ação, mas sim os
valores do indivíduo. Outra característica marcante da terceira onda é a integração de
diferentes conceitos e técnicas. A maioria destas abordagens compartilha os pressu-
postos das abordagens de base cognitiva ou comportamental e utilizam suas técnicas.

Entretanto, integram à sua prática clínica estratégias do tipo Mindfulness, técnicas da Ges-
talt Terapia, aceitação e outras escolas de psicoterapia. Além disso, muitas delas fundamen-
tam seu entendimento (além do comportamento) em teorias como Teoria Evolucionista, Teoria
do Apego e Psicanálise. Exemplos de modelos integrativos são: Terapia de Aceitação e Com-
promisso, Psicoterapia Analítica Funcional, Terapia do Esquema, a Terapia Comportamental
Dialética, e Terapia Cognitiva Processual.

2.3.4. Conceitos da Técnica em TCC

A TCC é um tipo de intervenção psicoterápica breve (de 10 a 20 sessões), com foco na re-
solução dos problemas atuais do cliente. As sessões de psicoterapia possuem uma estrutura
em que o cliente participa ativamente de sua construção.
Na estrutura das sessões tem-se:
a) verificação do humor (como o paciente sente-se naquele dia e semana anterior);
b) discussão da agenda para a sessão (organiza-se tópicos a serem conversados na
sessão do dia);
c) feedback da sessão anterior (se e como a sessão anterior ajudou o paciente);
d) revisão da tarefa de casa (dificuldades e aprendizados com a tarefa de casa);
e) discussão dos itens da agenda e planejamento nova tarefa de casa (o cliente elabora
ativamente sua tarefa de casa baseado nos tópicos da sessão);

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f) resumo a sessão e feedback (no início do tratamento o terapeuta faz o resumo da ses-
são, posteriormente o cliente faz o resumo).
O objetivo principal da TCC é a reestruturação cognitiva do cliente, envolvendo seus esque-
mas, crenças e atitudes.
Como trata-se de uma abordagem que preconiza a participação ativa do paciente, é pré-
-requisito que estes possuam alta motivação, boa capacidade de tolerância à ansiedade, boa
aliança terapêutica. Por outro lado, a TCC é contraindicada para pacientes com alto nível de
ansiedade, dificuldade de vínculo, ausência de motivação, psicose aguda e deficiência mental
grave (nesses casos, há necessidade de adaptação das técnicas).

2.3.4. Psicoterapia de Grupo

O interesse pelo estudo do comportamento e da psicologia dos grupos data do século 20,
onde se destacam as contribuições de Le Bom e Freud, acerca da influência dos fenômenos
sociais/grupais na constituição do sujeito. Os primeiros relatos do uso psicoterapêutico dos
grupos ocorreram nos EUA, no início dos anos 1900, com as experiências de Pratt, Lazel e
Marsh. Em 1908, Joseph Pratt, um médico americano, considerado hoje o precursor da psi-
coterapia de grupo, adotou o uso de tais grupos no tratamento de pacientes tuberculosos por
motivos econômicos e de ordem prática. Duas vezes por semana, realizava encontros com
cerca de 20 a 30 pacientes, discutindo aspectos da saúde e da condição de vida (por meio de
conselhos, instruções e apoio), observando melhoras consideráveis nestes quesitos, sobre-
tudo em função do reconhecimento, por parte dos doentes, de que não eram os únicos com
vivências de sofrimento, e que o mesmo poderia ser compartilhado e acolhido. E.W. Lazell, em
1921, publicou um artigo no periódico Psychoanalytic Review intitulado “The group treatment
of dementia praecox’, relatando sua experiência na condução de um grupo de pacientes inter-
nados com demência precoce (hoje denominada esquizofrenia), onde temas diversos eram
discutidos com um enfoque psicanalítico. Ele apontou que a participação dos pacientes nos
grupos favorecia um avanço no tratamento do transtorno. Marsh, se apropriando destas expe-
riências prévias, iniciou uma atividade de grupo com pacientes psicóticos internados, reunindo
cerca de 200 a 400 deles, três vezes por semana com o objetivo de “integrar a mente, a emoção
e a atividade motora” (p.3). Posteriormente estendeu este tipo de trabalho aos familiares dos
pacientes, trazendo esta contribuição inovadora. Com o passar do tempo, esta prática foi sen-
do apropriada por outros psiquiatras, no tratamento de pacientes psiquiátricos institucionali-
zados, e posteriormente a nível ambulatorial. Destaca-se a grande expansão desta modalidade
de tratamento durante e pós 2ª Guerra Mundial, em função da grande demanda de problemas
emocionais associados à guerra e a escassez de equipes de tratamento, sendo importantes
os trabalhos desenvolvidos por S.H. Foulkes, W. Bion e Moreno, estimulando e expandindo o
uso de tal recurso para uso com outras populações específicas nas áreas da saúde, social,
educacional e organizacional.

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Assim como na psicoterapia individual, as psicoterapias de grupo são realizadas tendo-se


por referência diferentes abordagens teóricas e técnicas, e diferentes objetivos, entre eles:

Sob a perspectiva da técnica, os grupos podem ser:


1) fechados ou abertos (número fixo ou não de membros),
2) homogêneos ou heterogêneos (quanto às queixas, características clínicas, sociodemo-
gráficas, entre outras),
3) ter duração pré-determinada ou não, número de participantes e periodicidade (diário,
mensal) variados.
A opção por alguma destas especificidades se associa diretamente aos objetivos terapêu-
ticos do grupo e às características da população-alvo. Os grupos terapêuticos são vistos como
um contexto privilegiado para o aprendizado do relacionamento humano.
Segundo Bechelli e Santos os grupos “facilitam a identificação, a revelação de parti-
cularidades e intimidades, o oferecimento de apoio ao semelhante, o desenvolvimento de
um objetivo comum, e a resolução das dificuldades e dos desafios que se assemelham”
(p.6). Fora isto, os grupos apresentam fatores terapêuticos específicos e únicos conforme
apontado brilhantemente na obra de Vinogradov e Yalon.
Estes autores destacaram a presença de pelo menos 11 fatores terapêuticos grupais:
Instalação de esperança, universalidade, oferecimento de informação, altruísmo, desenvol-
vimento de técnicas de socialização, comportamento imitativo, catarse, reedição corretiva do
grupo primário, fatores existenciais, coesão e aprendizagem interpessoal.
A efetividade das psicoterapias de grupo é também comprovada por inúmeros estudos e
sua aplicação tem espaço consolidado no tratamento, sobretudo dos sintomas/transtornos
mentais, seja como terapia primária ou coadjuvante.

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2.4. Teoria Psicoterápica Sistêmica


O Pensamento Sistêmico, hoje disseminado nas diversas áreas do conhecimento, ganhou
um arcabouço teórico e reconhecimento na primeira metade do século XX. Embora suas bases
tenham sido formuladas entre as décadas de 30 e 40, o processo de mudança do paradigma
mecanicista para o ecológico tem ocorrido de forma não linear há muitos séculos, com retro-
cessos e avanços nos vários campos da ciência.

2.4.1. Precursores Históricos do Pensamento Sistêmico e a Teoria Geral


dos Sistemas

O biólogo austríaco Ludwig Von Bertalanffy apresenta a Teoria Geral dos Sistemas e,
em 1940, e o matemático norte-americano Norbert Wiener inicia a elaboração da Ciberné-
tica. Ambas as teorias tiveram desenvolvimento paralelo no século XX e configuram os
limites paradigmáticos para a Teoria Sistêmica, em conjunto com a influência da Teoria da
Comunicação Humana, criada por Gregory Bateson e Paul Watzlawick. A seguir, tratar-se-á
de cada uma das teorias supracitadas.
Desde a década de 1920, quando inicia sua carreira como biólogo em Viena, Ludwig
Von Bertalanffy critica a predominância do enfoque mecanicista tanto na teoria quanto
na pesquisa científica. Em 1925, ele publica suas ideias em alemão e, em 1930, lança al-
guns artigos na Inglaterra. Na década seguinte, o autor apresenta sua teoria do organismo
considerado como sistema aberto. Em meio ao contexto da Segunda Guerra Mundial, as
ideias de Bertalanffy não foram bem aceitas em um primeiro momento. O biólogo conhece
então, a Teoria da Cibernética que florescia nos Estados Unidos e passa a ser influenciado
por ela. Em 1960, Bertalanffy começa a ministrar conferências nos Estados Unidos e em
1967 e 1968 publica a Teoria Geral dos Sistemas por meio de uma editora canadense e,
em função da maior propagação de suas ideias, que passam a estar disponíveis em língua
inglesa, a Teoria ganha visibilidade (VASCONCELLOS, 2010).
A Teoria Geral dos Sistemas também é conhecida por Teoria Sistêmica. Contudo, elas são
diferentes, visto que a Teoria Geral dos Sistemas é mais ampla e abarca todas as áreas do co-
nhecimento (Física, Química, entre outras). Já a Teoria Sistêmica está mais voltada para a área
da Psicologia. Para fins práticos, elas serão utilizadas como sinônimos, o que não se mostra
errôneo, mas faz-se essa ressalva para fins didáticos e de esclarecimento (COSTA, 2010).
Bertalanffy confere importância ao Pensamento Sistêmico como um movimento científi-
co por meio de suas concepções de sistema aberto e de sua Teoria Geral dos Sistemas. De
acordo com o autor, organismos vivos são sistemas abertos que não podem ser descritos pela
termodinâmica clássica, que trata de sistemas fechados em estado de equilíbrio térmico ou
próximo dele. Os sistemas abertos podem se alimentar de um contínuo fluxo de matéria e de
energia extraídas e devolvidas ao meio ambiente. Mantêm-se, portanto, afastados do equilíbrio
em um estado quase estacionário ou em equilíbrio dinâmico (CAPRA, 2006).

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O objetivo da Teoria Geral dos Sistemas se constituía em estudar os princípios universais


aplicáveis aos sistemas em geral, sejam eles de natureza física, biológica ou sociológica. Ber-
talanffy conceitua sistema como um complexo de elementos em estado de interação. A inte-
ração ou a relação entre os componentes torna os elementos mutuamente interdependentes
e caracteriza o sistema, diferenciando-o do aglomerado de partes independentes (VASCON-
CELLOS, 2010). A Teoria Geral dos Sistemas combina conceitos do Pensamento Sistêmico
e da Biologia (COSTA, 2010), incidindo na generalização do Modelo Organicista, ou seja, na
noção de que o universo pode ser pensado como um grande organismo vivo (PINHEIRO, CRE-
PALDI, & CRUZ, 2012). Assim, pressupõem-se que os fenômenos não podem ser considerados
isoladamente, e sim, como parte de um todo.
Os conceitos básicos da teoria são: homeostase, morfogênese, circularidade (VAS-
CONCELLOS, 2010).

Ao pensar sobre os Sistemas destacados na Teoria Sistêmica, é importante destacar que


os sistema aberto, o resultado de seu funcionamento independe do ponto de partida, ou seja,
o equilíbrio é determinado pelos parâmetros do sistema; diferentes condições iniciais geram
igualdade de resultados e diferentes resultados podem ser gerados por diferentes condições
iniciais. Desta forma, nos sistemas fechados o estado de equilíbrio é dado pelas condições
iniciais (BARCELLOS & MORÉ, 2007; OSORIO, 2002; VASCONCELLOS, 2010).
A Teoria Geral dos Sistemas também fez uso do conceito de retroalimentação ou fee-
dback que emergiu na cibernética o qual garante a circulação de informações entre elemen-
tos do sistema. A retroalimentação pode ser negativa, o que acontece quando esse mantém
a homeostase, ou positiva, ocorre quando o sistema responde pela mudança sistêmica (mor-
fogênese) (VASCONCELLOS, 2010).
Na década de 1940, aportes teóricos se articularam à Teoria Geral dos Sistemas: a Ciber-
nética e a Teoria da Comunicação.

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2.4.2. A Cibernética

A Teoria da Cibernética foi desenvolvida pelo matemático americano, e professor do Mas-


sachussets Institute of Technology (MIT), Norbert Wiener (1894-1964). No início da década de
1940, Wiener participava de reuniões vinculadas à escola de Medicina de Harvard nas quais se
discutia o método científico. Estas reuniões tinham uma proposta interdisciplinar, pois partici-
pavam professores e pesquisadores de diversas áreas que se interessavam pelo tema. Assim,
Wiener conheceu Walter Cannon e Arturo Rosenblueth (fisiologistas), com os quais iniciou dis-
cussões que deram início ao pensamento que originou a Cibernética (VASCONCELLOS, 2010).
Naquela época, o mundo vivia a Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos começou a
financiar pesquisas que pudessem contribuir para a melhoria das máquinas de guerra. Com
isso, Wiener, em parceria com Rosenblueth e com o engenheiro eletrônico Julian Bigelow, criou
um projeto que aprimorou a artilharia antiaérea. Wierner desenvolveu programas e “máquinas
computadoras” que tinham conexão com o sistema nervoso humano. A ideia de Wierner e dos
pesquisadores com quem trabalhava era de projetar máquinas que tivessem performance de
funções humanas. Nas pesquisas realizadas para a execução do projeto, Wiener e Bigelow
criaram o conceito de feedback, também chamado de realimentação ou retroação (como já
mencionado anteriormente), o qual foi desenvolvido para explicar de que forma pode-se corri-
gir desvios a máquinas computadorizadas, os quais eram essenciais para a guerra e se fazia
analogia entre o funcionamento do sistema nervoso e o funcionamento das máquinas de com-
putação (VASCONCELLOS, 2010).
Em 1944, houve um encontro em Princenton para discutir “Cibernética”, do qual participa-
ram engenheiros, projetistas de máquinas computadorizadas, fisiologistas, neurocientistas e
matemáticos. Em 1946, acontece a 1ª Conferência Macy em Nova Iorque, a qual teve como
tema “Feedback” e que contou com a presença dos pesquisadores acima citados e de psicó-
logos, antropólogos, economistas e especialistas na Teoria dos Jogos. O encontro pretendia
reunir cientistas que pudessem ajudar na compreensão do sistema nervoso, comunidades so-
ciais e meios de comunicação. Nos anos subsequentes, houve várias conferências Macy e po-
de-se afirmar que o arcabouço teórico da Cibernética foi construído nestes encontros. A partir
dessas reuniões, a área foi reconhecida por inúmeras realizações tecnológicas, tais como:
aparelho que permite aos cegos a leitura auditiva de um texto impresso, computadores ultrar-
rápidos, próteses para membros perdidos, máquinas artificiais com performances altamente
elaboradas, pulmão artificial, máquina de jogar xadrez, aparelho auditivo para deficientes au-
ditivos, máquinas para atuarem em situações em que o trabalho implica risco para o homem,
dentre outras invenções (VASCONCELLOS, 2010).

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Desta forma, no final de década de 1940, Wierner escreveu sobre a Teoria da Cibernética,
também chamada de “Ciência da Comunicação”. O termo Cibernética origina-se da palavra gre-
ga kybernetes que significa piloto, condutor. Desta forma, tal teoria apresenta uma tendência
mecanicista por sua associação com máquinas ou sistemas artificiais. A preocupação do au-
tor era com a construção de sistemas que reproduzissem os mecanismos de funcionamento
de sistemas vivos (VASCONCELLOs, 2010).
Para Wiener, o propósito da Cibernética era o de desenvolver uma linguagem e técnicas
que permitissem abordar o problema da comunicação e do controle em geral. Portanto,
considerava que a mensagem era o elemento central, tanto na comunicação quanto no
controle, ou seja, quando nos comunicamos enviamos uma mensagem e, da mesma for-
ma, quando comandamos. A mensagem pode ser transmitida por meios elétricos, mecâni-
cos ou nervosos e é considerada uma sequência de eventos mensuráveis, distribuídos no
tempo (VASCONCELLOS, 2010).
Por esta razão, o antropólogo Gregory Bateson, que também participava das conferên-
cias Macy, desenvolve a Teoria da Comunicação que contribui de forma significativa para
a melhoria das máquinas Cibernéticas. A Teoria da Cibernética divide-se em Cibernética de
1ª ordem e de 2ª ordem.

A 1ª Cibernética trata dos processos morfoestáticos (manutenção da mesma forma), resul-


tantes da retroalimentação negativa ou retroação autorreguladora, a qual conduz o sistema de
volta a seu estado de equilíbrio homeostático, otimizando a obtenção da meta. Assim, trata da
capacidade de auto estabilização ou de automanutenção do sistema (VASCONCELLOS, 2010).
Já a 2ª Cibernética trata dos processos morfogenéticos (gênese de novas formas), resul-
tantes de retroalimentação positiva ou retroação amplificadora de desvios, amplificação que
pode - caso não produza a destruição do sistema e se a estrutura do mesmo permitir - promo-
ver sua transformação, levando-o a um novo regime de funcionamento. Trata da capacidade de
auto-mudança do sistema (VASCONCELLOS, 2010).

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2.4.3. A Teoria da Comunicação

Gregory Bateson (1904-1980), antropólogo inglês, se utilizou das teorias acima citadas para
desenvolver a Teoria da Comunicação. O autor, junto com seus colaboradores de Palo Alto (Ca-
lifórnia), descreveu a comunicação patogênica na família do esquizofrênico e apresentou a hi-
pótese do duplo vínculo, ou seja, uma forma de comunicação paradoxal que tem profundas im-
plicações nas relações interpessoais. Bateson fazia uso de analogias, metáforas e histórias por
acreditar que esses recursos eram um caminho para o estudo das relações (OSÓRIO, 2002).
A teoria também apresenta o conceito da metacomunicação (comunicação sobre
a comunicação) e o uso de mensagens congruentes ou incongruentes (WATZLAWICK,
BEAVIN, & JACKSON, 1973).
A Teoria da Pragmática da Comunicação Humana afirma que a comunicação afeta o com-
portamento ocasionando implicações nas relações interpessoais. De acordo com Watzlawick
et al. (1973), “atividade ou inatividade, palavras ou silêncio, tudo possui valor de mensagem,
influencia os outros, e estes outros que, por sua vez, não podem não responder a essas comu-
nicações, estão, portanto, comunicando também” (p. 45).
Além disso, Bateson e Watzlawick preconizaram que a teoria também abarca os cinco
axiomas que são:
1) É impossível não comunicar;
2) Toda comunicação tem aspecto de relato (conteúdo) e de ordem (relação);
3) A natureza de uma relação está na contingência da pontuação das sequências comuni-
cacionais entre os comunicantes (cada comportamento é causa e efeito do outro);
4) Os seres humanos se comunicam de maneira digital (comunicação verbal) e analógica
(comunicação não-verbal);
5) Todas as permutas comunicacionais ou são simétricas ou complementares, e estão
baseadas na igualdade ou na diferença (WATZLAWICK et al. 1973).

2.4.4. Critérios Fundamentais do Pensamento Sistêmico e a Prática Sistêmica


no Campo da Psicologia

A palavra “sistema” deriva do grego synhistanai que significa colocar junto. O entendimento
sistêmico requer uma compreensão dentro de um contexto, de forma a estabelecer a natureza
das relações. Cada um dos sistemas forma um todo com relação as suas partes e também é par-
te de um todo. A existência de diferentes níveis de complexidade com diferentes tipos de leis ope-
rando em cada nível forma a concepção de “complexidade organizada” (VASCONCELLOS, 2010).
O primeiro dos critérios fundamentais do Pensamento Sistêmico se refere à mudança das
partes para o todo. Outro critério diz respeito à capacidade de deslocar a atenção de um lado
para o outro entre níveis sistêmicos (VASCONCELLOS, 2010).
Por fim, o último critério se refere à mudança da ciência objetiva para a epistêmica; o
método de questionamento torna-se parte integral das teorias científicas. A compreensão do
processo de conhecimento precisa ser explicitamente incluída na descrição dos fenômenos
naturais, de forma que tais descrições não são objetivas (CAPRA, 2006; GRANDESSO, 2000;
VASCONCELLOS, 2010).

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Fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas proposta por Bertalanffy, na Cibernética de


Wiener e na Teoria da Comunicação, formulada por Bateson e Watzlawick, surge a prática sistê-
mica. Capra destaca que “com o forte apoio subsequente vindo da Cibernética, as concepções
de Pensamento Sistêmico e de Teoria Sistêmica tornaram-se partes integrais da linguagem
científica estabelecida, e levaram a numerosas metodologias e aplicações novas” (1996, p. 53).
No campo da Psicologia Clínica, a Teoria Sistêmica passa a ganhar força trazendo a pro-
posta de mudança no foco das teorias clínicas do indivíduo para os sistemas humanos, ou
seja, do intrapsíquico para o interrelacional. Dessa forma, nas décadas de 50 e 60, ocorre um
movimento de combinação entre abordagens já consolidadas, tais como a psicanalítica, e no-
vos conceitos baseados na Teoria dos Sistemas, na Cibernética e na Teoria da Comunicação.
(KREPPNER, 2003, p. 202).
O Pensamento Sistêmico passa a ser o substrato de propostas de intervenção para a clíni-
ca de família. Dessen (2010) ressalta a relevante contribuição da Teoria Sistêmica da família,
a partir da segunda metade do século XX, visto que trouxe um novo olhar para o contexto
familiar. A adoção da Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um sistema
complexo, composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como o
conjugal e o parental (KREPPNER, 2000).

2.4.5. Desenvolvimento das Escolas de Terapia de Família

Nas décadas de 1960 e 1970, várias escolas se diferenciaram no que se refere as


terapias sistêmicas:
• ESCOLA TRIGERACIONAL: Murrey Bowen – terapia familiar, mesmo trabalhando as vezes
com um adulto da família estabelece-se relação com o contexto familiar até 3 gerações

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• ESCOLA EXISTENCIAL: Carl Whitaker e Virgínia Satir – enfatizam o trabalho intenso com
as emoções e vivências no aqui e agora da família e do terapeuta.

• TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL: Salvador Minuchin – enfatiza as questões organiza-


cionais da família na gênese e na resolução de problemas.

• ESCOLA COMUNICACIONAL: Escola de Palo Alto (EUA) – Fundada por Gregory


Bateson e outros intelectuais como Paul Watzlawick - o trabalho concentra-se nas
comunicações interpessoais verbais e não- verbais que se estabelecem na tentativa
infrutífera de resolver o sintoma.

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• ESCOLA ESTRATÉGICA: Jay Haley – intervenções terapêuticas que tendem a reestru-


turar o funcionamento familiar estabelecido em torno do sintoma. Desenvolveram-se
também grupos de terapia familiar comportamental destinadas a extinguir sintomas.

2.4.6. Por Que Tratar a Família?

A família pode ser considerada um sistema vivo, semi-aberto, que se desenvolve e se trans-
forma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais dá continuidade e se
transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar em conta pelo menos
três gerações (ANDOLFI et al., 1984)

2.4.7. A Família com Bom Funcionamento

A família é mais do que uma soma de seus membros. É um sistema vivo com leis próprias
de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a dupla capacidade de morfogê-
nese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que garante a esta-
bilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971).

 Obs.: Famílias com bom funcionamento = todos os membros desenvolvem-se de acordo


com suas necessidades.

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CARACTERÍSTICAS DAS FAMÍLIAS COM BOM FUNCIONAMENTO


• Igualdade de poder entre os cônjuges;
• Ampla expressão de ideias e afetos;
• Incentivo a autonomia pessoal com respeito às necessidades do outro;
• Percepção e respeito pela interdependência entre os membros da família;
• História familiar compartilhada;
• Capacidade de usar adequadamente o humor;
• Envolvimento com grupos e movimentos sociais.

2.4.8. Mudanças ao Longo do Ciclo Familiar

FASES DO CICLO VITAL


CARACTERÍSTICAS
DA FAMÍLIA
Individuação do adulto Conhecimento de si mesmo
• afinidades culturais, religiosas, políticas e de classe social = maior
Casamento facilidade de ADAPTAÇÃO entre os cônjuges;
• papel do homem e da mulher
• acomodação de uma terceira pessoa;
• Triângulo relacional = cuidado com a interferência da atenção da mãe ao
filho e descuido na relação conjugal;
Nascimento do • Diminuição dos contatos externos para aquisição de novos hábitos (família);
primeiro filho • Reaproximação dos avós = cuidados do bebê (é importante que essa
colaboração seja oferecida sem competição com os pais)
• Famílias de dupla carreira têm desafios próprios a resolver na divisão das
tarefas da casa e dos cuidados dos filhos.
• Preparação familiar para a chegada da nova criança = irmãos que sofrem
com medo de perder seu lugar na família;
Família com filhos • pais devem adequar seus cuidados à idade e personalidade de cada um
pequenos dos filhos;
• educação – capacidade de criar filhos saudáveis as exigências da vida fora
de casa: creche, escola....;
• crise de desenvolvimento = tanto dos pais que precisam compreender
as mudanças ocorridas consigo a partir da idade; quanto dos filhos que
Família com filhos
buscam liberdade e definição de sua identidade;
adolescentes
• Escolha profissional dos filhos;
• Namoro dos filhos
• Saída dos filhos de casa;
• Preparação para a velhice
Síndrome do “ninho vazio”
O
� bs.: Nas classes populares, essa síndrome dificilmente ocorre =
ou família da maturidade
adolescentes tem filhos e são acolhidos na casa dos pais = falta de perspectiva
econômica e social dos adolescentes e de suas famílias.

 Obs.: Conhecer as mudanças que ocorrem ao longo do ciclo vital das famílias orienta o
tratamento.

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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
Ariete Bittencourt Pinto

RESUMO

• Teoria Psicoterápica Psicanalítica:

A psicanálise tem como marco o trabalho de Freud intitulado ‘A interpretação dos Sonhos’,
considerada, por ele mesmo, sua obra mais importante. Para Freud, os sonhos seriam a forma
através da qual se teria acesso à dimensão inconsciente da vida psíquica, sendo eles uma
expressão dos desejos mais íntimos do indivíduo e dos mecanismos de censura que operam
para mascarar tais desejos, conhecidos como repressão.
Uma das contribuições significativas de Freud foi a construção de uma teoria sobre o in-
consciente, pré-consciente e consciente
• Teoria Psicoterápica Humanista:

Uma das contribuições de Carl Rogers e que ele acreditava mais importante foi a descrição
de uma pessoa totalmente funcional. Uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para che-
gar a autorrealização. O indivíduo com funcionamento integral possui variadas características,
dentre elas (FADMAN E FRAGER, 2002).
• Terapia Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC)

Como trata-se de uma abordagem que preconiza a participação ativa do paciente, é pré-
-requisito que estes possuam alta motivação, boa capacidade de tolerância à ansiedade, boa
aliança terapêutica. Por outro lado, a TCC é contra-indicada para pacientes com alto nível de
ansiedade, dificuldade de vínculo, ausência de motivação, psicose aguda e deficiência mental
grave (nesses casos, há necessidade de adaptação das técnicas).
• Terapia Psicoterápica Sistêmica:

A adoção da Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um sistema com-


plexo, composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como o conju-
gal e o parental (KREPPNER, 2000).

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MAPA MENTAL

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EXERCÍCIOS
001. (2022/IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA) Relacione a
Coluna 1 à Coluna 2, associando autores com descrições de teorias da personalidade
(HANSENNE, 2003).
Coluna 1
1. Sigmund Freud.
2. Carl Rogers.
3. Aaron Beck.
4. B. F. Skinner.
Coluna 2
( ) No caso da depressão, o autor postulou que os doentes deprimidos têm distorções
cognitivas, que fazem com que eles decodifiquem a realidade de maneira inadequada.
Com base nisso, o autor elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modifica-
rem as distorções cognitivas.
( ) Trabalhou com conceitos fundamentais para o desenvolvimento da personalidade, em espe-
cial: a empatia, a consideração positiva incondicional e a congruência.
( ) Os elementos mais importantes desta teoria são: a personalidade é um conjunto dinâmico
constituído por componentes em conflito, dominadas por forças inconscientes, e a sexualida-
de tem um papel crucial nesta teoria.
( ) O autor considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e
que, em função das suas consequências, elas serão ou reproduzidas ou eliminadas. Refere
ainda que os comportamentos respondem a leis: é possível controlá-los através de mani-
pulações do ambiente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4
b) 2 – 3 – 4 – 1.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 4 – 2 – 1 – 4
e) 4 – 3 – 2 – 1.

002. (INÉDITA/2022) O conceito de empatia passou a ser estudado pelo psicólogo Carl Ro-
gers com a finalidade de aplicá-lo em sua prática terapêutica conhecida por Abordagem Cen-
trada na Pessoa.

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003. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/PSICÓLOGO) Afirma-se que Carl Rogers, em


sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas plenamente funcionais ou psicologicamen-
te saudáveis quando apresentam:
a) uma mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência e de novidades, assim como
também, necessidade contínua de maximizar o seu potencial.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d)uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.

004. (INÉDITA/2022) Complete corretamente a sentença:


“________________, que foi um psicólogo _______________ que concordou com as pressuposi-
ções de __________________ e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar,
precisa de um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser
aceito como é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido)”.
a) Sigmund Freud; humanista; Maslow
b) Carl Rogers; humanista; Maslow
c) Aaron Beck; humanista; Maslow
d) Minuchin; humanista; Maslow

005. (INÉDITA/2022) Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que
o indivíduo gostaria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o
Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode
se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).

006. (INÉDITA/2022) Exemplos de Conceitos e Técnicas Humanistas:


( ) Self ideal: pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gostaria
de ter e perceber sobre si mesmo
( ) Congruência: alto grau da congruência significa que a comunicação (o que se está expressa-
do), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de consciência (o que
se está percebendo) são todas semelhantes.
( ) A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência
e a comunicação desta.
Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso a sequência
correta das proposições acima é, respectivamente:
a) V – F – V
b) V – V – V
c) F – V – V
d) V – V – F

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007. (INÉDITA/2022) Carl Rogers, em sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas ple-
namente funcionais ou psicologicamente saudáveis quando apresentam:
a) a pessoa fica mais aberta aos sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver com-
pletamente a experiência do seu organismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.

008. (INÉDITA/2022) O humanismo foi um movimento que surgiu seguindo os princípios da


Psicanálise de Freud e o Behaviorismo de Watson (FADMAN E FRAGER, 2002).

009. (INÉDITA/2022) Rogers acredita na existência de forças naturais inerentes ao organismo


que o impulsionam positivamente em direção à saúde e ao crescimento. Trata de uma tendên-
cia e um movimento natural para resolução diante do conflito (FADMAN E FRAGER, 2002).
Essa afirmativa diz respeito ao:
a) Self Ideal
b) Persona
c) Crescimento Pessoal
d) Incongruência

010. (CIAAR/2014/PSICOLOGIA) No que diz respeito aos princípios psicoterapêuticos da


abordagem centrada na pessoa, pode-se afirmar que essa modalidade terapêutica trouxe gran-
des contribuições para a psicologia. A terapia centrada na pessoa expressa a visão da perso-
nalidade humana acreditando que a melhora do paciente é responsabilidade dele, e não do
terapeuta, assim como ocorre na psicoterapia ortodoxa. (Schultz & Schultz p. 415.) A terapia
centrada na pessoa foi fundada pelo autor:
a) Carl Jung.
b) Carl Rogers.
c) Alfred Adler.
d) George Miller.

011. (2018/PREFEITURA DE MARINGÁ – PR/PSICÓLOGO/NASF) A psicanálise é uma es-


cola de psicologia fundada por Sigmund Freud. Esta escola de pensamento enfatizou a in-
fluência da mente inconsciente no comportamento. Freud acreditava que a mente humana
era composta por três elementos: o id, o ego e superego, Freud acreditava que a interação
desses três elementos foi o que levou a todos os comportamentos humanos complexos,
assim é CORRETO afirmar que:

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a) O id é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como percepção, me-
mória, sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal
influente na interação entre sujeito e ambiente externo. É um componente moral, que leva em
consideração as normas éticas existentes e atua como mediador entre id e superego.
b) O ego é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamente ligado a libido, está relacionado
a ação de impulsos é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem
conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo portanto apenas a partir de estímulos instin-
tivos, o que lhe atribui a característica de amoral.
c) O id consiste em instintos mais primitivos, enquanto o ego é o componente da personalida-
de acusado de lidar com a realidade. O superego é a parte da personalidade que mantém todos
os ideais e valores que internalizamos de nossos pais e cultura.
d) O ego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado
hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre
agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O ego é,
então, componente moral e social da personalidade.

012. (2020/PREFEITURA DE ABELARDO LUZ – SC/PSICÓLOGO) De acordo com Freud, quais


os três conceitos criados para explicar o funcionamento da mente humana.
a) Complexo de Édipo, Complexo de Castração e Nirvana.
b) Consciente, Prazer e Desprazer.
c) Inconsciente, Corpo e Prazer.
d) Id, Ego e Superego.
e) Instinto de Vida, Instinto de Morte e Instinto de Conservação.

013. (2018/PSICÓLOGO HOSPITALAR) A transferência é um conceito psicanalítico


freudiano que compreende as atitudes e os sentimentos inconscientes do paciente para
com o médico e vice-versa.

014. (INÉDITA/2022) Consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo
em nós mesmos.
a) Contratransferência
b) Racionalização
c) Negação
d) Projeção

015. (INÉDITA/2022) Acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva) são


projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais inofensiva.
a) Deslocamento
b) Projeção
c) Sublimação
d) Regressão

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016. (INÉDITA/2022) A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças
alcançou grandes avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instrumen-
to de grande importância para o trabalho psicanalítico.

017. (INÉDITA/2022) Bion se preocupou com a função analítica, estabelecendo a compreen-


são do funcionamento do par analítico paciente-analista.

018. (2014/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – CE/PSICÓLOGO) No desen-


volvimento da personalidade segundo a psicanálise o sujeito lança mão de mecanismos de de-
fesa, nesse sentido assinale a alternativa que corresponde ao mecanismo de formação reativa:
a) Reverter a um comportamento imaturo, de um estágio anterior de desenvolvimento;
b) Agir exatamente ao contrário dos seus impulsos inaceitáveis;
c) Colocar, sem saber, uma lembrança ou um pensamento desagradável no inconsciente;
d) Substituir impulsos socialmente inaceitáveis por comportamentos socialmente aceitáveis.

019. (2010/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA DE PSICOLOGIA) Julgue os itens a


seguir, relativos às teorias da personalidade.
Entre os mecanismos de defesa do indivíduo, incluem-se deslocamento, introjeção, repressão,
formação reativa e ansiedade de castração.

020. (2009/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) De acordo com o modelo dinâmico


da estruturação da personalidade, proposto por Sigmund Freud, o EGO
a) Funciona pelo princípio do prazer
b) É o responsável pelo processo primário
c) Dá juízo de realidade
d) É responsável pela internalização de normas referentes ao que é moralmente proibido

021. (INÉDITA/2022) “A família é mais do que a soma de seus membros. É um sistema


vivo com leis próprias de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a
capacidade de morfogênese e de homeostase” (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971).
Dentre as alternativas abaixo, assinale corretamente aquela que corresponde ao conceito
de morfogênese e homeostase:
a) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase - capacidade para mudar com o passar do tempo.
b) morfogênese – capacidade de resolução de conflitos e de homeostase - capacidade para
mudar com o passar do tempo.
c) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase - capacidade de perceber a pessoa na sua singularidade.
d) morfogênese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que
garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital.

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022. (INÉDITA/2022) Maurizio Andolfi (terapeuta sistêmico) considera que todo o grupo tem
sua verdade fundante que quando questionada tende a desorganizá-lo, aumentando a tensão
e ameaçando a:
a) agregação somatopsíquica
b) desintegração da matriz egóica
c) coesão do sistema
d) valorização da vida emocional

023. (INÉDITA/2022) A sistêmica passou por dois grandes movimentos conhecidos como:
Cibernética (ciência da comunicação) de Primeira ordem e Cibernética de Segunda ordem.
Frente ao exposto, relacione a primeira coluna de acordo com a segunda.
a) Cibernética de Primeira Ordem
b) Cibernética de Segunda Ordem
I – Está relaciona a técnicas de controle, automatização, inovações tecnológicas.
II – Não possui o foco no sintoma (este apenas identifica que algo não vai bem na família).
III – Marina fez terapia no intuito de trabalhar sua ansiedade. O terapeuta por sua vez, trabalhou
com técnicas de modo a extinguir seus sintomas. Ela melhorou, mas voltou a fazer sintoma. O
terapeuta acreditou que isso se deu porque Marina estaria buscando sua homeostase.
IV – Ulisses e sua família estão em processo psicoterápico a partir de uma queixa inicial que
era a separação dele/esposa e em decorrência disso, o filho de 6 anos estava apresentando
medos e insônia. O terapeuta por sua vez se desprendeu da queixa inicial para ter um olhar
global sobre a família e estabeleceu seu plano terapêutico visando trabalhar: comunicação
clara entre o casal e deles para com o filho situando-o sobre a separação do casal; os papéis
de pai e mãe; expressões de sentimentos, e outros aspectos que julgou necessário. Assinale a
alternativa correta:
a) I-A, II- A, III- B, IV- B
b) I-A, II- B, III- A, IV- B
c) I-B, II- A, III- B, IV- A
d) I-A, II- B, III- B, IV- B

024. (INÉDITA/2022) A Terapia Familiar surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Se desenvol-
veu nos Estados Unidos, na década de 1950. Nas décadas de 1960 e 1970, surgiram várias
escolas que se diferenciaram. Frente ao exposto, relacione corretamente as escolas àquilo que
a conceitua.
I – ESCOLA TRIGERACIONAL
II – ESCOLA EXISTENCIAL
III – TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL
IV – ESCOLA COMUNICACIONAL
V – ESCOLA ESTRATÉGICA

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( ) enfatiza o trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da família e do terapeuta.
( ) enfatiza as questões organizacionais da família na gênese e na resolução de problemas.
( ) usava intervenções terapêuticas que tendem a reestruturar o funcionamento familiar esta-
belecido em torno do sintoma. Desenvolveram-se também grupos de terapia familiar compor-
tamental destinadas a extinguir sintomas.
( ) trabalha as três gerações que envolvem a família ou mesmo o sujeito que esteja em
processo psicoterápico.
( ) o trabalho concentra-se nas comunicações interpessoais verbais e não- verbais que se es-
tabelecem na tentativa infrutífera de resolver o sintoma.
Circule a alternativa correta:
a) I, II, III, IV, V
b) I, V, IV, II, III
c) III, II, V, I, IV
d) II, III, V, I, IV

025. (INÉDITA/2022) Existem diversas questões que devem ser consideradas na dinâ-
mica e estrutura de uma família para que seja possível alcançar um diagnóstico do seu
funcionamento. Dentre as alternativas listadas, assinale a que não deve ser considerada
pelo terapeuta para o seu diagnóstico:
a) o nível socioeconômico e as características étnico-culturais da família.
b) o momento atual da família.
c) a capacidade da família de se comunicar e resolver conflitos.
d) a motivação da família para o tratamento.
e) a compatibilidade entre as crenças da família e as crenças do terapeuta.

026. (INÉDITA/2022) Segundo Minuchin (1980) a família pode ser considerada:


a) pessoas que convivem sem assumir o compromisso de uma ligação duradoura entre si,
incluindo uma relação de cuidado entre os adultos e deles para com as crianças e idosos que
aparecem nesse contexto.
b) mais do que uma instituição legal e jurídica, ela é um direito objetivo de encontrar acolhi-
mento para as dificuldades.
c) um sistema governado por regras compreendendo subsistemas que interagem mutu-
amente e afetam uns aos outros. O funcionamento de cada membro é determinado pela
organização familiar.
d) um grupo de pessoas dinâmicas e que gostam de estar juntas.
e) pessoas que tem uma relação de afeto.

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027. (INÉDITA/2022) Considerando os Ciclos de Vida Familiar, avalie as alternativas abaixo:


I – Os ciclos de vida familiar são os estágios evolutivos pelos quais os indivíduos e todo grupo
familiar passa em direção ao crescimento. Cada estágio caracteriza-se por um arranjo familiar
e por tarefas a serem cumpridas, para que o desenvolvimento prossiga.
II – Os períodos de transição de estágio, geralmente, são os que geram mais ansiedade e con-
flito, pois o equilíbrio e a organização da família são afetados. Nestes momentos, sintomas
podem surgir como forma de expressar as dificuldades da família em se reorganizar diante
das exigências da nova fase.
III – Os sintomas podem desaparecer com o tempo, quando o próprio sistema encontra recur-
sos para superar a crise e tem flexibilidade para utilizá-los num novo equilíbrio. Caso a família
não consiga se rearranjar devido a sua rigidez, o sintoma agrava-se nas fases subsequentes,
caracterizando um funcionamento patológico crônico.
Assinale a opção correta:
a) I-V, II-V, III-V
b) I-V, II-V, III-F
c) I-F, II-V, III-F
d) I-F, II-F, III-F

028. (INÉDITA/2022) A família pode ser considerada um sistema vivo, semiaberto, que se
desenvolve e se transforma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais
dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar em
conta pelo menos três gerações (ANDOLFI et al., 1984)

029. (INÉDITA/2022) “Quando o pai é um pai, e o filho é um filho; quando o irmão mais velho
faz o papel de Irmão mais velho e o mais novo, seu papel de irmão mais novo; quando marido
é realmente marido e a esposa uma esposa, então há ordem.” Esse texto do I Ching, dentro das
dinâmicas intrafamiliares, é um exemplo de:
a) impotência do eu isolado.
b) fundamento do bom funcionamento sistêmico familiar.
c) complementariedade dos opostos.
d) reconhecimento da regra clara.

030. (INÉDITA/2022) Considerando o CASAL, leia atentamente as opções que seguem:


I – Alguns aspectos são específicos na terapia de casais, como: o espaço de casal é o local pri-
vilegiado para crescer e aprender; na relação de casal aparece o melhor e o pior da pessoa; as
diferenças que aparecem entre os membros do casal podem ser usados como informações,
como uma oportunidade de crescimento e enriquecimento.

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II – Existem algumas questões técnicas específicas para a terapia de casal. Antes da definição,
se haverá terapia de casal ou não, é avaliada a pertinência e a disponibilidade para mudança de
cada um dos membros do casal. No desenrolar do processo, o terapeuta deve evitar alianças
com um ou outro membro que forma o casal.
III – Quando duas pessoas escolhem-se para serem um casal, vão estruturando sua forma
única de ser; aos poucos, estabelecem seu padrão de funcionamento de casal. Tal padrão es-
trutura-se a partir do padrão de funcionamento de cada um dos participantes e da relação que
se estabelece entre eles.
Frente ao exposto, assinale a opção correta:
a) I, II, III
b) I, II
c) I, III
d) II, III

031. (INÉDITA/2022) O conceito de resiliência na relação conjugal diz respeito à:


a) condição de vulnerabilidade psíquica, que alguns casais apresentam frente a situações
de conflito.
b) capacidade do casal de enfrentar as dificuldades/conflitos relacionais e alcançar a homeos-
tase (equilíbrio) após sofrer “pressões” e “deformações”.
c) características relacionais apresentadas pelo casal, que são determinadas por fatores genéticos.
d) características de superação/aprendizado pessoal observada na pessoa após passar
por dificuldades.

032. (INÉDITA/2022) Sobre Casais Funcionais é correto o que se afirma:


I – Sabem preservar sua feminilidade/masculinidade e sabem como criar momentos român-
ticos, embora não façam disso o aspecto mais importante da relação. Gostam de viver uma
lua-de-mel, mas têm plena consciência de que, na vida, tem hora para tudo.
II – Combinam amor erótico com amizade, e essa combinação é um dos objetivos fundamen-
tais da relação
III – Preocupam-se em dar coisas a si mesmos, sem depender tanto de um parceiro para ficar
de bem com a vida.
IV – Eles se fortalecem através das dificuldades do amor e da vida a dois, abrindo mão da ma-
gia em troca do real, e aprendem com os erros que cometem.
V – Sabem que as relações saudáveis sobrevivem apenas com muita dedicação e que o amor
exige esforço contínuo.
a) I, II, IV, V
b) I, III, IV, V
c) I, II, III IV, V
d) I, II, III, IV

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033. (INÉDITA/2022) Indicações de Terapia de Casal.


I – Quando a queixa é relacional: o casal está tendo dificuldades e sabe que o problema está
em seu relacionamento.
II – Quando uma das partes do casal faz sintoma: se um dos elementos do casal está tendo
algum sintoma, seja físico, emocional ou de outra área, com consciência ou não de que algo
precisa ser alterado no vínculo do casal.
III – Na evolução de um trabalho de família: quando a família é atendida por queixas familia-
res ou sintoma de um dos filhos, e após redefinições e alterações, surgem as dificuldades de
base do casal.
Avalie as situações acima e assinale a correta
a) Somente a I está correta
b) A II e III estão corretas
c) I e II estão corretas
d) I, II e III estão corretas

034. (INÉDITA/2022) Um professor corrige a tarefa escolar feita por seus alunos. Eles são
chamados um a um para levar o caderno até a mesa do professor. Este age batendo um
carimbo que associa uma figura com uma expressão elogiosa como “muito bem”, “ótimo”
ou “excelente”. E não usa figura alguma, caso não tenha feito a tarefa. Em seguida, regis-
tra quem fez e quem não fez a tarefa, dizendo que o aluno que cumprir todas as tarefas
sem erro receberá um ponto na média final bimestral. Depois, fala à classe que quem não
realizou a tarefa deverá fazer durante o horário do recreio. A conduta desse professor é
corretamente interpretada pela abordagem
a) Comportamental
b) Psicanalítica
c) Sistêmica
d) Rogeriana

035. (INÉDITA/2022) Aaron Beck desenvolveu uma forma de psicoterapia no início da dé-
cada de 1960, a qual denominou originalmente “terapia cognitiva”, hoje Terapia Cogniti-
vo-Comportamental (TCC). Usada para o tratamento da depressão, Beck concebeu uma
psicoterapia estruturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada para a
solução de problemas atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos disfun-
cionais (inadequados e/ou inúteis).

036. (INÉDITA/2022) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema
vivo, semiaberto, que se desenvolve e se transforma com o tempo - não nasce e não morre,
surge de famílias às quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para entendê-lo,
é necessário levar em conta pelo menos três gerações.

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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
Ariete Bittencourt Pinto

037. (2022/PREFEITURA DE GUARACIABA – SC/PSICÓLOGO) Sobre as diversas aborda-


gens psicológicas, registre V, para verdadeiro, ou F, para falso:
(__) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema vivo, semi aberto,
que se desenvolve e se transforma com o tempo - não nasce e não morre, surge de famílias às
quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para entendê-lo, é necessário levar
em conta pelo menos três gerações.
(__) A Terapia Cognitiva (TC) é um método psicoterapêutico fundamentado no modelo cogniti-
vo, segundo o qual a emoção e o comportamento são influenciados pela forma como o indiví-
duo interpreta os acontecimentos.
(__) Para a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), os “pensamentos automáticos” são pen-
samentos constantes, breves ou duradouros e involuntários que surgem de modo inesperado.
São mensagens específicas, discretas, que parecem taquigrafadas, compostas por palavras
curtas e essenciais. Muitas vezes a pessoa não consegue perceber esses pensamentos, tendo
apenas conhecimento da emoção que se segue.
(__) Em geral, na Terapia Familiar, durante a primeira entrevista já é possível conhecer o pacien-
te e sua família o suficiente para poder estabelecer uma hipótese diagnóstica. O diagnóstico é
um processo dinâmico que precisa ser refeito ao longo do tratamento à medida que a família
e os indivíduos vão mudando.
(__) A eficácia da terapia cognitiva depende do estabelecimento de um plano claro de trata-
mento, que deve incluir: conceitualização do problema, educação do paciente sobre o modelo
cognitivo, desenvolvimento de uma relação colaboradora, fortalecimento da motivação para o
tratamento e o estabelecimento de metas, realização de várias intervenções cognitivas e com-
portamentais e esforços para prevenção de recaídas.
Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de
cima para baixo:
a) V, F, V, F, F.
b) F, V, V, F, V.
c) V, V, V, F, V.
d) V, V, F, V, V.

038. (INÉDITA/2022) O termo Terapia Comportamental (TC) foi introduzido por pelos menos
três diferentes grupos de pesquisadores. São pesquisadores da Primeira Onda da TC:
a) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
b) Lindsley, Skinner, Aeron Beck, Eysenck, Lazarus
c) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Albert Ellis
d) Michael Mahoney, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus

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039. (INÉDITA/2022) O principal objetivo da Primeira Onda da TC, era:


a) trabalhar com conteúdos inconscientes
b) eliminação das respostas desejadas e das reações emocionais avaliadas como inadequadas
c) trabalhar a disfuncionalidade de um sistemas identificando os processos inconscientes
d) eliminação das respostas indesejadas e das reações emocionais avaliadas como inadequadas.

040. (INÉDITA/2022) É possível dividir as abordagens da segunda onda em Racionalistas


e Construtivistas.

041. (INÉDITA/2022) As abordagens Racionalistas na TC pressupõem a primazia do pen-


samento sobre a emoção. Sendo que as abordagens Construtivistas enfatizam o papel
das emoções na atividade cognitiva.

042. (INÉDITA/2022) Quais os principais autores da Segunda Onda Terapia Compor-


tamental (TC):
a) Aeron Beck, Carl Rogers, Michael Mahoney
b) Aeron Beck, Albert Ellis, Michael Mahoney
c) Carl Gustav Jung, Albert Ellis, Michael Mahoney
d) Aeron Beck, Albert Ellis, Sigmund Freud

043. (INÉDITA/2022) As abordagens de Beck e de Ellis são consideradas Racionalistas, pois


visam à reformulação de padrões disfuncionais de pensamentos, responsáveis por alterações
no estado de humor e comportamentos. E a abordagem Construtivista de Mahoney prioriza as
emoções como ponto central do entendimento do funcionamento mental.

044. (INÉDITA/2022) Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si, que
estão entre as causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo. A maneira com que
esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensamento Automático (PA), os quais
podem ser definidos como pensamentos espontâneos, diretamente ligados a situações e dis-
poníveis à consciência após um treino adequado.

045. (INÉDITA/2022) Os Pensamentos Automáticos (PA’s) são oriundos de Crenças Centrais


(ou Nucleares). As crenças centrais constituem o modo mais profundo da estrutura cognitiva
e são compostas por ideias rígidas e globais que o indivíduo tem sobre si mesmo, sobre os
outros, o mundo e também sobre o futuro. Estas crenças se desenvolvem na infância como
uma tentativa de organização do mundo interno e externo.

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046. (2018/UFG/PSICÓLOGO/ÁREA CLÍNICA E DA SAÚDE) A abordagem terapêutica base-


ada no modelo teórico que levanta a hipótese de que as emoções e os comportamentos das
pessoas são influenciados pela percepção dos eventos é a terapia
a) Centrada na Pessoa.
b) Comportamental
c) Cognitiva
d) Analítica

047. (INÉDITA/2022) O objetivo principal da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é a re-


estruturação cognitiva do cliente, envolvendo seus esquemas, crenças e atitudes.

048. (INÉDITA/2022) A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psicotera-
pia baseada em evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.

049. (INÉDITA/2022) Para a Terapia Cognitivo Comportamental, as crenças influenciam o


modo como o indivíduo lida com o mundo, levando-o a selecionar detalhes sobre o ambiente
e a lembrar dados relevantes que confirmem esta crença. A partir das crenças centrais, desen-
volvem-se outras categorias de crenças denominadas crenças intermediárias (também deno-
minadas crenças condicionais ou crenças regra).

050. (INÉDITA/2022) Sob a perspectiva da técnica, os grupos na Cognitivo comportamen-


tal podem ser: 1) fechados ou abertos (número fixo ou não de membros), 2) homogêne-
os ou heterogêneos (quanto às queixas, características clínicas, sociodemográficas, entre
outras), 3) ter duração pré-determinada ou não, número de participantes e periodicidade
(diário, mensal) variados.

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GABARITO
1. d 37. d
2. C 38. a
3. a 39. d
4. b 40. C
5. C 41. C
6. b 42. b
7. a 43. C
8. E 44. C
9. c 45. C
10. b 46. b
11. c 47. C
12. d 48. C
13. E 49. C
14. d 50. C
15. a
16. C
17. C
18. b
19. E
20. c
21. d
22. c
23. b
24. d
25. e
26. c
27. a
28. C
29. a
30. a
31. b
32. c
33. d
34. a
35. C
36. C

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GABARITO COMENTADO
001. (2022/IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA) Relacione a
Coluna 1 à Coluna 2, associando autores com descrições de teorias da personalidade
(HANSENNE, 2003).
Coluna 1
1. Sigmund Freud.
2. Carl Rogers.
3. Aaron Beck.
4. B. F. Skinner.
Coluna 2
( ) No caso da depressão, o autor postulou que os doentes deprimidos têm distorções
cognitivas, que fazem com que eles decodifiquem a realidade de maneira inadequada.
Com base nisso, o autor elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modifica-
rem as distorções cognitivas.
( ) Trabalhou com conceitos fundamentais para o desenvolvimento da personalidade, em espe-
cial: a empatia, a consideração positiva incondicional e a congruência.
( ) Os elementos mais importantes desta teoria são: a personalidade é um conjunto dinâmico
constituído por componentes em conflito, dominadas por forças inconscientes, e a sexualida-
de tem um papel crucial nesta teoria.
( ) O autor considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e que,
em função das suas consequências, elas serão ou reproduzidas ou eliminadas. Refere ainda
que os comportamentos respondem a leis: é possível controlá-los através de manipulações
do ambiente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4
b) 2 – 3 – 4 – 1.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 4 – 2 – 1 – 4
e) 4 – 3 – 2 – 1.

Conforme enunciado da questão, essa é a correlação correta


Letra d.

002. (INÉDITA/2022) O conceito de empatia passou a ser estudado pelo psicólogo Carl Ro-
gers com a finalidade de aplicá-lo em sua prática terapêutica conhecida por Abordagem Cen-
trada na Pessoa.

Correta conforme descrito no enunciado


Certo.

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003. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/PSICÓLOGO) Afirma-se que Carl Rogers, em


sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas plenamente funcionais ou psicologicamen-
te saudáveis quando apresentam:
a) uma mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência e de novidades, assim como
também, necessidade contínua de maximizar o seu potencial.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d)uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.

Correta conforme descrito no enunciado


Letra a.

004. (INÉDITA/2022) Complete corretamente a sentença:


“________________, que foi um psicólogo _______________ que concordou com as pressuposi-
ções de __________________ e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar,
precisa de um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser
aceito como é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido)”.
a) Sigmund Freud; humanista; Maslow
b) Carl Rogers; humanista; Maslow
c) Aaron Beck; humanista; Maslow
d) Minuchin; humanista; Maslow

Correta conforme enunciado da questão


Sigmund Freud foi um psicanalista. Aaron Beck foi um comportamentalista. Minuchin
foi sistêmico.
Letra b.

005. (INÉDITA/2022) Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que
o indivíduo gostaria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o
Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode
se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).

Correta de acordo com enunciado da questões e teoria Rogeriana.


Certo.

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006. (INÉDITA/2022) Exemplos de Conceitos e Técnicas Humanistas:


( ) Self ideal: pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gostaria
de ter e perceber sobre si mesmo
( ) Congruência: alto grau da congruência significa que a comunicação (o que se está expressa-
do), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de consciência (o que
se está percebendo) são todas semelhantes.
( ) A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência
e a comunicação desta.
Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso a sequência
correta das proposições acima é, respectivamente:
a) V – F – V
b) V – V – V
c) F – V – V
d) V – V – F

Todas as alternativas estão corretas conforme teoria rogeriana, eliminando-se automatica-


mente as demais opções.
Letra b.

007. (INÉDITA/2022) Carl Rogers, em sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas ple-
namente funcionais ou psicologicamente saudáveis quando apresentam:
a) a pessoa fica mais aberta aos sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver com-
pletamente a experiência do seu organismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.

Conforme enunciado da questão, a letra A corresponde corretamente o que Rogers preconiza


em sua teoria. Assim, as demais alternativas são excluídas automaticamente.
Letra a.

008. (INÉDITA/2022) O humanismo foi um movimento que surgiu seguindo os princípios da


Psicanálise de Freud e o Behaviorismo de Watson (FADMAN E FRAGER, 2002).

O humanismo surgiu contrapondo a Psicanálise e defendia que o homem não era regido por
um inconsciente e nem mesmo por fatores externos mas, segundo Maslow se interessava em
saber o que fazia as pessoas felizes e o que elas faziam para atingir esse objetivo.
Errado.

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009. (INÉDITA/2022) Rogers acredita na existência de forças naturais inerentes ao organismo


que o impulsionam positivamente em direção à saúde e ao crescimento. Trata de uma tendên-
cia e um movimento natural para resolução diante do conflito (FADMAN E FRAGER, 2002).
Essa afirmativa diz respeito ao:
a) Self Ideal
b) Persona
c) Crescimento Pessoal
d) Incongruência

Afirmativa correta conforme enunciado da questão.


Letra c.

010. (CIAAR/2014/PSICOLOGIA) No que diz respeito aos princípios psicoterapêuticos da


abordagem centrada na pessoa, pode-se afirmar que essa modalidade terapêutica trouxe gran-
des contribuições para a psicologia. A terapia centrada na pessoa expressa a visão da perso-
nalidade humana acreditando que a melhora do paciente é responsabilidade dele, e não do
terapeuta, assim como ocorre na psicoterapia ortodoxa. (Schultz & Schultz p. 415.) A terapia
centrada na pessoa foi fundada pelo autor:
a) Carl Jung.
b) Carl Rogers.
c) Alfred Adler.
d) George Miller.

A alternativa correta é a “B”. As demais encontram-se incorretas, pois são autores de outras
linhas teóricas.
Letra b.

011. (2018/PREFEITURA DE MARINGÁ – PR/PSICÓLOGO/NASF) A psicanálise é uma es-


cola de psicologia fundada por Sigmund Freud. Esta escola de pensamento enfatizou a influ-
ência da mente inconsciente no comportamento. Freud acreditava que a mente humana era
composta por três elementos: o id, o ego e superego, Freud acreditava que a interação desses
três elementos foi o que levou a todos os comportamentos humanos complexos, assim é COR-
RETO afirmar que:
a) O id é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como percepção, me-
mória, sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal
influente na interação entre sujeito e ambiente externo. É um componente moral, que leva em
consideração as normas éticas existentes e atua como mediador entre id e superego.

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b) O ego é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamente ligado a libido, está relacionado
a ação de impulsos é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem
conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo portanto apenas a partir de estímulos instin-
tivos, o que lhe atribui a característica de amoral.
c) O id consiste em instintos mais primitivos, enquanto o ego é o componente da personalida-
de acusado de lidar com a realidade. O superego é a parte da personalidade que mantém todos
os ideais e valores que internalizamos de nossos pais e cultura.
d)O ego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado
hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre
agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O ego é,
então, componente moral e social da personalidade.

a) Errada. Inicia destacando que o “id é a parte consciente da mente”. Errado, pois o id é in-
consciente.
b) Errada. Destaca que o ego é regido pelo “princípio do prazer” – errado, pois isso é uma
função do id.
d) Errada. Frisa que o “ego é componente moral e social da personalidade” – incorreto, pois
essa é uma função do superego.
Letra c.

012. (2020/PREFEITURA DE ABELARDO LUZ – SC/PSICÓLOGO) De acordo com Freud, quais


os três conceitos criados para explicar o funcionamento da mente humana.
a) Complexo de Édipo, Complexo de Castração e Nirvana.
b) Consciente, Prazer e Desprazer.
c) Inconsciente, Corpo e Prazer.
d) Id, Ego e Superego.
e) Instinto de Vida, Instinto de Morte e Instinto de Conservação.

Correta de acordo com o que pede no enunciado da questão: Id, Ego e Superego.
Letra d.

013. (2018/PSICÓLOGO HOSPITALAR) A transferência é um conceito psicanalítico


freudiano que compreende as atitudes e os sentimentos inconscientes do paciente para
com o médico e vice-versa.

A definição de transferência em psicologia é quando um cliente direciona seus sentimentos de


um outro significativo ou pessoa em sua vida para o psicólogo. Contratransferência pode ser
definida como reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais particular-
mente, à transferência deste.
Errado.

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014. (INÉDITA/2022) Consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo em
nós mesmos.
a) Contratransferência
b) Racionalização
c) Negação
d) Projeção

Considerando os mecanismos de defesa descritos por Freud, o enunciado da questão


refere-se a projeção.
Letra d.

015. (INÉDITA/2022) Acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva) são


projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais inofensiva.
a) Deslocamento
b) Projeção
c) Sublimação
d) Regressão

O enunciado, refere-se ao Deslocamento descrito por Freud.


Letra a.

016. (INÉDITA/2022) A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças
alcançou grandes avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instrumen-
to de grande importância para o trabalho psicanalítico.

Melanie Klein foi uma renomada psicanalista infantil que usava brinquedos e jogos no trabalho
com crianças.
Certo.

017. (INÉDITA/2022) Bion se preocupou com a função analítica, estabelecendo a compreen-


são do funcionamento do par analítico paciente-analista.

Correto conforme descrito no enunciado


Certo.

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018. (2014/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – CE/PSICÓLOGO) No desen-


volvimento da personalidade segundo a psicanálise o sujeito lança mão de mecanismos de de-
fesa, nesse sentido assinale a alternativa que corresponde ao mecanismo de formação reativa:
a) Reverter a um comportamento imaturo, de um estágio anterior de desenvolvimento;
b) Agir exatamente ao contrário dos seus impulsos inaceitáveis;
c) Colocar, sem saber, uma lembrança ou um pensamento desagradável no inconsciente;
d) Substituir impulsos socialmente inaceitáveis por comportamentos socialmente aceitáveis.

Formação Reativa ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer alguma coisa, mas
faz o oposto.
Letra b.

019. (2010/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA DE PSICOLOGIA) Julgue os itens a


seguir, relativos às teorias da personalidade.
Entre os mecanismos de defesa do indivíduo, incluem-se deslocamento, introjeção, repressão,
formação reativa e ansiedade de castração.

Introjeção, Ansiedade e Castração, não são mecanismos de defesa.


Errado.

020. (2009/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) De acordo com o modelo dinâmico


da estruturação da personalidade, proposto por Sigmund Freud, o EGO
a) Funciona pelo princípio do prazer
b) É o responsável pelo processo primário
c) Dá juízo de realidade
d) É responsável pela internalização de normas referentes ao que é moralmente proibido

Correta conforme enunciado da questão


Letra c.

021. (INÉDITA/2022) “A família é mais do que a soma de seus membros. É um sistema vivo com
leis próprias de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a capacidade de mor-
fogênese e de homeostase” (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971). Dentre as alternativas abai-
xo, assinale corretamente aquela que corresponde ao conceito de morfogênese e homeostase:

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a) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de


homeostase - capacidade para mudar com o passar do tempo.
b) morfogênese – capacidade de resolução de conflitos e de homeostase - capacidade para
mudar com o passar do tempo.
c) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase - capacidade de perceber a pessoa na sua singularidade.
d) morfogênese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que
garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital.

Conforme enunciado da questão o conceito do termo, essa é a alternativa correta


Letra d.

022. (INÉDITA/2022) Maurizio Andolfi (terapeuta sistêmico) considera que todo o grupo
tem sua verdade fundante que quando questionada tende a desorganizá-lo, aumentando a
tensão e ameaçando a:
a) agregação somatopsíquica
b) desintegração da matriz egóica
c) coesão do sistema
d) valorização da vida emocional

Quando a coesão do sistema fica ameaçada, seus membros tendem a buscar a homeostase
visando reorganizá-lo.
Letra c.

023. (INÉDITA/2022) A sistêmica passou por dois grandes movimentos conhecidos como:
Cibernética (ciência da comunicação) de Primeira ordem e Cibernética de Segunda ordem.
Frente ao exposto, relacione a primeira coluna de acordo com a segunda.
a) Cibernética de Primeira Ordem
b) Cibernética de Segunda Ordem
I – Está relaciona a técnicas de controle, automatização, inovações tecnológicas.
II – Não possui o foco no sintoma (este apenas identifica que algo não vai bem na família).
III – Marina fez terapia no intuito de trabalhar sua ansiedade. O terapeuta por sua vez, trabalhou
com técnicas de modo a extinguir seus sintomas. Ela melhorou, mas voltou a fazer sintoma. O
terapeuta acreditou que isso se deu porque Marina estaria buscando sua homeostase.
IV – Ulisses e sua família estão em processo psicoterápico a partir de uma queixa inicial que era
a separação dele/esposa e em decorrência disso, o filho de 6 anos estava apresentando medos
e insônia. O terapeuta por sua vez se desprendeu da queixa inicial para ter um olhar global sobre
a família e estabeleceu seu plano terapêutico visando trabalhar: comunicação clara entre o casal
e deles para com o filho situando-o sobre a separação do casal; os papéis de pai e mãe; expres-
sões de sentimentos, e outros aspectos que julgou necessário. Assinale a alternativa correta:

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a) I-A, II- A, III- B, IV- B


b) I-A, II- B, III- A, IV- B
c) I-B, II- A, III- B, IV- A
d) I-A, II- B, III- B, IV- B

Referente a Cibernética de 1ª e 2ª ordem, esta é a alternativa correta


Letra b.

024. (INÉDITA/2022) A Terapia Familiar surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Se desen-
volveu nos Estados Unidos, na década de 1950. Nas décadas de 1960 e 1970, surgiram
várias escolas que se diferenciaram. Frente ao exposto, relacione corretamente as escolas
àquilo que a conceitua.
I – ESCOLA TRIGERACIONAL
II – ESCOLA EXISTENCIAL
III – TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL
IV – ESCOLA COMUNICACIONAL
V – ESCOLA ESTRATÉGICA
( ) enfatiza o trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da família e
do terapeuta.
( ) enfatiza as questões organizacionais da família na gênese e na resolução de problemas.
( ) usava intervenções terapêuticas que tendem a reestruturar o funcionamento familiar esta-
belecido em torno do sintoma. Desenvolveram-se também grupos de terapia familiar compor-
tamental destinadas a extinguir sintomas.
( ) trabalha as três gerações que envolvem a família ou mesmo o sujeito que esteja em proces-
so psicoterápico.
( ) o trabalho concentra-se nas comunicações interpessoais verbais e não- verbais que se es-
tabelecem na tentativa infrutífera de resolver o sintoma.
Circule a alternativa correta:
a) I, II, III, IV, V
b) I, V, IV, II, III
c) III, II, V, I, IV
d) II, III, V, I, IV

Conforme as escolas e o que cada uma prevê, essa é a ordem correta


Letra d.

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025. (INÉDITA/2022) Existem diversas questões que devem ser consideradas na dinâmica e
estrutura de uma família para que seja possível alcançar um diagnóstico do seu funcionamen-
to. Dentre as alternativas listadas, assinale a que não deve ser considerada pelo terapeuta para
o seu diagnóstico:
a) o nível socioeconômico e as características étnico-culturais da família.
b) o momento atual da família.
c) a capacidade da família de se comunicar e resolver conflitos.
d) a motivação da família para o tratamento.
e) a compatibilidade entre as crenças da família e as crenças do terapeuta.

Em conformidade com o enunciado da questão, essa é a resposta correta.


Letra e.

026. (INÉDITA/2022) Segundo Minuchin (1980) a família pode ser considerada:


a) pessoas que convivem sem assumir o compromisso de uma ligação duradoura entre si,
incluindo uma relação de cuidado entre os adultos e deles para com as crianças e idosos que
aparecem nesse contexto.
b) mais do que uma instituição legal e jurídica, ela é um direito objetivo de encontrar acolhi-
mento para as dificuldades.
c) um sistema governado por regras compreendendo subsistemas que interagem mutu-
amente e afetam uns aos outros. O funcionamento de cada membro é determinado pela
organização familiar.
d) um grupo de pessoas dinâmicas e que gostam de estar juntas.
e) pessoas que tem uma relação de afeto.

No que tange a família conforme Minuchin, essa é a alternativa correta


Letra c.

027. (INÉDITA/2022) Considerando os Ciclos de Vida Familiar, avalie as alternativas abaixo:


I – Os ciclos de vida familiar são os estágios evolutivos pelos quais os indivíduos e todo grupo
familiar passa em direção ao crescimento. Cada estágio caracteriza-se por um arranjo familiar
e por tarefas a serem cumpridas, para que o desenvolvimento prossiga.
II – Os períodos de transição de estágio, geralmente, são os que geram mais ansiedade e con-
flito, pois o equilíbrio e a organização da família são afetados. Nestes momentos, sintomas
podem surgir como forma de expressar as dificuldades da família em se reorganizar diante
das exigências da nova fase.
III – Os sintomas podem desaparecer com o tempo, quando o próprio sistema encontra recur-
sos para superar a crise e tem flexibilidade para utilizá-los num novo equilíbrio. Caso a família
não consiga se rearranjar devido a sua rigidez, o sintoma agrava-se nas fases subsequentes,
caracterizando um funcionamento patológico crônico.

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Assinale a opção correta:


a) I-V, II-V, III-V
b) I-V, II-V, III-F
c) I-F, II-V, III-F
d) I-F, II-F, III-F

Conforme enunciado da questões, essa é a sequência correta.


Letra a.

028. (INÉDITA/2022) A família pode ser considerada um sistema vivo, semiaberto, que se
desenvolve e se transforma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais
dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar em
conta pelo menos três gerações (ANDOLFI et al., 1984)

Considerando o pensamento sistêmico, o enunciado está correto.


Certo.

029. (INÉDITA/2022) “Quando o pai é um pai, e o filho é um filho; quando o irmão mais velho
faz o papel de Irmão mais velho e o mais novo, seu papel de irmão mais novo; quando marido
é realmente marido e a esposa uma esposa, então há ordem.” Esse texto do I Ching, dentro das
dinâmicas intrafamiliares, é um exemplo de:
a) impotência do eu isolado.
b) fundamento do bom funcionamento sistêmico familiar.
c) complementariedade dos opostos.
d) reconhecimento da regra clara.

O enunciado denota papéis bem definidos no contexto familiar sem haver inversão de papéis.
Letra a.

030. (INÉDITA/2022) Considerando o CASAL, leia atentamente as opções que seguem:


I – Alguns aspectos são específicos na terapia de casais, como: o espaço de casal é o local pri-
vilegiado para crescer e aprender; na relação de casal aparece o melhor e o pior da pessoa; as
diferenças que aparecem entre os membros do casal podem ser usados como informações,
como uma oportunidade de crescimento e enriquecimento.
II – Existem algumas questões técnicas específicas para a terapia de casal. Antes da definição,
se haverá terapia de casal ou não, é avaliada a pertinência e a disponibilidade para mudança de
cada um dos membros do casal. No desenrolar do processo, o terapeuta deve evitar alianças
com um ou outro membro que forma o casal.
III – Quando duas pessoas escolhem-se para serem um casal, vão estruturando sua forma única de
ser; aos poucos, estabelecem seu padrão de funcionamento de casal. Tal padrão estrutura-se a partir
do padrão de funcionamento de cada um dos participantes e da relação que se estabelece entre eles.

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Frente ao exposto, assinale a opção correta:


a) I, II, III
b) I, II
c) I, III
d) II, III

Considerando as alternativa, todos estão corretas quando se refere ao casal.


Letra a.

031. (INÉDITA/2022) O conceito de resiliência na relação conjugal diz respeito à:


a) condição de vulnerabilidade psíquica, que alguns casais apresentam frente a situações
de conflito.
b) capacidade do casal de enfrentar as dificuldades/conflitos relacionais e alcançar a homeos-
tase (equilíbrio) após sofrer “pressões” e “deformações”.
c) características relacionais apresentadas pelo casal, que são determinadas por fatores genéticos.
d) características de superação/aprendizado pessoal observada na pessoa após passar
por dificuldades.

Em conformidade com o conceito de resiliência e o que consta descrito nessa alternativa, essa
está correta.
Letra b.

032. (INÉDITA/2022) Sobre Casais Funcionais é correto o que se afirma:


I – Sabem preservar sua feminilidade/masculinidade e sabem como criar momentos român-
ticos, embora não façam disso o aspecto mais importante da relação. Gostam de viver uma
lua-de-mel, mas têm plena consciência de que, na vida, tem hora para tudo.
II – Combinam amor erótico com amizade, e essa combinação é um dos objetivos fundamen-
tais da relação
III – Preocupam-se em dar coisas a si mesmos, sem depender tanto de um parceiro para ficar
de bem com a vida.
IV – Eles se fortalecem através das dificuldades do amor e da vida a dois, abrindo mão da ma-
gia em troca do real, e aprendem com os erros que cometem.
V – Sabem que as relações saudáveis sobrevivem apenas com muita dedicação e que o amor
exige esforço contínuo.
a) I, II, IV, V
b) I, III, IV, V
c) I, II, III IV, V
d) I, II, III, IV

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Todas as alternativas estão corretas


Letra c.

033. (INÉDITA/2022) Indicações de Terapia de Casal.


I – Quando a queixa é relacional: o casal está tendo dificuldades e sabe que o problema está
em seu relacionamento.
II – Quando uma das partes do casal faz sintoma: se um dos elementos do casal está tendo
algum sintoma, seja físico, emocional ou de outra área, com consciência ou não de que algo
precisa ser alterado no vínculo do casal.
III – Na evolução de um trabalho de família: quando a família é atendida por queixas familia-
res ou sintoma de um dos filhos, e após redefinições e alterações, surgem as dificuldades de
base do casal.
Avalie as situações acima e assinale a correta
a) Somente a I está correta
b) A II e III estão corretas
c) I e II estão corretas
d) I, II e III estão corretas

Todas as alternativas estão corretas


Letra d.

034. (INÉDITA/2022) Um professor corrige a tarefa escolar feita por seus alunos. Eles são
chamados um a um para levar o caderno até a mesa do professor. Este age batendo um carim-
bo que associa uma figura com uma expressão elogiosa como “muito bem”, “ótimo” ou “exce-
lente”. E não usa figura alguma, caso não tenha feito a tarefa. Em seguida, registra quem fez
e quem não fez a tarefa, dizendo que o aluno que cumprir todas as tarefas sem erro receberá
um ponto na média final bimestral. Depois, fala à classe que quem não realizou a tarefa deve-
rá fazer durante o horário do recreio. A conduta desse professor é corretamente interpretada
pela abordagem
a) Comportamental
b) Psicanalítica
c) Sistêmica
d) Rogeriana

No caso citado o professor preconiza a modelagem do comportamento da criança pelo refor-


ço positivo dos comportamentos adequados pela extinção dos inadequados.
Letra a.

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035. (INÉDITA/2022) Aaron Beck desenvolveu uma forma de psicoterapia no início da dé-
cada de 1960, a qual denominou originalmente “terapia cognitiva”, hoje Terapia Cogniti-
vo-Comportamental (TCC). Usada para o tratamento da depressão, Beck concebeu uma
psicoterapia estruturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada para a
solução de problemas atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos disfun-
cionais (inadequados e/ou inúteis).

Em conformidade com o enunciado da questão, essa alternativa está correta.


Certo.

036. (INÉDITA/2022) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema
vivo, semiaberto, que se desenvolve e se transforma com o tempo - não nasce e não morre,
surge de famílias às quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para entendê-lo,
é necessário levar em conta pelo menos três gerações.

Considerando a Terapia Familiar Sistêmica a alternativa C está correta.


Certo.

037. (2022/PREFEITURA DE GUARACIABA – SC/PSICÓLOGO) Sobre as diversas aborda-


gens psicológicas, registre V, para verdadeiro, ou F, para falso:
(__) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema vivo, semi aberto,
que se desenvolve e se transforma com o tempo - não nasce e não morre, surge de famílias às
quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para entendê-lo, é necessário levar
em conta pelo menos três gerações.
(__) A Terapia Cognitiva (TC) é um método psicoterapêutico fundamentado no modelo cogniti-
vo, segundo o qual a emoção e o comportamento são influenciados pela forma como o indiví-
duo interpreta os acontecimentos.
(__) Para a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), os “pensamentos automáticos” são pen-
samentos constantes, breves ou duradouros e involuntários que surgem de modo inesperado.
São mensagens específicas, discretas, que parecem taquigrafadas, compostas por palavras
curtas e essenciais. Muitas vezes a pessoa não consegue perceber esses pensamentos, tendo
apenas conhecimento da emoção que se segue.
(__) Em geral, na Terapia Familiar, durante a primeira entrevista já é possível conhecer o pacien-
te e sua família o suficiente para poder estabelecer uma hipótese diagnóstica. O diagnóstico é
um processo dinâmico que precisa ser refeito ao longo do tratamento à medida que a família
e os indivíduos vão mudando.
(__) A eficácia da terapia cognitiva depende do estabelecimento de um plano claro de trata-
mento, que deve incluir: conceitualização do problema, educação do paciente sobre o modelo
cognitivo, desenvolvimento de uma relação colaboradora, fortalecimento da motivação para o
tratamento e o estabelecimento de metas, realização de várias intervenções cognitivas e com-
portamentais e esforços para prevenção de recaídas.

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Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de
cima para baixo:
a) V, F, V, F, F.
b) F, V, V, F, V.
c)V, V, V, F, V.
d)V, V, F, V, V.

Essa alternativa apresenta a sequência das opções de forma correta.


Letra d.

038. (INÉDITA/2022) O termo Terapia Comportamental (TC) foi introduzido por pelos menos
três diferentes grupos de pesquisadores. São pesquisadores da Primeira Onda da TC:
a) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
b) Lindsley, Skinner, Aeron Beck, Eysenck, Lazarus
c) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Albert Ellis
d) Michael Mahoney, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus

Conforme enunciado, a letra A apresenta corretamente os pesquisadores da Primeira Onda da


TC. Aeron Beck, Albert Ellis e Michael Mahoney, saõ representantes da segunda onda.
Letra a.

039. (INÉDITA/2022) O principal objetivo da Primeira Onda da TC, era:


a) trabalhar com conteúdos inconscientes
b) eliminação das respostas desejadas e das reações emocionais avaliadas como inadequadas
c) trabalhar a disfuncionalidade de um sistemas identificando os processos inconscientes
d) eliminação das respostas indesejadas e das reações emocionais avaliadas como inadequadas.

Essa é a opção correta.


A opção está incorreta por enfatizar que na TC o objetivo é a “eliminação das respostas dese-
jadas”. A TC também não trabalha com conteúdos/processos inconscientes.
Letra d.

040. (INÉDITA/2022) É possível dividir as abordagens da segunda onda em Racionalistas


e Construtivistas.

Essa alternativa está correta


Certo.

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041. (INÉDITA/2022) As abordagens Racionalistas na TC pressupõem a primazia do pensa-


mento sobre a emoção. Sendo que as abordagens Construtivistas enfatizam o papel das emo-
ções na atividade cognitiva.

Essa alternativa está correta


Certo.

042. (INÉDITA/2022) Quais os principais autores da Segunda Onda Terapia Comporta-


mental (TC):
a) Aeron Beck, Carl Rogers, Michael Mahoney
b) Aeron Beck, Albert Ellis, Michael Mahoney
c) Carl Gustav Jung, Albert Ellis, Michael Mahoney
d) Aeron Beck, Albert Ellis, Sigmund Freud

Essa alternativa está correta.


Carl Rogers era humanista. Carl Gustav Jung era da psicologia analítica e Sigmund Freud
era da psicanálise.
Letra b.

043. (INÉDITA/2022) As abordagens de Beck e de Ellis são consideradas Racionalistas, pois


visam à reformulação de padrões disfuncionais de pensamentos, responsáveis por alterações
no estado de humor e comportamentos. E a abordagem Construtivista de Mahoney prioriza as
emoções como ponto central do entendimento do funcionamento mental.

Essa alternativa está correta.


Certo.

044. (INÉDITA/2022) Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si, que
estão entre as causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo. A maneira com que
esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensamento Automático (PA), os quais
podem ser definidos como pensamentos espontâneos, diretamente ligados a situações e dis-
poníveis à consciência após um treino adequado.

Essa alternativa está correta


Certo.

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045. (INÉDITA/2022) Os Pensamentos Automáticos (PA’s) são oriundos de Crenças Centrais


(ou Nucleares). As crenças centrais constituem o modo mais profundo da estrutura cognitiva
e são compostas por ideias rígidas e globais que o indivíduo tem sobre si mesmo, sobre os
outros, o mundo e também sobre o futuro. Estas crenças se desenvolvem na infância como
uma tentativa de organização do mundo interno e externo.

Essa alternativa está correta


Certo.

046. (2018/UFG/PSICÓLOGO/ÁREA CLÍNICA E DA SAÚDE) A abordagem terapêutica base-


ada no modelo teórico que levanta a hipótese de que as emoções e os comportamentos das
pessoas são influenciados pela percepção dos eventos é a terapia
a) Centrada na Pessoa.
b) Comportamental
c) Cognitiva
d) Analítica

Conforme enunciado, essa é a resposta correta.


Letra b.

047. (INÉDITA/2022) O objetivo principal da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é a re-


estruturação cognitiva do cliente, envolvendo seus esquemas, crenças e atitudes.

Essa alternativa está correta.


Certo.

048. (INÉDITA/2022) A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psicotera-
pia baseada em evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.

Essa alternativa está correta.


Certo.

049. (INÉDITA/2022) Para a Terapia Cognitivo Comportamental, as crenças influenciam o


modo como o indivíduo lida com o mundo, levando-o a selecionar detalhes sobre o ambiente
e a lembrar dados relevantes que confirmem esta crença. A partir das crenças centrais, desen-
volvem-se outras categorias de crenças denominadas crenças intermediárias (também deno-
minadas crenças condicionais ou crenças regra).

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Essa alternativa está correta.


Certo.

050. (INÉDITA/2022) Sob a perspectiva da técnica, os grupos na Cognitivo comportamental


podem ser: 1) fechados ou abertos (número fixo ou não de membros), 2) homogêneos ou hetero-
gêneos (quanto às queixas, características clínicas, sociodemográficas, entre outras), 3) ter dura-
ção pré-determinada ou não, número de participantes e periodicidade (diário, mensal) variados.

Essa alternativa está correta.


Certo.

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Ariete Bittencourt Pinto


Graduação em Psicologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc – Joaçaba (1999)
e Mestrado em Ciências da Saúde Humana pela Universidade do Contestado – Campus Concórdia
(2005). É docente na Universidade do Contestado – UnC (há 18 anos). Coordenadora do Núcleo Docente
Estruturante (NDE) do Curso de Psicologia e Coordenadora do Núcleo de Serviços em Psicologia (Clínica
Escola). Anualmente é membro de bancas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de
Psicologia. É professora-orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso I e II do Curso de Psicologia.
Professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Clínica e da Saúde
I e II; e professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Escolar I e
II. É psicóloga clínica e psicóloga credenciada pela Polícia Federal para Avaliação Psicológica para Arma
de Fogo. Foi Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade do Contestado (UnC) – Concórdia.
Foi docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc (2010 a 2016). Docente na graduação
e na pós-graduação. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Contestado. Editora
assistente da Revista Interdisciplinar: Saúde e Meio Ambiente da Universidade do Contestado. Parecerista
no I Congresso Catarinense de Psicologia: Ciência e Profissão (2015).

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