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PSICOLOGIA

Teorias da Personalidade

Livro Eletrônico
Psicologia
Teorias da Personalidade
Ariete Bittencourt Pinto

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Teorias da Personalidade.. ...........................................................................................................................................4
1. Aspectos Históricos e Conceituais de Psicoterapia................................................................................4
2. Teorias e Técnicas Psicoterápicas.. ...................................................................................................................5
2.1. Teoria Psicoterápica Psicanalítica.................................................................................................................5
2.2. Teoria Psicoterápica Humanista. . ...................................................................................................................9
2.3. Teoria Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC). ................................................................13
2.4. Teoria Psicoterápica Sistêmica....................................................................................................................20
Resumo................................................................................................................................................................................30
Mapa Mental......................................................................................................................................................................31
Exercícios............................................................................................................................................................................32
Gabarito...............................................................................................................................................................................45
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................46
Referências........................................................................................................................................................................65

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Apresentação
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. Na aula de hoje estudaremos
algumas Teorias da Personalidade. Para tanto, veremos sobre os Aspectos Históricos e Con-
ceituais de Psicoterapia; a Teoria Psicoterápica Psicanalítica; Teoria Psicoterápica Humanista;
Terapia Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Psicoterápica Sistêmica. A
aula foi elaborada visando explanar aspectos que permitem compreender de forma detalhada
o conteúdo. Em caso de dúvidas, estarei à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete

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TEORIAS DA PERSONALIDADE

1. Aspectos Históricos e Conceituais de Psicoterapia

A palavra psicoterapia tem origem nas palavras gregas Psykê (mente) e Therapeuein (curar),
e desde o final do século XIX, vem sendo utilizada como uma forma de tratamento (‘cura pela
fala’). Suas origens remetem a hipnose, especialmente a Josef Breuer, um médico e fisiolo-
gista austríaco, que começou a utilizar o mesmo, como forma de tratamento de pacientes
histéricas. Sigmund Freud, neurologista de formação, interessado nos estudos e resultados
obtidos por tal método, passou também a utilizá-lo, observando, contudo seus efeitos transi-
tórios. Desse modo, abandonou o uso da hipnose e passou a evocar os eventos relatados por
meio da hipnose, durante os estados de consciência do paciente, utilizando de estratégias de
associação livre e interpretação dos sonhos. Freud desenvolveu a Psicanálise, reconhecida
como a primeira forma de psicoterapia. Atualmente, a psicoterapia pode ser definida como
um método de tratamento, embasado em conceitos teóricos e técnicos, devendo ser realizado
por um profissional habilitado.
Contudo, é possível citar alguns modelo conceituais e técnico usados em psicoterapias
e dos quais trataremos nessa aula. Teorias psicanalíticas/psicodinâmicas (e seus principais
representantes Sigmund Freud, Melaine Klein, Wilfred Bion, Carl Jung, Donald Winnicott e ou-
tros), Sistêmicas (Salvador Minuchin), Humanista (Carl Roger), Comportamentalistas (Aaron
Beck). Cabe mencionar que além dessas, existem outras abordagens/teorias psicoterápicas.

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2. Teorias e Técnicas Psicoterápicas


2.1. Teoria Psicoterápica Psicanalítica

A psicanálise tem como marco o trabalho de Freud intitulado ‘A interpretação dos Sonhos’,
considerada, por ele mesmo, sua obra mais importante. Para Freud, os sonhos seriam a forma
através da qual se teria acesso à dimensão inconsciente da vida psíquica, sendo eles uma
expressão dos desejos mais íntimos do indivíduo e dos mecanismos de censura que operam
para mascarar tais desejos, conhecidos como repressão.
Uma das contribuições significativas de Freud foi a construção de uma teoria sobre o
inconsciente, pré-consciente e consciente.
Na parte superior, o consciente é composto pela percepção, atenção, pensamentos/ra-
ciocínio, ou seja, tudo aquilo que está acessível. O pré-consciente, na porção intermediária,
é formado pelos conteúdos que não estão totalmente disponíveis na consciência, mas que,
podem se tornar conhecidos, como algumas memórias e conhecimentos. Por fim, a fração
mais profunda da mente, o inconsciente. Nele, encontram-se conteúdos que o indivíduo não
se dá conta, que foram “escondidos” por causarem angústia, vergonha ou culpa (motivações
violentas, desejos egoístas, etc). A esse processo de tornar oculto, Freud deu o nome de
recalque ou recalcamento.
Ao longo de seus estudos, Freud identificou que o aparelho psíquico era mais complexo do
que supunha anteriormente ao propor as três dimensões da mente (consciente, pré-consciente
e inconsciente). Introduziu, então, a hipótese da existência de outras três instâncias psíquicas
(id, ego e superego), que não anulam suas ideias anteriores, do contrário, as complementam
(NÁSIO, 1999; SCHULTZ; SCHULTZ, 2015).
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• Id: é a instância pulsional, a fonte de energia psíquica. É regido pelo Princípio do Prazer, ou
seja, seu objetivo é a obtenção de prazer e a evitação da dor. É constituído principalmente
por aspectos inatos, não conhece ética, moral ou valores. É egoísta, impulsivo, irracional
e agressivo, a parte animal da nossa personalidade.

• Ego: é a instância responsável pelo contato com a realidade. Seu objetivo é satisfazer
as demandas dos instintos primitivos (id) de modo adequado ao ambiente em que vive.
É regido pelo Princípio da Realidade, que se configura pelo adiamento da gratificação
(obtenção do prazer e evitação da dor). Representante do equilíbrio psíquico e tem fun-
ção mediadora e integradora entre as pulsões do id e as exigências do superego. Tem
componentes conscientes, pré-conscientes e inconscientes. Se desenvolve a partir do id,
já nos primeiros anos de vida por meio das interações sociais do indivíduo.

• Superego: é a instância da moralidade. Se funda a partir do ego e tem como objetivo


suprimir os impulsos inaceitáveis do id, de modo a possibilitar a convivência civilizada. É
responsável pelo senso de certo e errado, pois compreende os valores morais e culturais
do indivíduo e seu grupo. É, portanto, o responsável pelos sentimentos de vergonha, culpa
e remorso (SCHULTZ; SCHULTZ, 2015).

Os mecanismos de defesa do ego são inconscientes, sendo que a pessoa não se dá conta
de que os está utilizando. De modo geral, podemos dizer que eles servem para proteger o in-
divíduo de verdades ameaçadoras e que causariam um sofrimento que ele considera intenso
demais para lidar.

• Negação: Refere-se a negação de uma realidade difícil de suportar.

EXEMPLO
Os pais de uma criança que acabaram de receber a notícia de que o filho está com uma grave
doença. É comum que, num primeiro momento, eles se auto enganem, agindo como se não
fosse verdade.

• Projeção: consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo em nós
mesmos.
• EX: Um rapaz que acusa a namorada de estar lhe traindo quando, na verdade, quem está
desejando cometer a traição é ele.
• Racionalização: compreende e elaboração de uma explicação racional e convincente a
fim de encobrir sentimentos/emoções dolorosas.

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EXEMPLO
Um estudante que reprovou de ano e passa a dizer que foi muito melhor assim, pois terá a
oportunidade de aprender os conteúdos novamente; quando, na verdade, está se sentindo fra-
cassado e triste.

• Recalcamento, recalque ou repressão: É o mecanismo que impede os impulsos que cau-


sam ameaças, desejos, pensamentos e sentimentos dolorosos chegarem à consciência.
• Regressão: refere-se ao recuo do ego, fugindo de situações de conflitos atuais para o
estágio anterior.

EXEMPLO
Um adulto volta a um modelo infantil, no qual se sentia mais feliz e mais protegido. Assim, a
infantilização é uma forma de regressão que protege o ego do encontro com as dificuldades
do mundo adulto.

• Deslocamento: acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva) são


projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais
inofensiva.
• Isolamento: Atua de forma a isolar um pensamento ou comportamento, fazendo com
que as demais ligações com o conhecimento de si ou com outros pensamentos fiquem
interrompidos. Assim, os outros pensamentos e comportamentos são excluídos da
consciência.
• Sublimação: A sublimação é o processo através do qual a libido se afasta do objeto da
pulsão para outra espécie de satisfação.

EXEMPLO
O sujeito que transforma a energia da libido (desejo sexual, agressividade e necessidade imedia-
ta de prazer) em trabalho ou arte, sem saber que o faz. Grande parte dos artistas, dos grandes
cientistas, das grandes personalidades e dos grandes feitos só foram possíveis graças a esse
mecanismo de defesa.

• Formação reativa: Ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer alguma coisa,
mas faz o oposto.

EXEMPLO
A pessoa procura encobrir algo inaceitável por meio da adoção de uma posição oposta.

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Embora o conceito de inconsciente se amplie ao longo da evolução da teoria psicanalítica,


o inconsciente freudiano já surge como um ‘lugar’ de grande influência sobre o Homem e a
partir de ‘onde’ as ações, escolhas e formas de compreensão do mundo são estabelecidas.
O modelo freudiano de mente tem sido transformado/reformulado/ampliado ao longo
dos anos de desenvolvimento da teoria, culminando no surgimento de várias ‘escolas psica-
nalíticas’, dentre as quais se destacam Melanie Klein (1882-1960) e Wilfred Bion (1897-1979).
A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças alcançou grandes
avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instrumento de grande
importância para o trabalho psicanalítico. Klein ainda reformulou e ampliou vários concei-
tos psicanalíticos freudianos, sendo que sua influência se reflete nos trabalhos de vários
autores posteriores.
Bion destinou-se a investigar a vida mental de pacientes psicóticos com importantes
achados que norteiam o pensamento clínico psicanalítico atual. Além disso, Bion também
se preocupou com a função analítica, estabelecendo conceitos e vértices que promovem a
compreensão do funcionamento do par analítico paciente-analista, fundamentando parâme-
tros novos para o desenvolvimento da própria função psicanalítica.
No processo psicoterápico a transferência e contratransferência são pontos centrais na
técnica psicanalítica. A definição de transferência em psicologia é quando um cliente dire-
ciona seus sentimentos de um outro significativo ou pessoa em sua vida para o psicólogo.
Contratransferência pode ser definida como reações inconscientes do analista à pessoa do
analisando e, mais particularmente, à transferência deste.
Hoje a contratransferência também é entendida com um importante canal de comunicação
primitiva entre as mentes do paciente e do terapeuta, podendo ser um poderoso instrumento
a favor da empatia.
Tanto a transferência como a contratransferência são conceitos que vem sendo ampliados
até o presente e que vão ganhar diferenças a partir de cada escola psicanalítica, entretanto,
ambos os fenômenos se mostram presentes nas relações humanas e devem ser observados,
principalmente nas relações de cuidado.

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2.2. Teoria Psicoterápica Humanista

No humanismo, o indivíduo é percebido na sua totalidade (corpo, mente e emoções). As


pessoas são consideradas seres ativos e capazes de se desenvolverem, em busca da sua
autorrealização.
O humanismo propõe uma abordagem terapêutica não-diretiva e centrada na pessoa.
Parte-se do pressuposto que é o indivíduo que possui a responsabilidade pela condução e
pelo sucesso do tratamento (FADMAN E FRAGER, 2002).
A psicologia humanista teve sua origem nos principais pressupostos de Abraham Maslow,
instituidor da pirâmide das necessidades. Foi na década de 1950 que Maslow se tornou um
dos fundadores e impulsionadores da escola de pensamento da Psicologia Humanista.
O humanismo foi um movimento em contraposição à Psicanálise de Freud e o Behavioris-
mo de Watson. Essa abordagem se diferenciava dessas teorias pois, defendia que o homem
não era regido por um inconsciente e nem mesmo por fatores externos mas, segundo Maslow
se interessava em saber o que fazia as pessoas felizes e o que elas faziam para atingir esse
objetivo (FADMAN E FRAGER, 2002).
Para Maslow, as pessoas têm um desejo natural de serem auto realizadas portanto, buscam
atender necessidades inerentes do ser humano, nomeada de hierarquia das necessidades.
Principais conceitos propostos por Abraham Maslow expostos na chamada Pirâmide
de Maslow.

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Para Maslow, os indivíduos buscam satisfazer, em primeiro lugar, suas necessidades fisio-
lógicas. Sem que essas necessidades sejam satisfeitas, o ser humano não consegue avançar
na hierarquia das necessidades. Depois que isso ocorre, o ser humano busca satisfazer as
necessidades de segurança. Em seguida, as necessidades sociais. Depois a estima e por fim,
chega no topo da pirâmide, em busca da sua autorrealização.

2.2.1. Carl Rogers: Terapia Centrada na Pessoa (no Cliente)

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Carl Rogers, que foi um psicólogo humanista que concordou com as pressuposições
de Maslow e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar, precisa de um
ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser aceito como
é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido). Rogers complementa que
sem isso, relacionamentos e personalidades saudáveis não se desenvolvem como deveriam
(FADMAN E FRAGER, 2002).
Rogers centrava seus estudos e atenção no ser humano saudável. Logo, o considerava
agente de sua mudança, e não um ser humano doente à espera de fatores condicionantes.
Rogers denominou o indivíduo como cliente.

2.2.2. Princípios da Psicologia Humanista


Uma das contribuições de Carl Rogers e que ele acreditava mais importante foi a descrição
de uma pessoa totalmente funcional. Uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para
chegar a autorrealização. O indivíduo com funcionamento integral possui variadas caracte-
rísticas, dentre elas (FADMAN E FRAGER, 2002):
• Abertura à experiência: Implica na pouca utilização dos sinais de alerta, que restringem
a percepção consciente do momento presente. Assim, a pessoa fica mais aberta aos
sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver completamente a experiência do
seu organismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
• Viver no Presente: É a busca por realizar-se completamente a cada momento.
• Confiança nas exigências internas e no julgamento intuitivo: Consiste na confiança
sempre crescente na capacidade de tomar decisões.

2.2.3 Self Ideal


Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gos-
taria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o Self ideal é
um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode se tornar
um obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).

Como sou e como me vejo

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2.2.4. Congruência e Incongruência


2.2.4.1. Congruência
Congruência é definida como o grau de exatidão entre a experiência da comunicação e
a tomada de consciência. Um alto grau da congruência significa que a comunicação (o que
se está expressado), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de
consciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes.

EXEMPLO
Quando tenho fome, como; quando estou cansado, sento-me; quando estou com sono, durmo.

2.2.4.2. Incongruência
A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência
e a comunicação desta. A incongruência pode ser sentida como tensão, ansiedade ou, em
circunstâncias mais extremas, como confusão interna.

EXEMPLO
Um paciente internado em hospital psiquiátrico que declara não saber onde está, em que hos-
pital, qual a hora do dia, ou mesmo quem ele é, está exibindo alto grau de incongruência.

2.2.5. Tendência à Autoatualização


Esta tendência atualizante sugere que há um impulso inato dentro de cada ser humano
voltado para o desenvolvimento pleno de suas potencialidades. Rogers compreende o impul-
so em direção à saúde como força motriz numa pessoa que está funcionando de modo livre,
não paralisada por eventos passados ou por crenças correntes que mantinham incongruência
(FADMAN E FRAGER, 2002).

2.2.6. Crescimento Psicológico


Rogers acredita na existência de forças naturais inerentes ao organismo que o impulsionam
positivamente em direção à saúde e ao crescimento. Trata de uma tendência e um movimento
natural para resolução diante do conflito (FADMAN E FRAGER, 2002).

2.2.7. Obstáculos ao Crescimento


Os obstáculos ao crescimento aparecem na infância e são aspectos normais do
desenvolvimento.

EXEMPLO
Quando a criança começa a tomar consciência do self, desenvolve uma necessidade de amor
ou “consideração positiva”.

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Esta necessidade é universal e existe em todo ser humano. A criança considera o amor
algo tão importante que acaba por ser conduzida, não pela característica agradável ou desa-
gradável dos seus comportamentos, mas pela promessa de afeto. Sendo assim, as crianças
tendem agir de forma a assegurar amor ou aprovação (FADMAN E FRAGER, 2002).

2.3. Teoria Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC)

Ao longo dos tempos a TCC vem evoluindo em seus modelos conceituais e nos últimos
anos, convencionou-se dividir a história das terapias de base cognitiva e comportamental em
três períodos - referidos como “ondas”.
No Brasil, temos uma “cronologia invertida”, pois enquanto nos EUA foi necessária a
chegada da terceira onda para a popularização das terapias com foco externalista, no Brasil,
as terapias deste tipo, representadas pela Terapia Analítico-Comportamental, entre outras,
já estavam estabelecidas desde a primeira onda brasileira, por volta dos anos de 1970. Além
disso, vale lembrar a inexistência de superioridade das ondas mais recentes em relação às
mais antigas, estando a divisão nestes três momentos mais relacionada a uma organização
didática e histórica das ideias.

2.3.1. A Primeira Onda: Terapia Comportamental


O termo Terapia Comportamental foi introduzido por pelos menos três diferentes grupos
de pesquisadores:

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Durante a primeira onda, o principal objetivo era a eliminação das respostas indesejadas e
das reações emocionais avaliadas como inadequadas por meio de técnicas. Além disso, este
grupo de terapias era caracterizado por um rigor experimental que, segundo alguns autores,
limitou o estudo de questões humanas menos objetivas, que foram relegadas para tradições
menos empíricas (OSÓRIO et. all., 2022).
O modelo comportamental tem uma de suas origens no final do século XIX, com os tra-
balhos de Pavlov (Condicionamento Pavloviano, Clássico ou Respondente). Outros trabalhos
como os de Watson e Mary Cover Jones, Skinner, entre outros, foram necessários para que o
desenvolvimento das intervenções que mais tarde vieram a ser chamadas de Terapia Com-
portamental se constituíssem como uma modalidade de tratamento psicológico. Os trabalhos
de Watson se propõe a estudar o comportamento observável por meio do método científico
experimental, a fim de prevê-lo e controlá-lo (OSÓRIO et. all., 2022).
No início de 1970 houve um grande questionamento das práticas comportamentais, uma
vez que eram consideradas demasiadamente rígidas. Tal situação culminou na tentativa de
acrescentar componentes cognitivos às técnicas existentes, o que facilitou o surgimento das
abordagens cognitivas. Neste movimento, vale ressaltar o trabalho de Albert Bandura (1925).
Seus estudos sobre aprendizagem social enfatizam a modificação do comportamento do
indivíduo através da interação e observação de outros indivíduos. Para ele, a aprendizagem
pode ocorrer por meio da exposição do indivíduo a contingências sociais (relação de depen-
dência entre variáveis do organismo e do ambiente social), mas também, sem que o indivíduo
tenha sido diretamente exposto às situações, ou seja, indiretamente, por meio da observação
das contingências às quais outros indivíduos foram expostos. Segundo ele, a maior parte do
comportamento humano seria aprendido pela observação de outros, em processo chamado

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modelação. Após Bandura houve um avanço nas pesquisas que acrescentam os processos
cognitivos aos modelos comportamentais, o que contribuiu para o surgimento da abordagem
cognitivo-comportamental.

2.3.2. A Segunda Onda: o Modelo Cognitivo


A segunda onda das TCC’s surgiu com o modelo cognitivo. O modelo cognitivo propõe que
os transtornos psicológicos são derivados de um modo distorcido/disfuncional de perceber a
si mesmo, os outros/o mundo e o futuro (denominada tríade cognitiva). Neste sentido, estas
distorções de pensamento influenciam e são afetadas pelas emoções e pelo comportamento.
É possível dividir as abordagens da segunda onda em Racionalistas e Construtivistas. As abor-
dagens Racionalistas pressupõem a primazia do pensamento sobre a emoção. Sendo assim,
a atividade cognitiva desencadearia uma resposta emocional, fisiológica e comportamental
subjacente. Já as abordagens Construtivistas enfatizam o papel das emoções na atividade
cognitiva. Entretanto, ambas as abordagens são consideradas abordagens das terapias cog-
nitivas, pois são fundamentadas no conceito de influência mútua entre razão e emoção.

2.3.2.1. Principais Autores da Segunda Onda...

As abordagens de Beck e de Ellis são consideradas abordagens Racionalistas, pois visam


à reformulação de padrões disfuncionais de pensamentos, responsáveis por alterações no
estado de humor e comportamentos. Por outro lado, a abordagem Construtivista de Mahoney
prioriza as emoções como ponto central do entendimento do funcionamento mental.
A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psicoterapia baseada em
evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.
Dentre os pressupostos básicos TC tem-se que:
a) a cognição afeta as emoções e comportamentos;
b) a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada;

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c) alterando as cognições pode-se modificar as emoções e comportamentos subjacentes.


Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si, que estão entre as
causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo.
A maneira com que esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensamento Au-
tomático (PA), os quais podem ser definidos como pensamentos espontâneos, diretamente
ligados a situações e disponíveis à consciência após um treino adequado.
Os PA’s distorcidos são frequentes nos transtornos psicológicos e apresentam distorções
cognitivas,

EXEMPLO
Inferência arbitrária (tirar conclusões a partir de poucas evidências), abstração seletiva (pres-
ta-se atenção em apenas alguns aspectos e não se consegue ver o todo), previsão de futuro
(antecipar o futuro de forma tão horrível que será insuportável), desqualificação do positivo
(desqualificar e descontar as experiências e acontecimentos positivos insistindo que estes
não contam), leitura mental (acredita-se tem certeza dos pensamentos ou intenções do outro
sem evidências suficientes).

2.3.2.2. A Origem dos Pensamentos Automáticos (PA’s)...


Os PA’s são oriundos de Crenças Centrais (ou Nucleares). As crenças centrais constituem
o modo mais profundo da estrutura cognitiva e são compostas por ideias rígidas e globais que
o indivíduo tem sobre si mesmo, sobre os outros, o mundo e também sobre o futuro. Estas
crenças se desenvolvem na infância como uma tentativa de organização do mundo interno
e externo.

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Tais crenças influenciam o modo como indivíduo lida com o mundo, levando-o a selecionar
detalhes sobre o ambiente e a lembrar dados relevantes que confirmem esta crença. A partir
das crenças centrais, desenvolvem-se outras categorias de crenças denominadas crenças
intermediárias (também denominadas crenças condicionais ou crenças regra).
As crenças intermediárias não estão diretamente ligadas a situações e costumam ocorrer
em forma de suposições ‘se... então...’ ou regras ‘tenho que’, ‘deveria’. As crenças intermediárias
revelam as estratégias compensatórias, que são comportamentos por meio dos quais o indi-
víduo imagina que suas crenças centrais negativas serão encobertas ou não se manifestarão.

EXEMPLO
Se uma pessoa com a crença central ‘eu sou incompetente’ ativada e associada à crença inter-
mediária ‘se eu sou incompetente então tenho que me empenhar o máximo’, pode engajar-se
em tarefas extremamente difíceis (estratégia compensatória) para encobrir a crença central
‘sou incompetente’.
As crenças intermediárias refletem ideias ou entendimentos mais resistentes à mudança
que os pensamentos automáticos. Segundo a TC, as distorções cognitivas não são os únicos
fatores associados aos transtornos mentais. Outros fatores como predisposição genética,
alterações bioquímicas, conflitos interpessoais também estão relacionados aos transtornos
mentais e as distorções cognitivas os agravam ou os mantém.

2.3.3. A Terceira Onda: Abordagens Integrativas


As abordagens da Terceira Onda foram desenvolvidas no início da década de 1990, quando
analistas do comportamento norte-americanos propuseram um modelo de terapia baseado
na análise do comportamento, com o objetivo de se diferenciar dos ecléticos terapeutas com-
portamentais, dando origem à clínical behavior analysis (análise do comportamento clínica).
São propostas que adotam o externalismo da análise do comportamento, mantém o foco na
cognição e na emoção, das TCC’s, substituindo a ideia de modificação dos comportamentos
e sentimentos/cognições, característicos da primeira e segunda onda, respectivamente, pela
aceitação dos mesmos, enfatizando a relação do indivíduo com os eventos psicológicos.
A ideia é que os pensamentos não devem controlar diretamente a ação, mas sim os valo-
res do indivíduo. Outra característica marcante da terceira onda é a integração de diferentes
conceitos e técnicas. A maioria destas abordagens compartilha os pressupostos das abor-
dagens de base cognitiva ou comportamental e utilizam suas técnicas.
Entretanto, integram à sua prática clínica estratégias do tipo Mindfulness, técnicas da
Gestalt Terapia, aceitação e outras escolas de psicoterapia. Além disso, muitas delas funda-
mentam seu entendimento (além do comportamento) em teorias como Teoria Evolucionista,
Teoria do Apego e Psicanálise. Exemplos de modelos integrativos são: Terapia de Aceitação

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e Compromisso, Psicoterapia Analítica Funcional, Terapia do Esquema, a Terapia Comporta-


mental Dialética, e Terapia Cognitiva Processual.

2.3.4. Conceitos da Técnica em TCC


A TCC é um tipo de intervenção psicoterápica breve (de 10 a 20 sessões), com foco na
resolução dos problemas atuais do cliente. As sessões de psicoterapia possuem uma estru-
tura em que o cliente participa ativamente de sua construção.

Na estrutura das sessões tem-se:


a) verificação do humor (como o paciente sente-se naquele dia e semana anterior);
b) discussão da agenda para a sessão (organiza-se tópicos a serem conversados na
sessão do dia);
c) feedback da sessão anterior (se e como a sessão anterior ajudou o paciente);
d) revisão da tarefa de casa (dificuldades e aprendizados com a tarefa de casa);
e) discussão dos itens da agenda e planejamento nova tarefa de casa (o cliente elabora
ativamente sua tarefa de casa baseado nos tópicos da sessão);
f) resumo a sessão e feedback (no início do tratamento o terapeuta faz o resumo da ses-
são, posteriormente o cliente faz o resumo).

O objetivo principal da TCC é a reestruturação cognitiva do cliente, envolvendo seus es-


quemas, crenças e atitudes.
Como trata-se de uma abordagem que preconiza a participação ativa do paciente, é pré-
-requisito que estes possuam alta motivação, boa capacidade de tolerância à ansiedade, boa
aliança terapêutica. Por outro lado, a TCC é contra-indicada para pacientes com alto nível de
ansiedade, dificuldade de vínculo, ausência de motivação, psicose aguda e deficiência mental
grave (nesses casos, há necessidade de adaptação das técnicas).

2.3.5. Psicoterapia de Grupo


O interesse pelo estudo do comportamento e da psicologia dos grupos data do século 20,
onde se destacam as contribuições de Le Bom e Freud, a cerca da influência dos fenômenos
sociais/grupais na constituição do sujeito. Os primeiros relatos do uso psicoterapêutico dos
grupos ocorreram nos EUA, no início dos anos 1900, com as experiências de Pratt, Lazel e
Marsh. Em 1908, Joseph Pratt, um médico americano, considerado hoje o precursor da psi-
coterapia de grupo, adotou o uso de tais grupos no tratamento de pacientes tuberculosos por
motivos econômicos e de ordem prática. Duas vezes por semana, realizava encontros com
cerca de 20 a 30 pacientes, discutindo aspectos da saúde e da condição de vida (por meio de
conselhos, instruções e apoio), observando melhoras consideráveis nestes quesitos, sobre-
tudo em função do reconhecimento, por parte dos doentes, de que não eram os únicos com

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vivências de sofrimento, e que o mesmo poderia ser compartilhado e acolhido. E.W. Lazell,
em 1921, publicou um artigo no periódico Psychoanalytic Review intitulado

The group treatment of dementia praecox’, relatando sua experiência na condução de um grupo
de pacientes internados com demência precoce (hoje denominada esquizofrenia), onde temas
diversos eram discutidos com um enfoque psicanalítico. Ele apontou que a participação dos
pacientes nos grupos favorecia um avanço no tratamento do transtorno. Marsh, se apropriando
destas experiências prévias, iniciou uma atividade de grupo com pacientes psicóticos internados,
reunindo cerca de 200 a 400 deles, três vezes por semana com o objetivo de “integrar a mente, a
emoção e a atividade motora (p.3).

Posteriormente estendeu este tipo de trabalho aos familiares dos pacientes, trazendo esta
contribuição inovadora. Com o passar do tempo, esta prática foi sendo apropriada por outros
psiquiatras, no tratamento de pacientes psiquiátricos institucionalizados, e posteriormente a
nível ambulatorial. Destaca-se a grande expansão desta modalidade de tratamento durante e
pós 2ª Guerra Mundial, em função da grande demanda de problemas emocionais associados à
guerra e a escassez de equipes de tratamento, sendo importantes os trabalhos desenvolvidos
por S.H. Foulkes, W. Bion e Moreno, estimulando e expandindo o uso de tal recurso para uso
com outras populações específicas nas áreas da saúde, social, educacional e organizacional.
Assim como na psicoterapia individual, as psicoterapias de grupo são realizadas tendo-se
por referência diferentes abordagens teóricas e técnicas, e diferentes objetivos, entre eles:

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Sob a perspectiva da técnica, os grupos podem ser:


1) fechados ou abertos (número fixo ou não de membros),
2) homogêneos ou heterogêneos (quanto às queixas, características clínicas, sociode-
mográficas, entre outras),
3) ter duração pré-determinada ou não, número de participantes e periodicidade (diário,
mensal) variados.

A opção por alguma destas especificidades se associa diretamente aos objetivos tera-
pêuticos do grupo e às características da população-alvo. Os grupos terapêuticos são vistos
como um contexto privilegiado para o aprendizado do relacionamento humano.
Segundo Bechelli e Santos os grupos “facilitam a identificação, a revelação de particu-
laridades e intimidades, o oferecimento de apoio ao semelhante, o desenvolvimento de um
objetivo comum, e a resolução das dificuldades e dos desafios que se assemelham” (p.6).
Fora isto, os grupos apresentam fatores terapêuticos específicos e únicos conforme apontado
brilhantemente na obra de Vinogradov e Yalon.
Estes autores destacaram a presença de pelo menos 11 fatores terapêuticos grupais:
• instalação de esperança, universalidade, oferecimento de informação, altruísmo, de-
senvolvimento de técnicas de socialização, comportamento imitativo, catarse, reedição
corretiva do grupo primário, fatores existenciais, coesão e aprendizagem interpessoal.
A efetividade das psicoterapias de grupo é também comprovada por inúmeros estudos e
sua aplicação tem espaço consolidado no tratamento, sobretudo dos sintomas/transtornos
mentais, seja como terapia primária ou coadjuvante.

2.4. Teoria Psicoterápica Sistêmica

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O Pensamento Sistêmico, hoje disseminado nas diversas áreas do conhecimento, ganhou


um arcabouço teórico e reconhecimento na primeira metade do século XX. Embora suas bases
tenham sido formuladas entre as décadas de 30 e 40, o processo de mudança do paradigma
mecanicista para o ecológico tem ocorrido de forma não linear há muitos séculos, com retro-
cessos e avanços nos vários campos da ciência.

2.4.1. Precursores Históricos do Pensamento Sistêmico e a Teoria Geral dos


Sistemas
O biólogo austríaco Ludwig Von Bertalanffy apresenta a Teoria Geral dos Sistemas e, em
1940, e o matemático norte-americano Norbert Wiener inicia a elaboração da Cibernética.
Ambas as teorias tiveram desenvolvimento paralelo no século XX e configuram os limites
paradigmáticos para a Teoria Sistêmica, em conjunto com a influência da Teoria da Comuni-
cação Humana, criada por Gregory Bateson e Paul Watzlawick. A seguir, tratar-se-á de cada
uma das teorias supracitadas.
Desde a década de 1920, quando inicia sua carreira como biólogo em Viena, Ludwig Von
Bertalanffy critica a predominância do enfoque mecanicista tanto na teoria quanto na pes-
quisa científica. Em 1925, ele publica suas ideias em alemão e, em 1930, lança alguns artigos
na Inglaterra. Na década seguinte, o autor apresenta sua teoria do organismo considerado
como sistema aberto. Em meio ao contexto da Segunda Guerra Mundial, as ideias de Berta-
lanffy não foram bem aceitas em um primeiro momento. O biólogo conhece então, a Teoria
da Cibernética que florescia nos Estados Unidos e passa a ser influenciado por ela. Em 1960,
Bertalanffy começa a ministrar conferências nos Estados Unidos e em 1967 e 1968 publica
a Teoria Geral dos Sistemas por meio de uma editora canadense e, em função da maior pro-
pagação de suas ideias, que passam a estar disponíveis em língua inglesa, a Teoria ganha
visibilidade (VASCONCELLOS, 2010).
A Teoria Geral dos Sistemas também é conhecida por Teoria Sistêmica. Contudo, elas são
diferentes, visto que a Teoria Geral dos Sistemas é mais ampla e abarca todas as áreas do
conhecimento (Física, Química, entre outras). Já a Teoria Sistêmica está mais voltada para a
área da Psicologia. Para fins práticos, elas serão utilizadas como sinônimos, o que não se mos-
tra errôneo, mas faz-se essa ressalva para fins didáticos e de esclarecimento (COSTA, 2010).
Bertalanffy confere importância ao Pensamento Sistêmico como um movimento científi-
co por meio de suas concepções de sistema aberto e de sua Teoria Geral dos Sistemas. De
acordo com o autor, organismos vivos são sistemas abertos que não podem ser descritos
pela termodinâmica clássica, que trata de sistemas fechados em estado de equilíbrio térmico
ou próximo dele. Os sistemas abertos podem se alimentar de um contínuo fluxo de matéria
e de energia extraídas e devolvidas ao meio ambiente. Mantêm-se, portanto, afastados do
equilíbrio em um estado quase estacionário ou em equilíbrio dinâmico (CAPRA, 2006).

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O objetivo da Teoria Geral dos Sistemas se constituía em estudar os princípios universais


aplicáveis aos sistemas em geral, sejam eles de natureza física, biológica ou sociológica.
Bertalanffy conceitua sistema como um complexo de elementos em estado de interação. A
interação ou a relação entre os componentes torna os elementos mutuamente interdepen-
dentes e caracteriza o sistema, diferenciando-o do aglomerado de partes independentes
(VASCONCELLOS, 2010). A Teoria Geral dos Sistemas combina conceitos do Pensamento
Sistêmico e da Biologia (COSTA, 2010), incidindo na generalização do Modelo Organicista,
ou seja, na noção de que o universo pode ser pensado como um grande organismo vivo (PI-
NHEIRO, CREPALDI, & CRUZ, 2012). Assim, pressupõem-se que os fenômenos não podem ser
considerados isoladamente, e sim, como parte de um todo.
Os conceitos básicos da teoria são: homeostase, morfogênese, circularidade (VASCON-
CELLOS, 2010).

Ao pensar sobre os Sistemas destacados na Teoria Sistêmica, é importante destacar que


os sistema aberto, o resultado de seu funcionamento independe do ponto de partida, ou seja,
o equilíbrio é determinado pelos parâmetros do sistema; diferentes condições iniciais geram
igualdade de resultados e diferentes resultados podem ser gerados por diferentes condições
iniciais. Desta forma, nos sistemas fechados o estado de equilíbrio é dado pelas condições
iniciais (BARCELLOS & MORÉ, 2007; OSORIO, 2002; VASCONCELLOS, 2010).
A Teoria Geral dos Sistemas também fez uso do conceito de retroalimentação ou fee-
dback que emergiu na cibernética o qual garante a circulação de informações entre elementos
do sistema. A retroalimentação pode ser negativa, o que acontece quando esse mantém a
homeostase, ou positiva, ocorre quando o sistema responde pela mudança sistêmica (mor-
fogênese) (VASCONCELLOS, 2010).
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Na década de 1940, aportes teóricos se articularam à Teoria Geral dos Sistemas: a Ciber-
nética e a Teoria da Comunicação.

2.4.2. A Cibernética
A Teoria da Cibernética foi desenvolvida pelo matemático americano, e professor do Mas-
sachussets Institute of Technology (MIT), Norbert Wiener (1894-1964). No início da década
de 1940, Wiener participava de reuniões vinculadas à escola de Medicina de Harvard nas
quais se discutia o método científico. Estas reuniões tinham uma proposta interdisciplinar,
pois participavam professores e pesquisadores de diversas áreas que se interessavam pelo
tema. Assim, Wiener conheceu Walter Cannon e Arturo Rosenblueth (fisiologistas), com os
quais iniciou discussões que deram início ao pensamento que originou a Cibernética (VAS-
CONCELLOS, 2010).
Naquela época, o mundo vivia a Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos começou a
financiar pesquisas que pudessem contribuir para a melhoria das máquinas de guerra. Com
isso, Wiener, em parceria com Rosenblueth e com o engenheiro eletrônico Julian Bigelow, criou
um projeto que aprimorou a artilharia antiaérea. Wierner desenvolveu programas e “máquinas
computadoras” que tinham conexão com o sistema nervoso humano. A ideia de Wierner e dos
pesquisadores com quem trabalhava era de projetar máquinas que tivessem performance de
funções humanas. Nas pesquisas realizadas para a execução do projeto, Wiener e Bigelow
criaram o conceito de feedback, também chamado de realimentação ou retroação (como
já mencionado anteriormente), o qual foi desenvolvido para explicar de que forma pode-se
corrigir desvios a máquinas computadorizadas, os quais eram essenciais para a guerra e se
fazia analogia entre o funcionamento do sistema nervoso e o funcionamento das máquinas
de computação (VASCONCELLOS, 2010).
Em 1944, houve um encontro em Princenton para discutir “Cibernética”, do qual participa-
ram engenheiros, projetistas de máquinas computadorizadas, fisiologistas, neurocientistas e
matemáticos. Em 1946, acontece a 1ª Conferência Macy em Nova Iorque, a qual teve como
tema “Feedback” e que contou com a presença dos pesquisadores acima citados e de psicó-
logos, antropólogos, economistas e especialistas na Teoria dos Jogos. O encontro pretendia
reunir cientistas que pudessem ajudar na compreensão do sistema nervoso, comunidades
sociais e meios de comunicação. Nos anos subsequentes, houve várias conferências Macy
e pode-se afirmar que o arcabouço teórico da Cibernética foi construído nestes encontros.
A partir dessas reuniões, a área foi reconhecida por inúmeras realizações tecnológicas, tais
como: aparelho que permite aos cegos a leitura auditiva de um texto impresso, computado-
res ultrarrápidos, próteses para membros perdidos, máquinas artificiais com performances
altamente elaboradas, pulmão artificial, máquina de jogar xadrez, aparelho auditivo para
deficientes auditivos, máquinas para atuarem em situações em que o trabalho implica risco
para o homem, dentre outras invenções (VASCONCELLOS, 2010).

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Desta forma, no final de década de 1940, Wierner escreveu sobre a Teoria da Cibernética,
também chamada de “Ciência da Comunicação”. O termo Cibernética origina-se da palavra
grega kybernetes que significa piloto, condutor. Desta forma, tal teoria apresenta uma tendên-
cia mecanicista por sua associação com máquinas ou sistemas artificiais. A preocupação do
autor era com a construção de sistemas que reproduzissem os mecanismos de funcionamento
de sistemas vivos (VASCONCELLOs, 2010).
Para Wiener, o propósito da Cibernética era o de desenvolver uma linguagem e técnicas
que permitissem abordar o problema da comunicação e do controle em geral. Portanto, con-
siderava que a mensagem era o elemento central, tanto na comunicação quanto no controle,
ou seja, quando nos comunicamos enviamos uma mensagem e, da mesma forma, quando
comandamos. A mensagem pode ser transmitida por meios elétricos, mecânicos ou nervosos
e é considerada uma sequência de eventos mensuráveis, distribuídos no tempo (VASCON-
CELLOS, 2010).
Por esta razão, o antropólogo Gregory Bateson, que também participava das conferên-
cias Macy, desenvolve a Teoria da Comunicação que contribui de forma significativa para a
melhoria das máquinas Cibernéticas. A Teoria da Cibernética divide-se em Cibernética de 1ª
ordem e de 2ª ordem.

A 1ª Cibernética trata dos processos morfoestáticos (manutenção da mesma forma), resul-


tantes da retroalimentação negativa ou retroação autorreguladora, a qual conduz o sistema de
volta a seu estado de equilíbrio homeostático, otimizando a obtenção da meta. Assim, trata da
capacidade de auto estabilização ou de automanutenção do sistema (VASCONCELLOS, 2010).

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Já a 2ª Cibernética trata dos processos morfogenéticos (gênese de novas formas), resul-


tantes de retroalimentação positiva ou retroação amplificadora de desvios, amplificação que
pode - caso não produza a destruição do sistema e se a estrutura do mesmo permitir - promo-
ver sua transformação, levando-o a um novo regime de funcionamento. Trata da capacidade
de auto-mudança do sistema (VASCONCELLOS, 2010).

2.4.3. A Teoria da Comunicação


Gregory Bateson (1904-1980), antropólogo inglês, se utilizou das teorias acima citadas
para desenvolver a Teoria da Comunicação. O autor, junto com seus colaboradores de Palo
Alto (Califórnia), descreveu a comunicação patogênica na família do esquizofrênico e apre-
sentou a hipótese do duplo vínculo, ou seja, uma forma de comunicação paradoxal que tem
profundas implicações nas relações interpessoais. Bateson fazia uso de analogias, metáforas
e histórias por acreditar que esses recursos eram um caminho para o estudo das relações
(OSÓRIO, 2002).
A teoria também apresenta o conceito da metacomunicação (comunicação sobre a co-
municação) e o uso de mensagens congruentes ou incongruentes (WATZLAWICK, BEAVIN,
& JACKSON, 1973).
A Teoria da Pragmática da Comunicação Humana afirma que a comunicação afeta o com-
portamento ocasionando implicações nas relações interpessoais. De acordo com Watzlawick
et al. (1973),

atividade ou inatividade, palavras ou silêncio, tudo possui valor de mensagem, influencia os outros,
e estes outros que, por sua vez, não podem não responder a essas comunicações, estão, portanto,
comunicando também (p. 45).

Além disso, Bateson e Watzlawick preconizaram que a teoria também abarca os cinco
axiomas que são:
1) É impossível não comunicar;
2) Toda comunicação tem aspecto de relato (conteúdo) e de ordem (relação);
3) A natureza de uma relação está na contingência da pontuação das sequências comu-
nicacionais entre os comunicantes (cada comportamento é causa e efeito do outro);
4) Os seres humanos se comunicam de maneira digital (comunicação verbal) e analógica
(comunicação não-verbal);
5) Todas as permutas comunicacionais ou são simétricas ou complementares, e estão
baseadas na igualdade ou na diferença (WATZLAWICK et al. 1973).

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2.4.4. Critérios Fundamentais do Pensamento Sistêmico e a Prática Sistêmica


no Campo da Psicologia
A palavra “sistema” deriva do grego synhistanai que significa colocar junto. O entendi-
mento sistêmico requer uma compreensão dentro de um contexto, de forma a estabelecer a
natureza das relações. Cada um dos sistemas forma um todo com relação as suas partes e
também é parte de um todo. A existência de diferentes níveis de complexidade com diferen-
tes tipos de leis operando em cada nível forma a concepção de “complexidade organizada”
(VASCONCELLOS, 2010).
O primeiro dos critérios fundamentais do Pensamento Sistêmico se refere à mudança
das partes para o todo. Outro critério diz respeito à capacidade de deslocar a atenção de um
lado para o outro entre níveis sistêmicos (VASCONCELLOS, 2010).
Por fim, o último critério se refere à mudança da ciência objetiva para a epistêmica; o
método de questionamento torna-se parte integral das teorias científicas. A compreensão do
processo de conhecimento precisa ser explicitamente incluída na descrição dos fenômenos
naturais, de forma que tais descrições não são objetivas (CAPRA, 2006; GRANDESSO, 2000;
VASCONCELLOS, 2010).
Fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas proposta por Bertalanffy, na Cibernética de
Wiener e na Teoria da Comunicação, formulada por Bateson e Watzlawick, surge a prática
sistêmica. Capra destaca que

com o forte apoio subsequente vindo da Cibernética, as concepções de Pensamento Sistêmico e


de Teoria Sistêmica tornaram-se partes integrais da linguagem científica estabelecida, e levaram
a numerosas metodologias e aplicações novas (1996, p. 53).

No campo da Psicologia Clínica, a Teoria Sistêmica passa a ganhar força trazendo a pro-
posta de mudança no foco das teorias clínicas do indivíduo para os sistemas humanos, ou
seja, do intrapsíquico para o interrelacional. Dessa forma, nas décadas de 50 e 60, ocorre um
movimento de combinação entre abordagens já consolidadas, tais como a psicanalítica, e
novos conceitos baseados na Teoria dos Sistemas, na Cibernética e na Teoria da Comunica-
ção. (KREPPNER, 2003, p. 202).
O Pensamento Sistêmico passa a ser o substrato de propostas de intervenção para a clíni-
ca de família. Dessen (2010) ressalta a relevante contribuição da Teoria Sistêmica da família,
a partir da segunda metade do século XX, visto que trouxe um novo olhar para o contexto
familiar. A adoção da Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um sistema
complexo, composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como o
conjugal e o parental (KREPPNER, 2000).

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2.4.5. Desenvolvimento das Escolas de Terapia de Família


Nas décadas de 1960 e 1970, várias escolas se diferenciaram no que se refere as terapias
sistêmicas:
• ESCOLA TRIGERACIONAL: Murrey Bowen – terapia familiar, mesmo trabalhando as vezes
com um adulto da família estabelece-se relação com o contexto familiar até 3 gerações
• ESCOLA EXISTENCIAL: Carl Whitaker e Virgínia Satir – enfatizam o trabalho intenso com
as emoções e vivências no aqui e agora da família e do terapeuta.
• TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL: Salvador Minuchin – enfatiza as questões organiza-
cionais da família na gênese e na resolução de problemas.
• ESCOLA COMUNICACIONAL: Escola de Palo Alto (EUA) – Fundada por Gregory Bateson
e outros intelectuais como Paul Watzlawick - o trabalho concentra-se nas comunicações
interpessoais verbais e não- verbais que se estabelecem na tentativa infrutífera de resol-
ver o sintoma.
• ESCOLA ESTRATÉGICA: Jay Haley – intervenções terapêuticas que tendem a reestruturar
o funcionamento familiar estabelecido em torno do sintoma. Desenvolveram-se também
grupos de terapia familiar comportamental destinadas a extinguir sintomas.

2.4.6. Por Que Tratar a Família?


A família pode ser considerada um sistema vivo, semi-aberto, que se desenvolve e se
transforma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais dá continuida-
de e se transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar em conta pelo
menos três gerações (ANDOLFI et al., 1984)

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2.4.7. A Família com Bom Funcionamento


A família é mais do que uma soma de seus membros. É um sistema vivo com leis pró-
prias de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a dupla capacidade de
morfogênese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que
garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital (BATESON; FERREIRA;
JACKSON, 1971).
Famílias com bom funcionamento = todos os membros desenvolvem-se de acordo com
suas necessidades.

CARACTERÍSTICAS DAS FAMÍLIAS COM BOM FUNCIONAMENTO

• Igualdade de poder entre os cônjuges;


• Ampla expressão de ideias e afetos;
• Incentivo a autonomia pessoal com respeito às necessidades do outro;
• Percepção e respeito pela interdependência entre os membros da família;
• História familiar compartilhada;
• Capacidade de usar adequadamente o humor;
• Envolvimento com grupos e movimentos sociais.

2.4.8. Mudanças ao Longo do Ciclo Familiar

FASES DO CICLO VITAL DA FAMÍLIA CARACTERÍSTICAS

Individuação do adulto conhecimento de si mesmo


afinidades culturais, religiosas, políticas e de classe social
Casamento = maior facilidade de ADAPTAÇÃO entre os cônjuges;
papel do homem e da mulher
acomodação de uma terceira pessoa;
Triângulo relacional = cuidado com a interferência da
atenção da mãe ao filho e descuido na relação conjugal;
Diminuição dos contatos externos para aquisição de
novos hábitos (família);
Nascimento do primeiro filho Reaproximação dos avós = cuidados do bebê (é
importante que essa colaboração seja oferecida sem
competição com os pais)
Famílias de dupla carreira têm desafios próprios a
resolver na divisão das tarefas da casa e dos cuidados
dos filhos.
Preparação familiar para a chegada da nova criança =
irmãos que sofrem com medo de perder seu lugar na
família;
Família com filhos pequenos pais devem adequar seus cuidados à idade e
personalidade de cada um dos filhos;
educação – capacidade de criar filhos saudáveis as
exigências da vida fora de casa: creche, escola....;

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FASES DO CICLO VITAL DA FAMÍLIA CARACTERÍSTICAS

crise de desenvolvimento = tanto dos pais que precisam


compreender as mudanças ocorridas consigo a partir
da idade; quanto dos filhos que buscam liberdade e
Família com filhos adolescentes
definição de sua identidade;
Escolha profissional dos filhos;
Namoro dos filhos

Saída dos filhos de casa;


Preparação para a velhice
Síndrome do “ninho vazio” ou família da OBS: nas classes populares, essa síndrome dificilmente
maturidade ocorre = adolescentes tem filhos e são acolhidos na
casa dos pais = falta de perspectiva econômica e social
dos adolescentes e de suas famílias.

• Conhecer as mudanças que ocorrem ao longo do ciclo vital das famílias orienta o tratamento.

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RESUMO
• TEORIA PSICOTERÁPICA PSICANALÍTICA:
A psicanálise tem como marco o trabalho de Freud intitulado ‘A interpretação dos Sonhos’,
considerada, por ele mesmo, sua obra mais importante. Para Freud, os sonhos seriam a forma
através da qual se teria acesso à dimensão inconsciente da vida psíquica, sendo eles uma
expressão dos desejos mais íntimos do indivíduo e dos mecanismos de censura que operam
para mascarar tais desejos, conhecidos como repressão.
Uma das contribuições significativas de Freud foi a construção de uma teoria sobre o
inconsciente, pré-consciente e consciente

• TEORIA PSICOTERÁPICA HUMANISTA:


Uma das contribuições de Carl Rogers e que ele acreditava mais importante foi a descrição
de uma pessoa totalmente funcional. Uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para
chegar a autorrealização. O indivíduo com funcionamento integral possui variadas caracte-
rísticas, dentre elas (FADMAN E FRAGER, 2002).

• TERAPIA PSICOTERÁPICA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)


Como trata-se de uma abordagem que preconiza a participação ativa do paciente, é pré-
-requisito que estes possuam alta motivação, boa capacidade de tolerância à ansiedade, boa
aliança terapêutica. Por outro lado, a TCC é contra-indicada para pacientes com alto nível de
ansiedade, dificuldade de vínculo, ausência de motivação, psicose aguda e deficiência mental
grave (nesses casos, há necessidade de adaptação das técnicas).

• TERAPIA PSICOTERÁPICA SISTÊMICA:


A adoção da Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um sistema
complexo, composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como o
conjugal e o parental (KREPPNER, 2000).

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EXERCÍCIOS
001. (IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA/2022) Relacione a
Coluna 1 à Coluna 2, associando autores com descrições de teorias da personalidade (HAN-
SENNE, 2003).
Coluna 1
1. Sigmund Freud.
2. Carl Rogers.
3. Aaron Beck.
4. B. F. Skinner.
Coluna 2

( ) No caso da depressão, o autor postulou que os doentes deprimidos têm distorções cog-
nitivas, que fazem com que eles decodifiquem a realidade de maneira inadequada. Com
base nisso, o autor elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modificarem
as distorções cognitivas.
( ) Trabalhou com conceitos fundamentais para o desenvolvimento da personalidade, em
especial: a empatia, a consideração positiva incondicional e a congruência.
( ) Os elementos mais importantes desta teoria são: a personalidade é um conjunto dinâ-
mico constituído por componentes em conflito, dominadas por forças inconscientes, e
a sexualidade tem um papel crucial nesta teoria.
�( ) O autor considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e
que, em função das suas consequências, elas serão ou reproduzidas ou eliminadas.
Refere ainda que os comportamentos respondem a leis: é possível controlá-los através
de manipulações do ambiente.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) 1 – 2 – 3 – 4
b) 2 – 3 – 4 – 1.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 4 – 2 – 1 – 4
e) 4 – 3 – 2 – 1.
002. (INÉDITA/2023) O conceito de empatia passou a ser estudado pelo psicólogo Carl
Rogers com a finalidade de aplicá-lo em sua prática terapêutica conhecida por Abordagem
Centrada na Pessoa.
003. (PREFEITURA DE FORTALEZA/CE/PSICÓLOGO/2018) Afirma-se que Carl Rogers, em
sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas plenamente funcionais ou psicologica-
mente saudáveis quando apresentam:
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a) uma mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência e de novidades, assim como
também, necessidade contínua de maximizar o seu potencial.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.
004. (INÉDITA/2023) Complete corretamente a sentença:
“________________, que foi um psicólogo _______________ que concordou com as pressuposições
de __________________ e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar, precisa de
um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser aceito como
é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido)”.
a) Sigmund Freud; humanista; Maslow
b) Carl Rogers; humanista; Maslow
c) Aaron Beck; humanista; Maslow
d) Minuchin; humanista; Maslow
005. (INÉDITA/2023) Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características
que o indivíduo gostaria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o
Self e o Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self
ideal pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).
006. (INÉDITA/2023) (Exemplos de Conceitos e Técnicas Humanistas:
( ) Self ideal: pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gos-
taria de ter e perceber sobre si mesmo ( ) Congruência: alto grau da congruência significa
que a comunicação (o que se está expressado), a experiência (o que está ocorrendo em nosso
campo) e a tomada de consciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes. ( ) A
incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a
comunicação desta.
Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso a sequência
correta das proposições acima é, respectivamente:
a) V – F – V
b) V – V – V
c) F – V – V
d) V – V – F
007. (INÉDITA/2023) Carl Rogers, em sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas
plenamente funcionais ou psicologicamente saudáveis quando apresentam:
a) a pessoa fica mais aberta aos sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver com-
pletamente a experiência do seu organismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.

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008. (INÉDITA/2023) O humanismo foi um movimento que surgiu seguindo os princípios da


Psicanálise de Freud e o Behaviorismo de Watson (FADMAN E FRAGER, 2002).

009. (INÉDITA/2023) Rogers acredita na existência de forças naturais inerentes ao organismo


que o impulsionam positivamente em direção à saúde e ao crescimento. Trata de uma ten-
dência e um movimento natural para resolução diante do conflito (FADMAN E FRAGER, 2002).
Essa afirmativa diz respeito ao:
a) Self Ideal
b) Persona
c) Crescimento Pessoal
d) Incongruência

010. (AERONÁUTICA/CIAAR/PRIMEIRO TENENTE/PSICOLOGIA/2014) No que diz respeito


aos princípios psicoterapêuticos da abordagem centrada na pessoa, pode-se afirmar que essa
modalidade terapêutica trouxe grandes contribuições para a psicologia. A terapia centrada na
pessoa expressa a visão da personalidade humana acreditando que a melhora do paciente
é responsabilidade dele, e não do terapeuta, assim como ocorre na psicoterapia ortodoxa.
(Schultz & Schultz p. 415.) A terapia centrada na pessoa foi fundada pelo autor:
a) Carl Jung.
b) Carl Rogers.
c) Alfred Adler.
d) George Miller.

011. (PREFEITURA DE MARINGÁ/PR/PSICÓLOGO/NASF/2018) A psicanálise é uma escola


de psicologia fundada por Sigmund Freud. Esta escola de pensamento enfatizou a influência
da mente inconsciente no comportamento. Freud acreditava que a mente humana era com-
posta por três elementos: o id, o ego e superego, Freud acreditava que a interação desses
três elementos foi o que levou a todos os comportamentos humanos complexos, assim é
CORRETO afirmar que:
a) O id é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como percepção, memória,
sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal influente na
interação entre sujeito e ambiente externo. É um componente moral, que leva em consideração
as normas éticas existentes e atua como mediador entre id e superego.
b) O ego é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamente ligado a libido, está relacionado
a ação de impulsos é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem
conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo portanto apenas a partir de estímulos instin-
tivos, o que lhe atribui a característica de amoral.

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c) O id consiste em instintos mais primitivos, enquanto o ego é o componente da personalidade


acusado de lidar com a realidade. O superego é a parte da personalidade que mantém todos os
ideais e valores que internalizamos de nossos pais e cultura.
d) O ego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado
hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre
agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O ego é,
então, componente moral e social da personalidade.
012. (PREFEITURA DE ABELARDO LUZ/SC/PSICÓLOGO/2020) DE acordo com Freud, quais
os três conceitos criados para explicar o funcionamento da mente humana.
a) Complexo de Édipo, Complexo de Castração e Nirvana.
b) Consciente, Prazer e Desprazer.
c) Inconsciente, Corpo e Prazer.
d) Id, Ego e Superego.
e) Instinto de Vida, Instinto de Morte e Instinto de Conservação.
013. (CESPE/EBSERH/PSICÓLOGO/HOSPITALAR/2018) A transferência é um conceito psi-
canalítico freudiano que compreende as atitudes e os sentimentos inconscientes do paciente
para com o médico e vice-versa.
014. (INÉDITA/2023) Consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo
em nós mesmos.
a) Contratransferência
b) Racionalização
c) Negação
d) Projeção
015. (INÉDITA/2023) Acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva) são
projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais inofensiva.
a) Deslocamento
b) Projeção
c) Sublimação
d) Regressão
016. (INÉDITA/2023) A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças
alcançou grandes avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instru-
mento de grande importância para o trabalho psicanalítico.
017. (INÉDITA/2023) Bion se preocupou com a função analítica, estabelecendo a compreen-
são do funcionamento do par analítico paciente-analista.

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018. (PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE/CE/PSICÓLOGO/2014) No desenvolvi-


mento da personalidade segundo a psicanálise o sujeito lança mão de mecanismos de defesa,
nesse sentido assinale a alternativa que corresponde ao mecanismo de formação reativa:
a) Reverter a um comportamento imaturo, de um estágio anterior de desenvolvimento;
b) Agir exatamente ao contrário dos seus impulsos inaceitáveis;
c) Colocar, sem saber, uma lembrança ou um pensamento desagradável no inconsciente;
d) Substituir impulsos socialmente inaceitáveis por comportamentos socialmente aceitáveis.
019. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA DE PSICOLOGIA/2010) Julgue os itens
a seguir, relativos às teorias da personalidade.
Entre os mecanismos de defesa do indivíduo, incluem-se deslocamento, introjeção, repressão,
formação reativa e ansiedade de castração.
020. (TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA/2009) De acordo com o modelo dinâmico
da estruturação da personalidade, proposto por Sigmund Freud, o EGO
a) Funciona pelo princípio do prazer
b) É o responsável pelo processo primário
c) Dá juízo de realidade
d) É responsável pela internalização de normas referentes ao que é moralmente proibido
021. (INÉDITA/2023) “A família é mais do que a soma de seus membros. É um sistema vivo
com leis próprias de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a capacidade
de morfogênese e de homeostase” (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971). Dentre as alter-
nativas abaixo, assinale corretamente aquela que corresponde ao conceito de morfogênese
e homeostase:
a) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase - capacidade para mudar com o passar do tempo.
b) morfogênese – capacidade de resolução de conflitos e de homeostase - capacidade para
mudar com o passar do tempo.
c) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase - capacidade de perceber a pessoa na sua singularidade.
d) morfogênese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que
garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital.
022. (INÉDITA/2023) Maurizio Andolfi (terapeuta sistêmico) considera que todo o grupo tem
sua verdade fundante que quando questionada tende a desorganizá-lo, aumentando a tensão
e ameaçando a:
a) agregação somatopsíquica
b) desintegração da matriz egóica
c) coesão do sistema
d) valorização da vida emocional

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023. (INÉDITA/2023) A sistêmica passou por dois grandes movimentos conhecidos como:
Cibernética (ciência da comunicação) de Primeira ordem e Cibernética de Segunda ordem.
Frente ao exposto, relacione a primeira coluna de acordo com a segunda.
a) Cibernética de Primeira Ordem
b) Cibernética de Segunda Ordem
I – Está relaciona a técnicas de controle, automatização, inovações tecnológicas.
II – Não possui o foco no sintoma (este apenas identifica que algo não vai bem na família).
III – Marina fez terapia no intuito de trabalhar sua ansiedade. O terapeuta por sua vez, trabalhou
com técnicas de modo a extinguir seus sintomas. Ela melhorou mas, voltou a fazer sintoma. O
terapeuta acreditou que isso se deu porque Marina estaria buscando sua homeostase.
IV – Ulisses e sua família estão em processo psicoterápico a partir de uma queixa inicial que
era a separação dele/esposa e em decorrência disso, o filho de 6 anos estava apresentando
medos e insônia. O terapeuta por sua vez se desprendeu da queixa inicial para ter um olhar
global sobre a família e estabeleceu seu plano terapêutico visando trabalhar: comunicação
clara entre o casal e deles para com o filho situando-o sobre a separação do casal; os papéis
de pai e mãe; expressões de sentimentos, e outros aspectos que julgou necessário. Assinale a
alternativa correta:
a) I-A, II- A, III- B, IV- B
b) I-A, II- B, III- A, IV- B
c) I-B, II- A, III- B, IV- A
d) I-A, II- B, III- B, IV- B
024. (INÉDITA/2023) A Terapia Familiar surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Se desenvol-
veu nos Estados Unidos, na década de 1950. Nas décadas de 1960 e 1970, surgiram várias
escolas que se diferenciaram. Frente ao exposto, relacione corretamente as escolas àquilo
que a conceitua.
I – ESCOLA TRIGERACIONAL
II – ESCOLA EXISTENCIAL
III – TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL
IV – ESCOLA COMUNICACIONAL
V – ESCOLA ESTRATÉGICA

( ) enfatiza o trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da família e do


terapeuta.
( ) enfatiza as questões organizacionais da família na gênese e na resolução de problemas.
( ) usava intervenções terapêuticas que tendem a reestruturar o funcionamento familiar
estabelecido em torno do sintoma. Desenvolveram-se também grupos de terapia fami-
liar comportamental destinadas a extinguir sintomas.

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( ) trabalha as três gerações que envolvem a família ou mesmo o sujeito que esteja em
processo psicoterápico.
( ) o trabalho concentra-se nas comunicações interpessoais verbais e não- verbais que se
estabelecem na tentativa infrutífera de resolver o sintoma.

Circule a alternativa correta:


a) I, II, III, IV, V
b) I, V, IV, II, III
c) III, II, V, I, IV
d) II, III, V, I, IV
025. (INÉDITA/2023) Existem diversas questões que devem ser consideradas na dinâmica
e estrutura de uma família para que seja possível alcançar um diagnóstico do seu funciona-
mento. Dentre as alternativas listadas, assinale a que não deve ser considerada pelo terapeuta
para o seu diagnóstico:
a) o nível sócio-econômico e as características étnico-culturais da família.
b) o momento atual da família.
c) a capacidade da família de se comunicar e resolver conflitos.
d) a motivação da família para o tratamento.
e) a compatibilidade entre as crenças da família e as crenças do terapeuta.
026. (INÉDITA/2023) Segundo Minuchin (1980) a família pode ser considerada:
a) pessoas que convivem sem assumir o compromisso de uma ligação duradoura entre si,
incluindo uma relação de cuidado entre os adultos e deles para com as crianças e idosos que
aparecem nesse contexto.
b) mais do que uma instituição legal e jurídica, ela é um direito objetivo de encontrar acolhimento
para as dificuldades.
c) um sistema governado por regras compreendendo subsistemas que interagem mutuamente
e afetam uns aos outros. O funcionamento de cada membro é determinado pela organiza-
ção familiar.
d) um grupo de pessoas dinâmicas e que gostam de estar juntas.
e) pessoas que tem uma relação de afeto.
027. (INÉDITA/2023) Considerando os Ciclos de Vida Familiar, avalie as alternativas abaixo:
I – Os ciclos de vida familiar são os estágios evolutivos pelos quais os indivíduos e todo grupo
familiar passa em direção ao crescimento. Cada estágio caracteriza-se por um arranjo familiar
e por tarefas a serem cumpridas, para que o desenvolvimento prossiga.
II – Os períodos de transição de estágio, geralmente, são os que geram mais ansiedade e con-
flito, pois o equilíbrio e a organização da família são afetados. Nestes momentos, sintomas
podem surgir como forma de expressar as dificuldades da família em se reorganizar diante
das exigências da nova fase.
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III – Os sintomas podem desaparecer com o tempo, quando o próprio sistema encontra recur-
sos para superar a crise e tem flexibilidade para utilizá-los num novo equilíbrio. Caso a família
não consiga se rearranjar devido a sua rigidez, o sintoma agrava-se nas fases subseqüentes,
caracterizando um funcionamento patológico crônico.
Assinale a opção correta:
a) I-V, II-V, III-V
b) I-V, II-V, III-F
c) I-F, II-V, III-F
d) I-F, II-F, III-F
028. (INÉDITA/2023) A família pode ser considerada um sistema vivo, semi-aberto, que se
desenvolve e se transforma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais
dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar
em conta pelo menos três gerações (ANDOLFI et al., 1984)
029. (INÉDITA/2023) “Quando o pai é um pai, e o filho é um filho; quando o irmão mais velho
faz o papel de Irmão mais velho e o mais novo, seu papel de irmão mais novo; quando marido
é realmente marido e a esposa uma esposa, então há ordem.” Esse texto do I Ching, dentro
das dinâmicas intrafamiliares, é um exemplo de:
a) impotência do eu isolado.
b) fundamento do bom funcionamento sistêmico familiar.
c) complementariedade dos opostos.
d) reconhecimento da regra clara.
030. (INÉDITA/2023) Considerando o CASAL, leia atentamente as opções
que seguem:
I – Alguns aspectos são específicos na terapia de casais, como: o espaço de casal é o local
privilegiado para crescer e aprender; na relação de casal aparece o melhor e o pior da pessoa;
as diferenças que aparecem entre os membros do casal podem ser usados como informações,
como uma oportunidade de crescimento e enriquecimento.
II – Existem algumas questões técnicas específicas para a terapia de casal. Antes da definição,
se haverá terapia de casal ou não, é avaliada a pertinência e a disponibilidade para mudança de
cada um dos membros do casal. No desenrolar do processo, o terapeuta deve evitar alianças
com um ou outro membro que forma o casal.
III – Quando duas pessoas escolhem-se para serem um casal, vão estruturando sua forma
única de ser; aos poucos, estabelecem seu padrão de funcionamento de casal. Tal padrão es-
trutura-se a partir do padrão de funcionamento de cada um dos participantes e da relação que
se estabelece entre eles.
Frente ao exposto, assinale a opção correta:

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a) I,II,III
b) I,II
c) I,III
d) II, III
031. (INÉDITA/2023) O conceito de resiliência na relação conjugal diz respeito à:
a) condição de vulnerabilidade psíquica, que alguns casais apresentam frente a situações
de conflito.
b) capacidade do casal de enfrentar as dificuldades/conflitos relacionais e alcançar a homeos-
tase (equilíbrio) após sofrer “pressões” e “deformações”.
c) características relacionais apresentadas pelo casal, que são determinadas por fatores genéticos.
d) características de superação/aprendizado pessoal observada na pessoa após passar por
dificuldades.
032. (INÉDITA/2023) Sobre Casais Funcionais é correto o que se afirma:
I – Sabem preservar sua feminilidade/masculinidade e sabem como criar momentos român-
ticos, embora não façam disso o aspecto mais importante da relação. Gostam de viver uma
lua-de-mel, mas têm plena consciência de que, na vida, tem hora para tudo.
II – Combinam amor eró¬tico com amizade, e essa combinação é um dos objetivos fundamen-
tais da relação
III – Preocupam-se em dar coisas a si mesmos, sem depender tanto de um parceiro para ficar
de bem com a vida.
IV – Eles se fortalecem através das dificuldades do amor e da vida a dois, abrindo mão da magia
em troca do real, e apren¬dem com os erros que cometem.
V – Sabem que as relações saudáveis so¬brevivem apenas com muita dedicação e que o amor
exige es¬forço contínuo.
a) I, II, IV, V
b) I, III, IV, V
c) I, II, III IV, V
d) I, II, III, IV
033. (INÉDITA/2023) Indicações de Terapia de Casal.
I – Quando a queixa é relacional: o casal está tendo dificuldades e sabe que o problema está
em seu relacionamento.
II – Quando uma das partes do casal faz sintoma: se um dos elementos do casal está tendo
algum sintoma, seja físico, emocional ou de outra área, com consciência ou não de que algo
precisa ser alterado no vínculo do casal.
III – Na evolução de um trabalho de família: quando a família é atendida por queixas familia-
res ou sintoma de um dos filhos, e após redefinições e alterações, surgem as dificuldades de
base do casal.

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Avalie as situações acima e assinale a correta


a) Somente a I está correta
b) A II e III estão corretas
c) I e II estão corretas
d) I, II e III estão corretas
034. (INÉDITA/2023) Um professor corrige a tarefa escolar feita por seus alunos. Eles são
chamados um a um para levar o caderno até a mesa do professor. Este age batendo um
carimbo que associa uma figura com uma expressão elogiosa como “muito bem”, “ótimo”
ou “excelente”. E não usa figura alguma, caso não tenha feito a tarefa. Em seguida, registra
quem fez e quem não fez a tarefa, dizendo que o aluno que cumprir todas as tarefas sem erro
receberá um ponto na média final bimestral. Depois, fala à classe que quem não realizou a
tarefa deverá fazer durante o horário do recreio. A conduta desse professor é corretamente
interpretada pela abordagem
a) Comportamental
b) Psicanalítica
c) Sistêmica
d) Rogeriana
035. (INÉDITA/2023) Aaron Beck desenvolveu uma forma de psicoterapia no início da década
de 1960, a qual denominou originalmente “terapia cognitiva”, hoje Terapia Cognitivo-Compor-
tamental (TCC). Usada para o tratamento da depressão, Beck concebeu uma psicoterapia
estruturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada para a solução de proble-
mas atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais (inadequados
e/ou inúteis).
036. (INÉDITA/2023) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema
vivo, semi aberto, que se desenvolve e se transforma com o tempo - não nasce e não morre,
surge de famílias às quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para enten-
dê-lo, é necessário levar em conta pelo menos três gerações.
037. (PREFEITURA DE GUARACIABA/SC/PSICÓLOGO/2022) Sobre as diversas abordagens
psicológicas, registre V, para verdadeiro, ou F, para falso:

( ) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema vivo, semi aberto,
que se desenvolve e se transforma com o tempo - não nasce e não morre, surge de fa-
mílias às quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para entendê-lo, é
necessário levar em conta pelo menos três gerações.
( ) A Terapia Cognitiva (TC) é um método psicoterapêutico fundamentado no modelo
cognitivo, segundo o qual a emoção e o comportamento são influenciados pela forma
como o indivíduo interpreta os acontecimentos.

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( ) Para a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), os “pensamentos automáticos” são


pensamentos constantes, breves ou duradouros e involuntários que surgem de modo
inesperado. São mensagens específicas, discretas, que parecem taquigrafadas, com-
postas por palavras curtas e essenciais. Muitas vezes a pessoa não consegue perceber
esses pensamentos, tendo apenas conhecimento da emoção que se segue.
( ) Em geral, na Terapia Familiar, durante a primeira entrevista já é possível conhecer o
paciente e sua família o suficiente para poder estabelecer uma hipótese diagnóstica. O
diagnóstico é um processo dinâmico que precisa ser refeito ao longo do tratamento à
medida que a família e os indivíduos vão mudando.
( ) A eficácia da terapia cognitiva depende do estabelecimento de um plano claro de tra-
tamento, que deve incluir: conceitualização do problema, educação do paciente sobre
o modelo cognitivo, desenvolvimento de uma relação colaboradora, fortalecimento da
motivação para o tratamento e o estabelecimento de metas, realização de várias inter-
venções cognitivas e comportamentais e esforços para prevenção de recaídas.

Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de
cima para baixo:
a) V, F, V, F, F.
b) F, V, V, F, V.
c) V, V, V, F, V.
d) V, V, F, V, V.
038. (INÉDITA/2023) O termo Terapia Comportamental (TC) foi introduzido por pelos menos
três diferentes grupos de pesquisadores. São pesquisadores da Primeira Onda da TC:
a) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
b) Lindsley, Skinner, Aeron Beck, Eysenck, Lazarus
c) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Albert Ellis
d) Michael Mahoney, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
039. (INÉDITA/2023) O principal objetivo da Primeira Onda da TC, era:
a) trabalhar com conteúdos inconscientes
b) eliminação das respostas desejadas e das reações emocionais avaliadas como inadequadas
c) trabalhar a disfuncionalidade de um sistemas identificando os processos inconscientes
d) eliminação das respostas indesejadas e das reações emocionais avaliadas como inadequadas.
040. (INÉDITA/2023) É possível dividir as abordagens da segunda onda em Racionalistas e
Construtivistas.
041. (INÉDITA/2023) As abordagens Racionalistas na TC pressupõem a primazia do pen-
samento sobre a emoção. Sendo que as abordagens Construtivistas enfatizam o papel das
emoções na atividade cognitiva.

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042. (INÉDITA/2023) Quais os principais autores da Segunda Onda Terapia Comporta-


mental (TC):
a) Aeron Beck, Carl Rogers, Michael Mahoney
b) Aeron Beck, Albert Ellis, Michael Mahoney
c) Carl Gustav Jung, Albert Ellis, Michael Mahoney
d) Aeron Beck, Albert Ellis, Sigmund Freud
043. (INÉDITA/2023) As abordagens de Beck e de Ellis são consideradas Racionalistas, pois
visam à reformulação de padrões disfuncionais de pensamentos, responsáveis por alterações
no estado de humor e comportamentos. E a abordagem Construtivista de Mahoney prioriza
as emoções como ponto central do entendimento do funcionamento mental.
044. (INÉDITA/2023) Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si,
que estão entre as causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo. A maneira com
que esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensamento Automático (PA), os
quais podem ser definidos como pensamentos espontâneos, diretamente ligados a situações
e disponíveis à consciência após um treino adequado.
045. (INÉDITA/2023) Os Pensamentos Automáticos (PA’s) são oriundos de Crenças Centrais
(ou Nucleares). As crenças centrais constituem o modo mais profundo da estrutura cognitiva
e são compostas por ideias rígidas e globais que o indivíduo tem sobre si mesmo, sobre os
outros, o mundo e também sobre o futuro. Estas crenças se desenvolvem na infância como
uma tentativa de organização do mundo interno e externo.
046. (UFG/PSICÓLOGO/ÁREA CLÍNICA E DA SAÚDE/2018) A abordagem terapêutica ba-
seada no modelo teórico que levanta a hipótese de que as emoções e os comportamentos
das pessoas são influenciados pela percepção dos eventos é a terapia
a) Centrada na Pessoa.
b) Comportamental
c) Cognitiva
d) Analítica
047. (INÉDITA/2023) O objetivo principal da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é a
reestruturação cognitiva do cliente, envolvendo seus esquemas, crenças e atitudes.
048. (INÉDITA/2023) A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psico-
terapia baseada em evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.
049. (INÉDITA/2023) Para a Terapia Cognitivo Comportamental, as crenças influenciam o
modo como o indivíduo lida com o mundo, levando-o a selecionar detalhes sobre o ambiente
e a lembrar dados relevantes que confirmem esta crença. A partir das crenças centrais, de-
senvolvem-se outras categorias de crenças denominadas crenças intermediárias (também
denominadas crenças condicionais ou crenças regra).

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050. (INÉDITA/2023) Sob a perspectiva da técnica, os grupos na Cognitivo comportamental


podem ser: 1) fechados ou abertos (número fixo ou não de membros), 2) homogêneos ou
heterogêneos (quanto às queixas, características clínicas, sociodemográficas, entre outras),
3) ter duração pré-determinada ou não, número de participantes e periodicidade (diário, men-
sal) variados.

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GABARITO
1. d 37. d
2. C 38. a
3. a 39. d
4. b 40. C
5. c 41. C
6. b 42. b
7. a 43. C
8. e 44. C
9. c 45. C
10. b 46. b
11. c 47. C
12. d 48. C
13. E 49. C
14. d 50. C
15. a
16. C
17. C
18. b
19. E
20. c
21. d
22. c
23. b
24. d
25. e
26. c
27. a
28. C
29. b
30. a
31. b
32. c
33. d
34. a
35. C
36. C

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GABARITO COMENTADO
001. (IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA/2022) Relacione a
Coluna 1 à Coluna 2, associando autores com descrições de teorias da personalidade (HAN-
SENNE, 2003).
Coluna 1
1. Sigmund Freud.
2. Carl Rogers.
3. Aaron Beck.
4. B. F. Skinner.
Coluna 2

( ) No caso da depressão, o autor postulou que os doentes deprimidos têm distorções cog-
nitivas, que fazem com que eles decodifiquem a realidade de maneira inadequada. Com
base nisso, o autor elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modificarem
as distorções cognitivas.
( ) Trabalhou com conceitos fundamentais para o desenvolvimento da personalidade, em
especial: a empatia, a consideração positiva incondicional e a congruência.
( ) Os elementos mais importantes desta teoria são: a personalidade é um conjunto dinâ-
mico constituído por componentes em conflito, dominadas por forças inconscientes, e
a sexualidade tem um papel crucial nesta teoria.
�( ) O autor considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e
que, em função das suas consequências, elas serão ou reproduzidas ou eliminadas.
Refere ainda que os comportamentos respondem a leis: é possível controlá-los através
de manipulações do ambiente.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) 1 – 2 – 3 – 4
b) 2 – 3 – 4 – 1.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 4 – 2 – 1 – 4
e) 4 – 3 – 2 – 1.

d) Certa. Conforme enunciado da questão, essa é a correlação correta.


Letra d.

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002. (INÉDITA/2023) O conceito de empatia passou a ser estudado pelo psicólogo Carl
Rogers com a finalidade de aplicá-lo em sua prática terapêutica conhecida por Abordagem
Centrada na Pessoa.

Correto, conforme descrito no enunciado


Certo.

003. (PREFEITURA DE FORTALEZA/CE/PSICÓLOGO/2018) Afirma-se que Carl Rogers, em


sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas plenamente funcionais ou psicologica-
mente saudáveis quando apresentam:
a) uma mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência e de novidades, assim como
também, necessidade contínua de maximizar o seu potencial.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.

a) Certa. Correta conforme descrito no enunciado


Letra a.

004. (INÉDITA/2023) Complete corretamente a sentença:


“________________, que foi um psicólogo _______________ que concordou com as pressuposições
de __________________ e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar, precisa de
um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser aceito como
é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido)”.
a) Sigmund Freud; humanista; Maslow
b) Carl Rogers; humanista; Maslow
c) Aaron Beck; humanista; Maslow
d) Minuchin; humanista; Maslow

Sigmund Freud foi um psicanalista. Aaron Beck foi um comportamentalista. Minuchin foi sistêmico.
Letra b.

005. (INÉDITA/2023) Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características
que o indivíduo gostaria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o

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Self e o Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self
ideal pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).

Correta de acordo com enunciado da questões e teoria Rogeriana.


Certo.

006. (INÉDITA/2023) (Exemplos de Conceitos e Técnicas Humanistas:


�( ) Self ideal: pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gos-
taria de ter e perceber sobre si mesmo (� ) Congruência: alto grau da congruência significa
que a comunicação (o que se está expressado), a experiência (o que está ocorrendo em nosso
campo) e a tomada de consciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes. �( ) A
incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a
comunicação desta.
Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso a sequência
correta das proposições acima é, respectivamente:
a) V – F – V
b) V – V – V
c) F – V – V
d) V – V – F

Todas as alternativas estão corretas conforme teoria rogeriana, eliminando-se automaticamente


as demais opções.
Letra b.

007. (INÉDITA/2023) Carl Rogers, em sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas
plenamente funcionais ou psicologicamente saudáveis quando apresentam:
a) a pessoa fica mais aberta aos sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver com-
pletamente a experiência do seu organismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.

Conforme enunciado da questão, a letra A corresponde corretamente o que Rogers preconiza


em sua teoria. Assim, as demais alternativas são excluídas automaticamente.
Letra a.

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008. (INÉDITA/2023) O humanismo foi um movimento que surgiu seguindo os princípios da


Psicanálise de Freud e o Behaviorismo de Watson (FADMAN E FRAGER, 2002).

O humanismo surgiu contrapondo a Psicanálise e defendia que o homem não era regido por
um inconsciente e nem mesmo por fatores externos mas, segundo Maslow se interessava em
saber o que fazia as pessoas felizes e o que elas faziam para atingir esse objetivo.
Errado.

009. (INÉDITA/2023) Rogers acredita na existência de forças naturais inerentes ao organismo


que o impulsionam positivamente em direção à saúde e ao crescimento. Trata de uma ten-
dência e um movimento natural para resolução diante do conflito (FADMAN E FRAGER, 2002).
Essa afirmativa diz respeito ao:
a) Self Ideal
b) Persona
c) Crescimento Pessoal
d) Incongruência

Afirmativa correta conforme enunciado da questão.


Letra c.

010. (AERONÁUTICA/CIAAR/PRIMEIRO TENENTE/PSICOLOGIA/2014) No que diz respeito


aos princípios psicoterapêuticos da abordagem centrada na pessoa, pode-se afirmar que essa
modalidade terapêutica trouxe grandes contribuições para a psicologia. A terapia centrada na
pessoa expressa a visão da personalidade humana acreditando que a melhora do paciente
é responsabilidade dele, e não do terapeuta, assim como ocorre na psicoterapia ortodoxa.
(Schultz & Schultz p. 415.) A terapia centrada na pessoa foi fundada pelo autor:
a) Carl Jung.
b) Carl Rogers.
c) Alfred Adler.
d) George Miller.

b) Certa. As demais encontram-se incorretas, pois são autores de outras linhas teóricas.
Letra b.

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011. (PREFEITURA DE MARINGÁ/PR/PSICÓLOGO/NASF/2018) A psicanálise é uma escola


de psicologia fundada por Sigmund Freud. Esta escola de pensamento enfatizou a influência
da mente inconsciente no comportamento. Freud acreditava que a mente humana era com-
posta por três elementos: o id, o ego e superego, Freud acreditava que a interação desses
três elementos foi o que levou a todos os comportamentos humanos complexos, assim é
CORRETO afirmar que:
a) O id é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como percepção, memória,
sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal influente na
interação entre sujeito e ambiente externo. É um componente moral, que leva em consideração
as normas éticas existentes e atua como mediador entre id e superego.
b) O ego é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamente ligado a libido, está relacionado
a ação de impulsos é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem
conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo portanto apenas a partir de estímulos instin-
tivos, o que lhe atribui a característica de amoral.
c) O id consiste em instintos mais primitivos, enquanto o ego é o componente da personalidade
acusado de lidar com a realidade. O superego é a parte da personalidade que mantém todos os
ideais e valores que internalizamos de nossos pais e cultura.
d) O ego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado
hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre
agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O ego é,
então, componente moral e social da personalidade.

A opção A inicia destacando que o “id é a parte consciente da mente”- errado pois, o id é in-
consciente. A opção B, destaca que o ego é regido pelo “princípio do prazer” – errado pois isso
é uma função do id. A opção D, frisa que o “ego é, componente moral e social da personalidade”
– incorreto pois, essa ´´e uma função do superego.
Letra c.

012. (PREFEITURA DE ABELARDO LUZ/SC/PSICÓLOGO/2020) DE acordo com Freud, quais


os três conceitos criados para explicar o funcionamento da mente humana.
a) Complexo de Édipo, Complexo de Castração e Nirvana.
b) Consciente, Prazer e Desprazer.
c) Inconsciente, Corpo e Prazer.
d) Id, Ego e Superego.
e) Instinto de Vida, Instinto de Morte e Instinto de Conservação.

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d) Certa. Correta de acordo com o que pede no enunciado da questão


Letra d.

013. (CESPE/EBSERH/PSICÓLOGO/HOSPITALAR/2018) A transferência é um conceito psi-


canalítico freudiano que compreende as atitudes e os sentimentos inconscientes do paciente
para com o médico e vice-versa.

A definição de transferência em psicologia é quando um cliente direciona seus sentimentos


de um outro significativo ou pessoa em sua vida para o psicólogo. Contratransferência pode
ser definida como reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais particu-
larmente, à transferência deste.
Errado.

014. (INÉDITA/2023) Consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo
em nós mesmos.
a) Contratransferência
b) Racionalização
c) Negação
d) Projeção

Considerando os mecanismos de defesa descritos por Freud, o enunciado da questão refere-se


a projeção.
Letra d.

015. (INÉDITA/2023) Acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva) são


projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais inofensiva.
a) Deslocamento
b) Projeção
c) Sublimação
d) Regressão

O enunciado, refere-se ao Deslocamento descrito por Freud.


Letra a.

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016. (INÉDITA/2023) A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças
alcançou grandes avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instru-
mento de grande importância para o trabalho psicanalítico.

Melanie Klein foi uma renomada psicanalista infantil que usava brinquedos e jogos no trabalho
com crianças.
Certo.

017. (INÉDITA/2023) Bion se preocupou com a função analítica, estabelecendo a compreen-


são do funcionamento do par analítico paciente-analista.

Correto conforme descrito no enunciado.


Certo.

018. (PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE/CE/PSICÓLOGO/2014) No desenvolvi-


mento da personalidade segundo a psicanálise o sujeito lança mão de mecanismos de defesa,
nesse sentido assinale a alternativa que corresponde ao mecanismo de formação reativa:
a) Reverter a um comportamento imaturo, de um estágio anterior de desenvolvimento;
b) Agir exatamente ao contrário dos seus impulsos inaceitáveis;
c) Colocar, sem saber, uma lembrança ou um pensamento desagradável no inconsciente;
d) Substituir impulsos socialmente inaceitáveis por comportamentos socialmente aceitáveis.

Formação Reativa ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer alguma coisa, mas
faz o oposto.
Letra b.

019. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA DE PSICOLOGIA/2010) Julgue os itens


a seguir, relativos às teorias da personalidade.
Entre os mecanismos de defesa do indivíduo, incluem-se deslocamento, introjeção, repressão,
formação reativa e ansiedade de castração.

Introjeção, Ansiedade e Castração, não são mecanismos de defesa.


Errado.

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020. (TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA/2009) De acordo com o modelo dinâmico


da estruturação da personalidade, proposto por Sigmund Freud, o EGO
a) Funciona pelo princípio do prazer
b) É o responsável pelo processo primário
c) Dá juízo de realidade
d) É responsável pela internalização de normas referentes ao que é moralmente proibido

c) Certa. Correta conforme enunciado da questão


Letra c.

021. (INÉDITA/2023) “A família é mais do que a soma de seus membros. É um sistema vivo
com leis próprias de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a capacidade
de morfogênese e de homeostase” (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971). Dentre as alter-
nativas abaixo, assinale corretamente aquela que corresponde ao conceito de morfogênese
e homeostase:
a) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase - capacidade para mudar com o passar do tempo.
b) morfogênese – capacidade de resolução de conflitos e de homeostase - capacidade para
mudar com o passar do tempo.
c) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase - capacidade de perceber a pessoa na sua singularidade.
d) morfogênese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que
garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital.

Conforme enunciado da questão o conceito do termo, essa é a alternativa correta


Letra d.

022. (INÉDITA/2023) Maurizio Andolfi (terapeuta sistêmico) considera que todo o grupo tem
sua verdade fundante que quando questionada tende a desorganizá-lo, aumentando a tensão
e ameaçando a:
a) agregação somatopsíquica
b) desintegração da matriz egóica
c) coesão do sistema
d) valorização da vida emocional

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Quando a coesão do sistema fica ameaçada, seus membros tendem a buscar a homeostase
visando reorganizá-lo.
Letra c.

023. (INÉDITA/2023) A sistêmica passou por dois grandes movimentos conhecidos como:
Cibernética (ciência da comunicação) de Primeira ordem e Cibernética de Segunda ordem.
Frente ao exposto, relacione a primeira coluna de acordo com a segunda.
a) Cibernética de Primeira Ordem
b) Cibernética de Segunda Ordem
I – Está relaciona a técnicas de controle, automatização, inovações tecnológicas.
II – Não possui o foco no sintoma (este apenas identifica que algo não vai bem na família).
III – Marina fez terapia no intuito de trabalhar sua ansiedade. O terapeuta por sua vez, trabalhou
com técnicas de modo a extinguir seus sintomas. Ela melhorou mas, voltou a fazer sintoma. O
terapeuta acreditou que isso se deu porque Marina estaria buscando sua homeostase.
IV – Ulisses e sua família estão em processo psicoterápico a partir de uma queixa inicial que
era a separação dele/esposa e em decorrência disso, o filho de 6 anos estava apresentando
medos e insônia. O terapeuta por sua vez se desprendeu da queixa inicial para ter um olhar
global sobre a família e estabeleceu seu plano terapêutico visando trabalhar: comunicação
clara entre o casal e deles para com o filho situando-o sobre a separação do casal; os papéis
de pai e mãe; expressões de sentimentos, e outros aspectos que julgou necessário. Assinale a
alternativa correta:
a) I-A, II- A, III- B, IV- B
b) I-A, II- B, III- A, IV- B
c) I-B, II- A, III- B, IV- A
d) I-A, II- B, III- B, IV- B

Referente a Cibernética de 1ª e 2ª ordem, esta é a alternativa correta


Letra b.

024. (INÉDITA/2023) A Terapia Familiar surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Se desenvol-
veu nos Estados Unidos, na década de 1950. Nas décadas de 1960 e 1970, surgiram várias
escolas que se diferenciaram. Frente ao exposto, relacione corretamente as escolas àquilo
que a conceitua.
I – ESCOLA TRIGERACIONAL
II – ESCOLA EXISTENCIAL

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III – TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL


IV – ESCOLA COMUNICACIONAL
V – ESCOLA ESTRATÉGICA

( ) enfatiza o trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da família e do


terapeuta.
( ) enfatiza as questões organizacionais da família na gênese e na resolução de problemas.
( ) usava intervenções terapêuticas que tendem a reestruturar o funcionamento familiar
estabelecido em torno do sintoma. Desenvolveram-se também grupos de terapia fami-
liar comportamental destinadas a extinguir sintomas.
( ) trabalha as três gerações que envolvem a família ou mesmo o sujeito que esteja em
processo psicoterápico.
( ) o trabalho concentra-se nas comunicações interpessoais verbais e não- verbais que se
estabelecem na tentativa infrutífera de resolver o sintoma.

Circule a alternativa correta:


a) I, II, III, IV, V
b) I, V, IV, II, III
c) III, II, V, I, IV
d) II, III, V, I, IV

Conforme as escolas e o que cada uma prevê, essa é a ordem correta


Letra d.

025. (INÉDITA/2023) Existem diversas questões que devem ser consideradas na dinâmica
e estrutura de uma família para que seja possível alcançar um diagnóstico do seu funciona-
mento. Dentre as alternativas listadas, assinale a que não deve ser considerada pelo terapeuta
para o seu diagnóstico:
a) o nível sócio-econômico e as características étnico-culturais da família.
b) o momento atual da família.
c) a capacidade da família de se comunicar e resolver conflitos.
d) a motivação da família para o tratamento.
e) a compatibilidade entre as crenças da família e as crenças do terapeuta.

Em conformidade com o enunciado da questão, essa é a resposta correta.


Letra e.

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026. (INÉDITA/2023) Segundo Minuchin (1980) a família pode ser considerada:


a) pessoas que convivem sem assumir o compromisso de uma ligação duradoura entre si,
incluindo uma relação de cuidado entre os adultos e deles para com as crianças e idosos que
aparecem nesse contexto.
b) mais do que uma instituição legal e jurídica, ela é um direito objetivo de encontrar acolhimento
para as dificuldades.
c) um sistema governado por regras compreendendo subsistemas que interagem mutuamente
e afetam uns aos outros. O funcionamento de cada membro é determinado pela organiza-
ção familiar.
d) um grupo de pessoas dinâmicas e que gostam de estar juntas.
e) pessoas que tem uma relação de afeto.

No que tange a família conforme Minuchin, essa é a alternativa correta


Letra c.

027. (INÉDITA/2023) Considerando os Ciclos de Vida Familiar, avalie as alternativas abaixo:


I – Os ciclos de vida familiar são os estágios evolutivos pelos quais os indivíduos e todo grupo
familiar passa em direção ao crescimento. Cada estágio caracteriza-se por um arranjo familiar
e por tarefas a serem cumpridas, para que o desenvolvimento prossiga.
II – Os períodos de transição de estágio, geralmente, são os que geram mais ansiedade e con-
flito, pois o equilíbrio e a organização da família são afetados. Nestes momentos, sintomas
podem surgir como forma de expressar as dificuldades da família em se reorganizar diante
das exigências da nova fase.
III – Os sintomas podem desaparecer com o tempo, quando o próprio sistema encontra recur-
sos para superar a crise e tem flexibilidade para utilizá-los num novo equilíbrio. Caso a família
não consiga se rearranjar devido a sua rigidez, o sintoma agrava-se nas fases subseqüentes,
caracterizando um funcionamento patológico crônico.
Assinale a opção correta:
a) I-V, II-V, III-V
b) I-V, II-V, III-F
c) I-F, II-V, III-F
d) I-F, II-F, III-F

Conforme enunciado da questões, essa é a sequência correta.


Letra a.

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028. (INÉDITA/2023) A família pode ser considerada um sistema vivo, semi-aberto, que se
desenvolve e se transforma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais
dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar
em conta pelo menos três gerações (ANDOLFI et al., 1984)

Considerando o pensamento sistêmico, o enunciado está correto.


Certo.

029. (INÉDITA/2023) “Quando o pai é um pai, e o filho é um filho; quando o irmão mais velho
faz o papel de Irmão mais velho e o mais novo, seu papel de irmão mais novo; quando marido
é realmente marido e a esposa uma esposa, então há ordem.” Esse texto do I Ching, dentro
das dinâmicas intrafamiliares, é um exemplo de:
a) impotência do eu isolado.
b) fundamento do bom funcionamento sistêmico familiar.
c) complementariedade dos opostos.
d) reconhecimento da regra clara.

O enunciado denota papéis bem definidos no contexto familiar sem haver inversão de papéis.
Letra b.

030. (INÉDITA/2023) Considerando o CASAL, leia atentamente as opções


que seguem:
I – Alguns aspectos são específicos na terapia de casais, como: o espaço de casal é o local
privilegiado para crescer e aprender; na relação de casal aparece o melhor e o pior da pessoa;
as diferenças que aparecem entre os membros do casal podem ser usados como informações,
como uma oportunidade de crescimento e enriquecimento.
II – Existem algumas questões técnicas específicas para a terapia de casal. Antes da definição,
se haverá terapia de casal ou não, é avaliada a pertinência e a disponibilidade para mudança de
cada um dos membros do casal. No desenrolar do processo, o terapeuta deve evitar alianças
com um ou outro membro que forma o casal.
III – Quando duas pessoas escolhem-se para serem um casal, vão estruturando sua forma
única de ser; aos poucos, estabelecem seu padrão de funcionamento de casal. Tal padrão es-
trutura-se a partir do padrão de funcionamento de cada um dos participantes e da relação que
se estabelece entre eles.
Frente ao exposto, assinale a opção correta:

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a) I,II,III
b) I,II
c) I,III
d) II, III

Considerando as alternativa, todos estão corretas quando se refere ao casal.


Letra a.

031. (INÉDITA/2023) O conceito de resiliência na relação conjugal diz respeito à:


a) condição de vulnerabilidade psíquica, que alguns casais apresentam frente a situações
de conflito.
b) capacidade do casal de enfrentar as dificuldades/conflitos relacionais e alcançar a homeos-
tase (equilíbrio) após sofrer “pressões” e “deformações”.
c) características relacionais apresentadas pelo casal, que são determinadas por fatores genéticos.
d) características de superação/aprendizado pessoal observada na pessoa após passar por
dificuldades.

Em conformidade com o conceito de resiliência e o que consta descrito nessa alternativa, essa
está correta.
Letra b.

032. (INÉDITA/2023) Sobre Casais Funcionais é correto o que se afirma:


I – Sabem preservar sua feminilidade/masculinidade e sabem como criar momentos român-
ticos, embora não façam disso o aspecto mais importante da relação. Gostam de viver uma
lua-de-mel, mas têm plena consciência de que, na vida, tem hora para tudo.
II – Combinam amor eró¬tico com amizade, e essa combinação é um dos objetivos fundamen-
tais da relação
III – Preocupam-se em dar coisas a si mesmos, sem depender tanto de um parceiro para ficar
de bem com a vida.
IV – Eles se fortalecem através das dificuldades do amor e da vida a dois, abrindo mão da magia
em troca do real, e apren¬dem com os erros que cometem.
V – Sabem que as relações saudáveis so¬brevivem apenas com muita dedicação e que o amor
exige es¬forço contínuo.
a) I, II, IV, V
b) I, III, IV, V
c) I, II, III IV, V
d) I, II, III, IV

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Todas as alternativas estão corretas


Letra c.

033. (INÉDITA/2023) Indicações de Terapia de Casal.


I – Quando a queixa é relacional: o casal está tendo dificuldades e sabe que o problema está
em seu relacionamento.
II – Quando uma das partes do casal faz sintoma: se um dos elementos do casal está tendo
algum sintoma, seja físico, emocional ou de outra área, com consciência ou não de que algo
precisa ser alterado no vínculo do casal.
III – Na evolução de um trabalho de família: quando a família é atendida por queixas familia-
res ou sintoma de um dos filhos, e após redefinições e alterações, surgem as dificuldades de
base do casal.
Avalie as situações acima e assinale a correta
a) Somente a I está correta
b) A II e III estão corretas
c) I e II estão corretas
d) I, II e III estão corretas

Todas as alternativas estão corretas


Letra d.

034. (INÉDITA/2023) Um professor corrige a tarefa escolar feita por seus alunos. Eles são
chamados um a um para levar o caderno até a mesa do professor. Este age batendo um
carimbo que associa uma figura com uma expressão elogiosa como “muito bem”, “ótimo”
ou “excelente”. E não usa figura alguma, caso não tenha feito a tarefa. Em seguida, registra
quem fez e quem não fez a tarefa, dizendo que o aluno que cumprir todas as tarefas sem erro
receberá um ponto na média final bimestral. Depois, fala à classe que quem não realizou a
tarefa deverá fazer durante o horário do recreio. A conduta desse professor é corretamente
interpretada pela abordagem
a) Comportamental
b) Psicanalítica
c) Sistêmica
d) Rogeriana

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No caso citado o professor preconiza a modelagem do comportamento da criança pelo reforço


positivo dos comportamentos adequados pela extinção dos inadequados.
Letra a.

035. (INÉDITA/2023) Aaron Beck desenvolveu uma forma de psicoterapia no início da década
de 1960, a qual denominou originalmente “terapia cognitiva”, hoje Terapia Cognitivo-Compor-
tamental (TCC). Usada para o tratamento da depressão, Beck concebeu uma psicoterapia
estruturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada para a solução de proble-
mas atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais (inadequados
e/ou inúteis).

Em conformidade com o enunciado da questão, essa alternativa está correta.


Certo.

036. (INÉDITA/2023) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema
vivo, semi aberto, que se desenvolve e se transforma com o tempo - não nasce e não morre,
surge de famílias às quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para enten-
dê-lo, é necessário levar em conta pelo menos três gerações.

Considerando a Terapia Familiar Sistêmica a alternativa C está correta.


Certo.

037. (PREFEITURA DE GUARACIABA/SC/PSICÓLOGO/2022) Sobre as diversas abordagens


psicológicas, registre V, para verdadeiro, ou F, para falso:

( ) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema vivo, semi aberto,
que se desenvolve e se transforma com o tempo - não nasce e não morre, surge de fa-
mílias às quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para entendê-lo, é
necessário levar em conta pelo menos três gerações.
( ) A Terapia Cognitiva (TC) é um método psicoterapêutico fundamentado no modelo
cognitivo, segundo o qual a emoção e o comportamento são influenciados pela forma
como o indivíduo interpreta os acontecimentos.
( ) Para a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), os “pensamentos automáticos” são
pensamentos constantes, breves ou duradouros e involuntários que surgem de modo

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inesperado. São mensagens específicas, discretas, que parecem taquigrafadas, com-


postas por palavras curtas e essenciais. Muitas vezes a pessoa não consegue perceber
esses pensamentos, tendo apenas conhecimento da emoção que se segue.
( ) Em geral, na Terapia Familiar, durante a primeira entrevista já é possível conhecer o
paciente e sua família o suficiente para poder estabelecer uma hipótese diagnóstica. O
diagnóstico é um processo dinâmico que precisa ser refeito ao longo do tratamento à
medida que a família e os indivíduos vão mudando.
( ) A eficácia da terapia cognitiva depende do estabelecimento de um plano claro de tra-
tamento, que deve incluir: conceitualização do problema, educação do paciente sobre
o modelo cognitivo, desenvolvimento de uma relação colaboradora, fortalecimento da
motivação para o tratamento e o estabelecimento de metas, realização de várias inter-
venções cognitivas e comportamentais e esforços para prevenção de recaídas.

Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de
cima para baixo:
a) V, F, V, F, F.
b) F, V, V, F, V.
c) V, V, V, F, V.
d) V, V, F, V, V.

d) Certa. Essa alternativa apresenta a sequência das opções de forma correta.


Letra d.

038. (INÉDITA/2023) O termo Terapia Comportamental (TC) foi introduzido por pelos menos
três diferentes grupos de pesquisadores. São pesquisadores da Primeira Onda da TC:
a) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
b) Lindsley, Skinner, Aeron Beck, Eysenck, Lazarus
c) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Albert Ellis
d) Michael Mahoney, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus

Conforme enunciado, a letra A apresenta corretamente os pesquisadores da Primeira Onda da


TC. Aeron Beck, Albert Ellis e Michael Mahoney, saõ representantes da segunda onda.
Letra a.

039. (INÉDITA/2023) O principal objetivo da Primeira Onda da TC, era:


a) trabalhar com conteúdos inconscientes
b) eliminação das respostas desejadas e das reações emocionais avaliadas como inadequadas
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c) trabalhar a disfuncionalidade de um sistemas identificando os processos inconscientes


d) eliminação das respostas indesejadas e das reações emocionais avaliadas como inadequadas.

d) Errada. A opção está incorreta por enfatizar que na TC o objetivo é a “eliminação das respostas
desejadas”. A TC também não trabalha com conteúdos/processos inconscientes.
Letra d.

040. (INÉDITA/2023) É possível dividir as abordagens da segunda onda em Racionalistas e


Construtivistas.

Esse item está certo.


Certo.

041. (INÉDITA/2023) As abordagens Racionalistas na TC pressupõem a primazia do pen-


samento sobre a emoção. Sendo que as abordagens Construtivistas enfatizam o papel das
emoções na atividade cognitiva.

Esse item está certo.


Certo.

042. (INÉDITA/2023) Quais os principais autores da Segunda Onda Terapia Comporta-


mental (TC):
a) Aeron Beck, Carl Rogers, Michael Mahoney
b) Aeron Beck, Albert Ellis, Michael Mahoney
c) Carl Gustav Jung, Albert Ellis, Michael Mahoney
d) Aeron Beck, Albert Ellis, Sigmund Freud

Carl Rogers era humanista. Carl Gustav Jung era da psicologia analítica e Sigmund Freud era
da psicanálise.
Letra b.

043. (INÉDITA/2023) As abordagens de Beck e de Ellis são consideradas Racionalistas, pois


visam à reformulação de padrões disfuncionais de pensamentos, responsáveis por alterações

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no estado de humor e comportamentos. E a abordagem Construtivista de Mahoney prioriza


as emoções como ponto central do entendimento do funcionamento mental.

Esse item está certo.


Certo.

044. (INÉDITA/2023) Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si,
que estão entre as causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo. A maneira com
que esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensamento Automático (PA), os
quais podem ser definidos como pensamentos espontâneos, diretamente ligados a situações
e disponíveis à consciência após um treino adequado.

Esse item está certo.


Certo.

045. (INÉDITA/2023) Os Pensamentos Automáticos (PA’s) são oriundos de Crenças Centrais


(ou Nucleares). As crenças centrais constituem o modo mais profundo da estrutura cognitiva
e são compostas por ideias rígidas e globais que o indivíduo tem sobre si mesmo, sobre os
outros, o mundo e também sobre o futuro. Estas crenças se desenvolvem na infância como
uma tentativa de organização do mundo interno e externo.

Esse item está certo.


Certo.

046. (UFG/PSICÓLOGO/ÁREA CLÍNICA E DA SAÚDE/2018) A abordagem terapêutica ba-


seada no modelo teórico que levanta a hipótese de que as emoções e os comportamentos
das pessoas são influenciados pela percepção dos eventos é a terapia
a) Centrada na Pessoa.
b) Comportamental
c) Cognitiva
d) Analítica

Conforme enunciado, essa é a resposta correta.


Letra b.

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047. (INÉDITA/2023) O objetivo principal da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é a


reestruturação cognitiva do cliente, envolvendo seus esquemas, crenças e atitudes.

Esse item está certo.


Certo.

048. (INÉDITA/2023) A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psico-
terapia baseada em evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.

Esse item está certo.


Certo.

049. (INÉDITA/2023) Para a Terapia Cognitivo Comportamental, as crenças influenciam o


modo como o indivíduo lida com o mundo, levando-o a selecionar detalhes sobre o ambiente
e a lembrar dados relevantes que confirmem esta crença. A partir das crenças centrais, de-
senvolvem-se outras categorias de crenças denominadas crenças intermediárias (também
denominadas crenças condicionais ou crenças regra).

Esse item está certo.


Certo.

050. (INÉDITA/2023) Sob a perspectiva da técnica, os grupos na Cognitivo comportamental


podem ser: 1) fechados ou abertos (número fixo ou não de membros), 2) homogêneos ou
heterogêneos (quanto às queixas, características clínicas, sociodemográficas, entre outras),
3) ter duração pré-determinada ou não, número de participantes e periodicidade (diário, men-
sal) variados.

Esse item está certo.


Certo.

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Graduação em Psicologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc – Joaçaba (1999)
e Mestrado em Ciências da Saúde Humana pela Universidade do Contestado – Campus Concórdia
(2005). É docente na Universidade do Contestado – UnC (há 18 anos). Coordenadora do Núcleo Docente
Estruturante (NDE) do Curso de Psicologia e Coordenadora do Núcleo de Serviços em Psicologia (Clínica
Escola). Anualmente é membro de bancas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de
Psicologia. É professora-orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso I e II do Curso de Psicologia.
Professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Clínica e da Saúde
I e II; e professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Escolar I e
II. É psicóloga clínica e psicóloga credenciada pela Polícia Federal para Avaliação Psicológica para Arma
de Fogo. Foi Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade do Contestado (UnC) – Concórdia.
Foi docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc (2010 a 2016). Docente na graduação
e na pós-graduação. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Contestado. Editora
assistente da Revista Interdisciplinar: Saúde e Meio Ambiente da Universidade do Contestado. Parecerista
no I Congresso Catarinense de Psicologia: Ciência e Profissão (2015).

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