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Pré - relatório da disciplina de Ótica Experimental

REDE DE DIFRAÇÃO

Bruno Cesar Banaszewski

OBJETIVOS

Discutir os resultados de um experimento realizado para obter o parâmetro de rede


através do método gráfico .

METODOLOGIA

Os equipamentos utilizados no experimento foram :

-Laser ótico de 632,8 nm

-Suporte metálico para o laser

-Trilho

-Pedaço de CD

-Anteparo

-Régua de 30 cm

O experimento ficou configurado como na figura abaixo :

Figura 1 – Experimento realizado

O laser foi apontado em direção ao anteparo com o pedaço de CD entre ele e o anteparo
para atingir uma rede de difração , a montagem foi feita de modo que o faixo de luz
proveniente do laser que ficou acima da base incidisse perpendicularmente na rede de
difração .
Figura 2 – Diagrama esquemático do experimento

Foram estabelecidas três distâncias L , a partir dessas distâncias além delas próprias
terem sido medidas , foram medidas as alturas h , então foram anotados valores de L e de
h para se obter os pontos do gráfico , cada medição de L e h a partir de um L previamente
estabelecido foi feita quatro vezes , foi obtido um gráfico de três pontos ao se tratar os
dados do experimento .

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com o que foi estudado na Ótica teórica , sabe-se que o produto entre a
distância entre as fendas e o seno do ângulo entre feixe máximo central e feixe primeiro
máximo é igual ao produto entre modo e comprimento de onda do laser conforme
equação a seguir :

d.sen Ɵ = m.λ (1)

Nessa equação , d é a distância entre as fendas , Ɵ o ângulo entre feixe máximo


central e feixe primeiro máximo , m o modo e λ o comprimento de onda .

A equação (1) pode ser reescrita da seguinte maneira :

d = m.λ/sen Ɵ (2)

Da figura 2 , é possível constatar a formação de um triângulo retângulo em que um


dos catetos é L e o outro h , a partir disso , pode-se definir uma hipotenusa H para o
triângulo como na equação abaixo :

H = √(L² + h²) (3)

Sabendo que o seno de um ângulo em um triângulo retângulo é dado pela razão


entre o cateto oposto ao ângulo e a hipotenusa , pode-se reescrever a equação (3) da
seguinte forma :

d = m.λ/(h/√(L² + h²)) (4)


Ainda pode-se reescrever a equação (4) da seguinte maneira :

d = m.λ.(√(L² + h²))/h (5)


Como H = √(L² + h²) , temos :

d = m.λ.H/h (6)

Para se obter uma equação linear do tipo y = A.x + b , é preciso deixar h em função
de H , assim , pode-se reescrever a equação (6) da seguinte forma :

h = m.λ.H/d (7)

Como m , λ e d são constantes , pode-se afirmar o que está na equação abaixo :

A = m.λ/d (8)

Assim , tem-se :
h = A.H (9)

É necessário propagar o erro das medições diretas de L e h para o cálculo do valor


H da hipotenusa do triângulo .

Inicialmente calcula-se o erro nas medições diretas com o seguinte


equacionamento :

𝞼m = 𝞼/√N (10)

Onde 𝞼 é o desvio padrão ,que pode ser obtido através do software SCI-Davis
conforme será explicado na próxima seção , 𝞼m é a incerteza estatística e N o número de
medições , é preciso também considerar o erro no instrumento de medição das
distâncias , conforme equação abaixo

𝞼r = Lr/(2√3) (11)

Com esses dados , ainda é possível obter a incerteza padrão conforme equação
abaixo :

𝞼p = √(𝞼 ²+𝞼 ²)
m r (12)

Para o cálculo da incerteza da hipotenusa , faz-se a propagação de erros pela


equação abaixo :

𝞼w² = (∂w/∂x)²𝞼x² + (∂w/∂y)²𝞼y²+... (13)

A equação (13) pode ser reescrita da seguinte forma :

𝞼H = √((∂H/∂L)²𝞼L² + (∂H/∂h)²𝞼h²) (14)


RESULTADOS E CONCLUSÕES

Inicialmente , anotou-se em uma tabela os resultados obtidos das medições de h e


L com média e erro das respectivas medições , na mesma tabela também anotou-se os
valores calculados das hipotenusas com o erro já propagado , uma vez que essa medição
foi feita de maneira indireta , sendo os dados estatísticos obtidos através do software SCI-
Davis , os valores estão todos em cm , no caso das hipotenusas o valor foi calculado em
cima dos valores médios de L e h , por isso apenas os valores médios delas aparecem na
tabela

Tabela 1 – Valores medidos de p em cm


Medição L1 h1 H1 L2 h2 H2 L3 h3 H3
1 17,00 8,70 - 19,20 9,70 - 29,80 15,70 -
2 16,50 8,70 - 19,00 9,90 - 29,90 15,50 -
3 16,50 8,60 - 18,90 9,90 - 30,00 15,60 -
4 16,50 8,80 - 18,80 9,60 - 29,90 15,50 -
pmédio 16,65 8,70 18,79 18,98 9,78 21,34 29,90 15,58 33,71
σp 0,12 0,05 0,11 0,09 0,08 0,09 0,05 0,06 0,05

Considerando-se apenas os valores médios de H e h sem se fazer o ajuste de curva obtém-se o


gráfico da figura abaixo :

Figura 3 – Gráfico sem ajuste


Com isso , obtém-se A’ = 0,47 + - 0,01

Devido ao primeiro gráfico não levar em conta o erro em x , é preciso ajustar o erro pela
equação abaixo :

σH->h = √( σH2 + (A’. σh2 ) (15)

Sendo 𝜎H a incerteza padrão de H , 𝜎h o desvio padrão de h e A’ o coeficiente angular


sem ajuste , assim , o gráfico obtido é o que aparece na figura abaixo :

Figura 4 – Reta ajustada

Com isso , através do SCI-Davis , obteve-se o seguinte valor de coeficiente angular :

A = 0,46 + - 0,01

A equação (8) pode ser reescrita da seguinte forma :

d = m.λ/A (15)

Sabendo que m = 1 , que λ = 632,80 nm e que A = 0,46 , substituindo-se os termos


na equação (15) temos d = 1367,58 nm .

Propagando o erro de A para d conforme equação (14) , obtém-se a seguinte


equação :
𝞼d = √((∂d/∂A)𝞼A)² (16)

𝞼d = √((-mλ/A²).𝞼A)² (17)

Substituindo os valores , chega-se a 𝞼d = 17,45 nm

Assim , chega-se à conclusão de que d = 1367,58 +- 17,45 nm

REFERÊNCIAS

MULLER, Marcia; FABRIS, José Luís. Curso introdutório de Fundamentos Da Física


Experimental: Um guia para as atividades de laboratório. Curitiba: UTFPR -
Departamento de Física, 2017.

NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de física básica: ótica, relatividade e física quântica.


São Paulo: E. Blücher, 2002;

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