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a) Exibição de Documentos
b) Revisional de Juros
c) “RMC”
d) “Golpe”
f) “Super endividamento”
ATENÇÃO
É importante sempre verificar se os documentos estão legíveis e não cortados. Ainda,
todas as informações acima são referentes ao cliente que é PESSOA FÍSICA.
• Certidão simplificada emitida pela Junta Comercial nos últimos seis meses / Ou
Certidão de Serviço de Registro de Pessoas Jurídicas emitida nos últimos dois
anos; (Emitir em https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/drei/juntas-
comerciais - OBSERVAR O ESTADO DA EMPRESA)
PESSOA JURÍDICA:
• Declaração de pobreza;
• Balanço Patrimonial;
• Extrato bancários de todas as contas bancárias ativas dos três últimos meses;
Saber como funciona o andamento de um processo, bem como alguns dos requisitos
para se pode ter um processo, é essencial para realizar uma boa venda, afinal de contas
conhecer o que se vende é muito importante. Dito isto, vamos do começo, antes da
existência de uma ação judicial.
Quais são as condições da Ação? O que precisa?
Basicamente existem 3 condições: A Legitimidade de pedir, o interesse processual e o
pedido juridicamente possível. Vamos analisar brevemente os três. O mais importante,
para nós na prática, é entender o primeiro.
Da Legitimidade: O Autor da ação precisa ser, via de regra, a pessoa diretamente
interessada, ou lesada, pelo que se vai pedir na ação. Por exemplo, o titular do contrato
do empréstimo, ou a vítima do golpe. Sabemos que, na prática, o comercial lida com
muitas pessoas simples e muitas delas de idade avançada, geralmente sendo
representadas por parentes de idade mais nova. Ocorre que esse tipo de representação
não pode ser confundido com uma representação processual. Mas como assim?
Existem situações em que uma pessoa pode ser representada por outra dentro do
processo, como por exemplo, os menores de idade ou os deficientes mentais sem
capacidade nenhuma de discernimento, incapazes de responderem pelos próprios atos.
No primeiro caso, basta que se comprove a idade, contudo, no segundo caso, que
podemos nos deparar às vezes em uma venda, é preciso que exista alguma decisão
judicial que determinou a interdição da pessoa. Nesse documento sempre irá constar
quem irá representá-la em seus direitos e deveres. Existe também a possibilidade de
uma pessoa representar a outra através de procuração, e nesse caso será necessário
requisitar também tal documento.
Resumindo, não se pode aceitar apenas a alegação de que “meu parente é acamado”,
ou “de idade avançada”, ou algo semelhante. É preciso ter a documentação de
procuração pública ou decisão judicial.
Do Interesse Processual: É preciso que se mostre a necessidade da ação através da
análise do que se pede no processo. É preciso que haja nexo, ou conexão, entre as duas
partes, de alguma forma.
Do Pedido Juridicamente Possível: É necessário que o se peça em um processo seja
previsto em lei, ou então humanamente possível, por assim dizer. O exemplo mais
clássico pra esse requisito é que, por exemplo, não se pode querer comprar a lua, ou um
processo para dispor da própria vida.
Após o protocolo, em regra o processo será distribuído, por sorteio, para alguma Vara
competente. Inicialmente será feito, ou por um serventuário da justiça, ou pelo juiz, se
aquele processo recém iniciado preenche todos os requisitos formais conforme a Lei.
Caso esteja tudo certo, o juiz analisará pedido liminar, se houver, e determinará que a
parte contrária seja citada para se defender. Caso esteja faltando algum requisito, a
parte Autora será intimada para que apresente Emenda à Petição Inicial, de modo a
corrigir algum erro, para só depois de consertado é que a parte contrária será citada.
Alguns juízes costumam marcar audiência de conciliação no início do processo. Este tipo
de audiência, para a nossa realidade, é extremamente desnecessária e só faz o processo
demorar mais, afinal de contas um acordo com o banco praticamente nunca é viável
para o cliente, além de que a maioria dos bancos sequer apresenta proposta de acordo.
Quando o juiz marca a audiência, é possível fazer petição pedindo pela não realização
da audiência, porém depende de o banco também concordar com a não realização.
Felizmente, a maioria dos juízes sequer marca esta audiência, pois não veem uma
possibilidade de acordo.
Ocorrendo a citação, a parte contrária terá 15 dias úteis para apresentar contestação. É
importante ressaltar que esse prazo somente começará a contar do dia seguinte ao dia
da publicação do ato no Diário Oficial Eletrônico, e não do dia em que o juiz profere a
decisão ou o despacho. Caso o processo seja físico, o prazo começa a contar somente
do dia em que for juntado no processo a comprovação que a parte contrária foi citada.
Apresentada a defesa, a parte Autora será intimada para, no prazo de 15 dias úteis, se
manifestar sobre a contestação. Essa petição é também chamada de Réplica. Via de
regra, essa petição não é obrigatória.
Apresentada a Réplica, o juiz intimará ambas as partes para dizerem se existem provas
a produzir antes da sentença. Após a manifestação, o juiz irá proferir sentença.
Todo o explicado acima acontece em “1º Grau”. Caso haja discordância da sentença, os
recursos serão julgados pelo Tribunal de Justiça daquele estado, ou seja, o processo irá
“subir” para o “2º Grau”.
A sentença, por si só, não quer dizer que o processo terminou. É preciso aguardar o
prazo do trânsito em julgado da sentença, que é de 15 dias úteis. Durante este tempo,
é possível fazer recurso da sentença caso exista alguma coisa que não agradou a parte.
Esse recurso é chamado de “Apelação” e será julgado por desembargadores no Tribunal
de Justiça. Resumidamente, é como se uma segunda pessoa (desembargador) fosse
reexaminar a decisão da outra pessoa (juiz) por não ter havido concordância com o
decidido. Após o julgamento deste recurso, caso continue não havendo concordância, é
possível, também no prazo de 15 dias, fazer o chamado Recurso Especial, que será
julgado pelo STJ, que é o nosso famoso "ir até Brasília!".
Terminados todos os possíveis recursos e ocorrido o trânsito em julgado da sentença,
só então iniciará a parte de execução, que é quando o decidido em sentença será de
fato cumprido.
Para uma compreensão ainda mais fácil da jornada de um processo, veja a ilustração
abaixo.
5. GLOSSÁRIO JURÍDICO
Ação – Direito que tem qualquer cidadão para buscar uma decisão judicial, por meio de
um processo.
Acórdão – Decisão judicial proferida por um grupo de juízes.
Agravo de instrumento – Recurso feito contra decisões no decorrer do processo que
interferem diretamente no direito pedido pela parte. Por exemplo, uma decisão que
indefere assistência judiciária gratuita.
Ajuizar – Propor uma ação; ingressar em juízo.
Assistência judiciária – Direito previsto na Constituição para as pessoas,
comprovadamente pobres, que não estiverem em condições de pagar as despesas ou
custas judiciais, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, de utilizar a atividade
jurisdicional do estado.
Autos – É o nome que se dá ao conjunto das peças que compõem um processo,
incluindo todos os anexos e volumes.
Busca e apreensão – É a diligência policial ou judicial que tem por fim procurar coisa ou
pessoa que se deseja encontrar, para trazê-la à presença da autoridade que a
determinou.
Citação – Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se
defender.
Comarca – A circunscrição territorial, compreendida pelos limites em que se encerra a
jurisdição de um juiz de Direito. Em termos simples, um juiz no fórum da cidade vai ser
responsável por todos os processos daquela Comarca. Por exemplo, Colatina é Comarca,
pois possuímos um fórum. Governador Lindemberg não tem fórum e pertence à
jurisdição de Colatina. Então um fato ocorrido lá terá como competência a Comarca de
Colatina.
Contestação – É o documento em que a parte Requerida se defende e expõe suas
razões.
Dano material – Assim se diz da perda ou prejuízo que fere diretamente um bem
patrimonial, diminuindo o valor dele, restringindo a sua utilidade, ou mesmo a
anulando.
Dano moral – Assim se diz da ofensa ou violação que não vem ferir os bens patrimoniais,
propriamente ditos, de uma pessoa, mas os seus bens de ordem moral, tais sejam os
que se referem a sua liberdade, a sua honra, a sua pessoa ou a sua família.
Decisão (judicial ou interlocutória) – Denominação genérica dos atos do juízo,
provocada por petições das partes ou do julgamento do pedido. Em sentido estrito,
pronunciamento do juiz que resolve questão.
Deferir – Acolher um requerimento, um pedido, uma pretensão.
Despacho – São todos os atos praticados no curso de um processo ou de um
procedimento que não possuem conteúdo decisório. Os despachos apenas ordenam a
realização de determinadas providências, para dar seguimento ao feito.
Dilação – Expressão usada para requerer a prorrogação de prazos processuais.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O excesso de terminologias jurídicas é desnecessário e prejudicial ao entendimento do
público em geral, principalmente quando pensamos que, na verdade, todo o
procedimento de um processo judicial deveria ser o mais compreensível possível. Dito
isso, espero que este documento sirva de norte à compreensão de vocês e torne vosso
trabalho mais tranquilo e fácil de realizar.
Cordialmente,
O Jurídico da VR Advogados.