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EDITOR CHEFE
Arno Alcântara
REDAÇÃO E CONCEPÇÃO
Marcela Saint Martin
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
Matheus Bazzo
DESIGN E DIAGRAMAÇÃO
Jonatas Olimpio
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COMO É A SEMANA GW
1. Assista, de preferência ao vivo, às lives diárias
pelo YT ou Instagram, às 21h30.
Canal do YT: Italo Marsili.
Instagram: italomarsili
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A SEMANA NUMA TACADA SÓ
O PONTO CENTRAL
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A SEMANA NUMA
TACADA SÓ
Live #62 | 03/06/2019
VOCÊ QUER SER VALIDADO OU VENCER?
No caminho da felicidade, vale mais submeter-se
ao julgamento do outro do que à sua validação.
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O PONTO CENTRAL
R E S U M O S D A S E M A N A
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Live #63| 04/06/2019
É PROIBIDO DIZER O QUE OS
OLHOS ESTÃO VENDO
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Live #64| 05/06/2019
A MARAVILHA DE SER CAIPIRA
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Live #62 | 03/06/2019 - Instagram
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é incompatibilidade nenhuma. Se pautarmos nossa
vida pela busca única do prazer, seremos maxima-
mente frustrados.
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fazem sentido para nós – o que muitas vezes é uma
conquista penosa, custando esforço. Ninguém acre-
dita mais que o prazer pelo prazer vale algo. É cla-
ro que é bom ter prazer! Agora, ao pautar sua vida
no desejo de conquistar coisas unicamente prazero-
sas, você se frustra maximamente. “Por que aconte-
ce isso, Italo”? Porque não há consistência. O prazer
pelo prazer é um desejo das almas imaturas. Tudo
que a gente fala sobre quarta camada se enquadra
aí. O prazer pelo prazer é sempre um elemento de
autorreferência, quer dizer, você ficará feliz com um
movimento seu (comer torta de limão, transar, fumar,
receber um elogio... coisas que dão aquele “prazer-
zinho”).
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É como o que a Mariana falou: “Italo, sou sensível
demais. Você me ajuda?”. Deixa eu te explicar: a sen-
sibilidade não é um problema! O que acho que você
quer dizer é isso: você é suscetível demais, ou seja,
se põe como referencial, querendo ser olhada e acei-
ta pelas pessoas, e coloca seu desejo imediato como
a esperança da sua vida. Quando aquilo não acon-
tece – e até quando acontece –, você se frustra no
momento seguinte. Isso é que é esquisito no Brasil!
Aqui, nós não compreendemos que vencer/conquis-
tar algo objetivamente é infinitamente superior – no
sentido de ser feliz – a você simplesmente se sentir
bem (por ter um prazer momentâneo ou porque al-
guém falou bem a seu respeito naquele momento,
por exemplo).
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Vencer é sempre o passo seguinte do amadureci-
mento, ou seja, desejar realmente vencer, enfrentar
e conquistar. Num curso nosso para psicólogos, uma
aluna da qual gostei muito – tivemos uma grande
afinidade – disse assim: “Uma amiga canta de gra-
ça no culto porque é para Deus o que ela faz. Ela
tem talento, mas se sente mal em cobrar”. Não es-
tou dizendo que não é para Deus, mas investigue
no coração da sua amiga se ela não está realmente
com medo de botar a cara à prova num lugar que
lhe pague para cantar. Então, se pagou, vai poder
reclamar. Se ela sobe lá no culto e canta de graça, o
que acontece? Ninguém fala dela. Afinal, sua amiga
está fazendo a coisa de coração, para louvar a Deus.
Veja se ela não está num momento em que precisa
ver essa validação necessária do público – porque
é óbvio... se a pessoa sobe lá e canta de graça para
louvar a Deus, dificilmente alguém vai falar que ela
é desafinada e está atrapalhando. Por que a sua ami-
ga não enfrenta uma plateia que pagou pelo show?
No final – esse é o ponto –, o que ela vai conquistar?
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atenção! Olhe como é muito mais forte: no caminho
da felicidade, de construir uma vida que vale (algo
sólido), é muito mais eficaz/poderoso você se sub-
meter ao julgamento do outro – e não à validação – e
vencer por ser forte e ter talento. Ora, a pessoa é afi-
nada, tem domínio vocal, presença de palco e algo a
dizer, subiu e levou a plateia... recebeu os aplausos.
Parabéns! Você canta bem, minha filha!
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ro (o primeiro também é verdadeiro) e implacável.
Mas em que sentido? Se vaiaram, você canta mal e
não serve. Se aplaudiram, independente da valida-
ção e da invalidação, você sabe fazer a coisa. No
primeiro cenário, não só o sofrimento é menor, mas
também a sensação de segurança. No segundo, ao
se submeter e expor seu talento e sua cara, o sofri-
mento é potencialmente menor. Mas se você reco-
lheu as características e habilidades, você venceu
– isso ninguém retira de você. Essa é uma etapa de
amadurecimento, um itinerário inicial da verdadei-
ra felicidade e da construção do sentido da vida –
vencer é só o primeiro passo, uma coisa de quinta
camada, que já é superior à quarta camada. Sempre
que estivermos aprisionados (isso ainda precisa-
mos investigar em nossas vidas), quer dizer, quando
trabalho ou entrego algo (um relatório, um laudo,
um comentário, a casa arrumada, a massagem feita,
por exemplo), estou buscando a validação externa
para mim ao me colocar como referencial ou estou
buscando vencer? Só buscamos vencer quando nos
esforçamos para sermos melhores a cada dia. É isso
que falo sempre aqui nos stories.
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loja de cosméticos –, pois a cada mudança, você
perde a chance de se especializar e se sair bem na
sua área. Seguindo esse rumo, você não vence. Isso
aqui é o ponto central! Se você, ao longo de cinco
anos, não aprimorou seu talento na solidão, fazendo
cursos, observando seu ofício, entregando cada vez
melhor, ouvindo o outro (cliente, paciente ou patrão,
por exemplo) e reunindo isso sem histeria ou julga-
mento, isto é, se você não está integrando isso à sua
personalidade, não ficará bom/boa nunca. Assim,
sempre haverá essa sensação de inadequação.
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só pode dizer se a coisa não funcionou após um
tempo tentando dominar a técnica. Aí, talvez, você
pode falar que vai mudar de área.
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sentido” quando falam mal de coach. Afinal, estão
falando de você.
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preocupar com a vitória e o saber fazer. Isso é muito
superior – antropologicamente falando, no sentido
da formação da sua personalidade sólida – a você
ser apenas validado, isto é, não entregar porra ne-
nhuma e alguém dizer que você é lindo e maravilho-
so. Isso é a coisa mais ridícula do mundo... quando
você quer entregar alguma coisa só porque faz parte
de alguma casta (pastores, padres, professores, mé-
dicos, gordas... sei lá, as minorias...). Meu filho, você
participar disso ou não... foda-se! Eu quero saber a
respeito do que você domina.
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seja, dominando uma técnica. Isto vai te botar no
curso da felicidade. Até lá é só “prazerzinho” passa-
geiro (prazer de torta de limão... uma gozadinha mal
dada). É só coisa que não vale para nada, que vai
passar. É óbvio que você está triste e infeliz ao olhar
para sua vida – com vinte, trinta ou quarenta anos
– e perceber que algo não tem sentido, passou ou é
vazio. Eu sei! Isso aconteceu porque você não se es-
forçou para dominar uma técnica. Nem o dinheiro,
nem a autovalidação externa (na autorreferência) te
dão essa felicidade. O que te dá a felicidade – nesse
sentido – é o esforço para conquistar uma habilida-
de e entregar um resultado. Parece paradoxal, mas
há toda uma lógica que eu explico no curso de psi-
cólogo. Nos últimos dias, eu só falo a respeito disso,
ou seja, sobre as doze camadas – e uma parte delas
é sobre isso.
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Live #63 | 04/06/2019 - Instagram
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Amado!, o que é aquilo, cara?! Vocês se informam
por aquela porcaria? Não é possível isso, é um show
de horrores!
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com a atenção em outro lugar e grafa errado uma
palavra. Já com conjugações ou preposições são ou-
tros quinhentos, não é questão de erro ortográfico, é
falta de domínio da linguagem, mesmo.
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em português, ao escrever hesitar, o “exit” veio à mi-
nha cabeça. O erro de ortografia acontece; já erros
de preposição e conjugação não acontecem com al-
guém que tem domínio técnico da língua.
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que dizemos tem força. Eu falo em primeira pessoa,
falo do meu coração, e não a partir de uma cátedra
universitária, feito “O Psiquiatra”, ou feito “O Filóso-
fo”, embora pudesse ser assim.
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minha vida. Foi uma opção que eu fiz. Se você não
fez, o problema é seu -- tão simples assim --, mas
não venha com esse papinho de sucesso comercial.
Voltando à história, eu estava sentado na porcaria
do sofá vendo GloboNews. Sobre a apresentadora,
repórter, sei lá: que mulher é aquela, bicho?! O que
diabos é aquilo? Eu não sei nem o nome da coitada
(não era a Miriam Leitão) -- sorte a dela, do contrá-
rio, falaria aqui.
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dizer que a grama é verde. Não: “Suspeita-se que a
grama seja verde”, “Suspeita-se que seres humanos
respiram”. Meu Deus! O cara trocou tiro de fuzil com
a polícia, sua filha da mãe! Ele é bandido, é margi-
nal, é criminoso, é vagabundo! Ou você acha que
era um guarda-chuva, que ele estava atirando flores
para todos os lados, que ele era da turma do amor?
Que loucura, que burrice! Algo que eu falo no meu
curso para Psicólogos, Psiquiatras, Coaches e Intro-
metidos: a arte sempre vence.
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natural, acrescenta-se uma série de elementos cul-
turais.
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precisão, ela sempre tem de ser o reflexo de uma im-
posição superior que não se nota. Não se pode falar.
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minosos, vagabundos, foragidos, escolha um nome.
“Suspeitos” não são! O nome daquilo não é suspeito.
É igual ao que está acontecendo no Rio de Janeiro.
O STF já declarou que terá de liberar 700 bandidos
mirins na rua. É claro que o órgão executor está se-
gurando a medida para ver se consegue construir
presídios de contingência a tempo para onde man-
dar esses “menores infratores” (bandidos pequenos,
menores de idade).
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sa gente, pois a linguagem está decomposta.
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do mais dar nome aos bois, e aí você entra em um
estado de desorientação psicológica brutal.
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Esse eufemismo imoderado lhe trará um vitimismo
enorme. Sempre atenuar o que se faz é, em síntese,
fugir. Você fez algo e não consegue declará-lo, logo,
você foge, ou seja, você capta nesse seu horizonte de
consciência encurtado um lugar no qual você possa
se vitimizar.
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então ele está falando isso porque sou preto”, “Ah,
sou gay, então ele está falando isso porque sou gay”,
“Ah, sou mulher, então ele está falando isso porque
sou mulher”, “Ah, sou judeu, então ele está falando
isso porque sou judeu”. Vá para o inferno!
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mas não dá para não julgar certas coisas e, principal-
mente, não se pode atenuá-las. Neste caso específi-
co, não estamos julgando nada. O sujeito sacou uma
porcaria de um fuzil e atirou na cara do policial. Não
estou julgando, estou vendo o que está acontecen-
do, e o que está acontecendo é que um cara que não
é das Forças Armadas está com um maldito fuzil na
mão, trocando tiros com a polícia, caramba. Só mar-
ginais fazem isso. Quem troca tiros com a polícia?!
O marginal!, só que o politicamente correto ferrou
nossa cabeça, e quando você começa a raciocinar
nessas categorias, você vai para o buraco.
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A palavra não tem autoridade, meus filhos. Use a lin-
guagem do porteiro, que você ficará mil vezes mais
forte. Uma das coisas que mais enfraquece o povo
brasileiro é a droga da Teoria do Medalhão, do con-
to de Machado de Assis. “Eu falo como os doutores,
tenho diproma”. Mas você não é doutor, caramba!
Você é um espantalho, um adolescente de bigode.
Não há nada mais ridículo que isso; o sujeito não é
adulto nem criança, está completamente desconec-
tado. Tira essa porcaria da cara que está feio, meu
amigo, você não tem autoridade para ter bigode.
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Live #64 | 05/06/2019 - Instagram
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e pedisse paz nos desaventos em romaria e prece,
com o coração no chão, sangrando de amor, só para
olhar para Nossa Senhora, e que aquele olhar fosse
tudo.
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começar a caminhar, você sentirá uma sensação de
perda – e até de desconexão –, mas quando faz isso,
entendendo que esse é o processo deste mundo e
do coração daquele caminhante – que somos todos
nós –, um gancho vem lá de Cima e te puxa. Esta é a
assistência do Alto.
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está tateando em torno de algo desconhecido. Ora,
tem uma alma que apareceu na sua casa e você não
tem picas de ideias do que vai acontecer com aqui-
lo. No entanto, você recebe aquilo com simplicidade
e alegria e tenta dar o seu melhor. Pai e mãe também
erram, não são infalíveis. Você vai paralisar diante
da vida? O que é começar com um empreendimento
econômico ou amoroso se você não contar com “15%
de perda de biscoito todo mês”?
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maria”. É aquele caipira que, com toda a humildade
no coração, diz: “O meu pai foi peão / Minha mãe,
solidão (...) Se há sorte / Eu não sei / Nunca vi (...) Me
disseram porém / Que eu viesse aqui / Pra pedir em
romaria e prece / Paz nos desaventos”. Então, Nossa
Senhora, aceita o meu olhar. É o olhar de um filho
seu, caipira que não sabe o que é sorte, mas acredi-
ta. Por isso, este caipira marchou, caminhou e veio
em romaria e prece.
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çam a coisa com o amor... de coração na mão... sem
medo de errar. São aquelas decisões que precisa-
mos tomar: aquele amor a mais que você entrega
para o marido, a esposa ou o filho – mas que você
está calculando. O cálculo não é compatível com o
coração que sabe amar. Um coração humano não
calcula, pois o cálculo humano sempre põe uma va-
riável fora da equação, isto é, a variável do gancho
assinalado por Baglioni na canção que mencionei.
Esse gancho é o que desequilibra tudo – é quando
você está caindo, prestes a quebrar os dentes e ba-
ter no meio-fio e o gancho vem do Alto, amparando
o coração verdadeiro do caipira, que se colocou a
marchar nessa vida de romaria e prece. Quando en-
tendemos essa coisa, deixamos de ser escrupulosos
e entendemos que teremos 15% de perda – porque
tem uns 5% que erraremos em algum momento.
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Reze por mim! Esteja comigo aqui e aprenda o que
consigo manifestar de bom quando falo. Não sou o
dono da Verdade, mas o meu esforço é botar um co-
ração humilde e sincero, tentando revelar aquilo da
Verdade. Eu sou obcecado com a noção da Verdade.
Ela existe! É o caminho! É a vida para nós! Ela é ob-
jetiva e não é um ato de opinião. As coisas existem
fora do nosso mundo subjetivo. É lá que nosso cora-
ção precisa estar. Ao entender isso, você ganha uma
confiança mortal e se torna uma pessoa sorridente,
feliz e que não teme. O sujeito que está despido –
que não tem nada a esconder – não teme mais nada.
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desejo a você nesta noite! Desejo de todo o meu co-
ração que você comece a marchar nesse caminho
de mais entrega e de amor! É claro que os abutres
bicarão sua carne que está estragada – afinal, ao
adentrar nas trevas, no mato escuro, você vai se cor-
tar e seu pé sangrará, deixando um pedaço de carne
pelo caminho.
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perda, 15% de biscoito que fica pelo caminho, 5% de
besteira que eu falo... muito obrigado! Se não fosse
por esse gancho, meu amigo, seria 100% de besteira/
perda que a gente teria. Meu Deus, pelo Seu ampa-
ro, pelo Seu gancho, só tivemos 5% de perda porque
cultivamos esse coração do caipira humilde. Que
maravilha, meu Deus!
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duro –, e, mesmo diante de alguém que está tentan-
do, amando e se doando diariamente, não consegue
perceber as marcas do amor. Essas pessoas não são
caipiras, não entraram na mata escura e não entra-
ram no time da vida. Elas não admitiram o estatuto
humano.
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Coragem! Coragem, meus amados! Coragem para fa-
zer um coração de carne ressuscitar aí dentro! Não
tenham medo do mundo! Aventurem-se nessa gran-
de senda que é amar e servir – sabendo que haverá
5, 15 e até 20% de perda. Essa é a história da vida hu-
mana! Amo vocês!
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@italomarsili
italomarsili.com.br
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