Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
N
utrientes minerais são elementos, como nitrogênio,
fósforo e potássio, que as plantas obtêm do solo
principalmente na forma de íons inorgânicos. Embora
os nutrientes percorram um ciclo contínuo por todos os
organismos, eles entram na biosfera predominantemente
pelos sistemas de raízes das plantas; assim, as plantas, de
certo modo, agem como “mineradoras” da crosta terrestre. A
grande área de superfície das raízes e sua capacidade em
absorver íons inorgânicos da solução do solo em baixas
concentrações aumentam a eficácia da obtenção mineral
pelas plantas. Após serem absorvidos pelas raízes, os
elementos minerais são translocados para as diferentes partes
da planta, onde atendem às numerosas funções biológicas.
Outros organismos, como fungos micorrízicos e bactérias
fixadoras de nitrogênio, frequentemente participam com as
raízes na obtenção de nutrientes minerais.
O estudo sobre como as plantas obtêm e utilizam os
nutrientes minerais se denomina nutrição mineral. Essa área
de pesquisa é fundamental para aprimorar as modernas
práticas agrícolas e a proteção ambiental, bem como para
compreender as interações ecológicas das plantas em
ecossistemas naturais. Produtividades agrícolas altas
dependem da fertilização com nutrientes minerais. De fato, a
produtividade da maioria das culturas vegetais aumenta
linearmente com a quantidade de fertilizantes que elas
absorvem. Para atender à crescente demanda por alimento, o
consumo anual mundial dos principais elementos minerais
usados em fertilizantes – nitrogênio, fósforo e potássio –
aumentou gradualmente de 30 milhões de toneladas métricas1
em 1960 para 143 milhões de toneladas métricas em 1990.
Durante uma década, o consumo permaneceu relativamente
constante, uma vez que os fertilizantes foram usados de
maneira mais criteriosa em uma tentativa de equilibrar os
custos crescentes. Entretanto, durante os últimos 10 a 15
anos, o consumo anual aumentou para mais de 180 milhões
de toneladas (Figura 4.1).
Figura 4.1 Consumo mundial de fertilizantes e custos ao longo das últimas cinco
décadas. (De http://faostat3.fao.org/faostat-gateway/go/to/download/R/*/E.)
Obtido da água ou do
dióxido de carbono
Hidrogênio H 6 60.000.000
Carbono C 45 40.000.000
Oxigênio O 45 30.000.000
Obtido do solo
Macronutrientes
Nitrogênio N 1,5 1.000.000
Potássio K 1,0 250.000
Cálcio Ca 0,5 125.000
Magnésio Mg 0,2 80.000
Fósforo P 0,2 60.000
Enxofre S 0,1 30.000
Silício Si 0,1 30.000
Micronutrientes
Cloro Cl 100 3.000
Ferro Fe 100 2.000
Boro B 20 2.000
Manganês Mn 50 1.000
Sódio Na 10 400
Zinco Zn 20 300
Cobre Cu 6 100
Níquel Ni 0,1 2
Molibdênio Mo 0,1 1
Fonte: Epstein, 1972, 1999.
aOs valores para os elementos não minerais (H, C, O) e os macronutrientes são porcentagens. Os valores para os
micronutrientes são expressos em partes por milhão (ppm).
Macronutrientes
KNO3 101,10 1.000 101,10 6,0 N 16.000 224
S 1.000 32
Mg 1.000 24
Micronutrientes
KCl 74,55 25 1,864 Cl 50 1,77
H3BO3 61,83 12,5 0,773 B 25 0,27
Opcionala
NiSO4 • 262,86 0,25 0,066 2,0 Ni 0,5 0,03
6H2O
Nitrogênio Cálcio
Potássio Enxofre
Magnésio Ferro
Fósforo Boro
Cloro Cobre
Sódio
Zinco
Molibdênio
Nota: Os elementos estão listados na ordem de sua abundância na planta.
Resumo
Leituras sugeridas
Armstrong, F. A. (2008) Why did nature choose manganese to make oxygen?
Philos. Trans. R. Soc. Lond., B, Biol. Sci. 363: 1263–1270.
Bucher, M. (2007) Functional biology of plant phosphate uptake at root and
mycorrhiza interfaces. New Phytol. 173: 11–26.
Connor, D. J., Loomis, R. S., and Cassman, K. G. (2011) Crop Ecology:
Productivity and Management in Agricultural Systems, 2nd ed. Cambridge
University Press, Cambridge.
Cordell, D., Drangerta, J.-O., and White, S. (2009) The story of phosphorus:
Global food security and food for thought. Glob. Environ. Change 19: 292–
305.
Epstein, E., and Bloom, A. J. (2005) Mineral Nutrition of Plants: Principles and
Perspectives, 2nd ed. Sinauer Associates, Sunderland, MA.
Fageria, N., Filho, M. B., Moreira, A., and Guimaraes, C. (2009) Foliar fertilization
of crop plants. J. Plant Nutr. 32: 1044–1064.
Feldman, L. J. (1998) Not so quiet quiescent centers. Trends Plant Sci. 3: 80–81.
Fox, T. C., and Guerinot, M. L. (1998) Molecular biology of cation transport plants.
Annu. Rev. Plant Physiol. Plant Mol. Biol. 49: 669–696.
Jeong, J., and Guerinot, M. L. (2009) Homing in on iron homeostasis in plants.
Trends Plant Sci. 14: 280–285.
Jones, M. D., and Smith, S. E. (2004) Exploring functional definitions of
mycorrhizas: Are mycorrhizas always mutualisms? Can. J. Bot. 82: 1089–
1109.
Kochian, L. V. (2000) Molecular physiology of mineral nutrient acquisition,
transport and utilization. In Biochemistry and Molecular Biology of Plants, B.
Buchanan, W. Gruissem, and R. Jones, eds., American Society of Plant
Physiologists, Rockville, MD, pp. 1204–1249.
Larsen, M. C., Hamilton, P. A., and Werkheiser, W. H. (2013) Water quality status
and trends in the United States. In Monitoring Water Quality: Pollution
Assessment, Analysis, and Remediation, S. Ahuja, ed., Elsevier, Amsterdam,
pp. 19–57.
Mengel, K., and Kirkby, E. A. (2001) Principles of Plant Nutrition, 5th ed. Kluwer
Academic Publishers, Dordrecht, Netherlands.
Sattelmacher, B. (2001) The apoplast and its significance for plant mineral. New
Phytol. 149: 167–192.
Smith, F. A., Smith, S. E., and Timonen, S. (2003) Mycorrhizas. In Root Ecology,
H. de Kroon and E. J. W. Visser, eds., Springer, Berlin, pp. 257–295.
Smith, S. E., and Read, D. J. (2008) Mycorrhizal Symbiosis, 3rd ed. Academic
Press and Elsevier, Oxford.
Zegada-Lizarazu, W., Matteucci, D. and Monti, A. (2010) Critical review on energy
balance of agricultural systems. Biofuels, Bioprod. Biorefin. 4: 423–446.