27/04/2016

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Engenharia Rural
Curso de Zootecnia

Disciplina de Fertilidade do Solo

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS DO ENXOFRE

ENXOFRE
E MICRONUTRIENTES

Prof. Cledimar Rogério Lourenzi

Florianópolis, 28 de abril de 2016

 NUTRIENTES ESSENCIAIS
ENXOFRE - S
Elemento Símbolo Forma absorvida
Carbono C CO2
Oxigênio O
H2O  Macronutriente essencial;
Hidrogênio H
Nitrogênio N NO3-, NO2-, NH4+
kg ha-1 Fósforo P H2PO4-, HPO42-  Secundário;
Potássio K K+
Macronutrientes  Constituinte dos aminoácidos:
Cálcio Ca Ca2+
Magnésio Mg Mg2+
Enxofre S SO42-  - Cistina, cisteína e metionina
Ferro Fe Fe2+
Manganês Mn Mn2+  Deficiência de S afeta a síntese de proteínas que
Zinco Zn Zn2+
g ha-1 Cobre Cu Cu2+ requerem estes aminoácidos;
Micronutrientes
Boro B H3BO3
Cloro Cl Cl-  Faz parte de alguns glicosídeos  odor característico
Molibdênio Mo HMoO4-
(crucíferas e liliáceas)
Nutrientes benéficos ou acessórios: cobalto (Co), silício (Si), sódio (Na)
Elementos tóxicos: alumínio (Al), manganês (Mn).

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA: DEFICIÊNCIA de S:

Manifestam-se nas folhas novas, pois S pouco móvel na planta. Poucas vezes observada, pois:

 Redução da síntese de proteínas

 Em geral, os solos tem capacidade de
 Crescimento retardado suprir as necessidades das plantas;

 Clorose uniforme nas folhas mais novas  Ocorre a contribuição de formas de S

presentes na atmosfera e/ou em
 Acúmulo de antocianinas fertilizantes ou fungicidas.

O íon sulfato (SO42-) é a principal forma

absorvida do solo pelas raízes das plantas.
Formas gasosas, principalmente SO2, podem
ser absorvidas pelas folhas.

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Enxofre
Enxofre liberado anualmente para a atmosfera:
As reações químico-biológicas do enxofre Formas S Fonte Quant.(t x 106) % total
na biosfera se assemelham as do nitrogênio,
H 2S Pântanos e oceanos 100 44,4
tais como:
Poluição (Ind. Celulose, outros) 3 1,3

 Apresentam vários estágios de oxidação; SO42- Vapor Marinho 44 19,6

SO2 Poluição: 73 32,5
 Em solos ácidos, a maior parte esta Carvão 51 22,7
imobilizada na matéria orgânica; Petróleo 15 6,7
Siderurgia 7 3,1
 As transformações entre as várias formas
Vulcões 5 2,3
são em sua maioria influenciadas pela
atividade de microorganismos. TOTAL 225 100,0

O S no ar e na água O S no ar e na água

 Fontes de S atmosférico compreendem processos:  Remoção/deposição do S atmosférico na superfície terrestre:

• Via úmida → - precipitação do SO4-2 com a
chuva

- Naturais 1 Kg/ha/ano → muito afastado de centros urbanos

66,2 % 100 Kg/ha/ano → alta atividade industrial
Ex.: Região de POA/RS → 20 a 50 Kg/ha em 6
Biogênicos (80%) meses
Aerossol marinho (10%)
• Via seca → - impacto do aerossol fino na superfície terrestre.
Vulcões (10%) - sedimentação de partículas contendo SO4-2.
- absorção de SO2 pelo estômato da planta.

- Artificiais Ex.: Alfafa

33,8 % em casa de
vegetação Altas [ ] de SO2
Petróleo (6,7%)
absorveu no ar causam
Indústrias (4,4%) 73% do S
Carvão /queimadas queima de folhas
(22,7%) necessário. (próx.termoelétricas)
.

ENTRADAS de Enxofre no solo

Enxofre no solo

-O O
Chuva & Irrigação
S
-O O
S mineral na
S orgânico S mineral Mineralização -O solução do solo
O
S
 Cerca de 90% do S total  Forma oxidada: Sulfato -O
do solo (SO4-2) O Fertilizantes
Mineralização
 Compostos S-O  Outras formas reduzidas
Imobilização Intemperismo
 Compostos S-C  Adsorvido ou na solução
do solo.
 S inerte ou residual.

Fonte: Osório, 2006 Fonte: Adaptado de Osório, 2006

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SAÍDAS de Enxofre do solo

Ciclo do Enxofre

Emissão de gases Absorção pelas plantas

S mineral na
Adsorção solução do
-O O solo
S Imobilização
-O O

Erosão
Lixiviação
Fonte: Adaptado de Osório, 2006

Química do Enxofre no solo

Quem regula todos esses processos???
Absorção
Atrações eletrostáticas
O H
S orgânico Fe O
-O -O O
 Cerca de 90% do S total do solo O H+ O
S S
O -O O
H+ -O O
 Fatores que afetam:  Outros 10% Fe O
O H
- Temperatura - pH Ligações covalentes
O H
- Umidade - Outros elementos Fe O
- Qualidade do material O O +
HO -O O Lixiviação
- Relação C:S Mineralização
S S
- pH O O +
HO -O O
Imobilização Qdo os resíduos Fe O Solução do
- ... orgânicos possuem O H Solo
C:S >250. Fe-Óxido Camada difusa
Fonte: Adaptado de Osório, 2006

Aplicação de calcário
Interpretação do teor de Enxofre do solo
OH-
OH-
O H HOH
Fe O- Interpretação mg dm-3
O H+ HOH-O O Baixo ≤2,0
S
O H+ HOH-O O
OH- Médio 2-1 - 5,0
Fe O- OH-
Alto >5,0
O H HOH OH- OH-

O H HOH OH- NECESSIDADE E RESPOSTAS DAS CULTURAS EM ENXOFRE:

OH- OH-
Fe O-
O H+ HOH-O O  Culturas de alta exigência: brassicáceas (repolho, couve, nabo e
Resposta

S mostarda) e liliáceas (tulipa, alho, cebola, aspargo )(>10mg dm -3)

O H+ HOH-O O  Culturas de média exigência: leguminosas, girassol, algodão
Fe O- OH-
O H HOH  Culturas de baixa exigência: gramíneas
OH-
Fe-Óxido Camada difusa Solução do Solo

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Níveis de enxofre no RS
Número total de amostras e distribuição percentual dos valores de S-SO4-2 nos
solos das regiões agroecológicas do Rio Grande do Sul (Alvarez, 2004).
Fertilizantes sulfatados
Teor de S-SO4-2, mg kg-1
Região agroecológica
Número total de
amostras
Percentual
<2,0 2,1 –5,0 5,1 - 10,0
10,0 –
> 20
Fertilizante %S
20,0

.........................................%........................................... Superfofato simples 10-12

Alto Vale do Uruguai
Campanha
8.171
2.586
9,1
2,9
0,7
0,2
12,4
9,3
39,2
45,1
35,7
38,6
12,2
7,0
Fosfato natural parcialmente acidulado 0-6
Depressão Central 6.084 6,8 2,6 13,9 43,1 32,6 7,8
Encosta Inferior da
Sulfato de amônio 22-24
2.323
Serra do Nordeste 2,6 5,7 18,7 34,4 27,9 13,3
Litoral 1.608 1,8 0,1 9,1 45,2 38,2 7,5 Sulfato de potássio 15-17
Missionária de São
5.805
Luiz Gonzaga 6,4 0,3 9,8 41,2 36,2 12,5
Planalto Médio 45.852 50,9 0,9 12,3 35,7 38,9 12,1
Sulfato de cálcio (gesso) 13
Planalto Superior
Grandes Lagos
8.009
1.730
8,9
1,9
0,5
0,7
6,3
7,4
21,3
46,4
43,2
39,1
28,7
6,5
Sulfato de Magnésio 13
São Borja – Itaqui 1.402 1,6 0,1 8,0 43,6 38,9 9,4 Sulfato de Cobre 16–18
Serra do Nordeste 6.185 6,9 0,1 8,0 41,4 38,7 11,9
Serra do Sudoeste 337 0,4 2,4 17,8 43,0 31,8 5,0 Dejetos -
ESTADO 90.092 100,0 1,0 11,3 36,7 38,1 12,9
Lodo de esgoto -

Respostas das culturas à adubação sulfatada

Condições onde pode haver resposta ao enxofre

 Solos arenosos e/ou com baixo teor de matéria

Camargo et al. (1975)
orgânica;
Casagrande & Souza (1981)
 Em solos intensamente cultivados, especialmente
Sem resposta com espécies de elevada exportação;
Gramíneas  Solos calcariados por vários anos (elevado pH);
Com resposta
 Solos de regiões afastadas de centros industriais ou
Alvarez (2004) do mar;
Nascimento & Morelli (1980)
 Quando não há adição de S via fertilizantes por vários
anos.

Resumindo

 O S é móvel no solo e pode estar abaixo da camada

amostrada;

 A MOS é a principal reserva do nutriente;

 As entradas de S via atmosfera podem ser importante MICRONUTRIENTES

perto de centros urbanos;

 Existe na composição de fertilizantes N-P-K;

 É sensível ao tipo de manejo aplicado ao solo.

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 NUTRIENTES ESSENCIAIS Concentração nos solos

Elemento Símbolo Forma absorvida
Rochas
Carbono C CO2 Crosta Rochas ígneas
Elemento sedimentares Solos
Oxigênio O terrestre
H2O
Hidrogênio H Granito Basalto Calcário Arenito
Nitrogênio N NO3-, NO2-, NH4+
B (mg kg-1) 10 15 5 20 35 7-80
kg ha-1 Fósforo P H2PO4-, HPO42-
Potássio Macronutrientes K K+ Cu (mg kg-1) 55 10 100 4 30 10-80
Cálcio Ca Ca2+
Fe (%) 5,6 2,7 8,5 0,3 1,0 1,0-10,0
Magnésio Mg Mg2+
Enxofre S SO42- Mn (mg kg-1) 950 400 1500 1100 10-100 10-3000
Ferro Fe Fe2+
Mo (mg kg-1) 1,5 2 1 0,4 0,2 0,2-10
Manganês Mn Mn2+
Zinco Zn Zn2+ Zn (mg kg-1) 70 40 100 20 16 10-300
g ha-1 Cobre Micronutrientes Cu Cu2+
Boro B H3BO3
Cloro Cl Cl-
Molibdênio Mo HMoO4-
 Em geral, as exigências de micronutrientes pelas
plantas varia de 1 a 100 g/ha.
Nutrientes benéficos ou acessórios: cobalto (Co), silício (Si), sódio (Na)
Elementos tóxicos: alumínio (Al), manganês (Mn).

pH do solo
Fatores de solo que afetam a disponibilidade

 pH

 Teor e tipo de óxidos de Fe e Al

Disponibilidade

 Teor de argila

 ASE

 Teor de matéria orgânica

pH do solo
 Presença de íons fosfatos

Teor de óxidos x disponibilidade de micronutrientes Teor de MOS x disponibilidade de micronutrientes

COOH COO
[ ] de micronutriente adsorvido

MO + M2+ MO M + 2H+
[ ] de micronutriente adsorvido

COOH COO

 Cu
OH2 O-M+
Fe + M2+ Fe + 2H+  Zn
OH2 OH2  Mn

Cu2+, Mn2+ e Zn2+.

Teor de óxidos de Fe e Al Teor de matéria orgânica no solo

Gráfico 1. Relação entre o teor de óxidos de Fe e Al e a [ ] Gráfico 2. Relação entre o teor de matéria do solo e a [ ] de
de micronutriente adsorvido. micronutriente adsorvido.

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COBRE (Cu)

[ ] de micronutriente adsorvido
[ ] de micronutriente adsorvido

Cobre no solo (Cu2+)

- Minerais primários  bornita, calcopirita

- Alta afinidade com compostos orgânicos (>98%)

Teor de óxidos de Fe e Al Teor de matéria orgânica no solo
Os principais ânions orgânicos na solução: citrato,
Gráfico 1. Relação entre o teor de Gráfico 2. Relação entre o teor de MOS
óxidos de Fe e Al e a disponibilidade de e a disponibilidade de micronutrientes
micronutrientes nos solos. nos solos. oxalato, tartarato, gluconato, malato, etc.

Complexação
Teor de óxidos e MOS = solos arenosos

< ??? Fe
OH2
+ M2+ Fe
O-M+
+ 2H+
X
> disponibilidade de micronutrientes OH2 OH2

Possibilidade de deficiência cobre

Sintomas de deficiência
- Solos calcários (pH>7,0) e solos orgânicos

- Folhas mais velhas Análise de cobre

- Com aparência de murchas - Extração com HCl 0,1 mol L-1 (ou Mehlich-1, EDTA, etc.)
- Em crucíferas: os brotos terminais - Interpretação do resultado (RS e SC):
morrem Baixo: <0,2 mg L-1
Médio: 0,2 a 0,4 mg L-1
Fatores de solo que afetam a disponibilidade:
Alto: >0,4 mg L-1
- pH
- Teor e tipo de óxidos de Fe e Al Correção da deficiência
- Teor de argila - Sulfato de cobre (CuSO4), entre 5 e 10 kg ha-1
- ASE Obs: tratamentos fitossanitários a base de cobre
- Teor de matéria orgânica em olerícolas e frutíferas.

ZINCO (Zn) Sintomas de deficiência

- Internós curtos e/ou folhas novas cloróticas e folíolos pequenos

Forma absorvida  Zn+2 ou complexos org. solúveis. - No milho e na soja as folhas apresentam uma faixa clorótica
longitudinal de cada lado da nervura central.
Zinco na planta
- Ativação de várias enzimas: carbônico anidrase;
desidrogenases; proteinases; peptidases; enolase e
outras;

- Acumula nas raízes e, é pouco móvel na planta.

Zinco no solo Possibilidade de deficiência

- Minerais primários  esfalerita (ZnS); - Solos arenosos
- Solos que receberam calagem excessiva
- Alta afinidade com compostos orgânicos e óxidos.
- Solos do cerrado do Brasil Central

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Análise de zinco FERRO

- Extração com HCl 0,1 mol L-1 (ou Mehlich-1, EDTA, etc.)
- Interpretação do resultado (RS e SC): Ferro no solo

Baixo: <0,2 mg L-1 - Em solos oxidados a forma predominante é Fe+3, porém

Médio: 0,2 a 0,5 mg L-1 e as plantas excretam substâncias orgânicas que reduzem

Alto: >0,5 mg L-1 Fe+3 para Fe+2, que é absorvido.

- Encontrado na forma de óxidos e nos octaedros das argila

Correção da deficiência
Fatores de solo que afetam a disponibilidade
- Sulfato de zinco (ZnSO4); entre 5 e 10 kg ha-1
- pH
- Teor de matéria orgânica
- Potencial redox

Sintomas da deficiência Análise de ferro

- Extração com DCB, oxalato, HCl, EDTA, etc.

 Sintomas da toxidez

Correção da deficiência:
- Sulfato de ferro (FeSO4) ou quelatos

- Clorose Mais comum no RS e SC:

- Toxidez em solos alagados (arroz irrigado)

Possibilidade de deficiência: - Extração com oxalato de amônio (pH 3): 5 g dm-3

- Solos calcários (pH>7,0).

MANGANÊS

Forma absorvida  Mn+2 ou complexos org. solúveis

Fatores de solo que afetam a disponibilidade
- pH
Sintomas da deficiência - Teor de matéria orgânica
- Folhas enroladas - Potencial redox
com aparência de murchas
Possibilidade de deficiência
- Solos calcários (pH>7,0) ou com calagem excessiva
Manganês no solo
- Predomina na forma de óxidos

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Análise de manganês BORO

- Extração com HCl, EDTA, etc.
- Interpretação do resultado (RS e SC): Forma absorvida  H3BO3

Baixo: <2,5 mg L-1 Na planta

Médio: 2,5 a 5,0 mg L-1 e - Absorção rápida, mas translocação lenta
Alto: >5,0 mg L-1
Sintomas de deficiência nas folhas mais novas
Correção da deficiência:
- Deficiência causa acúmulo de auxinas e fenóis
- Sulfato de manganês (MnSO4) Necrose nas folhas; folhas e brotos quebradiços;

Mais comum no RS e SC: na maçã e tomate forma rachaduras; em crucíferas

deixa centro do caule escuro ou oco.
Toxidez em solos ácidos (folhas enrugadas).

Na planta - absorção rápida, mas translocação lenta.

Sintomas de deficiência nas folhas mais novas
Boro no solo:
- Mineral primário  turmalina
- Fonte importante: matéria orgânica
- É o mais móvel dos micronutrientes (exceto Cl)
- Na solução do solo: H3BO4 (princ.) e H4BO4-.

Fatores do solo que afetam a disponibilidade de B:

- pH
Tomateiro Girassol - Teor e tipo de óxidos de Fe e Al
- Teor de argila
Possibilidade de deficiência - ASE
- Solos arenosos com baixos teores de matéria orgânica - Teor de matéria orgânica

MOLIBDÊNIO (Mo) e COBALTO (Co)

Análise de boro

- Extração com água quente  Forma absorvida Mo  HMoO4- ou MoO4-2

- Interpretação do resultado (RS e SC):  Forma absorvida Co  Co+2

 Funções na planta:
Baixo: <0,1 mg L-1;
- Mo: constituinte da enzima redutase do nitrato → atua
Médio: 0,1 a 0,3 mg L-1 e na redução de NO3- e do NO2-. Por esta razão a falta de Mo
Alto: >0,3 mg L-1 pode causar sintoma de deficiência de N mesmo que a
planta tenha bom suprimento de NO3- para a formação de
Correção da deficiência: aminoácidos e proteínas.
- Boráx (Na2B4O7.10H2O) em torno de 20 kg ha-1 - Co: presente em um dos complexos protéicos da enzima
- Ácido bórico (H3BO3) para aplicação foliar nitrogenase, relacionada à fixação biológica do N.

Mo e Co importantes em cultivos com leguminosas.

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 Sintoma de deficiência  Molibdênio no solo

- Muito semelhante a deficiência de N - Mineral molibdenita (MoS2)
Molibdenita Wulfenita
e wulfenita (Pb(MoO4))
- Alta afinidade com compostos orgânicos e óxidos
 Possibilidade de deficiência
 Fatores de solo que afetam a disponibilidade:
- Solos ácidos, cultivados com leguminosas
- pH
- Teor e tipo de óxidos de Fe e Al
 Correção da deficiência
- Teor de argila
- Molibdato de amônio  solo (0,5 e 1,0 kg ha-1)
- ASE
- Via tratamento de sementes (12 a 25 g ha-1) - Teor de matéria orgânica
- Via foliar (25 a 50 g ha-1) 30 - 25 DAE - Presença de íons fosfatos

CLORO  Sintomas de deficiência

- Diminuição do tamanho das folhas

 Forma absorvida  Cl- - Murchamento de folíolos

- Clorose, bronzeamento e necrose de folhas

 Funções na planta
- Suspensão da frutificação

- Íon acompanhante: por apresentar alta mobilidade e - Raízes curtas, não ramificadas

ser tolerado em altas concentrações, apresenta um bom  Cloro no solo

comportamento para manter o potencial de cargas - Mais móvel dos micronutrientes
através da membrana.
- Boa disponibilidade no solo
Cl- K+
Uso de fertilizantes a base de cloreto

 É mais comum efeito tóxico.

Principais fontes de micronutrientes utilizadas no Brasil

Teor do
Interpretação dos resultados...
Fonte Nutriente Produto elem.
(%)
H3BO3 – ácido bórico 17
Solúveis B
NaB4O7 – tetraborato de sódio (boráx) 11
Cu CuSO4.5H2O – sulfato de cobre 35-36
Zn ZnSO4.H2O – sulfato
Fertilizantes ou de zinco
aplicação foliar 26-28
Mn MnSO4.H2O – sulfato de manganês 19-21
Fe FeSO4.5H2O – sulfato de ferro 38-40
Mo (NH4)6Mo7O24.4H2O – molibdato de amônio 54
Óxidos Cu CuO – óxido cúprico 75
Zn ZnO – óxido de zinco 20-78
Mn +MnO
baratos;
– óxido deaplicação
manganês pó; solos ácidos
41-68
Óxidos silicatados provenientes da fusão de
Insolúveis Vários Variável
sílica com micronutrientes (fritas)
Quelatos Vários Solos alcalinos
Quelatantes EDTA ou ou aplicação
naturais foliarvariável
(flavonóides)

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Resumindo...
Cenário mais provável de resposta à aplicação de
micronutrientes
 Boro: Cultivo de sp. exigente, solos arenosos e pH alto;
 Cobre: Solos orgânicos, pH alto e solos arenosos;
 Zinco: pH alto, material de origem com baixo teor e solos
arenosos;
 Molibdênio: pH baixo do solo, material de origem com
baixo teor e solo com alto teor de óxidos de Fe;
 Manganês: pH alto e solos arenosos;
 Ferro: Solos alcalinos (pH > 8,5);
27/04/2016
TEXTOS PARA LEITURA:
 Enxofre (Cap. 17).
BISSANI, C.A.; GIANELLO, C.; TEDESCO, M.J.; CAMARGO, F.A.O.
(eds). Fertilidade dos solos e manejo da adubação das culturas.
Porto Alegre, Gênesis, 2004. 328p.
 Micronutrientes (Cap. 18).
BISSANI, C.A.; GIANELLO, C.; TEDESCO, M.J.; CAMARGO, F.A.O.
(eds). Fertilidade dos solos e manejo da adubação das culturas.
Porto Alegre, Gênesis, 2004. 328p.
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