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MATERIAL DO EDUCADOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA

98 1º e 2º ANOS DO ENSINO MÉDIO

Anexo 1

Atividade em grupo: minha visão de mundo

No texto de Monteiro Lobato e na música de Roberto e Erasmo Carlos é possível encontrarmos


relações de companheirismo. Ambos apresentam exemplos de atitudes e comportamentos que
ajudam ou atrapalham o ser humano na sua contínua construção de relações positivas ao longo
da vida. Baseados nisso, discutam, em pares, quais são os exemplos de companheirismo no texto
e na música e quem são os agentes envolvidos nessas relações. Eles diferem? Como?

Texto 130
A CIGARRA E AS FORMIGAS
I – A formiga boa
Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando
cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as
tulhas. Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passa-
vam o dia cochilando nas tocas. A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em
grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém. Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se
dirigiu para o formigueiro. Bateu _ tique, tique, tique... Aparece uma formiga, friorenta, embru-
lhada num xalinho de paina.
- Que quer? - perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
- Venho em busca de um agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
A formiga olhou-a de alto a baixo.
- E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse:
- Eu cantava, bem sabe...
- Ah! ... Exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto
nós labutávamos para encher as tulhas?
- Isso mesmo, era eu...
- Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos propor-
cionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como
vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

II - A formiga má

Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a re-
peliu de sua porta. Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com o
seu cruel manto de gelo. A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro, e
o inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se, nem folhinhas que co-
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1º e 2º ANOS DO ENSINO MÉDIO 99

messe. Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou - emprestado, notem! - uns miseráveis
restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo o per-
mitisse. Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse
cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.
- Que fazia você durante o bom tempo?
- Eu... Eu cantava!...
- Cantava? Pois dance agora,[...] ! - e fechou-lhe a porta no nariz.
Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha ; e quando voltou a primavera o mundo apresen-
tava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra
morta por causa da avareza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela?
Os artistas - poetas, pintores e músicos - são as cigarras da humanidade.

Texto 231
Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo
Roberto Carlos

Esses seus cabelos brancos, bonitos


Esse olhar cansado, profundo
Me dizendo coisas num grito
Me ensinando tanto do mundo
E esses passos lentos de agora
Caminhando sempre comigo
Já correram tanto na vida
Meu querido, meu velho, meu amigo
Sua vida cheia de histórias
E essas rugas marcadas pelo tempo
Lembranças de antigas vitórias
Ou lágrimas choradas ao vento
Sua voz macia me acalma
E me diz muito mais do que eu digo
Me calando fundo na alma
Meu querido, meu velho, meu amigo
Seu passado vive presente
Nas experiências contidas
Nesse coração consciente
Da beleza das coisas da vida
Seu sorriso franco me anima
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Seu conselho certo me ensina


Beijo suas mãos e lhe digo
Meu querido, meu velho, meu amigo
Eu já lhe falei de tudo
Mas tudo isso é pouco
Diante do que sinto
Olhando seus cabelos tão bonitos
Beijo suas mãos e digo
Meu querido, meu velho, meu amigo
Olhando seus cabelos tão bonitos
Beijo suas mãos e digo
Meu querido, meu velho, meu amigo
Olhando seus cabelos tão bonitos
Beijo suas mãos e digo
Meu querido, meu velho, meu amigo.

A escola, o trabalho e a comunidade em que vivemos são instâncias (locais) da vida do homem
contemporâneo que servem de palco para várias situações cotidianas onde relações de compa-
nheirismo acontecem. Que ser companheiro é possível e há inúmeros exemplos de coleguismo à
nossa volta é fato. Contudo, a competição e a busca por melhores condições de vida têm suscita-
do nas pessoas indagações do tipo: é possível estabelecer relações de companheirismo no mundo
em que vivemos hoje? Qual a importância do companheirismo entre as pessoas? Enfim, a com-
petição tem levado as pessoas a discutirem importância de ser companheiro. Diante do exposto,
responda às seguintes perguntas:
1) Você acredita ser uma pessoa companheira? Justifique sua resposta citando um exemplo.
2) Para você, existe alguma relação direta entre ser companheiro e ganhar algum tipo de
vantagem? Justifique sua resposta.
3) Você acredita que é possível estabelecer relações de companheirismo e amizade en-
tre as pessoas sem elas quererem nada em troca umas das outras? Justifique sua
resposta.
4) Partindo do que você respondeu na questão anterior, cite alguma situação que valide
seu argumento.
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Anexo 2

Atividade em grupo: Fazendo a diferença!

SITUAÇÃO 1
Domingo de jogo, estádio cheio, você entra em campo com seu time diante de sua torcida. A
partida já começa disputada com as duas equipes buscando a vitória. Em determinado momento,
você recebe a bola e parte para o gol sendo marcado direto por um jogador do time adversário,
mas, na disputa, seu oponente cai machucado e, sendo também atleta, você percebe logo que a
lesão é grave.

SITUAÇÃO 2
Final de ano letivo na escola, você recebeu as notas e... Que bom! Passou de ano, agora é curtir as
férias. Um de seus colegas de turma, bom estudante e com boas notas, se complicou um pouco e
foi parar no temido exame final em uma matéria que você domina muito bem.
Sabendo de sua habilidade com a matéria, esse colega o procura perguntando se você poderia
dar uma ajudinha. Acontece que, como já estará de férias, você agendou várias atividades para o
período em que o colega precisaria dessa ajuda.

Formem grupos, escolham uma das situações e respondam qual seria a atitude a ser tomada.
Justifique.

Situação 1
Atitude:

Situação 2
Atitude:

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