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M3uss (Mauss, 1969), IOmou-se uma cate ca, ao nosso ver mstigante, veulao encon·
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goria central para as aJlálises da nova his tro da moderna tendência de anáHse da
tória culrural. O conceilO, em s� en",Ive hislOriografia, que aborda os sistelT\.1S
uma série de oonsideraçães, a começar simbólicos de idéias e inL1gens de repre
pelo pressuposlO de que a represen"'çio sentaçio ooletiva a que se dá o nome de
implica uma relaçioambígua entre a ••sên imaginário social.
da e pusença. No caso, a represen",ção é Segundo estl tendência, a tarefa do
a presen tjfoçio de um ausente, que é historiador seria captar a pluralidade dos
dado a ver segun do uma imagem, mentll sentidos e resgatar a construçio de sigo;'
ou n"teria!, que se disrancia do mimetis ficados que preside o que se chamaria a
mo puro e simples e trabalha com uma "representlçio do mundo". Mais do que
atribuiçio de sentido. isto, IOrnamos por pressuposlO que a his
Para Chanicr (1989, 1990, 1994a, tória é, ela própria, reprrsenL1Ção de algo
1994b) a noção de represenl.çiO é central que teria ocorrido um dia. Distinguiría
para a sua ooncepçio de história cultural, mos. portanto. o que se chamaria "passe..
que se baseia na correlaçio entre práticas dade" (o ,r,1 aoonlecido) da "história",
sociais e representações. A representlçio entendida como narr:uiva que "repre
deixa ver uma ausência, ('SIabelecendo-se sentl" atra>és de texIO e imagem.
a difetcnça entre aquilo que representl (o Assumir estl posrura - "p6s-modema",
e o que é represemado. segundo Rüssen (1992) - implica adnútir
Mas, ao mesmo tempo, a repusentaçio que não há um únicopron'ssocompreen
.6m" uma presença daquilo que se ex si", para a história, além de adnútir crité
põe no lugar do outro. Entre uma e outra rios como o da ficcionalidade e do relati
funçio, viabiliza-se a oonstruçio de um vismo para a lccuperaçio do pas<ad o.
IUrro A1l.I 00 [\PAÇO 281
nominação de Roncayolo tem uma data poderiam ser designados como "leitores
ção precisa - o século XIX, no qual emer espt"ciais da cidade", represen tados pe
ge a grande cidade, que coloca para os los fotógrafos, poetas, romancistas, ao
govemos a necessidade de intervir no nistas e pintores da cidade. Naturalmen
espaço, ordenando a vida, normatizando te, há uma v:uiação de sensibilidade e
a sociedade. A "quesr5o urbana" aparece educação do olhar entre os dois tipos de
assim como um problcillJ posto, deriva consumidores da uroe.
do das transfonnações econômico-so Ver a cidade e uadllZ�la Ou discursos
ciais da época, e que tem na cidade o seu ou imagens implica um fenômeno de
Iocus privilegiado de realização.9 Sem percepção, mas que envolve um comple
dúvida, estes "produtores do espaço" xo ronjunto de u16giCls SCK:bis". Como
própria produção, mas de uma maneira cios do que seria a sua ordeul, chegando
relativamente imprevisível (Bourdieu, às represen tações coletivas de uma "ou
1980). As representações do mundo s0- tra" cidade. Como consideração final s0-
cial assim constituídas, que classificam a bre eslas diferentes percepções do urba
(eJljd;]de e atrWucm valores, no caso ao , no, há que lembrar a "circularidade cul
espaço, à cidade, à rua, aos bairros, aos tural" que pernúte a lrOCa de signos entre
habitantes da urbe, não é neutra, nem o que se poderia ch amar a "cidade 1lai
rene.. ou puramente objetiva, mas im vivida" dos consuoúdores da urbe e a
plica atribuições de sentidos em conso "cidade sonh ada" dos produtores do es
nância com relações S<>dal. e de poder paço, ou ainda entre a contracidade dos
(Bourdieu, 1982). excluídos do sistema, na "contramão" da
Assim é que as qualifiClÇÕeS de peri vida, e a cidade ordenada, bela, higiênica
gosa ou segura, limpa ou suja, ordenada e segura das proposlas burgu..s'S.
ou anárquica, bela ou feia para uma cida Mas resgatar sensibilidades passadas,
de variavam de acordo com os produto ten lar recuperar construções imaginárias
"velhO" pelo noyo, a uniformiZlção das dade é um lugar que autoliza as difeiCn
construções e a gener.J!iZlção do caráler ças e que encoraja a concelltr.lção desaas
de ImpessoaHdade ao con tex\O urbano. difcicnças, construindo pertencimen10s
Em fusdnanle estudo, Richard Senneu díspares e experiências cada "'(2 mais
(1992) se pergu nta, anle o problema cul complc-as.
tural da cidade modema: como fazer fa O� sob o Império desla diversidad<:
lac esle me.io Impessoal, como ultr.lpas é que Senneu postula um DOYO olhar,
sar sua neutralôdad'!? O o.emplo do cen defendendo o poder da inlerpre"ção
tro de Pono A1egle '<Clll logo ;\ lembran visual que poderia conquisaarae:xpuiên
ça. Difici1 é vislumbrar, na alUaI rua dos da da complexidade do mcio urbano.
Andrndas, a tradicional rua da Praia, pas nesla forma, tudo aquilo que antes
sarel. da moda, roleiro do fOOllng, a representaria elementos de perturbação
desembocar na velha praça da Alffin dega, e de:scaraclerimção - a Impessoalidade,
com os seus cinemas e cúés. Com as o anonimalO, a diferen ça, a complexida
rachadas dos velhos prédios recobenas de, a separação entre o inlerior e o exte
de tapumes, revestimen tos e c:a.rtlZeS, os rior, entre O privado e o público - pode
mesmos esp3l:OS cedendo lugar a DOYOS se IOrnar o elemenlO de ieroucação do
usos - "bingos", agências lotérirns e lojas olhar, oportuoiz:mdo uma revelação e
populares de discos -, muito pouco (esta uma noY.l coerência para o mundo.
daquela rua da Praia celebrada em prosa A perspectiY.l de Sennet� que enfuiza
e verso pelos cronislaS e poelaS. a necessidade de mudança de perspecli
A postura de Senneu se opõe ;\ de Y.l do olhar sobre o urbano, é uma p",
Kevin Lynch (1990), que atribui uma qua poSIa que se liga a outros espectadores
Udade visual particubr ao urbano. Lynch e/ou pensadOies da cidade. A começar,
aposta no que se chamaria uma "darida como o piÓprio Senneu inYOCl, pela fi
de" aparenleou legibilidade da paisag'!m gura de Charles Baudelaire, que via em
citadina Para esle aUlOr, reconbecer os Paris a possibilidade de uma tr.lnscen
elementos visualmenle expostos e nrga dência do olliar, taisas coirespondêncL'lS
nizá·los num sistema coerOlte e com possíveis de serem apreendidas pelas
preensível do urbano seria uma tarefa múltiplas figuras, espaços e práticts s0-
fácil Já Sennet (1992) enlende que as ciais que a cidade oferecia A figura do
formas visuais da legibilidade na concep j1IJneur que erra pela cidade, no emarn
ção do espaço urbano não se reYeSlelll nbado umano de ruas e personagens, é
de um conleúdo ,50 simples ou WreIO. a de alguém que tropeça em obs táculos,
Ou seja, anle a neutralôdade Imposla pela enreda-se em apelos e se defroola com
ação do ud"mista, a cidade não se reve signos a decifrar dianle da ambiY.tlC:ncia
laria tão transparenle. A própria colidia da vida citadina. Não é à 10a que é na rua
nC"idade da vida é, também e1a, um ele que o poela capla a diversidade da vida e
menlO de alieiação do espaço e de trans faz do contrasle e do paradoxo emergir a
formação do meio ambienle. sua representlção do urbano (Labarthc,
O in teressaole na visão de Senneu é 1995).
aposru juslamenle numa das c:traClens A idéia do contrasle produzindo a re
OCas da cidade moderna como e1emenlO velação ou a descoberta poderia ser
rewlador de significados. exemplificada em v:\rios momentos dos
pacidade da grande cidade de oferecer a fumosos Tableaux parls/ens, de Baude
experiência da alleridade, dadas as con Jaire, mas nos restringimos a um só, cor·
dições diversas e múltiplas que a vida porificado na poesia À une mendlanle
uiNOa oferece. Como diz Sennel� a ci- ro...se (Baudelaire, 1972), na qual o au-
286 ESTUIlOI HISrÓiKOS Im/li
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IOr opõe a figura patética e bela da jovem metrópole propida aos seus habitanteS
mendiga à sanha e cupidez dos "dev.lS- representações contradilÓrias do espaço e
50S" qlJC .'alllaram sua fragilicbde. A cri· das socialidades que ali têm lugar. Ela é,
fica socia1 e a opressão dos humildes por um lado,luz,sedução, meca da cultu
emerge da imagem conlt'aStante expres ra, civilização, sinônimo de progresso.
sa de forma poética. Neste contexto, B:lu Mas, por outro lado, ela pode ser repre
debire recompõe a l g u m a s repre sentoda romo ameaçadora,cen lro de per
sentlÇões do urbano, que operam como dição, império do crime e da barbárie,
valor de "sinlOma" de uma época. mostrando uma flceta de insegurança e
Waher Benjamin, leilDr de B:ludebire, medo para quem nela habita. São, sem
assim como de Prous� desenvolve tam dúvida, visões rontradilÓrias,de atração e
bém uma espécie de métDdo do contraste repúdio, de sedução e rechaço, que,para
com o fim de oportunizar a revelação ou doxa1mente, podem ronviver no mesmo
"i1uminaçio". Cortando os vínculos gené ponador. Esta seria até, como lembra
ticos passadQipresente, o que Benjamin Marshall B<'!"man (1986), uma das caracte
posh.b é a criação de rontra-im.1gens que rísticas da modernidade enquanto cxpe·
rompam o ronlÍnuo da hislÓria, propi riência hi<;lÓrica individual e coletiva: a
ciando O que se chamaria de "o sallD do postura de celebração e combate diante
tigre", que daria margem à inteligibilidode do novo, que em parte exerce fuscín io e
pelo contraste (Riissen , 1992). fuplique Cill pane atemOiIZa.
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mo-nos: não é que Walter Benjamin não Assi m é que, seguindo a estratégia me
privilegie a teoria e a roostruçio de ron tDdol6gica da mootagem segundo o cho
ceilos para o enteodimeo lD das repre que contrastivo, é possível pôr frente a
sentlÇóes do social, poi<;, para tanlD,lança fr-ente as representações da cidade que
mão das categorias da "dialética da parali filam de p rogresso ou tradição, as que
sia" ou da fuuasm1goria,versão benjami celebram O urbano ou idealizam o rural,
niana do fetichi<;mo da mercadoria m:uxis O imaginário dos consumidores do espa
ta (Benjamin, 1989). ço frente aos dos produtores da urbe, a
EntretanlD, o que cabe resgatar neste visão das eliteS ciudinas e a dos popula
momenlD é O métDdo de que se vale res e deserdados do sistema,a dimensão
Benjamin para, através do cruzamenlD de d a esfera pública, enquanto repre
im.1gCOS coo lr'.uias, obter a revelação da scotação, e o im.1ginirio constituído so
coerência de sentido de uma época. Ana bre O privado, as imagcos do espaço que
lisando a obra de Benjamin , Willi BoDe contrapõem o cen tro ao bairro ou ainda
(1994) indica a téOlica da montagem, !0- a própria visão da rua, vista como local
rnada de empréstimo das v.lClguardas ar· de passeio ou passagem, contraposta
tísti<:as, em espedal do cinema, e a sua àqueles que nela moram por não terem
transposição para a hi<;lÓria. Segundo BoI Outra opção.
le, a hislDriografla benjaminiana, como Ainda obedeccodo ao princípio da
construção, pressupóc um trabalho de desmontagem e remonL1gcm dos fr;tg
"destruição" e "desmontagem" daquilo mcnlDs do urbano, obtidos por idéias e
que o passado oferece, visan do a uma im.1gcoS de represenL1ção coletiva que
nova construção, diL'\da pelo "agora". Para são contrastadas com O intuilD de revelar
tanlD, sugere a monL1gem em fotina de uma nova constelação de significados,
"choque" ou contraste, confrontando as WiIIi BoDe (1994:98) indica uma outra
imagens antitéticas c, por conseguinte, técnica de inteligibilidade: a montagem
dialéticas, para promover o "despertar" por superposição. Refere que esta seria
ou a Hrevciação". Exemplifiquemos: uma talvez "a maispropú:ta para radiografar
MUITO AÚ.lIlO I5l'AÇO 287
outros, a multidão e oflâneur, o povo e do", onde ocorreram futos "não ohseM
o destacado personagem, negros, mu veis", as vozes deste passado pooem nos
lheres, marginais, políticos, becos e ave� soar estranh as, e suas im.�ens podem
nidas, festas, riLUais, cotidianeidade e figurar como incompreensíveis para a
eventos excepcionais. nossa contemporaoeicbde. Por =, há
F.cnte a esca estratégia de um híslOria· como que um elo perdido que perpetua
dor que recolhe fragmentos expressos em os enigmas de um outro tempo.
discursos e imagens que fIlam de um Resgatar representações coletivas an
passado, tentando aproximar-se do imagi ligas não é julgá-Ias com a aparelhagem
nário coIetim de urna época - e, portanto, menral do nosso sécul o, mas sim tentar
rep Jf"Sentando o já represen tado -, é im captar as sensibilidades passadas, cruzan
possível deixar de pensar em OIdo Ginz do aquelas represen tações en tre si e com
burg (1990), com as s"as considerações as práticas sociais concnlcs. É, sobretu·
sobre o historiador.<Jetetive. G irobu rg de do, lembrar a atualidade das palavras de
fende que o conhecimento do historiador Lucien Febvre (1987:14): "De falo, um
é indkiário e Crngmenral. Tal como Freud homem do século XVI deve ser Inteligfvel
ou Sherlock Holmes, ele opera de forma não em relação a nós, mas em relação
detetivesca, recolhendo os sintomas, indí a seus contemporãneos".
cios e pistaS que, combinados ou cruza E, como regra geral de uma história
dos, pennitam oferecer deduções e desve cultural urbana, cabe lembrar que todo
lar significados. Por VIifs , a constituição esforço para desvelar represen tações
de um paradigma indiciário não se plCfide pass:!cbs é urna leitura entre possíveis.
às evidêncns manifestas. mas sim aos por· O leilOr do presente - hislOriador em
menOiCS, aos sinais episódicos, aos ele penhado em reconstruir as representa
mentos de menor importância, m�ais ções umanas do passado - lidará com as
e residuais, que, contudo, pemtitirão a dificuldades do filtro do tempo, a dificul
decifração do enigH"� e o des(1ZCr de um dade de acesso a códigos e significados,
enredo. a es tranheza da linguagem e das práticas
A rigor, as técnicas de monL�gem por usuais, o inevilável viés da dissimulação
justaposição e contraste não são, em s� na constituição dos discursos, a disper
excludentes, e, na prática, os historiado são e dificuldade do acesso
a fontes e,
res tanto se valem de urna quanto de sobreludo, com a ce np" de lidar com
288 muDOS HIST6�(0\ -19!lnl
matemis que já lhe chegam como repre posiÇio e uma abenura para ver um pou
sentação. Se as representações mais fá co mais além, tal .." do que aquilo que
ceis de resgalaC são aquelas que resultam já foi vislO, despertando para o presente
de um aIO de ",mtade ou de um exerácio as múltiplas cidades do passado que as
de poder as identificações umanas atri
- de hoje encerram.
buídas através de uma elabocaÇio delibe E, para recouer às metáforas que os
rada e intencionalmente difundida , -
clássicos nos uazem, possa o novo olhar
mais difícil será a apreensão das contra de CUo orienlaC os cacninh os de Ariadne.
imagens construídas pelos usuários da
cidade, retiradas em parte de tradições
imemoriais, desejos não realizados ou
meJabolizaÇio e traduÇio dos vaiores im
pos lOS.
Notas
Neste enlrecruzamenlO de espaço e
tempo, a cidade aparece como uma ema
1. Principalmente dos neomancistas ing!o
ranhada floresta de simbolos, que po ses E. P. Thompson, Chrisropher HiU e Ral'"
dem se IOmar legíveis para o hislOriador mond WdIi:uns.
ou, pelo contrário, se configurar como
2. Em especial, o grupo da Nova Histócia,
obstáculos. Reger Olartier, Jacques Le Goff, Jacques Ran
É neste conleXlO que ganha expressão cicre, Jacques Revel e Alain Burguicre.
a "teoria do l1birinlO" de Abcabam Moles 3. Carl Schorske e Hans Medici<.
(1986). Entendido como um arquétipo
4. Lynn Hun� Nata!ie 7cnoo Da';s e Ro
fundamental da organização de um espa bal I);!mton, só pan citltos mais conhecidos
ço restrilO, o l1birin10 é constiwído de do público brasileiro.
muros, interdiçócs, falsas saídas, mas 5. É o caso espeá6co do muito ceIc:Ixado
IaCnbém de colledores através dos quais Carla Ginzburg.
é possível achar caminhos.
6. Para a caregoria da tepreset1t.Çio, c0n
A descoberta da cidade é a de um sultar, além das obras de Reger Olartier, Jo
l1birinlO do vivido eternamente renová seIXO Baian, RepresentadotUls roIec/tvas y
vel, onde o indivíduo que nele adentra proyec/o de modemldad (BacceIona, Anthro
não é um ser compleL�mente perdido ou pus, 1990); Piem: Bourdieu, O poder stmbó
sem rumo. É alguém que Uda com me Itcv (lisboa, Difel, 1989) e Ce queparler ""UI
mória e sensação, experiência e bagagem dire (Paris, Fayard, 1992); Carla Giruhurg,
"Représentation: le mo� l'idée, la chose", An
intelectual, recolhendo os microestímu
nales, v.6, nov..<Jez. 1991; Louis Mario, Des
los da cidade que apresentam ca minh os pouvotrs de l'lmage (Paris, Seuil, 1993) e De
que se abrem e se fecham (Moles, 1984). la représenlaJlon (Paris, Gallimard/Seuil,
Para enÍlentar esta !arem, o moderno 1994), e Paul Ria>.ur, Du Ie:de ti 1'Qc//on
leilOr do umano terá de contar com a sua (Paris, Espril/Seuil, 1986).
bagagem prévia, como o seu "capiLl.I" de 7. A partir da clássica obra de H. J. Syos,
historiador: não só um universo concei VlclOrtan suburb: a study of lhe growlb of
tuai e instrumental meJOdológico, mas Camberwell (London, Leioester University
também um eSlOque de conhecimenlOS Press, 1961), destaca-se o surgimemo de algu
mas obras que dariam início à New Urban
acumulados sobre o umano, que as ge
Histocy, como a de Slephan lbuIlsU'on e
rações anteriores já produziram. A pactir
Richard Sennett, NttUlleenlb amlurycúles Es
desta base, ele vai cruZ'lr referências, prá says In New York btslory (New Haven, Yale
ticas e represen L�çôes, dados objetivos e University Press, 1969), ou mesmo a muito
percepções subjetivas, vai justapor, con conhecida obra de E. P. Thompsoo, Tbe ma
traStar e, sobrewdo, manter uma predis- klng of lhe Eng/Isb worldng class (Loodoo,
limo AILI 00 ESI'AÇO 289
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