O capítulo compara os processos de colonização inglês e português, destacando diferenças como a administração política das terras e interação com os nativos. Discorre sobre a consolidação do inglês como língua escrita na Inglaterra e questionamentos sobre a independência linguística nos EUA. Também aborda a educação dos indígenas e o bilinguismo em cada colônia, concluindo que seu objetivo é levantar questões e não oferecer soluções.
O capítulo compara os processos de colonização inglês e português, destacando diferenças como a administração política das terras e interação com os nativos. Discorre sobre a consolidação do inglês como língua escrita na Inglaterra e questionamentos sobre a independência linguística nos EUA. Também aborda a educação dos indígenas e o bilinguismo em cada colônia, concluindo que seu objetivo é levantar questões e não oferecer soluções.
O capítulo compara os processos de colonização inglês e português, destacando diferenças como a administração política das terras e interação com os nativos. Discorre sobre a consolidação do inglês como língua escrita na Inglaterra e questionamentos sobre a independência linguística nos EUA. Também aborda a educação dos indígenas e o bilinguismo em cada colônia, concluindo que seu objetivo é levantar questões e não oferecer soluções.
Capítulo 5. Inglês e português: duas diferentes línguas de colonização
Bethania Mariani
Damonile Arrabaça Mermejo 771457
Daniel Fonseca Vieira 771459 Contextualização histórica • A colonização Inglesa e Portuguesa apresentam diferenças notáveis ▪ Forma de administração das terras ▪ Modo de ocupação da terra ▪ Maneira de interação com os índios
• Fatores responsáveis pela alfabetização dos índios no Norte
▪ Criação de escolas por missionários puritanos, a fim de catequizar os nativos
• O crescimento da população branca europeia aumentava
proporcionalmente ao decréscimo da população indígena A língua inglesa na metrópole • O renascimento e o nacionalismo crescente foram os responsáveis por promover a expansão da língua inglesa • Inglês fixa-se como língua falada pelo povo no século XIII • Entretanto, o Latim se mantinha privilegiado como língua da cultura e da ciência. • Século XV: surgimento de glossários • Século XVI: fixação do inglês através de dicionários • Idealização da criação de uma Academia Inglesa de Letras A independência da língua como questão • Por que os Estados Unidos nunca designaram uma língua oficial? ▪ Pelo fato da língua inglesa ser tão forte que dispensava afirmação institucional? ▪ Ou os norte-americanos seguem a tradição do direito consuetudinário • Ideologia de valorização e estimulo do bilinguismo ▪ Principalmente línguas europeias • John Adams buscava equiparar o inglês ao latim e ao francês ▪ Propõe a criação de uma biblioteca com uma coleção universal • Junto com Noah Webster, outros intelectuais buscavam independência linguística. A questão das línguas indígenas na América do Norte • Não havia politica linguística voltada as populações indígenas ▪ As poucas iniciativas tomadas eram dispersas e não obtinham grandes consequências • Índios eram colocados em escolas construídas pelo governo ▪ Era proibido o uso da língua materna • Em radical oposição, em escolas religiosas as aulas eram ministradas em língua indígena • Disputa entre o ensino monolíngue e bilíngues até 1968, quando o bilinguismo passa a integrar a educação indígena Semelhanças e contrastes: Brasil e Estados Unidos • Nas questões linguísticas norte-americanas foi priorizada a liberdade individual de imigrantes, enquanto as questões dos nativos e escravos africanos foram deixadas de lado • Diferenças entre as funções do bilinguismo nos Estados Unidos e no Brasil • Valorização dos textos do lado português, enquanto do lado inglês havia valorização da oralidade • Os defensores da formação de uma Academia Americana de Letras, previam a aceitação do inglês como língua universal Conflitos linguísticos que perduram • O português brasileiro e o português de Portugal se historicizaram de maneiras diferentes ▪ Para os políticos e românticos, essa diferença marca uma tensão em relação as forças de Portugal e do Brasil ▪ Para os gramáticos, isso apenas se relaciona ao fato da língua falada no Brasil ser uma língua de colonização • Resistência de luso-brasileiros conservadores em relação a fluidez da língua portuguesa Conclusão A autora: • Não pretende solucionar os problemas da colonização linguística, apenas levantar questões • Estabelece uma oposição entre as colonizações inglesa e portuguesa, trazendo as consequências para o papel da língua nos dias atuais • Se posiciona a favor da concepção de uma língua fluida, questionando a posição contrária das elites portuguesa e brasileira O capítulo Inglês e português: duas diferentes línguas de colonização do livro Colonização Linguítica de Bethania Mariani é dividido em cinco partes, cada uma evidenciando uma realidade dos diferentes processos das colonizações inglesa e portuguesa. A primeira parte aborda uma introdução história mostrando as principais diferenças nos processos, como por exemplo a diferença na forma de administração política nas terras, no modo de ocupação das terras no âmbito econômico, e também a maneira de interação com os nativos. Na segunda divisão, é abordada a fixação do inglês no século XIII como língua falada, além do surgimento de glossários e dicionários nos séculos XV e XVI, consolidando a língua inglesa na escrita. Essa consolidação acarretou na movimentação em direção à Academia Inglesa de Letras. Devido à resistência, tal ideia não teve êxito. Além disso, na terceira parte, a autora levanta questões as quais não tem intenção de solucionar como por exemplo o porquê dos Estados Unidos nunca designarem uma língua oficial. Uma das hipóteses seria que a língua inglesa era tão forte que dispensava qualquer necessidade de afirmação institucional. A outra seria a continuidade da tradição anglo-saxã do direito consuetudinário, que determinava leis através dos costumes da região. Nas colônias inglesas, era encorajado e visto como vantajoso a prática do bilinguismo (principalmente as línguas europeias), a medida que essa prática era responsável por unificar a nação em prol de uma independência, assim como evitar revoltas das minorias. O ideal revolucionário resultou no aparecimento de pensadores favoráveis à independência linguística estadunidense, como John Adams, que previa que o inglês estaria destinado a ser no futuro a língua mais geral do mundo. No próximo tópico, Bethania estabelece uma comparação entre as escolas criadas pelo governo e as religiosas da época. Na primeira era estritamente proibido o uso da língua nativa, sob pena de punições físicas, enquanto na segunda as aulas eram ministradas nas línguas indígenas e era ensinado inglês aos nativos. Posteriormente, é estabelecida uma comparação entre os diferentes funções do bilinguismo para cada uma das colônias em questão. Por fim, a autora frisa que não tem interesse em apresentar uma solução, mas sim chamar atenção para as problemáticas evidenciadas em sua obra.
ASSIS-PETERSON, Ana Antônia de COX, Maria Inês Pagliarini. Inglês em Tempo de Globalização para Além de Bem e Mal. in Caleidoscópio, Vol. 5, N. 1, P. 5-14, Jan-Abr 2007.