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HISTÓRIA DA

AMÉRICA I
Aula: O mundo colonial na América

Prof.ª Rozely Vigas


DIFERENÇAS ENTRE AS COLÔNIAS
IBÉRICAS E AS INGLESAS NAS AMÉRICAS
• Nos livros didáticos há ainda hoje uma diferenciação entre os modelos
de colonização dos portugueses e espanhóis e dos ingleses: as colônias
de povoamento e as de exploração. As colônias de exploração seriam as
ibéricas e o seu oposto seriam as de povoamento, as anglo-saxônicas.
• Contudo, na década de 1950, Vianna Moog, em Bandeirantes e pioneiros,
contestava vários aspectos que estavam atrelados a esses dois
conceitos.
• O inglês não foi melhor do que o português ou o espanhol e a conquista
da América não foi pautada apenas na exploração mercantilista.
DIFERENÇAS ENTRE AS COLÔNIAS
IBÉRICAS E AS INGLESAS NAS AMÉRICAS

• O mundo ibérico dava a ideia de permanência.


• Ao compararmos a atuação dos europeus nos territórios americanos, a
colonização da América espanhola e portuguesa foi, em geral, mais
organizada e planejada do que a britânica. Houve um projeto colonial
nos territórios ibérico, que não é observado no contexto inglês.
• As 13 colônias inglesas, na parte norte da América, nasceram sem o
domínio direto do Estado. Não havia um projeto colonial, iniciativas de
colonização foram encabeçadas por companhias privadas, como as de
Londres e de Plymouth.
DIFERENÇAS ENTRE AS COLÔNIAS
IBÉRICAS E AS INGLESAS NAS AMÉRICAS
• No aspecto religioso, os ingleses conviveram com mudanças abruptas
de orientação religiosa, enquanto isso, em Portugal e na Espanha,
observamos uma unificação territorial em torno do catolicismo,
expulsando judeus e muçulmanos e perseguindo as vozes
discordantes.
• A Grã-Bretanha estava mais próxima de ter uma tradição de direitos
individuais e de mudanças sociais.
• A Reforma Protestante e a sua teologia, baseada num individualismo
espiritual, fortaleceram o espírito individualista e emprendedor dos
ingleses.
DIFERENÇAS ENTRE AS COLÔNIAS
IBÉRICAS E AS INGLESAS NAS AMÉRICAS
“O que os historiadores têm demonstrado é que a visão de pacto colonial,
baseada em noções dualistas, polarizadas, ou mesmo bipolarizadas,
necessita ser recolocada a partir de uma perspectiva mais aberta, mais
holista e flexível, que seja mais sensível à fluidez, permeabilidade e
porosidade dos relacionamentos pessoais, do comércio, da sociedade e do
governo dos impérios, assim como da variedade e nuança de práticas e
crenças religiosas. [...] Deve-se favorecer a percepção de que havia um
elevado potencial para a negociação entre os representantes da coroa no
ultramar e os colonos.”

(RUSSELL-WOOD, A. J. “Prefácio”. IN: FRAGOSO, João et al. (org.). O Antigo Regime nos Trópicos: a
dinâmica imperial portuguesa, séculos XVI-XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 12-14).
TEXTOS DA AULA:
KARNAL, Leandro, [et Al.]. História dos Estados Unidos:
das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007.
(CAPÍTULO: COMPARAÇÕES INCÔMODAS)

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