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Perspectivas Por Adriana Gavaça

DESAFIOS PARA O
FUTURO
SST passa por transformações, com revisão de
normas e modernização dos sistemas de gestão.
Mesmo com os avanços obtidos, especialistas
apontam que é possível avançar mais
FOTO: SISTEMA ESO

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A
área de Saúde e Se- afirma Raimundo Montenegro, en- diciais. Outro marco importante
gurança do Traba- genheiro de Segurança do Traba- aconteceu em 1943, quanto en-
lho está prestes a lho e diretor da Associação Nacio- trou em vigor a Consolidação das
vivenciar mais um nal de Engenharia de Segurança Leis do Trabalho – CLT. Mas foi so-
impor tante capí- do Trabalho (Anest). mente em 1978 que a área de SST
tulo de sua história. Desde o iní- O engenheiro civil e adminis- assistiu ao seu principal salto evo-
cio do ano, uma série de mudan- trador de empresas Jófilo Morei- lutivo, com a publicação, pelo Mi-
ças nas normas regulamentadoras ra Lima Júnior concorda. Para ele, nistério do Trabalho e Emprego,
(NRs) começou a entrar em vigor. no contexto atual do Brasil de al- da Portaria 3.214, que deu vida às
O setor terá ainda que se preparar ta taxa de desemprego e informa- Normas Regulamentadoras – NRs,
para atender à Portaria 672/2021, lidade, aumento das doenças psi- conhecidas como a “espinha dor-
implementada com a proposta de cossomáticas e estresse agravados sal” da legislação de segurança e
disciplinar procedimentos, progra- pela pandemia, o profissional pode saúde brasileira.
mas e condições de segurança e se sobressair com um bom conhe- Os avanços regulatórios ao lon-
saúde no trabalho. cimento técnico, ética e atuação go do tempo trouxeram resulta-
As novidades chegam com a interdisciplinar. “O cumprimento dos. A incidência de acidentes do
promessa de modernizar os siste- da legislação é o critério mínimo trabalho no Brasil apresenta ligei-
mas e promover uma “revolução” num processo de melhoria contí- ra queda nos últimos anos – pas-
no setor. No centro da discussão nua. Com as constantes inovações sou de 725.664, em 2013, para
está o profissional de SST. Cabe a gerenciais e tecnológicas, temos 582.507, em 2019 (números abso-
ele agora não apenas adequar os que buscar novos conhecimentos lutos), de acordo com dados divul-
processos dentro das empresas, a em SST, comprometimento das li- gados por Orion Oliveira, coorde-
fim de atender às novas exigências deranças e participação dos traba- nador-geral de Benefícios de Risco
regulatórias, como tem pela fren- lhadores”, destaca. e Reabilitação Profissional, durante
te o desafio de enfrentar o novo live da Campanha Nacional de Aci-
normal nas relações de trabalho, Evolução dentes do Trabalho (Campat 2021)
impostos pela pandemia. Há a ne- A área de segurança do traba- – mas, ainda assim, é considerada
cessidade de readaptação dos fun- lho, no Brasil, deu seus primeiros extremamente alta.
cionários na volta ao trabalho pre- passos, em 1919, a partir do Decre- Para se ter uma ideia, o País fi-
sencial, depois de longo período de to 3.724. Foi esse documento, de- gura como o 2º do G20 no ran-
home office; implantação de siste- senhado há mais de 100 anos, que king de mortalidade por acidentes
mas híbridos; ou mesmo na manu- definiu as primeiras regulamenta- no trabalho no mundo. De 2002
tenção do trabalho remoto; além, é ções sobre acidente de trabalho, a 2020, o Brasil registrou taxa de
claro, de definir e implementar os incluindo indenizações e ações ju- seis óbitos a cada 100 mil empre-
cuidados com segurança e saúde gos formais, atrás apenas do Mé-
e prevenção, afastamento de pes- xico (primeiro colocado), com oito
soal, saúde mental pós-pandemia, óbitos a cada 100 mil vínculos de
entre outros fatores. emprego em igual período, confor-
“O profissional terá que estu- me dados extraídos do relatório do
dar bastante, buscando informa- Observatório de Segurança e Saú-
ção, porque tem muita coisa nova de no Trabalho, elaborado pelo Mi-
no setor. Tivemos 11 novas regula- nistério Público do Trabalho (MPT)
mentações, com mudanças muito e a Organização Internacional do
expressivas. Cabe aos profissionais Trabalho (OIT).
agora, não só engenheiros, como Esses números, porém, podem
técnicos em segurança do traba- ser até maiores. Especialistas que
lho, médicos e todos os envolvi- Raimundo Montenegro, atuam na área denunciam há anos
dos na empresa, se atualizarem”, diretor da Anest a ocorrência de subnotificações na

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emissão do CAT (Comunicação de isso por uma questão de medidas to, com o advento desse tipo de
Acidente de Trabalho), documen- que precisavam ser tomadas no tecnologia, ficará muito mais fá-
to que todas as empresas devem curto prazo, com resultados tam- cil acessar indicadores de saúde,
preencher em caso de ocorrência bém de curto prazo”, afirma José não só de saúde ocupacional, re-
de acidentes de trabalho, de traje- de Assis Pires de Miranda Junior, lacionadas a doenças de trabalho,
to, doenças ocupacionais ou óbi- médico coordenador do SESI-SP. como também de indicadores de
tos de seus colaboradores. O especialista explica que es- saúde populacional. “Isso facilita
Para Lima Júnior, a partir da im- sa dinâmica sempre existiu, mas muito na tomada de decisões de
plementação da PNSST - Política que a pandemia acabou trazendo ações que ele deve implementar.
Nacional de Segurança e Saúde no maior agilidade na tomada de de- Ações essas sempre buscando a
Trabalho, e do PLANSAT - Plano cisões. “O médico, por essência, prevenção de novos afastamento
Nacional de Segurança e Saúde no conhece o ambiente de trabalho no ambiente de trabalho”, afirma.
Trabalho, será possível ter políticas como ninguém e aquela popula- Embora as empresas de gran-
públicas importantes para a me- ção como poucos. Esse conheci- de porte já façam uso de sistemas
lhoria da SST nos ambientes labo- mento é valioso para os gestores. voltados para essa finalidade, Mi-
rais, o que pode impactar, inclusi- Imagina que a empresa vai abrir randa reconhece que pequenas e
ve, nas subnotificações. uma linha de montagem. A equi- médias empresas, ainda não estão
“Entendo que a PNSST (De- pe de saúde deve ser chamada. É preparadas para atender à nova
creto n° 7.602 07/11/2011 D.O.U., ela quem vai definir os sistemas normalização.
08/11/2011 - Seção 1) e o PLANSAT, de ergonomia necessários e dizer “O fato é que é uma mudan-
são compromissos de governo, tra- quais trabalhadores podem atuar ça que precisa acontecer. É impor-
balhadores e empregadores com em determinada linha. Esse conhe- tante. O PGR tem por objetivo re-
a promoção do trabalho decente, cimento é muito estratégico para duzir a sobrecarga do médico do
em condições de segurança e saú- qualquer empresa. E a pandemia trabalho e essa tarefa de monito-
de no trabalho em nível nacional e trouxe isso à superfície”, avalia. rar os riscos ocupacionais, na me-
devem ser implantados com a in- Em relação às mudanças na le- dida em que esses riscos serão con-
tegração dos bancos de dados dos gislação, Miranda defende o avan- trolados. Isso faz com que o perfil
ministérios envolvidos nas ques- ço tecnológico, como a interação desse profissional, cada vez mais,
tões de SST”, assinala. do Programa de Gerenciamen- se volte para dois caminhos: a pro-
to de Riscos (PGR) com o Progra- moção do bem-estar físico e men-
Pandemia gerou avanços ma de Controle Médico de Saú- tal do trabalhador, e a adequação
É de conhecimento que a de Ocupacional (PCMSO) na NR-7, do ambiente de trabalho, inserindo
covid-19 mexeu com a rotina de por exemplo. No seu entendimen- o trabalhador em um local compa-
empregados e empregadores no
mundo todo, inclusive no Brasil.
Para especialistas da área de pre-
venção, no entanto, ela não só al-
terou as formas de trabalho den-
tro das empresas, como promoveu
uma importante mudança para a
área, trazendo maior visibilidade
ao profissional de SST, principal-
mente aos médicos de trabalho.
“Com a pandemia, esses profis-
sionais foram chamados para falar
diretamente com o presidente da
empresa, o que não era comum. A Jófilo Moreira Lima Jr., ex-secretário Edenilza Campos de Assis Mendes,
responsabilidade ficou nítida. Tudo de SST do Ministério do Trabalho médica do Trabalho

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cias e a quem e quando cabe elimi-
ná-los ou reduzi-los”, aponta.
Justamente por conta desse no-
vo perfil, a médica do Trabalho faz
críticas às normas reguladoras, por
não incluírem nenhuma novidade
em promoção de saúde. “Nenhu-
ma mudança de norma regula-
mentadora, prevê, como é preciso,
a questão da promoção da saúde.
E não há como se implantar boas
práticas de prevencionistas, igno-
tível com suas habilidade físicas e principal mudança no perfil do pro- rando a promoção de saúde. Não
psicológicas”, entende. fissional de SST, proporcionada pe- tem o mínimo sentido, esquecer is-
Para a médica do traba- la pandemia, foi o modo como esse so. Daí a necessidade de se ir além
lho, Edenilza Campos de Assis e profissional passou a ver sua inser- das NRs e de se atuar, fortemente,
Mendes, que foi secretária-adjunta ção enquanto agente de mudança implementando medidas que evi-
Nacional do Ministério do Trabalho dentro de uma empresa. “Ele não tem adoecimentos e mortes. Isto
e Emprego - Secretaria de Seguran- pode ser um mero ‘consultor’, sem exige poder de ação que, neces-
ça e Saúde do Trabalhador e mé- estar plenamente consciente dos sariamente, deve ser dado pela al-
dica do Trabalho da Secretaria de problemas existentes no ambiente ta gestão da empresa. É ação con-
Gestão do Estado de São Paulo, a laboral, suas origens e consequên- junta”, afirma.

Nova aliada para Um novo conceito


Gestão de Segurança
do Trabalho para testes de
Equipes multidisciplinares de segurança e alcoolemia.
saúde com ferramentas inovadoras;
Captura de imagens para
Redução do tempo de aferições obrigatórias auditoria
aumentando a produtividade;
Tecnologia de inteligência
Melhoria do ambiente de trabalho e da artificial
satisfação do colaborador;
Comunicação em tempo
Avaliação prévia de Indicadores de saúde dos real
colaboradores de forma online;
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Perspectivas

cultura de segurança. “Muitas or-


ganizações conhecem este alvo,
mas escolhem caminhos que, de-
pendendo da sua maturidade em
SST e por sua complexidade, não
conseguem atingi-lo”, destaca.

Treinamento contínuos
Com tantas novidades a cami-
nho, uma das palavras de ordem,
Jorge Chahoud, engenheiro de Nathan Franco Ribeiro, diretor de que não pode ficar de fora das dis-
Segurança do Trabalho Marketing do Sistema ESO cussões a respeito de SST, tem si-
do o treinamento e que são mais
que necessários. Para o consultor
Sair do papel transparente para todas as partes em Segurança do Trabalho, Cosmo
Uma das preocupações de es- interessadas”. Para o sucesso da Palasio de Moraes Júnior, infeliz-
pecialistas em SST é a de que mu- implantação de um sistema de ges- mente para muitos profissionais e
danças nas normas demorem para tão, ele defende ainda duas ques- ainda para muitas organizações es-
“sair do papel”, impedindo o avan- tões como fundamentais: profis- se tema ainda não passa de uma
ço necessário ao setor. sionais em número suficiente para mera formalidade para atender al-
O engenheiro de segurança do atuar na área, dentro das compa- guma exigência ou requisito.
trabalho e especialista em Higiene nhias, e que haja maturidade por “Talvez o grande problema do
Ocupacional, Jorge Chahoud, aler- parte das empresas. treinamento – embora esses sejam
ta que, quando se aborda o tema “A primeira serve para fazer imensos – não esteja diretamente
Gestão de Saúde e Segurança do com que o sistema fique encorpa- no próprio treinamento, mas nas
Trabalho é muito comum que os do e possa ser implantado com su- condições que se tem para traba-
processos que a compõe sejam to- cesso; ele deve conter boas práti- lhar que nem de longe favorecem
dos fragmentados e, muitas vezes, cas e permitir uma compreensão ou em muitos casos permitem que
absolutamente cartoriais. Ele des- mais detalhada sobre o escopo de aquilo que se ensina possa ser pos-
taca ainda a importância de pro- sua abordagem. Em geral, os pro- to em prática”, considera. Ele diz
fissionais de saúde e segurança do fissionais dos Serviços Especiali- que não é difícil uma empresa fa-
trabalho revisitarem conceitos téc- zados em Engenharia de Segu- zer treinamento pró-forma, só por-
nicos, fazendo uma autoanálise so- rança e em Medicina do Trabalho que a norma ou a lei exigem.
bre sua realidade e suas limitações. - SESMT (quando existir) ficam ‘so- “Para todos os males da falta
“Me parece que o cenário é litários’ pela falta de massa crítica de segurança e saúde no trabalho
bastante desconfortável para al- nas organizações sobre a seguran- em nosso País existe um único re-
guns profissionais que se acostu- ça e saúde no trabalho. Pela nor- médio: a aplicação da lei! Podemos
maram a preencher planilhas de ma Regulamentadora 4 é notório inventar – como sempre inventa-
maneira inconsistente, ou seja, não que o dimensionamento do SESMT mos isso ou aquilo – um gráfico
há base técnica nos levantamen- não atende a grande maioria das mais ou menos colorido – , mas,
tos, havendo uma corrida em bus- organizações brasileiras”, aponta. enquanto não houver de fato res-
ca de modelos, continuando assim A segunda questão, com re- ponsabilização para determinados
a insistir em documentos absoluta- lação à maturidade da empresa, casos de acidentes, tudo seguirá
mente cartoriais. Esta realidade in- Jorge Chahoud avalia que resul- da mesma forma e não digo isso
felizmente está presente”, afirma. tados esperados e poucos desvios apenas em relação aos maus em-
Ele aponta ainda que “uma acabam gerando maior compro- presários, mas também em relação
gestão de SST deve ser conduzi- misso de todos os trabalhadores a algumas consultorias e profissio-
da de forma dinâmica, objetiva e influenciando de forma direta a nais de nossa área”, conclui.

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USO DA tos, transmitindo e coletando da- dor faz, minuto a minuto, acaba
TECNOLOGIA dos, também permite interação das por trazer à tona os riscos psicos-
equipes de SST”, aponta. sociais”, alerta.
O avanço tecnológico che- Para Vasconcelos, o impacto
gou a todas as áreas. De simples poderia ser maior se contasse com Sistemas para o setor
aplicativos no celular à criação profissionais de SST envolvidos no Empresas de softwares já dis-
de vacinas em tempo recorde processo de mudanças. “Profis- põem de ferramentas para aten-
contra a covid-19, a tecnologia sionais como engenheiros e técni- der ao mercado de SST. Esse é
também alcançou a área de SST. cos de segurança, médicos e de- o caso, por exemplo, do Sistema
Para a pesquisadora da Fun- mais outras especialidades ligadas ESO. “A ideia desde o início foi
dacentro Arline Arcuri, parte do a área de SST, que se envolvessem fornecer uma ferramenta para
impacto do uso de tecnologia na temática destas tecnologias, clínicas de medicina ocupacio-
(softwares e sistemas de contro- na inovação, traria mais impac- nal e engenheiros de segurança
le, Inteligência Artificial, P&D etc) tos a gestão da área. Nesse pon- do trabalho. Os fundadores do
será de difícil administração por to, precisaríamos evoluir na ques- Sistema ESO sempre insistiram
gestores de SST. “Deverá haver tão da Pesquisa e Desenvolvimento que saúde e segurança andam
inúmeras adequações. Os possí- em SST. Algumas empresas e até de mãos dadas pela medicina
veis riscos são ainda pouco estu- sindicatos, já alinham suas neces- e pela engenharia, basta notar
dados ou até desconhecidos. Por sidades a projetos específicos de as novas mudanças nas legisla-
exemplo, o ritmo do trabalho fei- inovação em SST, junto com uni- ções trabalhistas e previdenciá-
to em ‘colaboração’ com um robô versidades e centros de pesquisas, rias”, afirma o diretor de Mar-
‘administrado por um software’ tendo até a participação do gover- keting do Sistema ESO, Nathan
pode ser exaustivo, levando o tra- no, como indutora das novas tec- Franco Ribeiro.
balhador a um acidente”, avalia. nologias”, afirma. Para o executivo, hoje o pro-
O analista de Ciência e Tecno- O doutor em Engenharia de Pro- fissional de SST que não usa soft-
logia Sênior da Fundacentro, Mar- dução, Tecnologista da Fundacen- ware precisa rever seus conceitos.
celo Alexandre de Vasconcelos, tro, Luís Renato Balbão Andrade, “As legislações foram atualizadas,
afirma que ainda é difícil dimen- avalia que, qualquer que seja o uso tanto a trabalhista quanto a previ-
sionar o impacto do uso de tecno- de tecnologia sempre haverá impac- denciária. O e-Social está entran-
logias na segurança do trabalho. tos positivos e negativos. “Sistema do em vigor para a SST, juntamen-
Ele destaca que algumas tecno- de gestão de segurança e saúde do te com o gerenciamento de riscos
logias já trazem benefícios ao se- trabalho como a ISO 45.001 pre- ocupacionais da NR-1, que deve
tor, como softwares e sistemas de coniza a necessidade de ser manti- constituir um PGR, documento
controle, com base em sensores da informação documentada e isto este que deve estar integrado ao
e geolocalização para determina- hoje está facilitado pela tecnologia. PCMSO da NR-7, e por aí vai. Se-
das operações de equipes de tra- Equipamento de avaliação mais pre- rá que é possível atender tudo is-
balhadores em ambientes com cisos e confiáveis são outro benefí- so manualmente, sem um softwa-
grandes riscos de acidentes. cio da tecnologia aplicada em SST. re sofisticado?”, questiona.
“Outra tecnologia é a utiliza- Importante notar que em se falando Para ajudar micro e peque-
ção de drones de monitoramen- em controles administrativos ou bu- nos empresas e microempreen-
to, capazes de avaliar defeitos e rocráticos os benefícios são eviden- dedores individuais (MEIs), o
avarias em estruturas de difícil tes, entretanto, se estivermos nos Ministério da Economia lança-
acesso. Há ainda o uso da inteli- referindo a controle do trabalho ou rá ferramentas online para aju-
gência artificial na análise de da- controle do trabalhador a situação dar os setores na elaboração do
dos para decisões. A Internet das toma outra dimensão. Vigilância PGR. O sistema deve estar em
Coisas que conecta equipamen- constante de tudo que o trabalha- funcionamento em um ano.

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