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Necessidades e consumo

Estado de carência que urge ser ultrapassado ou satisfeito.

Características:

 Multiplicidade: diz respeito ao facto do individuo sentir necessidades


ilimitadas.

 Substituibilidade: significa que as mesmas necessidades podem ser


satisfeitas por bens alternativos (que se substituem).

 Sociabilidade: significa que a intensidade de uma necessidade via diminuindo


à medida que a vamos satisfazendo, acabando por desaparecer.

 Relatividade: enquanto factos sociais, as necessidades variam temporal e


geograficamente, isto é, são relativas ao tempo e ao espaço.

Classificação de necessidades

Podemos classificar as necessidades quanto á importância, ao custo e ao facto de


vivermos em coletividade.

Importância:

 Primárias: são prioritárias.


Ex: alimentação, saúde.

 Secundárias: são aquelas cuja não realização não ameaça de imediato a vida
da população.
Ex: vestuário, transportes.
 Terciárias: são as consideradas supérfluas ou de luxo, cujo satisfação poderá
ser considerada dispensável.
Ex: joias, viagens.

Custo:

 Económicos: somos obrigados a dispensar moeda a outra riqueza para a


satisfazer.
Ex: alimentação.
 Não económicos: não somos obrigados a despender qualquer quantia de
moeda ou de riqueza para satisfazer.
Ex: respiração.

Vivermos em coletivo:

 Individuais: são aqueles que dizem respeito à própria pessoa.


 Coletivos: são aqueles que atingem toda a comunidade e resultam da vida
social.

Consumo

Noção de consumo: são necessários bens materiais e imateriais para suprir os


estados de carência que os indivíduos sentem. Esses meios, bens e serviços são a
“chave” para a satisfação do individuo.

Necessidades  Consumo  Estado de satisfação

Consumo: ato de utilizar um bem ou serviço com vista à satisfação das necessidades.
Representa um ato económico porque para satisfazermos
determinadas necessidades em vez de outras e, ao decidirmos consumir certos bens
serviços estamos a efetuar escolhas com implicações em toda a economia.

Ato económico: comportamento relativo às funções estudadas pela ciência


económica – produção, consumo, acumulação, repartição de rendimentos, etc.

Ato social: ao consumirmos estamos a dar origem a consequências que podem ser
benéficas ou prejudiciais para nós, mas também para atividade coletiva mais próxima
e para o mundo.

O ato de consumir tem consequências:

Económicas- Ex: estimular a produção e aumentar o emprego que contribui para o


crescimento económico.

Ambientais- Ex: consumir produtos de agricultura biológica e respeitar o ambiente.

Sociais- Ex: preferir produtos nacionais aumenta o emprego nacional.

Políticas- Ex: impor embargos económicos a países com “práticas políticas que
violam os direitos humanos” pode fazer inverter a situação.

Tipos de Consumo

Quanto á natureza das necessidades satisfeitas:

 Essencial: consumo de bens e serviços indispensáveis à sobrevivência do


individuo.
 Supérfluo: consumo de bens e serviços dispensáveis à sobrevivência do
individuo.

Quanto ao autor do ato de consumir:


 Privado: consumo privado.
 Público: consumo do Estado ou da Administração Pública.

Quanto ao beneficiário do consumo:

 Individual: consumo realizado por cada um de nós, impedindo o consumo


desse bem por outros.
 Coletivo: conjunto de serviços gratuitos ou fornecidos a preço simbólico, de
que toda a coletividade goza por ação da administração pública ou privada.

Quanto à finalidade do próprio consumo:

 Final: consumo de bens e serviços pelas famílias.


 Intermédio: consumo de bens para posterior transformação pelas empresas,
até se transformarem em bens de consumo final.

Padrão de consumo: modelos específicos a que o consumo obedece consoante a


época, a localização geográfica, a cultura dos povos, o rendimento das famílias, etc.

Fatores de que dependem o consumo:

 Económicos: rendimentos das comunidades, preço dos bens, inovação


tecnológica, crédito.
 Extraeconómicos: idade, sexo, moda, publicidade, meio social, tradição.

Estrutura do consumo: é a forma como as despesas de consumo das famílias são


repartidas pelos diferentes grupos de bens de consumo.

Lei de Engel: quanto menor for o rendimento de uma família, mais elevado será a
proporção do rendimento gasto em despesas de alimentação.

Coeficiente Orçamental: representa a percentagem de uma classe de despesas de


consumo em relação ao total das despesas de uma família ou de um agrupamento
social.

Valor das despesas efetuadas


CO= Total das despesas do consumo
x 100

Sociedade de consumo:

 Uma sociedade em que a oferta excede a procura, o que implica o recurso a


estratégias de marketing para escoar a produção;
 Uma sociedade de oferta de bens normalizadas, produzidas a baixos custos
que resultam da produção em série, atrativas e de duração efémera pois as
necessidades de produzir e escoar são permanentes;
 Uma sociedade com padrões de consumo monificadas, devido ao tipo de oferta
e tipo de pressões exercidas sobre o consumidor (publicidade).
Consumos de massas: é um dos comportamentos típicos da sociedade de consumo
que se manifesta por um consumo monificado de bens normalizadas de curta duração
e acessíveis à generalidade da população.

Consumismo: Consumo irracional, impulsivo, indiscriminado, sem olhar a


consequências, baseado em valores materiais.

Consumerismo: consumo racional, controlado, seletivo, baseado em valores sociais e


ambientais e no respeito pelas gerações futuras.

Ótica da Despesa:

 Consumo total (consumo público e privado);


 Investimento bruto (FBCF e variação de existências);
 Exportações;
 Importações.

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