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A IMPORTÂNCIA DA DIMENSÃO

ECONÓMICA NO SOCIAL
• No dia-a-dia são vários os problemas que se colocam aos
cidadãos e diversas as decisões que têm de tomar com vista
a um propósito comum: a satisfação de diferentes
necessidades.
• A compra de um bilhete de cinema, o uso do telemóvel, o
pagamento de impostos ou a prestação de serviços numa
empresa são exemplos de acções que resultam das relações
que se estabelecem entre os indivíduos de uma sociedade e
que se desenrolam no seio de uma realidade concreta a
que se chama realidade social- conjunto de relações e
comportamentos que as pessoas estabelecem entre si.
• A realidade social permite constatar que o
quotidiano das pessoas é constituída por
múltiplas acções de carácter económico e que
estas constituem uma parte importante das
suas decisões e escolhas. Por exemplo uma
família com um rendimento limitado tem de
determinar o que vai consumir, de forma a
maximizar a satisfação das suas necessidades.
Já uma industria perante recursos limitado terá
de decidir o que produzir como produzir e para
quem produzir.
• Na verdade, os grandes problemas que afligem
as(sociedades(fenómenos que constituem a realidade social) são: desemprego,
inflação, impostos, emigração, poluição, novas
tecnologias, fome, guerras, a divida dos países menos
desenvolvidos etc.
• Para além de terem causas económicas acabam também
por se repercutir nas actividades económicas.
• Compreende-se, assim, que as decisões politicas
fundamentais que têm de ser tomadas pelos
governantes não pode ignora a dimensão económica. Há
quem diga mesmo que, até ao século XIX o Mundo foi
governado pela Igreja, na primeira metade do século XX
foi por juristas e, a partir daí, por economistas…
A MUNDIALIZAÇÃO DA ECONOMIA E O MUNDO CONTEMPORÃNEO
Desde a segunda Guerra Mundial que se assiste a uma
crescente internacionalização das trocas tendentes à
implantação da dimensão mundial do comércio.
Com o desenvolvimento das empresas multinacionais, a
internacionalização da economia alargou-se ao próprio
processo produtivo.
A revolução tecnológica que vivemos levou á alteração das
noções de espaço e de tempo, permitindo o funcionamento
da economia em “tempo real” abolidas as barreiras de
espaço e de tempo e transformado o planeta numa “aldeia
global”, tem-se cada vez mais consciência da
interdependência das questões económicas. Fala-se então
de mundialização de economia.
Mundialização de economia- é a forma avançada de internacionalização de
economia que implica um grau de integração funcional entre actividades
económicas dispersas por diversos países.
Globalização- é a estratégia destinada a uniformizar os aspectos da actividade
económica à escala mundial, conduzindo à integração económica e tecnológica
dos países.

Consumidor Global- as pessoas querem comprar os melhores produtos e os mais


baratos sem se preocupar em que parte do mundo foi fabricado ou qual é a
nacionalidade da empresa. Tornam-se consumidores globais.

Mercado Global- todos os dias, os países transaccionam entre si mercadorias e


dinheiro num montante que soma mais do que o dobro do total das reservas
acumuladas ao longo dos anos por todos os bancos centrais do Mundo.

Globalização- é a estratégia destinada a uniformizar os aspectos da actividade


económica à escala mundial, conduzindo à integração económica e tecnológica
dos países.
FENÓMENOS ECONÓMICOS

• Os fenómenos económicos surgem como


consequência da actividade económica e podem
ser agrupados de acordo com a sua natureza em
produção distribuição repartição dos
rendimentos, consumo e poupança que surgem
em resultado da actividade económica.
• A expressão actividade económica representa o
conjunto de acções e relações que ocorrem
numa sociedade e que visam a obtenção de
bens necessários à satisfação das diferentes
necessidades sentidas pelo ser humano.
• O estudo da actividade económica permite
compreender a forma como a riqueza é
criada, movimentada, repartida e utilizada
pelo ser humano.
• Os fenómenos económicos são sempre
fenómenos sociais, mas estudados segundo
uma perspectiva económica.
• A actividade económica
e os agentes económicos
Agente económico é todo o interveniente
na actividade económica, desempenhando,
pelo menos, uma função com autonomia
de decisões.
Agentes económicos Principais funções
Famílias Consumir
Empresas não financeiras Produzir bens e serviços não financeiros
Instituições financeiras Prestar serviços financeiros
Administração Pública Garantir a satisfação das necessidades
colectivas e redistribuir o rendimento
Resto do mundo Trocar bens, serviços capitais
A atividade Económica

A actividade económica é o conjunto de


produção, distribuição, repartição dos
rendimentos e a sua utilização em
consumo e na poupança.
A actividade Económica
Necessidades – noção e classificação
• Noção de necessidades
• à Necessidade: é um estado de carência que urge
ser ultrapassado ou satisfeito.
• O ser humano tem múltiplas necessidades, isto é,
passa por estados de carência que representam
mal-estar e que ele precisa de resolver.
• Dar resposta às constantes solicitações e
problemas que vamos encontrando é, satisfazer
necessidades um dos objectivos prioritários da
Economia.
• Características das necessidades
• As necessidades humanas são múltiplas e variam no
tempo e no espaço. Existe uma enorme diversidade
de necessidades que apresentam as seguintes
características:
• Multiplicidade: diz respeito ao facto do indivíduo sentir
necessidades ilimitadas (múltiplas). Segundo o psicólogo americano Maslow, as
necessidades podem ser hierarquizadas em níveis diferentes, desde as fundamentais, como a

alimentação, Às de nível superior, onde se inclui a realização pessoal .


• Substituibilidade: significa que as mesmas necessidades podem
ser satisfeitas por bens alternativos (que se substituem uns aos outros).

• Saciabilidade: significa que a intensidade de uma necessidade vai


diminuindo à medida que a vamos satisfazendo, acabando por desaparecer.

• Relatividade: enquanto factos sociais, as necessidades variam temporal e


geograficamente, isto é, são relativas ao tempo e ao espaço.
Classificação das necessidades

• Podemos classificar as
necessidades quanto à
importância, ao custo e ao facto
de vivermos em colectividade.
Importância
Importância
Primárias São prioritáriasSão
, como por exemplo:
prioritárias , comoapor
alimentação,
exemplo: aa saúde.
alimentação, a saúde.
Secundárias São aquelas cuja não realização não ameaça
Secundárias São aquelas cujade não
imediato a vidanão
realização da ameaça
população, como pora
de imediato
exemplo:
vida da população, comovestuário, transporte.
por exemplo: vestuário, transporte.
Terciárias São as consideradas supérfluas ou de luxo,
cuja satisfação poderá ser considerada
dispensável, como por exemplo: roupa de alta-
Terciárias São as consideradas supérfluas
costura, joias. ou de luxo, cuja satisfação
poderá ser considerada dispensável, como por exemplo:
Custo
roupa de alta-costura, jóias.
Custo
Económicas Somos obrigados a despender moeda ou outra riqueza
para a satisfazer, como por exemplo: alimentação.
Não Económicas Não somos obrigados a despender qualquer quantia de
moeda ou de outra riqueza para a satisfazer, por
exemplo: respiração.

Vivermos em colectividade
Individuais São aquelas que dizem respeito à própria pessoa
Colectivas São aquelas que atingem toda a comunidade e
resultam da vida social
Consumo – noção e tipos de consumo

• São necessários meios, materiais e imateriais


para suprir os estados de carência que os
indivíduos sentem. Esses meios, bens e
serviços, são a “chave” para a satisfação do
indivíduo.

• Consumo: é o ato de utilizar
um bem ou serviço com vista à
satisfação de necessidades.
• Consumo – ato económico
• O consumo representa um ato económico porque para
satisfazermos determinadas necessidades em vez de
outras e ao decidirmos consumir certos bens e serviços,
estamos a efectuar escolhas com implicações em toda a
economia
• Ato Económico: comportamento relativo às funções
estudadas pela ciência económica – produção, consumo,
acumulação, repartição de rendimentos, etc.
• Consumo – ato social
• Ato social: ao consumirmos estamos a dar origem a
consequências que podem ser benéficas ou prejudiciais
para nós, mas também para a actividade colectiva mais
próxima ou para o Mundo.
• Assim, se, por um lado, o consumidor deve reconhecer a sua
força económica e exigir que os seus direitos sejam
respeitados, por outro lado, ele tem obrigações a cumprir,
tais como:
• Optar pelos bioprodutos
• Preferir produtos reciclados
• Rejeitar bens que utilizem recursos não renováveis
• Rejeitar bens nocivos para o ambiente
• Não comprar produtos testados em animais
• Separar os lixos para reciclagem
• Colaborar na defesa das espécies
• Não consumir bens produzidos com base no trabalho infantil
Tipos de Consumo
• Consumo Essencial: consumo de bens e serviços indispensáveis à sobrevivência do
indivíduo.
• Consumo supérfluo: consumo de bens e serviços dispensáveis
• Consumo privado: consumo dos particulares.
• Consumo público: consumo do Estado ou da Administração Interna.
• Consumo Individual: consumo realizado por cada um de nós, impedindo o
consumo desse bem por outros em simultâneo.
• Consumo Colectivo: conjunto de serviços gratuitos ou fornecidos a preço
simbólico, de que toda a colectividade goza por ação da Administração Pública ou das
Administrações Privadas.
• Consumo Final: consumo de bens e serviços pelas famílias.
• Consumo Intermédio: consumo de bens para posterior transformação pelas
empresas, até se transformarem em bens de consumo final.
Factores de que depende o consumo
• Rendimento dos consumidores O consumo dá-se em função do rendimento. Isto significa que
uma alteração no nível de rendimentos dos consumidores reflete-se, em princípio, no nível do consumo.
• Nível dos Preços O consumo liga-se diretamente preço dos bens, dado que dele depende a capacidade
aquisitiva dos consumidores:
• - uma subida generalizada dos preços dos bens pressupõe uma diminuição na capacidade aquisitiva das
famílias, se os respetivos rendimentos se mantiverem.
• Inovação Tecnológica - A inovação tecnológica produz efeitos:
- Ao nível dos processos produtivos: produzir com novas tecnologias (máquinas, energias,
matérias-primas) permite obter custos mais baixos, maior rapidez na produção, maiores quantidades, melhor
qualidade, por exemplo, o que se traduz em bens mais acessíveis para o consumidor.
- Ao nível da natureza dos bens: os novos bens, tecnologicamente mais sofisticados, têm outras
funções, outra apresentação, maiores potencialidades. Tudo isto constitui mais-valias, e consequentemente, um
aumento da apetência para o consumo.
• Outros factores económicos - O crédito bancário influencia, de alguma forma, o comportamento
do consumidor.
• Factores Extra-Económicos -São inúmeros os factores extra-económicos que influenciam o
consumo. Assim acontece, por exemplo, com a moda, a publicidade, as técnicas de venda, o meio social, a
tradição, a idade dos consumidores, a localização geográfica e o meio social.
• Estrutura do consumo- É a forma como as despesas de
consumo das famílias são repartidas pelos diferentes grupos de bens de
consumo.
• Lei de Engel
De acordo com a LEI DE ENGEL, quanto menor for o rendimento de uma
família, mais elevada será a proporção do rendimento gasto em despesas de
alimentação.
Coeficiente Orçamental: representa a percentagem de uma
classe de despesas de consumo em relação ao total das despesas
de uma família ou de um agrupamento social.
• A família Silva dispõe de 25 000 Euros para as suas despesas de consumo mensais
e gasta 13 000 Euros em produtos alimentares e bebidas não alcoólicas.
• Calcule o coeficiente desta classe de despesas de consumo.
• CO
• CO
• CO
Sociedade de consumo

• A sociedade de consumo é:
• - Uma sociedade em que a oferta excede a procura, o
que implica o recurso a estratégias de marketing para escoar
a produção.
O consumismo e a responsabilida
de social dos consumidores
• Consumismo: é o conjunto dos
comportamentos e atitudes suscetíveis de
conduzir a um consumo sem critério,
compulsivo, irresponsável e perigoso.
• O consumismo, a que a sociedade Angolana não é alheia, tem
causado problemas económicos e sociais às famílias.
O endividamento é um desses problemas.
Consumerismo
• Consumerismo: atitude de cidadania que se caracteriza por um
consumo racional, responsável, que tem em conta as consequências
económicas, sociais, culturais e ambientais do ato de consumir.
• O consumerismo pretende:
Criar o equilíbrio entre consumidores, produtores e
distribuidores;
 Participar nas decisões económicas e sociais que afectam os
consumidores;
 Intervir no sentido da preservação do meio ambiente;
 Informar e proteger o consumidor.
 A acção consumerista implica o consumidor na defesa dos seus
direitos. Mas essa acção também lhe traz deveres.
Direitos e deveres dos consumidores
Bens – noção e classificação
• Bens: são os meios através dos quais os
indivíduos podem satisfazer as suas
necessidades.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
Bens Livres e bens económicos

• Bens livres: bem pelo qual não é necessário


qualquer dispêndio de moeda para o utilizar.
Ex:
• Bens económicos: bem pelo qual é necessário
o dispêndio de moeda para a sua utilização.
• Ex:
Quanto à natureza
• Bens materiais e serviços
• Bens materiais: meio físico ou material
capaz de satisfazer uma necessidade.
• Serviços: meio não material capaz de
satisfazer uma necessidade.
Quanto à função
• Bens de consumo e bens de produção
• Bens de consumo: bem que se destina a ser consumido.
• Bens de produção: bens utilizados nas empresas na
produção de outros bens.
Entre os bens de produção podemos distinguir:
 Bens de equipamento: máquinas, …
 Matérias-primas: água, laranjas…
 Matérias Subsidiárias: energia elétrica, …
 Para as empresas as matérias-primas e as matérias subsidiárias
constituem consumo intermédio, mas para os consumidores, as
famílias, constituem sempre consumos finais.
Quanto à duração
• Bens duradouros e bens não duradouros
• Bem duradouro: bem que perdura após mais
de uma utilização.
• Bens não duradouros: bem com uma duração
limitada (passível de uma utilização).
Quanto às relações recíprocas

• Bens Sucedâneos e bens complementares


Bens sucedâneos: bens que se podem substituir
entre si por terem propriedades ou características
semelhantes.
• Bens complementares: bens em que o consumo
de um implica o consumo de outro para a finalidade
com que são utilizados.
Unidade- 5 A Produção
CLASSE 10ª

• SUMÁRIO: Noção de Produção


Elementos necessários à
Produção: os factores produtivos
• Produção e processo produtivo.
Sectores de actividade económica
• Noção de Produção
• Os bens económicos usados diariamente pelas pessoas são
obtidos, na sua maioria, pela actividade produtiva.
• Em sentido técnico, produzir consiste em transformar um bem
noutro através de um conjunto de operações físicas; em sentido
económico, a produção implica criar bens úteis, ou seja, é todo o
processo que permite transformar um bem num objecto útil.

A Produção é a actividade de
• DEFINIÇÃO:
combinação dos factores de produção,
desempenhada pelo homem, que permite
obter bens para a satisfação das suas
necessidades.
• Elementos necessários à Produção: os factores
produtivos
• Fatores de Produção Conjunto de elementos
necessários para produzir bens e serviços. Ou seja são
os componentes utilizados na produção de bens e na
prestação de serviços.

• Os factores de produção são:


• Recursos naturais: elementos da natureza disponíveis em cada sociedade.
– Renováveis: correspondem à utilização de recursos não esgotáveis.
– Não renováveis: correspondem à utilização de recursos que se esgotarão num dia.
• Factor trabalho: representa todo o esforço humano, físico e intelectual.
• Factor capital: é constituído por tudo o que participa no processo produtivo, com
excepção dos factores recursos naturais e trabalho.
• Processo produtivo: é a forma como se organiza a
Processo produtivo
produção dentro de uma variedade produtiva.
• Setores da actividade económica
• Podemos definir um setor de atividade económica
como um conjunto de atividade que apresentam
características comuns.

 Setor primário: agrupa as atividades relacionadas com o


aproveitamento dos recursos naturais. (pesca, agricultura)
 Setor secundário: agrupa os industriais transformadoras
ligeiras e pesadas.
 Setor terciário: inclui todas as atividades prestadoras de serviços
comercializados ou não comercializados. (bancos, comercio)
 Setor quarternário: esta ligada a informática e internet
Os elementos fundamentais da produção: forças produtivas

• A ciência mostra que em todos estados do


desenvolvimento social supõe três elementos
fundamentais:
• Trabalho do homem: é a actividade intencional do homem
• Objecto do trabalho: é tudo aquilo sobre o qual se exerce o
trabalho do homem
• Meios de trabalho: são todas as coisas com a ajuda das
quais o homem age sobre os objectos de trabalho; ou tudo
aquilo de que o homem se serve para actuar sobre os objectos
de trabalho e transforma-los.
CONCLUSÃO

É através da Produção que o homem cria os bens e serviços para


satisfazer as suas necessidades.
A actividade económica pode ser enquadrada em Quatro
sectores: primário, secundário, terciário e quarternário.
Em qualquer sector de actividade económica.
A produção é realizada através da combinação dos factores da
produção:
recursos naturais que estão disponível sem ter sido produzidos;
O Trabalho, que representa o tempo humano passado na produção;
Capital, que é constituído pelos bens e serviços que foram produzidos e que
são utilizados para produzir outros bens e serviços.
TPC
• A produção é a actividade económica que permite
obter bens e serviços, mediante uma combinação,
tão eficiente quanto possível, de factores
produtivos.
• A partir do texto Elabore uma definição de
Produção.
• Enumere os elementos da produção e Fale de um
deles.
• Diga o que entende por combinação óptima dos
factores de produção.

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