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GENERALIDADES
Prezado formando,
Este módulo pretende fornecer informação de base sobre maneio do solos de forma a
permitir ao estudante adquirir habilidades de análise de uma situação sobre tipo e
características dos solos e necessidades nutricionais das culturas e com base nessa
análise ser capaz de sugerir medidas de correcção e remediação dos solos. Assim,
candidato deverá aprender a interpretar resultados de análise do solo, quais as formas
de melhorar a fertilidade do solo, como se faz a aplicação de nutrientes do solo usando
procedimentos e/ou equipamento especializado e quais os métodos de preparação e
remediação do solo que se podem aplicar para melhoria das propriedades do solo.
Como sabem que o nosso ensino é baseado em padroes de competencias, o presente
modulo pretende atingir os seguintes resultados de aprendizagem e/ou elementos de
competencias:
1. Demonstrar compreensão sobre as propriedades do solo e o seu impacto no
crescimento; das plantas
2. Aplica nutrientes ao solo usando equipamento especializado e
3. Implementar a preparação e a remediação do solo.
1.2.Solo
Segundo o manual internacional de fertilidade de solo, o solo e o meio pelo qual as
culturas desenvolvem. O mesmo manual refere que que a fertilidade do solo é vital
para a produtividade, mas um solo fértil não é necessariamente um solo produtivo, isto
para compreender a fertilidade do solo é preciso conhecer outros factores que
favorecem, ou limitam a produtividade, por exemplo: ar, calor (temperatura), luz,
suporte mecânico, nutrientes e agua. O solo possui quatro componentes: matéria
mineral, água, ar e matéria orgânica, dos quais 45% correspondem a matéria mineral,
25% água, 25% ar e 5% a matéria orgânica.
Figura 1:Composição do
solo
Critérios de desempenho:
a. Explica o impacto das propriedades do solo na nutrição
das plantas
b. Explica o impacto da propriedade do solo na preparação
do solo
c. Identifica e interpreta sintomas de deficiências
nutricionais em diferentes culturas
d. Interpreta resultados de análises do solo e foliares
e.Sugere recomendações básicas para melhorar a
fertilidade do solo
2. FACTORES QUE AFECTAM PRODUTIVIDADE DO SOLO
2.1 PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
2.1.1 Textura e estrutura do solo
A textura do solo é determinada pela quantidade de areia, Limo e argila que ele possui.
Quanto menor for o tamanho das partículas, mais próximas da muito argilosa e
enquanto maior o tamanho das partículas, mais próximas da arenosa estará a textura.
As percentagem de areia, limo e argila são usadas para definir a textura do solo (que
pode ser apurada com auxílio do triângulo textural do solo. As partículas de areia
(tamanho de 0.05 – 2 mm) têm pouca habilidade para reter água ou nutrientes devido a
grandes espaços de poros entre partículas. As partículas de argila (menores que 0,002
mm) podem reter grandes quantidades de água e nutrientes. Os solos dominados pela
argila têm poros pequenos que evitam que a água escorra livremente.
Os solos com alto teor de agila, no tempo seco, apresentam dificuldade penetração de
alfaias, uma vez que se encontram muito duros. Em tempo de muitas chuvas, também
esses apresentam problemas relacionados à compactação devido à sua elevada
plasticidade. Assim o melhor período para se trabalhar nestes solos é quando estão em
sazão, isto é, quando não estão muito secos nem muito húmidos.
Ainda sobre os solos com alto teor de argila é importante notar-se que por possuírem
poros muito finos, eles são susceptíveis à indundações.
O solo ideal para produção das culturas deve possuir as seguintes características:
o Textura limpas e teor adequado de matéria orgânica para o movimento da água
e ar;
o Quantidade suficiente de argila para reter a humidade de reserva no solo;
o Subsolo permeável e profundo, com níveis adequados de fertilidade e
o Meio ambiente adequado para raizes se aprofundarem em busca de humidade e
nutrientes.
2.2.2 pH
O pH do solo é a medida da acidez do solo que é baseada na concentração do
hidrogénio (H+). Os solos podem ser ácidos (pH<7), neutos (pH=7) ou alacalinos
(pH>7). O pH do solo afecta a disponibilidade de nutrientes do solo para a planta. A
figura 4 mostra, por exemplo, que ao nível de pH de 8 o nitrogénio tem alta
disponibilidade enquanto que o fósforo tem baixa disponibilidade. No entanto, a faixa
ideial do pH para solos agrícolas é de 6.5 a 7.5, onde a maioria dos nutrientes se
encontra disponível.
Figura 4: pH do solo versus disponibilidade de nutrientes no solo
2.3.2 Declividade
A topografia da área determina a quantidade de escorrimento superficial e de erosão,
levando junto os nutrientes do solo. Ela também determina os métodos de irrigação,
drenagem e outra melhores práticas de maneio necessárias para a conservação do
solo e da água.
O estudo da Nutrição das Plantas estabelece, quais são os elementos essenciais para
o ciclo de vida das plantas, como são absorvidos, translocados e acumulados, as suas
funções, exigências e os distúrbios que causam, quando em quantidades deficientes ou
excessivas. A planta não escolhe o que absorve e por essa razão, podemos encontrar
na sua composição nutrientes (N, K, P, Ca, Mg, etc.), não nutrientes e até mesmo,
alguns elementos químicos tóxicos. Assim, o termo fertilidade está associado ao solo e
a nutrição, por sua vez, diz respeito à planta. As duas coisas estão intimamente ligadas
e uma boa fertilidade do solo conduzirá a uma boa nutrição das plantas, pois o primeiro
e principal sinal de como está a fertilidade do solo, é através da planta. A cultura, dará
sempre sinais de como está o solo. É como se fosse uma pessoa, ou seja, se ela
sealimenta corretamente estará com aspeto saudável, caso contrário,
manifestaçõesvisíveis, mostram que ela não se encontra bem. Portanto, a fertilidade do
solo é a basepara uma boa nutrição das plantas. É impossível ter uma cultura bem
nutrida com umsolo pouco fértil, mas é possível ter um solo fértil e uma planta com
deficiências denutrientes, ficando este facto, a dever-se a diversos fatores: i) quando
existe algumelemento tóxico no solo; ii) solo compactado (compactação característica
do própriosolo, ou provocada); iii) doenças e pragas do solo, que afetam o crescimento
das raízes;
iv) presença de nematoides no solo; v) deficiência hídrica, o que conduz a uma
reduçãoda absorção dos nutrientes; vi) deficiente crescimento inicial da planta,
originandoraízes mal formadas. A interação do solo com as plantas envolve fenómenos
físicos,químicos e biológicos, todos interligados e direta ou indiretamente dependentes
entre si.
3.1.CRITÉRIOS DA ESSENCIALIDADE
Para que um elemento seja classificado como essencial, deve satisfazer alguns
critérios (Arnon & Stout, 1939):
a) A ausência do elemento impede que a planta complete seu ciclo;
b) A deficiência do elemento é específica, podendo ser prevenida ou corrigida somente
mediante seu fornecimento;
c) O elemento deve estar diretamente envolvido na nutrição da planta, sendo que sua
ação não pode decorrer de correção eventual de condições químicas ou
microbiológicas desfavoráveis do solo ou do meio de cultura, ou seja, por ação indireta.
Epstein (1975), de maneira simples e direta, funde os dois últimos critérios em apenas
um, mais objetivo:
- O elemento faz parte da molécula de um constituinte essencial à planta.
Um exemplo clássico de um elemento que satisfaz este critério é o Mg, que toma parte
da molécula de clorofila.
Desde o início do Século XX foram realizadas inúmeras pesquisas visando à
caracterização dos elementos fundamentais para o ciclo vital das plantas. Com o
desenvolvimento dos cultivos em soluções hidropônicas ou, simplesmente, técnica de
hidroponia, as pesquisas puderam rapidamente evoluir tornando-se mais fácil à
supressão de um determinado elemento e a tentativa de sua substituição por outro,
prática fundamental para a caracterização de essencialidade de um elemento.
A primeira lei é chamada de “lei da restituição”, indica que os nutrientes que saem
através da contínua retirada pela planta ou parte dela (grãos, por exemplo), devem ser
repostos afim de não empobrecer o solo. Embora seja muito simples e fácil de
entender, muitas das pessoas que trabalham na terra, esquecem este ensinamento e
aplicam menos ou mais do que foi retirado pelas culturas.
A segunda lei é “lei do mínimo”, onde a produtividade é limitada pelo elemento que
estiver em menor proporção em relação às suas necessidades. Isto quer dizer que,
caso o B esteja em nível muito baixo, em um determinado solo, este limitará a
produtividade. Mesmo que sejam aplicadas doses elevadas de outros nutrientes, a
planta não apresentará aumento de produção. Logo, é importante que seja identificada
a existência de carências ou de excessos nutricionais nas culturas antes da adubação,
afim de que se aplique a dose adequada dos nutrientes (Figura 02).
A terceira lei, conhecida como ”lei dos acréscimos não proporcionais”, indica que a
aplicação de um determinado nutriente para uma determinada cultura, implicará em
acréscimos de produtividade cada vez menores até o ponto de estabilização. A partir
da estabilização da produtividade poderá haver perda dos nutrientes aplicados, ou
ainda provocar desbalanço nutricional com redução na produtividade e/ou aumento da
incidência de pragas e doenças. Logo, culturas que não recebam fertilizantes com
freqüência poderão ter grandes acréscimos na produtividade com uma aplicação de
pequena dose, enquanto culturas que recebam doses elevadas de adubo
repetidamente, poderão apresentar, na mesma situação, apenas um pequeno ou
nenhum acréscimo de produtividade.
Distúrbio nutricional
O diagnostico em plantas que crescem no solo pode ser mais complexo pelos
seguintes motivos:
o A deficiência de vários elementos podem ocorrer simultaneamente em diferentes
tecidos vegetais;
o A deficiência ou quantidade excessivas de um elemento podem induzir a
deficiências ou acumulo excessivo de outros nutrientes;
o Algumas doenças virais podem produzir sintomas similares aquelas deficiências
nutricionais.
Critérios de desempenho:
a. Selecciona os nutrientes apropriados,
dada uma selecção de produtos disponíveis
b. Calcula as necessidades de nutrientes em
função da área, com as cartas tecnológicas
da
cultura, tipo de solo e os produtos disponíveis
c. Calibra o equipamento
d. Usa o equipamento
e. Cumpre com as normas de HST
adequadas
3.5. Relação entre nutrição mineral, fertilidade do solo e adubação
Pode definir-se adubação, como o fornecimento de nutrientes necessários às
plantaspara sobreviverem, tendo a finalidade de se obterem produções compensadoras
deprodutos de boa qualidade, com o mínimo distúrbio no ambiente. Sempre que
aquantidade de nutrientes fornecidos pelo solo às plantas for inferior à sua exigência,
ouseja, quando a fase sólida (matéria orgânica + minerais) não consegue transferir
para asolução do solo quantidades adequadas de um nutriente qualquer, é necessária
a suaaplicação mediante o emprego de fertilizantes que contenham o elemento em
falta eesta, pode dar-se através da aplicação ao solo ou pela aplicação específica do
elemento,via foliar (adubação líquida).
Para que as relações sejam estabelecidas de forma perfeita, de modo a obter-se
amáxima produção potencial das culturas com a mínima interferência ambiental,
seránecessário estabelecer determinadas avaliações tendo como base, as análises
e/ou decarências e os aspectos relacionados com o rendimento e a qualidade dos
produtosobtidos, ou seja: i) determinação dos nutrientes limitantes; ii) determinação
dasquantidades de nutrientes, necessárias; iii) épocas de aplicação; iv) localização;
v)rentabilidade; vi) efeito na qualidade dos produtos obtidos; vii) efeito no ambiente.
Do ponto de vista económico, a fertilização (adubação) e a correção da acidez
(calagem)são os meios mais rápidos e baratos para a obtenção de produções elevadas
dealimentos, fibras e energia. Contudo, as plantas cultivadas, tipicamente utilizam
menosde metade dos nutrientes aplicados. O restante pode ser lixiviado para os
lençóissubterrâneos de água, como por exemplo o azoto e também o potássio, fixar-se
ao solode que é exemplo o fósforo, ou contribuir para a poluição do ar. O azoto é um
nutrientemuito solúvel, perdendo-se facilmente por lixiviação, sendo essas perdas,
função daprecipitação ou da quantidade de água aplicada na rega. As perdas de azoto
estãoigualmente relacionadas com a fórmula química em que ele é aplicado. Em solos
comcomplexo de troca, a carga efetiva deste, é negativa e consequentemente, quando
oazoto é aplicado na forma de nitrato (N03-) as perdas serão maiores do que se
foraplicado na forma amídica CO(NH2)2 ou na forma amoniacal NH4+. A
fórmulaamídica passa rapidamente à fórmula amoniacal. Por sua vez, o fósforo é
pouco solúvele é absorvido através do ião ortofosfato primário (H2PO4-) e do ião
ortofosfatosecundário (HPO42-). Assim, este macronutriente fica retido facilmente no
solo eprincipalmente nos iões alumínio (Al 3+), nos iões ferro (Fe 2+; Fe 3+) e nos
iõesmanganês (Mn2+), quando o pH do solo é ácido. Quando o pH é alcalino, o fósforo
ligaseaos iões Cálcio (Ca2+), formando fosfatos bicálcicos e tricálcicos, que são
poucosolúveis e, desse modo, o fósforo fica indisponível para as plantas. Chama-se a
esteprocesso, a retrogradação do fósforo. O potássio é um nutriente, que também se
perdepor lixiviação, embora não tanto como o azoto e parte, fica adsorvido nos
minerais deargila, principalmente na superfície das ilites.
Deste modo, será de grande importância aumentar a eficiência de absorção e
deutilização de nutrientes, reduzindo os custos de produção para o agricultor
econtribuindo para evitar prejuízos ao meio ambiente.
3.5.1. Adubos
Os adubos, são produtos químicos ou orgânicos, que visam fornecer
nutrientesnecessários às plantas, de modo a aumentar a sua produção. Apresentam
elevados teoresde nutrientes, sobretudo macronutrientes principais - azoto, fósforo e
potássio e atuamsobre as culturas de forma essencialmente direta, permitindo uma
maior absorção.
Podem também, fornecer macronutrientes secundários - cálcio, magnésio e enxofre
emicronutrientes, tais como: ferro, manganês, zinco, cobre, boro, molibdénio, cloro
ououtros elementos benéficos. Podem ser aplicados à parte aérea das plantas
(adubaçãofoliar) ou ao solo.
Adubos minerais compostos – São adubos, que têm na sua constituição, mais do
queum macronutriente principal, podendo ter dois e, neste caso, designam-se por
binários(N-P; N-K; P-K) ou três e serão ternários (N-P-K).
Os adubos líquidos apresentam diversas vantagens: São a forma mais fácil eeficiente
de realizar a fertirrega; permitem, em cada momento, aplicar o equilíbriomais adequado
à fase de desenvolvimento da cultura (adubação por medida); nãoexigem qualquer
preparação ou diluição prévia; podem ter o pH ajustado àsnecessidades; permitem total
automatização do sistema e permitem poupar mão-de-obra.
1. O sr GAF pretende adubar o seu campo com NPK (12-24-12). Sabe-se que a cultura
em campo precisa de 40 kg de N, 80 de P2O5 e 40 de K2O. Quantos sacos de NPK sr.
GAF deverá comprar.
Fósforo (P2O5)
X _______80 kg de P2O5
Nitrogénio
Potássio (K2O)
2. Passados 30 dias após a adubação com NPK, o Senhor GAF pretende fornecer
Nitrogénio às suas culturas para estimular o crescimento vegetativo. Na casa agrária
onde o sr. GAF adquire os insumos agrícolas tem disponível Ureia (46% de N).
Sabendo que ele pretende fornecer 69 kg /ha de N, calcule o numéro total de sacos (50
kg cada) que aquele produtor devera comparar para todo seu campo de 2ha.
Resolução
z _______69 kg de N
O sr. GAF precisará de 150 kg por ha. Mas, tendo ele 2ha, então precisara de 2*150 =
300 kg de Ureia.
Como o adubo está disponível em sacos de 50 kg, o sr. GAF deverá comprar 300:50=
6 sacos de 50 kg.
Critérios de desempenho:
a. Demonstra compreensão sobre as necessidades de
trabalho do solo dos vários tipos de
solo
b. Selecciona implementos e outros métodos de
preparação do solo adequados
c. Mantém registos ao longo do tempo relativos a
mudanças nas propriedades do solo
d. Participa na análise dos registos e na decisão sobre
medidas de remediarão a usar em
programas de maneio do solo
4. INFLUENCIA DAS TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO DO SOLO NAS
PROPRIEDADES DO SOLO
As práticas agrícolas ligadas à mobilização do solo criam efeitos na propriedades do
solo. Na mobilização do solo podemos destacar três práticas muito conhecidas,
nomeadamente lavoura conencional, lavoura mínima e lavoura zero (zero tillage).
Lavoura zero (Zero tillage): prática que dispensa o uso de máquinas que mobilizam o
solo. Aqui o solo não é revolvido, apenas se abre covachos para a colocação de
sementes. Esta prática permite:
Manter a estrutura do solo;
Manter a densidade do solo;
4.1. CORRECÇÃO DE ACIDEZ DO SOLO
A acidez de um solo é devida à presença de H+ livre, gerado por componentes ácidos
presentes no solo (ácidos orgânicos, fertilizantes nitrogenados, etc).
Correctivos de acidez dos solos são produtos capazes de neutralizar (diminuir ou
eliminar) a acidez dos solos e ainda melhorar a disponibilidade de nutrientes ao solo,
principalmente o cálcio e magnésio. A neutralização da acidez consiste em neutralizar
os H+, o que é feito pelo anião OH-. Portanto, os correctivos de acidez devem ter
componentes básicos para gerar OH- e promover a neutralização.
Adistribuiçãodo calcário deve ser feita o mais uniformemente possível, com adequada
regulação da distribuidora, de salientar que durante a distribuição do calcario deve se
garantir que o material seja incorporado na maior profundidade possível de modo a
permitir o melhor contacto do correctivo com as partículas do solo.No caso de culturas
anuais, recomenda-se aplicar metade da dose antes da lavoura e outra metade, após a
esta operação, e antes da gradagem.
No maneio de solos salinos, são recuperádos pela lavagem de sais, mas água deve ser
de boa qualidade, aplicada nos solos bem drenados e com adequada profundidade
efectiva. Portanto tais solos devem possuir drenagem interna favorável (boa
permeabilidade) favorecendo a lixiviação dos sais para as camadas profundas do perfil.
Os solos salinos não podem ser recuperados por qualquer produto químico,
condicionador ou fertilizante. A recuperação desses solos consiste simplesmente
aplicando bastante água de alta qualidade para lixiviar o solo completamente. A água
deve ser aplicado de baixo teor de sódio, mas pode ser bastante salina (1.500 a 2.000
ppm de sal total), pois isso ajuda a manter o solo permeável durante o processo de
lixiviação.
Em solos sódicos, o sódio trocável por vezes é tão grande que a dispersão do solo é
praticamente impermeável à água. Solo sódico pode ser tratado através da substituição
do sódio absorvido com uma fonte solúvel de cálcio ou seja catião. O cálcio pode ser
disponibilizado através da manipulação com gesso nativa já no solo, cálcio na água de
irrigação (cloreto de cálcio). Eles podem ser úteis quando a permeabilidade do solo é
baixa devido à baixa salinidade, excesso de sódio, ou carbonato/ bicarbonato na água.
Por exemplo, para recuperar um solo a uma profundidade de 20 cm, as
recomendações de gesso são de, 10,2 toneladas por hectare.
Se os solos sódicos não contêm nenhuma fonte de cálcio (gesso ou livre), então o
gesso ou uma fonte de cálcio solúvel em água deve ser aplicado. No entanto, o
processo de recuperação não está completo até que a maior parte do sódio é retirado
do solo, pelo menos, a uma profundidade de 60 a 100 cm. Mesmo assim, mais tempo é
necessário para a restauração da produtividade do solo bom. Este processo é limitado,
uma vez que a estrutura do solo está completamente destruído, ele é lento para
retornar a uma condição desejável. É necessário grandes quantidades de cálcio solúvel
para corrigir solos sódicos.