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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Á DISTÂNCIA

Tema: Componentes Líquidos e Gasosos do Solo


Nome da Estudante: Minoria Zeca Mussa
Turma: AF Código: 708224163
Curso: Licenciatura em ensino de Geografia

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Cadeira: Pedogeografia
Ano: 1º

Quelimane, Novembro de 2022


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação á Distância

Minoria Zeca Mussa


Turma: AF Código: 708224163
Curso: Licenciatura em ensino de Geografia
Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de
Pedogeografia a ser entregue no curso de
Licenciatura em ensino de Geografia.

Quelimane, Novembro de 2022


Indice
1.Introdução ................................................................................................................................ 4

1.2.Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.2.1.Geral .................................................................................................................................. 4

1.2.2.Específicos ......................................................................................................................... 4

2. Composição liquida do solo ................................................................................................... 5

2.1.3.Humidade do Solo ............................................................................................................. 5

Noções do Solo .......................................................................................................................... 7

2.4.2.pH do solo.......................................................................................................................... 7

2.5.A Retenção e Troca de Iões no Solo..................................................................................... 8

2.7.Tipos de Acidez (Acidez Activa e Potencial) ....................................................................... 9

3. Conclusão ............................................................................................................................. 12

4. Bibliografia ........................................................................................................................... 13

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1.Introdução
O desenvolvimento da humanidade está intimamente relacionado ao uso das florestas. Até
pouco tempo, a necessidade de madeira era suprida quase que exclusivamente por meio das
florestas nativas, cuja destruição tem provocado, muitas vezes, danos irreversíveis a alguns
ecossistemas.

Os recursos florestais são fundamentais para o desenvolvimento económico e social de um


país, pela importância na produção madeireira e não madeireira fortemente demandada pela
sociedade como: celulose, papel, energia, mobiliário, construção civil e naval e, dentre outros,
como os componentes das indústrias alimentícia e farmacêutica.

O solo é um recurso natural não renovável muito importante para a humanidade, e sua
qualidade determina a produtividade e sustentabilidade dos sistemas agrícolas. A qualidade do
solo é definida de várias maneiras na literatura.

A qualidade do solo é sua capacidade de funcionar dentro dos limites do ecossistema para
sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade do meio ambiente e promover a
sanidade das plantas e animais. Similarmente, definiram a qualidade do solo como sua
capacidade de produzir culturas nutricionais de maneira sustentável a longo prazo e
maximizar a saúde humana e animal, sem danificar o meio ambiente.

1.2.Objectivos

1.2.1.Geral
 Conhecer as propriedades biológicas, físicas e químicas do solo.

1.2.2.Específicos
 Conceituar solos;
 Descrever os as propriedades físicas dom solo;
 Caracterizar as propriedades químicas do solo.

1.3.Metodologia
A presente pesquisa é um estudo de carácter bibliográfico foi realizada mediante
procedimento bibliográfico, cuja abordagem é qualitativa, integrado com o referencial teórico:
Libâneo (1998).

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2. Composição liquida do solo

Componente líquido

O componente líquido do solo vem a ser a água do solo, porém na realidade trata-se de uma
solução, uma vez que a água contém minerais (cátions e ânions) dissolvidos, e essa água e
esses minerais serão absorvidos pelas plantas. A água do solo fica

retida nos microporos e é drenada para as camadas mais profundas do solo, pela acção da
gravidade, quando está nos macroporos, os quais são responsáveis pela aeração do solo. A
água do solo está retida a tensões variáveis, porém, quando os valores de tensão são muito
elevados, mesmo existindo água no solo a mesma não pode ser

absorvida pelas plantas, que murcham, às vezes de maneira irreversível.

Balanço Hídrico: é o estudo comparativo da evaporação e evapotranspiração com vista a


previsão da condição da condição hídrica de um certo lugar onde se contabiliza os seguintes

parâmetros: Precipitação ®, Evapotranspiração Real (ETR), Evapotranspiração Potencia


(ETP), Excesso de água no solo, Déficit de água no solo, Retenção

de água e Reposição de água no solo. Os cálculos do balanço hídricos não são feitos tendo em
consideração um solo específico é por isso que a sua capacidade média de armazenamento de
água pode variar até 100mm que é o valor que se usa para todos os solos.

2.1.3.Humidade do Solo

A água é um factor determinante na génese do solo, sendo indispensável à vida das plantas.

Em geral, o teor de água no solo exprime-se através da percentagem de água em relação ao


peso do solo, que foi seco a 105ºC.

É importante, no entanto, notar que a quantidade de água existente no solo só tem significado
quando considerada em conjunto com a força com que a água se encontra retida no solo. Este
facto facilita ou não a sua absorção pelas plantas.

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2.1.4.Componente gasoso

O componente gasoso vem a ser o ar do solo, que possui a mesma composição qualitativa do
ar atmosférico (possui os mesmos componentes),

porém difere quantitativamente, possuindo teores mais elevados de dióxido de carbono (CO2)
e teores mais baixos de oxigénio (O2), visto que os organismos do solo respiram, consumindo
oxigénio e liberando dióxido de carbono. Processos naturais,

como variações na pressão barométrica e de temperatura, chuvas, etc., promovem a renovação


do ar do solo, propiciando sempre um bom suprimento de oxigénio para as raízes das plantas.

2.4.IAr no solo

O ar presente no solo difere, de alguma forma, daquele presente na superfície. Preenchendo


total ou parcialmente os poros (macroporos), o ar do solo, que varia segundo as estações do
ano, a profundidade, o tipo de solo analisado e,

principalmente, a quantidade de água existente no momento, apresenta maior concentração de


gás carbônico e menor de oxigênio do que aquelas do ar atmosférico, uma vez que há
significativa actividade biológica sem que ocorra o processo

fotossintético (provedor de oxigênio gasoso), devido à

ausência de luz. O ar também se faz presente dissolvido nos líquidos do solo – a água ou as
soluções que esta constitui.

Água no solo

A água presente no solo, como ocorre em qualquer ambiente, é componente essencial à vida,
seja como solvente, diluente ou veículo de gases e nutrientes, seja como recurso

metabólico e fisiológico, necessário aos organismos vivos que se encontram no próprio solo
ou captado pela plantas por meio de suas raízes.

Nos componentes líquidos e gasosos do solo encontram –se os poros que devem ser
constituídos de 25% para armazenamento de água e 25% para aeração.

O componente líquido do solo é a água do solo em solução, visto

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que a água contém minerais dissolvidos. O componente gasoso do solo é o ar do solo, que
possui a mesma composição qualitativa do ar atmosférico.

Noções do Solo

As reacções do solo podem ser:

a) reação ácida (pH<7,0): em solos distribuídos nas regiões de alta pluviosidade, os


elementos alcalinos Na, Ca, Mg, K, são lixiviados e substituídos por íons H+ e Aℓ3+;

b) reacção básica (pH>7,0): em solos distribuídos nas regiões áridas (evapotranspiração


maior que precipitação), ocorrem condições favoráveis para o acúmulo de elementos alcalinos
na solução do solo, e um predomínio de íons OH– sobre os íons H+;

c) reacção neutra (pH = 7,0): em solos normais, os valores de pH geralmente encontram-se


no intervalo de 4,0 a 7,0.

2.4.2.pH do solo

O pH é frequentemente citado como a mais importante propriedade química do solo e pode


ser definido como o logaritmo negativo da concentração de íons hidrogénio. Na realidade, a
actividade do íon hidrogénio (aH+) é que é medida através de métodos potencio métricos, em
vez da concentração de hidrogénio.

Assim, o pH é mais correctamente definido pela seguinte equação (Bauer & Black, 1992).

A escala do PH varia de 0 – 14, e nesta, toda a solução que apresentar valores inferiores a 7
diz-se ácida, se o PH for igual a 7, a solução é neutra e é alcalina ou básica se o PH for
superior a 7.

- Se o PH for 4,5 ou menos, este solo chama-se de hiperácido, segundo a escala do


protólogo;

- se for 4,5 – 5,5 é ácida;

- se for 5,6 – 6,5 é subácida;

- se for 6,6 – 7,5 é neutro;


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- se for 7,6 – 8,5 é subalcalino;

- se for 8,6 – 9,5 é alcalino;

- se for 9,6 ou mais é hiper alcalino

2.5.A Retenção e Troca de Iões no Solo

Por troca iónica intende-se o processo reversível pelo qual iões retidos na superfície de uma
face sólida são permitidos entrar em contacto com outros sem alteração sencivel ou
decomposição equivalente de iões em solução de uma face líquida.

A retenção de iões sub forma permutável é uma das propriedades que se verifica em
substâncias que se encontram no estado coloidal. Esta rentenção explica-se essencialmente
por absorção. A capacidade de troca de cátions (CTC) é definida como a soma dos
cátionselectroestática. As partículas coloidais (iões) têm cargas eléctricas, o que se comprova
pelo fenómeno de electrofose ou catafose introduzindo os electrodos ligados a uma bactéria
numa solução coloidal. Sub influência das correntes eléctricas as partículas coloidais vão para
o eléctrodo negativo ou para o positivo conforme se trate de colóides de electronegativos e
electropositivos respectivamente.

Uma parte substancial de argila do solo e as substâncias únicas propriamente ditas estão em
estado coloidal.

Muitos solos desenvolvem carga de um e de outro tipo o que é evidenciado pela propriedade
de complexo coloidal de absorver catiões (cargas positivas) e aniões (cargas negativas) e
diminui as cargas positivas de complexos coloidal do solo, verificando-se o contrário quando
o PH diminui.

A troca de catiões e a reacção de troca entre quantidade equivalente de catiões absorvidos nas
partículas coloidais do solo e soluções coloidais na água do solo, também há fenómenos de
troca entre os catiões absorvidos das partículas coloidais do solo e catiões das plantas ou
catiões de outras partículas. E os catiões de trocas quantitativamente mais importantes no
solo: Ca, Mg, K, Na, Al e H. trocáveis retidos pelo solo e expressa em miliequivalentes por
100 g ou em cmol de cátions por kg de solo. Os principais cátions trocáveis encontrados em
solos ligeiramente ácidos são cálcio, magnésio, hidrogênio, potássio e sódio.

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Componentes da acidez

1. Ions H+3t

2. Lons AI

3. Manganês

Origem e desenvolvimento da acidez do solo

Tudo indica que a origem primária da acidez do solo esteja ligada e o . Isso significa que
durante as transformações iniciais das rochas silicatadas).

2.6. Acidez do solo

Em primeiro lugar, nós consideraremos que a acidez do solo é fruto do intemperismo do


material de origem e da evolução do solo. Em seguida, apresentaremos como o homem
interfere nos processos de acidificação do solo e, logicamente, na correcção da acidez do solo.

O início da acidez do solo está na reacção do gás carbónico com a água, ainda na atmosfera:

Essa reacção mostra que a água da chuva é ácida e aporta H+ para o material de origem do
solo (rochas). Se você moer uma rocha (basalto ou granito, por exemplo) e medir o pH da
suspensão rocha – água, verá que o pH é maior do que 7,0 (básico)

2.7.Tipos de Acidez (Acidez Activa e Potencial)

Os solos apresentam diversos componentes que possuem a propriedade de troca iónica. Essa
capacidade de troca de catiões dos solos é contrabalançada, em parte, por catiões trocáveis,
existindo também grupamentos ionogênicos (posições na estrutura sólida que apresentam ou
podem liberar cargas eléctricas negativas) ocupados por hidrogénio não dissociado.

2.8. Acidez activa (H+ na solução no solo)

É a acidez devida à concentração de iões de hidrogénio (H+) que se encontram livres ou


dissociados na solução do solo, fase líquida

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2.9. Métodos de determinação da acidez activa

O método colorimétrico baseia-se na capacidade de certas substâncias químicas (compostos


orgânicos ou alcalinos fracos) de desenvolver uma coloração conhecida, de acordo com o pH
da solução.

Utilizam indicadores ácido-base na forma de fitas ou soluções que mudam de cor pela
actividade do íon H+ . São métodos rápidos, apresentando apenas o inconveniente de ser
pouco precisos.

2.9. 1. Correcção do solo

correcção da acidez do solo é responsável pela melhoria das condições químicas do solo,
sendo importante para a disponibilidade do calcário no solo, fornecendo cálcio e magnésio
para as plantas e neutralizar a acidez. Dessa forma, a correção da acidez é uma actividade
fundamental para o sucesso das culturas, dominadas por solos de baixa fertilidade, elevada
acidez e altos níveis de alumínio tóxico.

Quando a acidez estiver elevada, afecta a disponibilidade dos nutrientes. Com exceção dos
micronutrientes catiônicos (ferro, cobre, manganês e zinco), todos os demais nutrientes
importantes para a planta têm sua disponibilidade reduzida em baixos pHs.

A acidez do solo é corrigida através da incorporação de sais, principalmente os carbonatos,


fornecendo hidroxilas (OH–) para a neutralização do pH e precipitação do alumínio tóxico. A
calagem fornece, ainda, cálcio e magnésio para o solo, aumentando a sua participação no
complexo de troca.

Em solos dominados pelas argilas de baixa atividade (caulinitas e óxidos e hidróxidos de ferro
e alumínio), a calagem promove a dissociação de grupamentos OH na superfície das argilas e
da matéria orgânica do solo, aumenta a sua CTC e bloqueia sítios de adsorção específica de
fósforo.

A origem da acidez do solo se deu nos processos pedológicos que por milhões de anos
actuaram sobre sua matriz, lixiviando as bases e concentrando o alumínio trocável. Esses
processos atuam em escala geológica de tempo, o que os tornam praticamente estáveis se
considerarmos a escala de tempo dos cultivos agrícolas ou das actividades humanas como um
todo.

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Sendo assim, uma vez corrigidos os solos, os processos que provocariam a sua acidificação
são: a exportação de bases pelas plantas, a produção e exsudação de ácidos orgânicos pelas
raízes, a decomposição da matéria orgânica do solo e a aplicação de fertilizantes de reacção
ácida (como o sulfato de amônio). Esses processos causam acidificação gradual dos solos, o
que exige um acompanhamento constante, para evitar perdas de produtividade.

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3. Conclusão

A população mundial é tem tendência crescente por isso é muito importante compreender o
solo, Portanto, a grande questão é sustentar os avanços na agricultura para satisfazer as
demandas e aspirações das gerações do presente e do futuro. O solo e a água, dois recursos
importantes na produção das culturas, devem ser preservados, sem degradar o ambiente, o que
significa dizer que os sistemas agrícolas futuros devem ser economicamente viáveis,
ecologicamente sustentáveis e social e politicamente aceitáveis. Portanto, no futuro, a
agricultura, em todas as suas formas, deve funcionar dentro das restrições impostas pelo
ambiente. Isso, naturalmente, será extremamente difícil, mas não impossível, e, se alcançado,
será extremamente compensador. A identificação de factores limitantes à produtividade
permite o desenvolvimento de um sistema que optimize os níveis dos factores controláveis
requeridos para alcançar a mais alta produtividade possível em determinado solo e clima.

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4. Bibliografia
ALCÂNTARA, M. A. CAMARGO, O.( 2001), Factor de retardamento e coeficiente de
dispersão-difusão para o crómio, Revista Brasileira de Ciência do Solo.

BAUER, H & BLACK, C. (1992)

OMBE, Zacarias, MANDALA, Sabil e MALAUENE, Apolinário.(2007) Geografia dos


solos: Dicionário dos principais conceitos. Maputo, Universidade Pedagógica.

PEREIRA, Diamantino, SANTOS Douglas e CARVALHO, Marcos de. (1999) Geografia -


Ciência do espaço. 4. ed. rev. e actual.

SILVA, Amparo Dias e GRAMAXO, Fernanda et. al. (1995) Terra, Universo de Vida. Porto
Editora.

DA COSTA, J. (1991).Caracterização e constituição do solo. Lisboa, Fundação Calouste


Gulbenkian,

MUCHANGOS, (1999)A. Paisagens e regiões naturais de Moçambique. Editora Escolar,


Maputo.

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