Clara Carolina Souza Santos - Economia Rural Avaliação I Unidade

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
Departamento de Ciências Sociais Aplicadas

Colegiado de Agronomia
Economia Rural - PL 2022.1
AVALIAÇÃO REFERENTE À I UNIDADE

17 de agosto de 2022
Folha de Questões
Caro Professor Moisés,
Para responder às questões da prova, identifiquei o seguinte livro:
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia Micro e Macro: Respostas das

Questões propostas e questões adicionais. Livro do Mestre. Editora Atlas: São Paulo, 2001.
Destaco que respondi essas mesmas questões no dia anterior à prova, enquanto estudava.
Acrescento essa informação para não perder o mérito integral pelo empreendimento na
resolução dos enunciados.
De posse do gabarito, busquei aprofundar tanto quanto possível as justificativas, dentro de um

prazo razoável, com o pouco entendimento que tenho a respeito da Economia e com as
anotações de aula.
Expresso minha gratidão ao senhor pela maneira como propôs a prova, com tempo para
reflexão e debate. Ações como essas colocam o foco do aluno no que é importante – o estudo
– e, como ganho extra, aprendemos a ser Mais Humanos.
Grata também aos meus colegas Denise e João Pedro. O agradecimento só estará completo
caso mencione Vitor Bukvar, economista com a sorte de ter o título de meu melhor amigo. As
suas aulas motivam boas conversas entre nós.
Sigamos à resolução.
Bom dia!
1a Questão
Dentre as alternativas abaixo, identifique o problema fundamental com o qual a Economia se

preocupa. Justifique.
a) A pobreza.
b) O controle dos bens produzidos.
c) A escassez.
d) A taxação daqueles que recebem toda e qualquer espécie de renda.
e) A estrutura de mercado de uma economia
O livro do Mestre de Sandoval Vasconcellos indica como gabarito a escassez como

problema fundamental da Economia, porque o ser humano tem necessidades ilimitadas e os
recursos do mundo são escassos (fatores de produção, como terra, capital e trabalho). O livro
sugerido como base para o estudo do curso em Economia Rural define a Economia como “A
ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos
escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e
grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas”
(VASCONCELLOS, s.d., p. 03). Exemplificamos o problema da escassez com o seguinte
diagrama:
O que produzir
Escassez e Escolha
Necessidades humanas
ilimitadas X Recursos Como produzir
produtivos limitados
Para quem produzir
Em artigo publicado na Revista Econômica, Marin e Pereira (2016, p. 01) explicam as

origens do problema da escassez para o homo economicus no século XIX e suas ramificações
no século XX a partir de Lionel Robbins. O termo escassez, conforme os autores, é vinculado
à Teoria Econômica Neoclássica e reconhecido no campo como “Lei da Escassez”. Os autores
explicam a vinculação da Lei da Escassez como parte integrante da Teoria dos Preços, com a
manutenção dos demais axiomas “(escassez relativa, racionalidade plena,
maximização como resultado de escolha, equilíbrio e individualismo metodológico)” (MARIN
& PEREIRA, 2016, p. 02).
O texto Economia e sociedade em Karl Polanyi, de Luciana de S. Buchala, explica
como o economista Karl Poanyi pensou a relação entre economia e sociedade de forma a
proporcionar o bem estar-humano com a distribuição mais satisfatória dos bens produzidos.
Ela fala a respeito da trajetória reflexiva de Polanyi nas décadas de 40 e 50 do século passado
para identificar um problema metodológico e um problema histórico para a Economia após o
“colapso do sistema de mercados auto-reguláveis nas primeiras décadas do século XX e do
desenvolvimento subsequente do welfare state” (BUCHALA, 2003, p. 101). Em breve texto, a
autora tece comentários a respeito de como a reflexão de Polanyi atacou os impactos destrutivos
de uma economia mais focada nos valores econômicos dominantes em detrimento dos
interesses sociais, transformando homem e natureza em mercadorias.
Em aula, o professor Carlos Moisés também frisou que a distribuição dos itens nem
sempre considera a distribuição equitativa dos bens. Talvez por este motivo, a pobreza não é o
ponto nevrálgico da Economia, logo descartamos a opção (a). Que isso não se confunda com o
fato de que a Economia tem interesse por resolver esta questão quando decide a distribuição de
tudo aquilo que nos mantém vivo, conforme dito em aula do dia 13 de julho de 2022. Nesta
aula, o professor Carlos Moisés explicou a origem da palavra Economia com a pergunta: “O
que faz um economista”? Após breves comentários a respeito da noção de Trabalho em Adam
Smith, o professor apresentou o conceito de escassez em função das necessidades humanas
ilimitadas e da restrição física dos recursos. Em um breve delineamento, o professor indicou o
exame de Adam Smith a respeito da corrida da riqueza industrial e como a Inglaterra e a Grã
Bretanha estavam “atrasadas” neste processo. Como resultado, o professor explicou que Adam
Smith entendeu a riqueza de uma nação em função do trabalho e investigou os primeiros
núcleos de organização da sociedade. Aquilo que antes era entendido como “intervenção direta
da natureza” foi denominado como “intervenção direta do trabalho”. O professor explicou
como as variáveis identificadas por Adam Smith identificaram um pouco a respeito do
problema metodológico da Economia, pois que “à medida que varia o trabalho, varia a
riqueza”. Se houver maior eficiência, logo terá menor esforço e mais riqueza.
O controle de bens produzidos (b), a taxação daqueles que recebem toda e
qualquer espécie de renda (d) e a estrutura de mercado de uma economia (e) são importantes
para a economia, mas secundários em relação à escassez de recursos.
Referências Bibliográficas:
CHAVES, Carlos Moisés Oliveira. Notas de Aula – 13 de julho de 2022. UESB:
Vitória da Conquista, 2022.
BUCHALA, Luciana de S. Economia e Sociedade em Karl Polanyi. Formação
Ecômica. (10): 102 – 125, Edunicamp: Campinas, 2003.
MARIN, Solange & PEREIRA, Adriano José. Lei da escassez e comportamento
econômico: uma leitura institucional. Revista Econômica: vol, 18, s.local., 2016.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia Micro e Macro. Edições
Atlas (Versão disponibilizada pelo professor no Google Classroom, sem indicação de data).
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia Micro e Macro: Respostas
das Questões propostas e questões adicionais. Livro do Mestre. Editora Atlas: São Paulo,
2001.
2a Questão
Determine qual opção a seguir justifica melhor a preocupação sobre os três problemas
econômicos relativos a “o quê”, “como” e “para quem” produzir. Fundamente sua escolha.
a) Apenas nas sociedades de planejamento centralizado.
b) Apenas nas sociedades de “livre empresa” ou capitalistas, nas quais o problema da
escolha é mais agudo.
c) Em todas as sociedades, não importando seu grau de desenvolvimento ou sua
forma de organização política.
d) Apenas nas sociedades “subdesenvolvidas”, uma vez que desenvolvimento é, em
grande parte, enfrentar esses três problemas.
e) Todas as respostas anteriores estão corretas.
O livro do Mestre de Marco Antonio Sandoval Vasconcellos indica a letra (c) como
gabarito da questão. O autor apresenta como justificativa o fato de existirem os três problemas
econômicos relativos a “o quê”, “Como” e “para quem” produzir em todas as sociedades, “não
importando seu grau de desenvolvimento ou sua forma de organização política”
(VASCONCELLOS, 2017, p. 10). O livro de Vasconcellos (s.d., p.16) diz que todas as
sociedades são “obrigadas a fazer opções, escolhas entre alternativas, uma vez que os recursos
não são abundantes”. Cada pergunta, conforme o livro, vincula-se a problemas bastante
complexos. O que e quanto produzir é respondido pela habilidade da sociedade em “decidir
se produz mais bens de consumo ou bens de capital”; como produzir é respondido pelo aumento
de eficiência e, por conseguinte, de tecnologias e, por fim, para quem produzir reflete as
escolhas dos setores essenciais para uma sociedade, graças a Deus, salvaguardados por longas
lutas humanas e estabilizadas em constituições cidadãs e democráticas, das quais esperamos
plena e eficaz aplicação de suas garantias por meio do exercício sincero de nossos governantes
para efetivação dos direitos fundamentais.
Em breve apresentação da abordagem clássica do excedente, Medeiros e Serrano (2004)
definem dois princípios da explicação a respeito de como distribuir o excedente. O primeiro
conceito de excedente econômico, seguindo os autores, incluem Petty até Ricardo, com breves
anotações de Marx. Vemos, portanto, que este conceito foi delineado em uma longa duração.
Medeiros e Serrano (2004) sintetizam o conceito dizendo que “o excedente é determinado pelas
condições técnicas de produção e um salário usual de subsistência. A competição opera
distribuindo o excedente entre os vários tipos de rendas da propriedade por meio do sistema de
preços”. O princípio da substituição é o segundo princípio norteador da distribuição do
excedente, ainda conforme Medeiros e Serrano (2004). Este princípio “dá a base
para a ideia de que existe uma relação geral inversa entre o preço e a quantidade utilizada de
um fator”.
Coutinho (2002) examinou a obra de Celso Furtado e, em especial, a ideia de excedente
à luz desta obra. O autor identificou o excedente como um dos pontos para explicar o
desenvolvimento econômico das nações. Após breve apresentação dos textos de Celso Furtado
publicados na segunda metade do século XX, e suas oscilações de entendimento a respeito do
excedente. Coutinho (2022) explica como Celso Furtado estudou e revisou a economia clássica
– Smith, Ricardo, Say, Stuart Mill, Marx -, a teoria neoclássica, com destaque para Cassel,
Schumpeter, Wicksel e Hansen – para identificar como os clássicos se valem “largamente da
noção de excedente, e os neoclássicos a descartam, ao cristalizarem a teoria da remuneração
baseada na produtividade marginal” (COUTINHO, 2022, p.1145). O texto, bastante
interessante, escapa um pouco ao meu entendimento a respeito da Economia. Solicito a
benévola paciência do professor para essa explicação pouco detalhada. De uma maneira geral,
penso que o uso geral da “satisfação” e “saciedade” ao usufruto de um bem na Economia parece
intuir algo que a ficção já indicou, quando identifica Huxley como um autor capaz de captar a
essência do nosso tempo dominada por imediatismos e controles dos sentidos pela sensação e
pelo prazer (LIRIO, 2021).
Em aula do dia 14 de julho de 2022, o professor Carlos Moisés lançou duas perguntas:
“como distribuir o excedente? Como alocar os itens que sobraram”? O professor explicou quais
são os recursos escassos: Terra, Trabalho e Capital. Esses insumos, conforme explicação em
aula, estão presentes em todos os itens. Pergunta-se: quais são as prioridades? Os recursos
devem ser destinados às prioridades: alimentação, saúde, moradia, habitação, educação, etc.
Qualquer item que permita estar Vivo. Logo, o que garante a subsistência deveria ser
prioridade. O economista, portanto, planeja como distribuir os recursos de subsistência
(presente) em relação aos investimentos (futuro).
A “chave” para responder essa questão é identificar o sintagma “em todas as
sociedades”, sem a exclusão de “apenas nas sociedades” (a), ou “apenas nas sociedades de livre
empresa ou capitalistas” (b), ou “apenas nas sociedades subdesenvolvidas”.
Referências Bibliográficas:
COUTINHO, Maurício Chalfin. O desenvolvimento como processo de
mudança cultural: as conexões entre excedente e estruturas sociais na visão de Celso Furtado.
Nova Economia V. 29, Edunicamp: Campinas, 2022.
LIRIO, Sergio. Orwen volta à moda, mas quem captou o espírito do nosso tempo foi
Huxley: A Londres Fordista de Admirável Mundo Novo tem mais a ver com os dias atuais do
que a Oceania totalitária de 1984. Carta Capital, 31.02.2021. Disponível em:
https://www.cartacapital.com.br/cultura/orwell-volta-a-moda-mas-quem-captou-o-espirito-
do-nosso-tempo-foi-huxley/ Acessado em 18 de agosto de 2022.
MEDEIROS, Carlos & SERRANO, Franklin. O desenvolvimento econômico e a
retomada da abordagem clássica do excedente. Política Econômica 24, 02. 2004. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/rep/a/6GnPqL9c8CtBBVbS3RzwLZB/?lang=pt Acessado em 18
de agosto de 2022.
2001.
3a Questão
Indique a alternativa como o sistema de preços restabelece a posição de equilíbrio inicial num
sistema de livre iniciativa privada. Explique.
a) Por meio da concorrência entre compradores, quando houver excesso de demanda.
b) Por meio da concorrência entre vendedores, quando houver excesso de demanda.
c) Por pressões para baixo e para cima nos preços, tais que acabem, respectivamente, com
o excesso de demanda e com o excesso de oferta.
d) por meio de pressões sobre os preços que aumentam a quantidade demandada e
diminuem a quantidade ofertada e diminuem a demanda, quando há excesso de
demanda.
e) todas as alternativas anteriores são falsas.
O livro do Mestre de Sandoval Vasconcellos (2017, p. 10) indica a letra (d) como
gabarito para esta questão. O autor explica as incongruências de cada item da questão, quais
sejam: a incompletude das letras (a) e (b), ao não considerarem o equilíbrio tanto pela
concorrência entre compradores quanto entre vendedores. Em seguida, o autor explica que
“quando ocorre excesso de oferta, os preços são pressionados para baixo, de forma a diminuir
a quantidade ofertada e aumentar a demandada”. Em lado oposto, “quando há excesso de
demanda, os preços são pressionados para cima, de forma a aumentar a quantidade ofertada e
diminuir a demandada”, logo a alternativa (c) é falsa.
Vasconcellos (s.d., p. 17) explica esse tópico falando a respeito do sistema de
concorrência pura. O Mecanismo de Preços. Em dois tópicos, o autor explica que se houver
excesso de oferta (ou escassez de demanda), os estoques serão formados nas empresas e
haverá um desequilíbrio em todo o sistema. Se houver excesso de demanda (ou escassez de
oferta), as filas serão formadas, com concorrência entre consumidores. Para explicar esse
mecanismo, é importante ter em mente o seguinte esquema:
Fonte: CARRERA - FERNANDEZ, 2009, p. 08

Em aula do dia 20 de julho de 2022, o professor Carlos Moisés explicou que, do

enfrentamento entre essas esferas desenhados no esquema, surge um acordo sobre preços. Esse
acordo responde as perguntas da economia: o quê, quanto e para quem. O preço é um acordo
que surge da demanda e oferta no locus do mercado. Ele depende da oferta e da demanda e
atende às necessidades de quem demanda e de quem oferta.
O sistema de iniciativa livre privada tem algumas imperfeições, quais sejam: (a) uma
simplificação da realidade; (b) o falseamento de que os preços flutuam livremente, quando, na
verdade, ocorrem pressões de sindicatos, oligopólios e governos; (c) um mercado imperfeito
para alocação de recursos e (d) a inépcia do mercado sozinho em promover a distribuição de
renda.
Referências Bibliográficas
CARRERA – FERNANDEZ, José. Curso básico de Microeconomia. EdUfba:
Salvador, 2009.
HOFFMAN, Helga. O planejamento e o mecanismo de preços. Revista de
Administração de Empresas. 13, 1973. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rae/a/frppBpwY5fVYYw6b7HjfSCt/?lang=pt Acessado em 18 de
agosto de 2022.
2001.
4a Questão
A “Curva de Possibilidades de Produção” é utilizada nos manuais de economia para ilustrar

um dos problemas fundamentais do sistema econômico: por um lado, os recursos são limitados
e não podem satisfazer a todas as necessidades ou desejos; por outro, é necessário realizar
escolhas. Determine entre as opções a seguir qual demonstra melhor essa curva quando
construída para dois bens. Explique.
a) Os desejos dos indivíduos perante a produção total desses dois bens.
b) A quantidade total produzida desses dois bens em função do emprego total da mão-de-
obra.
c) A quantidade disponível desses dois bens em função das necessidades dos indivíduos
dessa sociedade.
d) Quanto se pode produzir dos bens com as quantidades de trabalho, capital e terra
existentes e com determinada tecnologia.
e) a impossibilidade de atender às necessidades dessa sociedade, visto que os recursos são
escassos.
O livro do mestre de Sandoval Vasconcellos (2017, p. 11) indica a letra (d) como
gabarito para esta questão. O autor diz que a Curva de Possibilidades de Produção “mostra
quanto se pode produzir dos bens com as quantidades de trabalho, capital e terra existentes e
com determinada tecnologia”. Vejamos o gráfico abaixo:
Fonte: (VASCONCELLOS, 2017, p. 11)

A Curva de Possibilidade representa a capacidade máxima de produção dadas as
alternativas e os recursos das sociedades. Em aula do dia 20 de julho de 2022, o professor
Carlos Moisés explicou que a escolha é feita diante do exame de quais bens existem em
determinado mercado combinados diante de algum nível de conhecimento. Este conceito
teórico ilustra “a limitação de recursos e sua vinculação à necessidade de a sociedade fazer
opções ou escolhas entre alternativas de produção”. (VASCONCELLOS, s. d. , p. 22).
Em aula do dia 20 de julho de 2022, usou-se o exemplo do pleno emprego
das faculdades. O professor ilustrou a Curva de Possibilidade imaginando um contexto em que
não haja desemprego – pelo menos, voluntário. Neste contexto fictício, todos os recursos estão
empregados. A curva decrescente – em virtude do sacrifício feito para optar por um produto e
não por outro – e côncava – em virtude da Lei dos cursos crescentes – demonstra um limite
máximo de produção com os recursos que a sociedade dispõe em um dado momento. Em sala
de aula, foi mencionado o exemplo da mudança interplanetária para exemplificar o ponto fora
da curva no espaço mais alto. Naquele contexto, a humanidade ainda não dispõe dos recursos
e da tecnologia para mudar de planeta.
2001.
5a Questão
Assinale a afirmação falsa. Justifique.

a) Um modelo simplificado da economia classifica as unidades econômicas em “famílias”
e “empresas”, que interagem em dois tipos de mercado: mercados de bens de consumo
e serviços e mercado de fatores de produção.
b) Os serviços dos fatores de produção fluem das famílias para as empresas, enquanto o
fluxo contrário, de moeda, destina-se ao pagamento de salários, aluguéis e juros.
c) Os mercados desempenham cinco funções principais: i) estabelecem valores ou preços;
ii) organizam a produção; iii) distribuem a produção; iv) racionam os bens, limitando o
consumo à produção; e, v) prognosticam o futuro, indicando como manter e expandir a
capacidade produtiva.
d) A Curva de Possibilidade de Produção dos bens X e Y mostra a quantidade mínima
de X que deve ser produzida, para um dado nível de produção de Y, utilizando-se
plenamente os recursos existentes.
e) A inclinação da Curva de Possibilidade de Produção dos bens X e Y mostra quantas
unidades do bem X podem ser produzidas a mais, mediante uma redução do bem Y.
O livro do mestre de Vasconcellos (2017, p. 14) indica a alternativa (d) como gabarito
para esta questão. Ele explica que “a curva de possibilidade de produção dos bens X e Y mostra
a quantidade máxima de X que deve ser produzida, para um dado nível de produção de Y”
(VASCONCELLOS, 2017, p. 14).
A alternativa (a) e (b) foram explicadas na aula do dia 14 de julho de 2022, ao
mencionar o acesso ao consumo. A alternativa (c) foi explicada no dia 20 de julho de 2022. A
alternativa (e) explica a curva de Possibilidade de Produção, mencionada na aula do dia 20 de
julho de 2022. Todas estas alternativas são verdadeiras.
2001.
6a Questão
Identifique a opção em que faz distinção entre aumento da quantidade procurada e aumento da
procura. Fundamente.
a) poderia resultar de uma queda de preço, enquanto o segundo, não.
b) Não poderia resultar de um aumento de preço, enquanto o segundo, sim.
c) Refere-se a um aumento de curto prazo na quantidade adquirida, e o segundo a um
aumento de longo prazo.
d) Provoca um aumento das despesas totais por parte dos compradores, enquanto o
segundo, não.
e) É essencialmente o mesmo que o segundo, à exceção de certa diferença na elasticidade-
preço da procura.
O manual de Vasconcellos (s.d., p. 42) define demanda (ou procura) como “a

quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado
período, dada sua renda, seus gastos e o preço de mercado”.
Em aula do dia 21 de julho de 2022, aprendemos como a demanda está em função da
renda do consumidor. Pela Lei da Demanda, a demanda varia inversamente à variação do
preço. O consumidor tem uma outra maneira de valorar os itens. O valor está em função do
preço, do uso do bem e da utilidade total. Um exemplo em sala de aula para entender o conceito
foi a inutilidade da compra de antibióticos quando estamos saudáveis. Logo, a quantidade
demandada de um bem está em função da utilidade total de um bem, existindo uma relação
entre quantidade e utilidade.
A quantidade procurada é a máxima quantidade que um comprador deseja de um
determinado bem. Essa quantidade procurada não equivale, necessariamente, à quantidade
comprada do bem. A variação da quantidade procurada depende do preço do bem. Essa
variação é representada pelo movimento ao longo da curva de demanda. A variação da procura
depende de valores exógenos (renda, preços substitutos e complementares, etc.) (DONARIO
& SANTOS, 2015). Essa variação não depende por necessidade do preço do bem, sendo
representada pelo deslocamento de toda a curva de demanda.
DONARIO, Arlindo Alegre & SANTOS, Ricardo Borges dos. A procura
e a oferta. Centro de Análise Econômica de Regulação Social. Universidade Autônoma de
Lisboa: Lisboa, 2015.
7a Questão
Assinale a alternativa correta, ceteres paribus. Explique sua resposta.

a) Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidade demandada do
bem.
b) Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui a quantidade ofertada e
demandada do bem.
c) um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a oferta do bem.
d) um aumento da demanda aumento o preço, a quantidade demandada e a oferta do bem.
e) NRA
O manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 24) indica a alternativa (a) como gabarito
para esta questão. O autor explica que “o aumento da oferta causa uma queda no preço e
aumenta a quantidade demandada (deslocamento sobre a curva de demanda para a direita do
equilíbrio anterior)” (VASCONCELLOS, 2017, p. 24).
Em aula do dia 26 de julho de 2022, o professor explicou que a demanda individual está
em função do preço de um bem, do preço do bem que o substitui, do preço dos bens
complementares entre si e da renda. A lei da demanda diz que à medida que o preço diminui,
a quantidade demandada aumenta, pois que a quantidade demandada do bem ou serviço varia
em relação inversa de seu preço, coeteris paribus. O exemplo em sala de aula foi a narração de
um belo dia de compras no supermercado Rondelli, acompanhado de sua graciosa mãezinha.
Na ocasião, o queijo estava mais barato no supermercado, ao preço, pasme, de oitenta reais o
quilo. Se o preço diminuiu, a quantidade aumentada do bem aumentou e entrou na cesta da
família para a produção de tapiocas matinais.
Por que existe essa relação inversa entre preço e quantidade demandada de um bem ou
serviço? Isso acontece por dois fatores majoritários: (a) o efeito substituição e o (b) efeito renda.
Estes efeitos, conforme explicado por Vasconcellos (s.d., p. 49) agem conjuntamente. O efeito
substituição indica que “o bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, com o que
aumenta a quantidade demandada” e (b) o efeito renda indica que “com a queda do preço, o
poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem tende,
normalmente, a aumentar”.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia Micro e
Macro. Edições Atlas (Versão disponibilizada pelo professor no Google Classroom, sem
indicação de data).
2001.
8a Questão
Quais os efeitos sobre o consumidor de uma variação no preço? Justifique.

a) Efeito substituição e efeito preço.
b) Efeito substituição e efeito renda.
c) Efeito renda e efeito preço.
d) Efeito preço, efeito renda e efeito substituição.
e) NRA
O manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 20) indica a alternativa (b) como

gabarito para esta questão. A explicação do manual é simples: “o efeito de uma variação de
preço é chamado de efeito preço e é a soma dos efeitos substituição e renda”.
Para explicar melhor, vejamos as definições de Vasconcellos (s.d, p. 49) para (a) efeito
substituição e (b) efeito renda. O primeiro diz que “o bem fica mais barato relativamente aos
concorrentes, com o que a quantidade demandada aumenta”; o segundo diz que “com a queda
do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem tende,
normalmente, a aumentar”. Isso significa que, ao cair o preço de um bem, “mesmo com sua
renda não variando, o consumidor pode comprar mais mercadorias”.
2001.
9a Questão
Dada a função demanda de x:
Dx = 30 - 0,3px + 0,7py + 1,3R
Sendo px e py os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores, qual é a alternativa

correta? Explique.
a) O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares.
b) O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos.
c) Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal.
d) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal.
e) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior.
O manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 21) indica a alternativa (d) como

gabarito para esta questão. Em aula, aprendemos a observar os sinais dos coeficientes para
identificar quando um bem é substituto ou complementar, normal ou inferior. O sinal positivo
do coeficiente da Renda indica a existência de uma relação direta entre a Renda do Consumidor
e a demanda do Bem. Isso é indicativo de que o Bem x é um bem normal.
No gabarito, há a indicação de que “o sinal positivo do coeficiente do preço do bem y
indica uma relação direta entre a alteração no preço de y e a demanda de x, ou seja, x e y são
bens substitutos”. O gabarito ainda explica que “não temos a função demanda de y” e, por este
motivo, “não podemos saber se y é um bem normal ou inferior”.
O manual de Vasconcellos (s.d., -. 40) explica que há uma relação direta na variação
positiva de consumo de um bem quando ocorre uma variação no preço de um bem. O consumo
de um bem é afetado quando há alguma variação no preço de outro. Quando isso ocorre,
chamamos o bem alternativo de bem substituto. Na função, vemos que houve uma redução no
preço de x. A renda do consumirdor teve uma variação positiva. Logo, conforme explicado por
Vasconcellos (s.d., p. 41) e em aula do dia 26 de julho de 2022, os aumentos de renda levam
ao aumento da demanda do bem. A um preço inicial, há uma demanda de um bem A. O bem
substituto é identificado quando a quantidade demandada do bem X em função do preço do
bem substituto de X possui uma variação positiva.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia Micro e
Macro. Edições Atlas (Versão disponibilizada pelo professor no Google Classroom, sem
indicação de data).
2001.
10a Questão
Qual seria a classificação econômica de um bem caso houvesse uma diminuição no preço e
uma diminuição no consumo do bem, ceteres paribus? Explique.
a) Normal.
b) Inferior.
c) Substituto.
d) Complementar.
e) De Giffen.
O bem normal é identificado quando há uma queda na renda do consumidor e, também,

uma queda na quantidade demandada do item. Em aula do dia 26 de julho de 2022, o professor
explicou que os bens normais são mais consumidos quando ficamos mais ricos. Todos os bens
que, com elevação de renda, aumenta a quantidade, são considerador normais. Para bens
normais ou superiores, a variação é positiva.
O gabarito da questão, conforme o manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 31)
indica a alternativa (e) como gabarito para esta questão. Ele explica que “as denominações
normal e inferior dizem respeito à variação de renda e não de preço”. As denominações
“complementar e substituto” dizem respeito à variação de preço de outro bem. O bem de Giffen
é “aquele cuja função demanda é positivamente inclinada e, portanto, uma diminuição de preço
provoda redução em seu consumo”. Em aula, aprendemos que são bens especiais – quanto
maior o preço, maior o desejo de consumir.
2001.
11a Questão
O aumento do poder aquisitivo, basicamente determinado pelo crescimento da renda (R)

disponível da coletividade, poderá provocar a expansão da procura de determinado produto.
Neste caso, o que deve acontecer com o preço de equilíbrio? Justifique.
a) deslocar-se-á da posição de equilíbrio inicial para um nível mais alto, se não
houver possibilidade de expansão da oferta do produto.
b) Cairá do ponto inicial para uma posição mais baixa, se a oferta do produto permanecer
inalterada.
c) Permanecerá inalterado, pois as variações de quantidades procuradas se realizam ao
longo da curva inicialmente definida.
d) Permanecerá inalterado, pois as variações de quantidades ofertadas se realizam ao
longo da curva inicialmente definida.
e) NRA
O manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 24) indica a alternativa (a) como gabarito
para esta questão. Quando ocorre o aumento do poder aquisitivo, “basicamente determinado
pelo crescimento da renda disponível da coletividade, poderá provocar a expansão da demanda
de determinado produto”. Com o aumento da demanda, o preço de equilíbrio se desloca da
posição inicial para um nível mais alto.
Vasconcellos (s.d., p. 66) explica esse mecanismo ao falar a respeito das mudanças no
ponto de equilíbrio em virtude de deslocamentos da oferta e da demanda. Ele diz que, quando
há um aumento da renda, consequentemente, coeteris paribus, a demanda do bem x será maior.
A curva desloca-se para a direita, com um “excesso de demanda que provocará gradativamente
um aumento de preços” (VASCONCELLOS, s. d,p, 66).
2001.
12a Questão
Aponte a alternativa correta. Explique.

a) Quando o preço aumenta, a receita total (RT) aumenta, se a demanda for elástica,
ceteres paribus.
b) Quando o preço aumenta, a receita total (RT) diminui, se a demanda for inelástica,
ceteres paribus.
c) Quedas de preço de um bem redundarão em quedas da receita dos produtores desse
bem, se a demanda for elástica, ceteres paribus.
d) Quedas de preços de um bem redundarão em aumentos de receita dos produtores desse
bem, se a demanda for inelástica, ceteres paribus.
e) Todas as alternativas são falsas.
Vasconcellos explica que a elasticidade-preço da demanda varia, ao longo de uma

mesma curva de demanda. Quanto maior o preço do bem, maior a elasticidade, ou seja, maior
a sensibilidade do consumidor quando há o aumento do preço do bem.
CHAVES, Carlos Moisés Oliveira. Notas de Aula – 04 de agosto de 2022. UESB:
2001.
13a Questão
Identifique a opção que melhor define a elasticidade cruzada de bens complementares.
Justifique.
a) igual a zero.
b) Menor que zero.
c) Maior que zero e menor que um.
d) Maior ou igual a um.
e) NRA
Vasconcellos (s.d., p. 86) explica que a elasticidade-preço cruzada de demanda é a

“variação percentual da quantidade demandada do bem X, dada uma variação percentual no
preço do bem y, coeteris paribus”. Quando a variação da quantidade de x em função da
variação do preço de y for multiplicada pelo preço de y em função da quantidade de X e o
resultado for uma variação negativa, identificamos os bens x e y como complementares, pois
que o aumento do preço de y diminui a demanda de x, coeteris paribus.
2001.
14a Questão
Aponte a alternativa correta. Explique.

a) Se o preço variar em $2, e a quantidade demandada em 10 unidades, concluímos que a
demanda é elástica.
b) A elasticidade-preço cruzada entre dois bens é sempre positiva.
c) A elasticidade-preço da demanda de sal é muito baixa.
d) A elasticidade-preço da demanda de alimentos é, em geral, bastante elevada.
e) A elasticidade-renda da demanda de manufaturados é relativamente baixa.
O manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 40) indica a alternativa ( c ) como

gabarito dessa questão. Assim o autor explica: a alternativa (a) é incorreta, porque ela “cita um
valor absoluto para preço e outro para quantidade”. Neste sentido, a “afirmação é inconclusiva,
no que diz respeito à elasticidade-preço da demanda”. A alternativa (b) é incorreta porque “a
elasticidade-preço cruzada entre dois bens será positiva se os bens forem substitutos”. A
alternativa (d) é incorreta, pois “a elasticidade-preço da demanda, para bens essenciais, como
os alimentos, costuma ser baixa”. A alternativa (e) é incorreta porque “a elasticidade-renda de
bens manufaturados é relativamente elevada”.
No manual, Vasconcellos (s. d. , p.85) explica que itens como sal mantém a quantidade
demandada constante. Isso acontece porque o sal é um item essencial e, mesmo com o aumento
do preço, “o consumidor continuará consumindo praticamente a mesma quantidade do produto,
já que não encontra um produto substituto”.
2001.
15a Questão
Aponte e justifique qual é o coeficiente de elasticidade-preço cruzada entre a procura dos

produtos A e B, em certa localidade, sabendo-se que toda vez que há um acréscimo de 10% no
preço de um, sua quantidade procurada diminui 8%, enquanto a quantidade procurada do outro,
se seu preço permanece constante, aumenta 10%.
a) 10%
b) 1
c) 2
d) ½
e) 11%
O manual do Mestre de Vasconcellos (2017, p.40) indica a alternativa (b) como gabarito
para essa questão. A elasticidade-preço cruzada entre os bens A e B é encontrada pela divisão
entre a variação percentual da quantidade procurada do Bem A pela variação percentual do
preço do bem B. Logo: 10%/10% = 1.
2001.

Clara Carolina Souza Santos - Economia Rural Avaliação I Unidade

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

Departamento de Ciências Sociais Aplicadas

AVALIAÇÃO REFERENTE À I UNIDADE

Caro Professor Moisés,

Para responder às questões da prova, identifiquei o seguinte livro:

VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia Micro e Macro: Respostas das

De posse do gabarito, busquei aprofundar tanto quanto possível as justificativas, dentro de um

Dentre as alternativas abaixo, identifique o problema fundamental com o qual a Economia se

O livro do Mestre de Sandoval Vasconcellos indica como gabarito a escassez como

Para quem produzir

Em artigo publicado na Revista Econômica, Marin e Pereira (2016, p. 01) explicam as

Fonte: CARRERA - FERNANDEZ, 2009, p. 08

Em aula do dia 20 de julho de 2022, o professor Carlos Moisés explicou que, do

A “Curva de Possibilidades de Produção” é utilizada nos manuais de economia para ilustrar

Fonte: (VASCONCELLOS, 2017, p. 11)

Assinale a afirmação falsa. Justifique.

O manual de Vasconcellos (s.d., p. 42) define demanda (ou procura) como “a

Assinale a alternativa correta, ceteres paribus. Explique sua resposta.

Quais os efeitos sobre o consumidor de uma variação no preço? Justifique.

O manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 20) indica a alternativa (b) como

Dada a função demanda de x:

Dx = 30 - 0,3px + 0,7py + 1,3R

Sendo px e py os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores, qual é a alternativa

O manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 21) indica a alternativa (d) como

O bem normal é identificado quando há uma queda na renda do consumidor e, também,

O aumento do poder aquisitivo, basicamente determinado pelo crescimento da renda (R)

Aponte a alternativa correta. Explique.

Vasconcellos explica que a elasticidade-preço da demanda varia, ao longo de uma

Vasconcellos (s.d., p. 86) explica que a elasticidade-preço cruzada de demanda é a

Aponte a alternativa correta. Explique.

O manual do mestre de Vasconcellos (2017, p. 40) indica a alternativa ( c ) como

Aponte e justifique qual é o coeficiente de elasticidade-preço cruzada entre a procura dos

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