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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA – FUNEC

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC


NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I

Prof: MSc Robson da Silva


CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO
DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I UNEC / EAD

INTRODUÇÃO

O cálculo é sem dúvida a ferramenta mais poderosa desenvolvida pela mate-


mática. Sua utilização permeia, campos e áreas de estudo em diversas disciplinas
como: biologia, química, física e matemática. E encontra aplicações em profissões,
tais como: medicina, arquitetura, tecnologia da informação e principalmente em enge-
nharia.
A utilização e a habilidade de desenvolver essa ferramenta, levou a humani-
dade da idade da pedra até a era moderna. Mas, é claro que o caminho não foi tão
simples e fácil. Desde a elaboração do princípio da contagem, representação dos nú-
meros, até o formalismo utilizado nos dias de hoje, foi um longo e árduo caminho. E
muitos foram os colaboradores que durante séculos, investigaram, testaram, escreve-
ram e provaram as teorias que nos levaram ao entendimento e aplicações do cálculo
moderno. O que hoje conhecemos como cálculo diferencial e integral.
Apesar de algumas ideias de cálculo serem encontradas em manuscritos da
Grécia antiga, como em trabalhos desenvolvidos por Arquimedes (287 – 212 A.C), e
em Trabalhos de René Descartes (1596 – 1650), Pierre de Fermat (1601 – 1665) no
início do século dezessete. A invenção do cálculo diferencial e integral é frequente-
mente atribuída a Sair Isaac Newton (1642 – 1727) e a Gottfried Wilhelm Leibniz (1654
– 1705), pois foram os primeiros a generalizar e a unificar o assunto. É necessário
salientar, que muitos outros matemáticos dos séculos dezessete e dezoito, também
fizeram contribuições substanciais no desenvolvimento dessa ferramenta. Contudo,
foi somente a partir do século dezenove que os processos do cálculo diferencial e
integral receberam fundamentação teórica sólida.
Hoje, a maioria dos estudantes iniciantes em cursos de exatas me perguntam
o porquê de se estudar cálculo? Se você também é um desses estudante a resposta
é muito simples. Estudos comprovam que estudantes que se propõem a estudar e
aprender cálculo, seja em qualquer área, apresenta um desenvolvimento considerável
na capacidade de raciocínio. Ou seja, o estudo de cálculo melhora sua habilidade de

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resolver problemas, sem mencionar que o cálculo é a ferramenta mais utilizada e apli-
cada na solução de problemas em matemática, física e engenharia. Sobre essa ótica,
a disciplina de cálculo do curso EAD do Centro Universitário de Caratinga - UNEC, foi
pensado e modelado de forma a proporcionar o desenvolvimento intelectual do estu-
dante, atrelado a uma formação que permita ao estudante explorar e solucionar qual-
quer problema que necessite da aplicação dessa ferramenta. Neste contexto a disci-
plina de cálculo foi dividida em seis capítulos, onde priorizamos e condensamos os
principais conceitos e técnicas necessárias, para uma boa formação do estudante.
Para facilitar e tornar mais prazeroso o estudo de cálculo 1, a disciplina foi
dividida em:
Capítulo1. Estudo das funções.
Neste capítulo, serão estudados os conceitos de funções do primeiro e se-
gundo graus, função exponencial e função racional, onde será dado maior ênfase na
noção intuitiva de limites.
Capítulo 2. Limites e continuidade.
Neste capítulo, será abordado a definição de limites laterais e limites tendendo
ao infinito, técnicas de solução de limites e o uso de limites como introdução às deri-
vadas e diferenciais.
Capítulo 3 Regras de derivação e diferenciação.
Neste capítulo, será abordado o conceito de derivação aplicado à física e en-
genharia, como também as regras de derivação.
Capitulo 4 aplicações de derivadas
Neste capitulo, vamos explorar a derivada como taxa de variação, usaremos
as técnicas de derivação para solucionar problemas de máximos e mínimos e ainda
estudar a regra de L’Hospital para a solução de limites.
Capítulo 5 Introdução às integrais.
Neste capítulo, será abordado o conceito de integral, integrais indefinidas, e
regras de derivação.

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CAPÍTULO 1

1. FUNÇÕES

Função, é uma aplicação que relaciona elementos entre dois conjuntos de


números reais, estabelecida por uma equação.

Definição 1:
Sejam A e B subconjuntos do conjunto dos números reais(R). Uma função
f : A → B é uma lei de aplicação que estabelece, a relação entre os subconjuntos A e
B e afirma que a cada elemento do subconjunto A, corresponde a somente um ele-
mento do subconjunto B.

O subconjunto A é chamado de domínio da função denotado de D ( f ) . E B é


chamado de contradomínio da função.

Exemplo 1.1

Sejam A = 1, 3, 5, 9  e B =  2, 6,10,18 

(i) f : A → B dada pelo diagrama da figura 1 é uma função de A em B.

Figura 1: Função de A em B

Fonte: O autor

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Notem, que para cada elemento do subconjunto A existe um único elemento
no subconjunto B. E que todos elementos do subconjunto A possuem um correspon-
dente no subconjunto B.

(ii) f : A → B dada pelo diagrama da figura 2, não é uma função de A em B.

Figura 2: Não é função de A em B

Fonte: O autor

Notem que, para um mesmo elemento do subconjunto A possui dois elemen-


tos correspondentes no subconjunto B. E que um dos elementos do subconjunto A,
não possui correspondente no conjunto B.

Observação: Toda função é uma equação, mas, nem toda equação é uma função.

Definição 2:

Seja f : A → B

(i) Dado x  A ,o elemento f (x )  B é chamado de valor da função no ponto x


ou de imagem de x em f.
(ii) O conjunto de todos os valores assumidos pela função é chamado de con-
junto imagem de F denotado por Im( f ) .

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Exemplo 1.2

Dado o conjunto A = 1, 3, 5, 9  e a lei de formação da função ( f : A → B )

f (x ) = y = 2 x :
(i) O domínio da função são os elementos do conjunto A D( f ) = A
(ii) A imagem dos elementos do conjunto A é o conjunto B
Im( f ) = B =  2, 6,10,18 .

1.1 Tipos de Funções:

As funções podem ser classificadas em três tipos: Injetora, sobrejetora e bije-


tora. Que podem ser divididas em:
Função constante; Função par; Função ímpar; Função afim ou polinomial do
primeiro grau; Função Linear; Função crescente; Função decrescente; Função qua-
drática ou polinomial do segundo grau; Função modular; Função exponencial; Função
logarítmica; Funções trigonométricas; Função raiz e função racional. Neste capítulo,
iremos estudar apenas as funções:

• Polinomial do primeiro grau;


• Função quadrática ou polinomial do segundo grau;
• Função exponencial;
• Função racional.

No estudo das funções é extremamente necessário saber:

1 Classificar as funções;
2 Determinar o conjunto domínio e o conjunto imagem;
3 Construir e interpretar o gráfico da função.

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1.2 Polinomial do Primeiro Grau.

São todas funções que obedecem a formulação, f (x ) = ax + b , com a  0 .Nas


funções do primeiro grau, a é chamado de coeficiente angular e b chamado de coefi-
ciente linear e o maior expoente da variável independente (x) é igual a 1.

Uma função do primeiro grau é crescente se, a  0 .

Figura 3: Função polinomial do 1º grau, crescente.

Fonte: Google imagem. Acesso em: 20/05/2020

Uma função do primeiro grau é decrescente se, a  0 .

Figura 4: Função polinomial do 1º grau, decrescente.

Fonte: Google imagem. Acesso em: 20/05/2020

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Observação: O coeficiente linear b define o ponto onde a reta gerada pela função irá
cortar o eixo das ordenadas (y).

Exemplo 1.3

Dada a função f (x ) = 4 x + 1 ,Determine:


a) O domínio;
b) Os coeficientes;
c) A função é crescente ou decrescente?
d) Construa o gráfico da função;
e) Faça o estudo do limite da função.

Resolução:

a) O domínio;

As funções do primeiro grau não possuem restrições de domínio, logo o do-


mínio da função são todos os elementos do conjunto dos números reais.

b) Os coeficientes;

O coeficiente angular da função é a = 4 ,e o coeficiente linear é b = 1 .

c) A função é crescente ou decrescente?

Como nesta função a  0 a função é crescente.

d) Construa o gráfico da função;

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O gráfico de uma função do primeiro grau é sempre uma reta. E para defini-la
são necessários apenas dois pontos, podemos utilizar mais pontos sem que haja ne-
nhum problema.
Então comecemos por criar uma tabela (figura 5) atribuindo valores para a
variável independente assim:

Figura 5: Tabela de f (x ) = 4 x + 1

f (x ) = 4 x + 1 x

1
2
0
-1
-2

Fonte: O autor

Substituindo esses valores na função temos:

f (x ) = 4 x + 1 f (x ) = 4 x + 1 f (x ) = 4 x + 1 f (x ) = 4 x + 1 f (x ) = 4 x + 1
f (1) = 4(1) + 1 f (2 ) = 4(2 ) + 1 f (0 ) = 4(0 ) + 1 f (− 1) = 4(− 1) + 1 f (− 2) = 4(− 2) + 1
f (1) = 5 f (2 ) = 9 f (0 ) = 1 f (− 1) = −3 f (− 2) = −7

A figura 6 mostra os pares ordenados da função.

Figura 6: Tabela da f (x ) = 4 x + 1

f (x ) = 4 x + 1 x

5 1
9 2
1 0
-3 -1
-7 -2

Fonte: O autor

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O gráfico da função é mostrado na figura 7;

Figura 7: Gráfico da função f (x ) = 4 x + 1 .

Fonte: Google imagem. Acesso em: 20/05/2020

e) Faça o estudo do limite da função.

O estudo do limite consiste em verificar a evolução da função quando a vari-


ável independente tende a um limite. Neste caso quando x tende a mais infinito,
x → + e quando tende a menos infinito x → + . Assim:
Quando, x → + , como a função cresce à medida que x cresce, logo a função
também tende a mais infinito, ou seja, não tem limite no mais infinito.

Quando x → − , como a função decresce à medida que x decresce, logo a


função também tende a menos infinito, ou seja, não tem limite no menos infinito.

1.3 Função do Segundo Grau

São todas funções que obedecem a formulação f (x ) = ax² + bx + c , com a  0


. Nela o maior expoente da variável independente é igual a 2, e o coeficiente c, é o
ponto onde a curva descrita pela função corta o eixo das ordenadas.

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A curva de uma equação do segundo grau descreve uma parábola que pode
ser:

Côncava para cima se a  0 , figura 8.

Figura 8: ponto de mínimo de uma parábola.

Fonte: Google imagem. Acesso em: 20/05/2020

Ou côncava para baixo se a  0 , figura 9.

Figura 8: ponto de máximo de uma parábola.

Fonte: Google imagem. Acesso em: 20/05/2020

Uma função do segundo grau pode apresentar:


• Duas raízes reais distintas quando apresentar um   0
• Duas raízes reais iguais quando apresentar um  = 0
• E não possui raízes reais quando apresentar um   0

Para a construção do gráfico de uma função do segundo grau, são necessá-


rios no mínimo três pontos e é recomendável que um desses pontos seja o vértice da
função.

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As raízes da equação podem ser determinadas fazendo f (x ) = 0 resolvendo
a equação 1 que é conhecida como equação de Bhaskara.

−b 
x= (1)
2a

Onde,  = b² − 4ac

As coordenadas do vértice da função podem ser determinadas pelas equa-


ções 3 e 4

Abscissa do vértice

b
x=− (3)
2a

Ordenada do vértice


y=− (4)
4a

Exemplo 1.4

Dada a função do segundo grau, f (x ) = x² + x − 6 , determine:

a) As raízes da equação;
b) O vértice da função;
c) O gráfico da função;
d) Faça o estudo do limite da função.

Resolução:

a) As raízes da equação;

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Para determinar as raízes da equação, começamos fazendo f (x ) = 0 , na se-
quência calculamos o delta da equação e por fim resolvemos a equação de Bhaskara.

 = b² − 4ac
 = 1² − 4(1)(−6)
 = 25

Como podemos observar nesse caso   0 , logo a equação possui duas raí-
zes reais.

−b 
x=
2a
− 1  25
x=
2(1)
−1 5
x=  x1 = −3 e x 2 = 2
2

b) O vértice da função;

Determinando a abcissa do vértice.

b 1 1
x=− x=− x=−
2a 2(1) 2

Determinando a ordenada do vértice.

 25 25
y=−  y=−  y=−
4a 4(1) 4

c) O gráfico da função;

Para construir o gráfico da função são necessários no mínimo três pontos.


Neste caso você pode utilizar as raízes e o vértice da função, e não se esqueça a
curva descrita pela equação deve cortar o eixo das ordenadas no ponto dado pelo
coeficiente c. Mas, para facilitar plote esses pontos em uma tabela, figura 9, e a figura
10 mostra o gráfico da função f (x ) = x² + x − 6 .

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Figura 10: Gráfico da função f (x ) = x² + x − 6 .

Figura 9: Tabela de f (x ) = x² + x − 6

f (x ) = x² + x − 6 x

0 2
-6 0
-25/4 -1/2
0 -3

Fonte: O autor

Fonte: Google imagem. Acesso em: 20/05/2020

d) Faça o estudo do limite da função.

Se x tender a mais infinito, y também tende ao mais infinito.


Se x tende a menos infinito, y também tende ao menos infinito.
Se x tende a dois, y tende a zero.
Se x tende a menos três, y tende a zero

1.5 Função Exponencial

São todas as funções que obedecem a formulação f ( x ) = a x , sendo a um nú-


mero real e 0  a  1.

O domínio da função exponencial é D( f ) = R e a imagem é Im( f ) = (0, ) = R+

O gráfico da função apresenta uma curva que sempre está acima do eixo das
abcissas e corta o eixo das ordenadas no ponto (0,1).

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A função f ( x ) = a x é crescente se a  1 , figura 11.

Figura 11: Gráfico da função f ( x ) = a crescente.


x

Fonte: Google imagem. Acesso em: 20/05/2020

A função f ( x ) = a x é decrescente se 0  a  1 , figura 12.

Figura 12: Gráfico da função f ( x ) = a decres-


x

cente.

Fonte: Google imagem. Acesso em: 20/05/2020

Exemplo 1.5

Dada a função, f ( x ) = 2 x , determine:

a) O gráfico da função;
b) Faça o estudo do limite da função.

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Resolução:

a) O gráfico da função;

Para determinar o gráfico da função é necessário ciar uma tabela (figura 13)
e atribuir valores para a variável independente x.

Figura 13: Tabela de f ( x ) = 2


x

f (x ) = 2 x x

4 2
2 1
1 0
1/2 -1
1/4 -2

Fonte: O autor

Agora é plotar os pares ordenados no plano cartesiano e traçar a curva (figura


14).

Figura 14: Gráfico de f ( x ) = 2


x

Fonte: Google imagem. Acesso em:


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b) Faça o estudo do limite da função.

Se x tende a mais infinito, y também tende a mais infinito.


Se x tende a menos infinito, y tende a zero.

Exemplo 1.6

x
1
Dada a função, f (x ) =   , determine:
2

a) O gráfico da função;
b) Faça o estudo do limite da função.

Resolução:

a) O gráfico da função;

Para determinar o gráfico da função é necessário criar uma tabela (figura 15)
e atribuir valores para a variável independente x.

x
1
Figura 15: Tabela de f ( x ) =  
2

1
x x
f (x ) =  
2
1/4 2
1/2 1
1 0
2 -1
4 -2

Fonte: O autor

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Agora é plotar os pares ordenados no plano cartesiano e traçar a curva (figura
16).

x
1
Figura 16: Gráfico de f ( x ) =  
2

Fonte: Google imagem. Acesso em:


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b) Faça o estudo do limite da função.

Se x tende a mais infinito, y tende a zero.

Se x tende a menos infinito, y tende a mais infinito.

1.7 Função Racional.

q(x )
São todas as funções que obedecem a formulação, f (x ) = , onde q (x ) e
g (x )
g (x) são polinômios e g ( x )  0 .

O domínio da função racional é o conjunto dos números reais excluindo aque-


les valores de x, tais que q ( x) = 0 .

Exemplo 1.7

x −1
Dada a função f ( x ) = , determine:
x +1

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a) O domínio da função;
b) A raiz da função;
c) O gráfico da função;
d) Faça o estudo do limite da função.

Resolução:

a) O domínio da função;

O domínio da função é determinado fazendo, g ( x)  0 . Assim:

x +1  0
x = −1

Logo: D( x) = R − − 1

b) A raiz da função;

Para determinar a raiz da função faça f ( x) = 0 ,Assim:

x −1
f (x ) =
x +1
x −1
=0
x +1
x −1 = 0
x =1

c) O gráfico da função;

Para construir o gráfico da função racional, é necessário determinar a raiz da


equação e as assíntotas horizontal e vertical (as assíntotas são retas paralelas aos
eixos cartesianos que limitam as curvas da função).

Como a raiz da equação já foi determinada no item anterior, basta determinar


as assíntotas.

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Assíntota horizontal:

Para determinar a assíntota horizontal, comece por fazer o quociente entre os


termos que apresentem os maiores expoentes de x na função. Assim:

x
y= =1
x

Logo, a assíntota horizontal é uma reta paralela ao eixo das abcissas e que
corta o eixo das ordenadas no ponto (0,1).

Assíntota vertical:

Para determinar a assíntota vertical, faça a função, g ( x ) = 0 .

x +1 = 0
x = −1

Logo, a assíntota vertical está paralela ao eixo das ordenadas e corta o eixo
das abcissas no ponto (-1,0).

O gráfico da função é apresentado na figura 17.

x −1
Figura 17: Gráfico de f ( x ) =
x +1

Fonte: Google imagem. Acesso em:


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Para determinar as curvas você pode construir uma tabela e atribuir alguns
valores para a variável independente x. Neste caso não foi necessário pois uma das
curvas corta o eixo x, no ponto dado pela raiz da equação.

As curvas descritas pela função são sempre tangentes às assíntotas.

d) Faça o estudo do limite da função.

Se x tende a mais infinito, y tende a um.


Se x tende a menos infinito, y tende a um.
Se x tende a menos um pela esquerda, y tende a menos infinito.
Se x tende a menos um pela direita, y tende a mais infinito.

1.8 Exercícios

1) A função do primeiro grau, definida por f (x) = (6 – 4a).x + 10, é crescente quando:

a) a > 0
b) a < 3/2
c) a = 3/2
d) a > 3/2
e) a < 3

2) a reta da função f (x) = ax + b, passa pelos pontos (– 1, 3) e (2, 7). O valor do


coeficiente angular dessa função é:

a) 5/3
b) 4/3
c) 1
d) 3/4
e) 3/5

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3) Qual das funções abaixo fornece o gráfico da figura

a) F(x) = 2x – 4
b) F(x) = 4x – 2
c) F(x) = -2x – 4
d) F(x) = -2x + 4
e) F(x) = 2x +4

4) No estudo do gráfico da função:

É correto afirmar que:

a) Y tende ao mais infinito quando x tende ao menos infinito e o coeficiente linear


da função é -1.
b) Y tende ao menos infinito quando x tende ao mais infinito e o coeficiente linear
da função é -1.
c) Y tende ao mais infinito quando x tende ao mais infinito e o coeficiente linear
da função é -1.
d) Y tende ao mais infinito quando x tende ao mais infinito e o coeficiente linear
da função é 1.
e) Y tende ao menos infinito quando x tende ao menos infinito e o coeficiente an-
gular da função é -1.

5) A soma das coordenadas do vértice de uma função do segundo grau definida por
f(x) = x2 + 5x + 6?

a) – 3,0 b) 3,0 c) 5/2 d) – 5/2 e) 1/2

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6) Dada a função f(x) = – 2(x + 1)(2 – x) é correto afirmar que:

a) A função é do primeiro grau e é decrescente, pois a = – 2.


b) A função é do segundo grau e possui concavidade voltada para baixo, pois a =
– 2.
c) A função é do segundo grau e possui concavidade voltada para cima, pois a = 2.
d) A função é do primeiro grau e é crescente, pois a = 2.
e) A função não é do primeiro nem do segundo grau.

7) O gráfico da função real definida por y = x² + kx + (15 – k) tangencia o eixo das


abscissas e corta o eixo das ordenadas no ponto (0, a). Se a abscissa do vértice
da parábola é negativa, a vale:

a) 25
b) 18
c) 12
d) 9
e) 6

8) A figura abaixo, é refere ao gráfico da função y = ax² + bx + c.

Sendo  o discriminante, podemos afirmar que:


a) a < 0, ∆ > 0 e c > 0
b) a > 0, ∆ > 0 e c < 0
c) a < 0, ∆ = 0 e c < 0
d) a < 0,  > 0 e c < 0
e) a < 0,  > 0 e c = 0

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9) Dadas as funções definidas por f(x) = (4/5) x e g(x) = (5/4)x. Classifique as afirmações
em (V)verdadeiro ou(F) Falso.

( ) Os gráficos de f(x) e g(x) não se interceptam. a) V,V,V,V,V


( ) f(x) é crescente e g(x) é decrescente. b) F,F,F,F,F
( ) g(– 2) . f(– 1) = f(1) c) F,F,V,V,V
( ) f [g(0)] = f(1) d) V,V,V,F,F
( ) f(– 1) + g(1) = 5 e) F,V,F,V,F

10) Considere as afirmações dadas abaixo, referentes a funções exponenciais e loga-


rítmicas.

A alternativa correta é:

a) Somente a afirmativa II é verdadeira.


b) Somente a afirmativa I é verdadeira.
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.

x
7
11) Considere a função f definida por f ( x) = 1 − 5  e representada em um sistema
 10 
de coordenadas cartesianas.

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Entre os gráficos abaixo, o que pode representar a função f é:

a) d)

b) e)

c)

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12) Analisado o gráfico da função exponencial

É correto afirmar que:

a) F(x) = 2(3)x e que y tende a zero quando x tende ao mais infinito


b) F(x) = -2(3)x e que y tende a zero quando x tende ao mais infinito
c) F(x) = 2(3)x e que y tende a zero quando x tende ao menos infinito
d) F(x) = -2(3)x e que y tende a zero quando x tende ao menos infinito
e) F(x) = -3(2)x e que y tende a zero quando x tende ao menos infinito

x −1
13) Dada a função racional f ( x) = , o domínio dessa função é:
x+4
a) x > -4
b) x < -4
c) x ≠ -4
d) x ≠ 4
e) x < 4

x+2
14) A assíntota vertical da função f ( x) = é:
x−3
a) 3 d) -3
b) -2 e) -2
c) 1

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1
15) Dada a função racional f ( x) = é correto afirmar que:
x −1

a) Y tende ao mais infinito quando x tende ao menos infinito.


b) Y tende ao menos infinito quando x tende ao mais infinito.
c) Y tende a 1 quando x tende ao menos infinito.
d) Y tende ao menos infinito quando x tende a 1 pela esquerda.
e) Y tende ao mais infinito quando x tende a 1 pela esquerda.

1.8.1 Gabarito dos exercícios

1. B
2. B
3. D
4. C
5. A
6. C
7. D
8. A
9. C
10. B
11. D
12. E
13. C
14. A
15. E

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