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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


FACULDADE DE DIREITO

ADRIANO FERREIRA PONTES


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RELATÓRIO DA OBRA: “Sobre o autoritarismo brasileiro”


Autora: Lilia Schwarcz

BELÉM/PA
2023
Lilia Schwarcz em sua obra “Sobre o autoritarismo brasileiro”,
especificamente no capítulo 7, intitulado “Raça e gênero”, analisa a sociedade
de maneira crítica, ao argumentar que a sociedade produz preconceito,
discriminação e violência por meio de marcadores sociais o qual inferiorizam
indivíduos estereotipado como “diferentes”, desse modo os indivíduos acabam
por se isolarem em suas próprias realidades, o que faz com que esses percam
seus direitos a cidadania.
Tais marcadores sociais, são classificados em categorias como; raça
(pessoa negra), geração (jovens), local de origem (periferias) e sexo, esses
marcadores têm como objetivos hierarquizar e subordinar as pessoas na
sociedade gerando entraves sociais como o racismo, feminicídio, cultura do
estupro, abuso de autoridade entre outros, sendo jovens negros moradores de
periferia os que mais sofrem com os marcadores socias, uma vez que são
frequentemente violentados, descriminados e mortos na sociedade por serem
hierarquizados como inferiores, dados expostos pela autora comprovam a
exclusão de determinados indivíduos em setores da sociedade, desde
diferenças salarias, a falta de acesso a saúde e a educação são alguns
exemplos desse cenário cruel e preconceituoso.
Além disso, a autora evidencia a desigualdade social existente nas
periferias do país, levando em consideração que jovens negros morrer mais,
devido a diversos fatores econômicos e sociais. A autora, também relata que as
mães de jovens negros rezam quando seus filhos saem de casa para que eles
voltem vivos, essa preocupação lamentavelmente reflete estatísticas reais, pois
jovens brancos vivem mais que jovens negros. Essas questões sociais têm
raízes profundas, uma vez que ao longo da história a população negra foi
brutalmente violentada e a mais dizimada, desse modo a fortificação de
políticas públicas é imprescindível para reverter esse cenário preocupante.
A autora também cita casos reais ocorridos em meado de 2018, de como
ocorre a exclusão e o extermínio das pessoas negras no país e como o
racismo estrutural se faz presente, menciona o caso do Eduardo Ferreira e
Reginaldo Santos, mortos em 5 de março de 2018 no Rio de Janeiro, nas
anotações dos policiais foram redigidos estereótipos característicos de
indivíduos marginalizados, ação que demostra o desdém dos policiais e o
menosprezo desses indivíduos.

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