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All content following this page was uploaded by Maria Do Ceu Diel on 02 October 2020.
Estes escritos buscam entender a possibilidade These writings seek to understand the possibility
de migrar as categorias poéticas elencadas por of migrating the poetic categories listed by Harold
Harold Bloom na Angustia da Influência1 - clinamen, Bloom in Anguish Influence - clinamen, Tessera,
tessera, kenosis, demonização, askesis e apófrades - kenosis, demonization, askesis and apofrades
para as artes visuais como forma de entendimento, - for the visual arts as a way of understanding,
compreensão e superação da influencia poética/ understanding and overcoming the poetic /
artística. Assim, acredito que as mesmas categorias artistic influence. Thus, I believe that the same
de Bloom para a literatura podem ser escopo de categories of Bloom for literature can be creative
processo criativo nas artes visuais. process scope of the visual arts.
Palavras-chave: Keywords:
Bloom, Angústia da Influência, artes visuais, poesia. Bloom, influence anguish, visual arts, poetry.
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sinais da juventude desviados pelo presente do autênticos - processa-se sempre através de uma
tempo, estas imagens tornam-se suportáveis e leitura má do poeta anterior, um ato de correção
familiares, conformando o artista de sua existência criativa que é realmente e necessariamente uma
e convívio com elas. interpretação errônea. A história da influência
poética frutífera, que o mesmo é dizer a tradição
Escreve Malraux - o coração de qualquer jovem é
da poesia ocidental a partir do renascimento é uma
um cemitério no qual se inscrevem os nomes de mil
história de angústia, e de caricaturas defensivas de
artistas mortos, mas cujos únicos residentes são
distorções de revisionismos perversos e deliberados
uns poucos fantasmas poderosos e frequentemente
sem os quais a poesia moderna não poderia existir.
antagonísticos. O poeta é assombrado por uma voz
com a qual a palavra tem que se harmonizar. Malraux Mas o que é a influência poética? Pode o seu estudo
chega a fórmula - do pastiche ao estilo - que não ser mais do que a indústria enfadonha de caça as
é adequada a influência poética, pois o movimento fontes, contagens de alusões?
de autorrealização encontra-se mais próximo do
O que dizer da máxima de Emerson: Insiste em
espírito mais drástico da máxima de Kierkegaard:
ti: nunca imites. Como confrontar-se com o
aquele que está disposto a trabalhar dá a luz a seu
grande original?
próprio pai. Desde Homero que a influência poética é
descrita como uma relação filial, mas no Iluminismo O demônio da continuidade é o querubim protetor
demonstra-se um produto do dualismo cartesiano. - ver no gênese os querubins que abriram suas
asas para proteger a arca. Continuidade é gestão.
A palavra “influência” recebeu seu significado de
Seu encanto pernicioso aprisiona o presente no
“ter um poder sobre outra pessoa” logo no latim
passado e reduz um mundo de indiferenças a
escolástico de São Tomás, mas durante séculos
uniformidade acinzentada.
não perdeu seu sentido etimológico de “influxo”,
seu sentido primordial de uma emanação ou força O poeta forte de fato diz: Parece que acabei de cair,
sobre a humanidade proveniente dos astros. No seu agora sou caído e, portanto, aqui estou no Inferno,
primeiro uso, ser influenciado significava receber mas ao dizê-lo pensa: Ao cair, desviei-me portanto
um fluxo etéreo proveniente dos astros, um fluido estou aqui num inferno melhorado pela minha
que afetava o caráter e o destino de uma pessoa. própria criação.7
Porém a angústia precedeu seu uso. Por imitação,
entende-se “ser capaz de converter a substancia TESSERA, ou conclusão e antítese
ou as riquezas do outro poeta para nosso próprio
Bloom rememora o ensaio de Nietzsche Acerca da
uso. Fazer a escolha de um homem excelente sobre
vantagem e da desvantagem da história para a vida,
os demais, e assim segui-lo, até se tornar nele
que leu como estudante em outubro de 1951:
próprio, ou tão como ele como cópia que possa ser
tomada por original.” “Podem-se criar as obras mais assombrosas; o
enxame de eunucos históricos lá estará sempre
Blake diz: ser escravizado pelo sistema de
no seu lugar, pronto a considerar o autor através
um percursor é ser inibido da criatividade por
de seus compridos telescópios. Ouve-se logo o
um raciocínio e uma comparação obsessivos,
eco, mas sempre sob a forma de ‘crítica’ apesar do
presumivelmente entre as próprias obras e as
crítico não sonhar com a possibilidade da obra um
do percursor. Aí reside a natureza de perdas e
momento antes. Nunca chega a ter influência, mas
ganhos da influência no labirinto da história. Blake
só uma critica e a própria critica não tem influencia,
distingue entre Estados e Indivíduos. Os indivíduos
mas gera outra critica. (...) O treino histórico de
passam através de estados de ser e permaneciam
nossos críticos impedem que tenham qualquer
indivíduos, mas os estados estavam sempre em
influência no verdadeiro sentido do termo - uma
movimento, sempre a oscilar. E só os estados eram
influência sobre a vida e a a ação”8.
culposos, os indivíduos nunca. A influência poética
é uma passagem de indivíduos ou particulares Continua a seguir dom a concepção de gênio, no seu
através de estados. Crepúsculo dos Ídolos:
Assim, o princípio geral do argumento é: A influência “Os grandes homens, tais como as grandes épocas,
poética - quando diz respeito a dois poetas fortes, são explosivos nos quais se armazena uma força
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KENOSIS Bloom então apresenta a noite e a morte, amigas
do poeta/artista forte. ‘As folhas tornam-se
A terceira categoria de revisão poética é a
gritos emudecidos e não se ouvem gritos reais’.
Kenosis, ou “esvaziamento” como elenca Bloom,
As continuidades começam com a manhã, mas
“um movimento da imaginação, de dissolução
então nenhum poeta pode ceder a injunção de
e isolamento”. O termo é retirado da descrição
Nietzsche - tenta viver como se fosse manhã -
de São Paulo, da “humilhação” de Cristo que de
Enquanto poeta, o artista deve viver como se fosse
Deus se fez homem. Nos poetas fortes - e para
meia noite - uma ‘meia noite suspensa’. O lugar
nós aqui, os artistas fortes - a kenosis é um ato
e o fato para o artista forte é a sensação de ter
de revisão no qual tem lugar um esvaziamento
sido projetado de forma centrífuga e cadente, em
ou um abaixamento em relação ao percursor.
direção ao mar. Instintivamente tenta manter-se na
Bloom explica que tal esvaziamento é uma
sua borda, mas o impulso antitético o empurra para
‘descontinuidade libertadora’ e torna possível um
o interior, para a demanda de fogo. A demanda de
tipo de poema que a simples repetição o afflatus10
fogo é a descontinuidade. A repetição pertence a
não poderia permitir. Assim a dissolução do artista
borda da água - QUE ONDE O ID, O PERCURSOR
forte percursor em si próprio serve ainda para
DO POEMA ESTÁ, FIQUE O MEU POEMA. Mas a
isolar o eu da posição de percursor. Serão, pergunta
repetição pode ser elevada dialeticamente a re-
Bloom, estes mecanismos de defesa semelhantes
criação, mesmo sendo, segundo Freud, uma pulsão
aos que existem em nossa vida psíquica?
de morte enquanto inércia, regressão, entropia.
Porque a influencia - que poderia ser uma questão Assim na repetição temos o enunciado da pulsão
de saúde - é uma angústia? Acreditava-se numa regressiva, ou morte. Mas Kiergegaard enuncia que
pureza original, impossível de ser tocada pela mera ‘se o próprio Deus não tivesse querido a repetição
experiência natural. Os artistas fortes devem crer o mundo nunca teria podido aceder a existência.
nisto, visto que são, ao dizer de Bloom, “perversos” Teria ou seguido os leves planos da esperança ou
11
. Desviar-se então pode ser etimologicamente recordado tudo e tudo conservado em memória’.
entendido como ‘limpar, limar, polir’. Porém a Mas tal não fez e por isso o mundo subsiste devido
imaginação do poeta forte não se pode ver como ao fato de que é uma repetição. A vida que passou
perversa, sua inclinação tem que ser a saúde, a torna-se agora. O único lugar onde pode o artista
sua prioridade. Se o dom da imaginação provém ser feliz é na repetição. Mas o poeta forte sobrevive
necessariamente da perversidade do espírito, então porque vive na descontinuidade de uma repetição
‘o labirinto vivo da literatura constrói-se sobre as dissolvente e isolante. Quando o efebo pede a Musa
ruínas de nossos mais generosos impulsos’. Para que o ajude a lembrar do futuro é quase como se
as coisas e lugares indizíveis da imaginação, a pedisse uma repetição. Condenação do percurso a
potência da repetição perde-se. ‘Não há nomes, queda em um chão bem duro.
diz Valery, para as coisas entre as quais o homem
DEMONIZAÇÃO - ou contra-sublime
está mais verdadeiramente só’. A crítica aprecia a
continuidade, mas aquele que vive da continuidade O novo artista forte deve reconciliar em si próprio
não pode ser um artista. duas coisas - o ethos (identificação) é o daimon
(espírito) e “Todas as coisas foram feitas através
Bloom ironiza então o ‘deus dos poetas não é Apolo,
dele e nada que foi feito foi feito sem ele”.
mas um gnomo careca chamado Ero, que vive nas
traseiras de uma caverna (...) e que assoma de seu Para Bloom, os poemas emergem não como uma
esconderijo apenas a intervalos regulares para resposta a um tempo presente, mas em resposta
festejar os poderosos mortos na escuridão da lua’ a outros poemas. Para Rilke, ‘os tempos são
(primos são Desvio e Conclusão). São adoradores resistência’. Para Rilke, a história era o índice dos
da continuidade, pois só ali tem alcance. E conclui homens que nasceram cedo demais, mais a arte é o
que ‘só o leitor Ideal ou o Verdadeiramente Corrente índice dos homens nascidos tarde demais.
gosta da descontinuidade e um tal leitor está ainda a
Os antigos referiam-se a demônios queriam também
espera de nascer’12 (Hermes envelhece, transforma-
referir-se àqueles que pela grandeza de alma
se em Erro e inventa o comércio). As relações inter
também se aproximam dos deuses. Nascer de um
poéticas não são nem comércio nem roubo.
íncubo celeste não é senão ter um espírito grande
Nesta categoria de revisão poética, o Grande Original Muito daquilo que chamamos loucura ou o perigoso
permanece grande, mas perde sua originalidade, equilíbrio foi simplesmente o exercício desta
cedendo-a ao mundo no númen - poder dos perigosa defesa, a demonização. Será esta uma
espíritos ou deidades presentes nos lugares e nos revisão uma ekstasis – este último passo para o além
objetos. Esta é uma guerra de orgulhos, mas a - apenas a intensidade da repressão da imaginação?
negação do percursor nunca é possível, já que
Como na visão de Abraão - ‘quando o sol se pôs
nenhum novo artista forte pode permitir ceder a
e se estenderam as trevas, eis que uma fogueira
pulsão de morte, pois a literalidade poética visa a
fumegante e uma tocha de fogo passaram entre
imortalidade literal, e todo poeta pode ser definido
os animais divididos... SOMBRA é bela a palavra de
como um evitar de uma morte possível.
Deus que a ele não volta até que volte a fogueira’.
Como imagens de um movimento em direção a
Askesis ou purgação
demonização, Bloom aponta uma queda para
fora e para baixo, um voo, uma espécie de queda Bloom apresenta nesta quinta categoria a askesis
ascendente. Projetado pela glória inebriante de - o ascetismo, ou a sublimação dos instintos -
participar da glória do percursor, o artista parece pois afirma que ‘a sublimação dos instintos de
levitar, numa experiência de afflatus que o abandona agressividade é central para a escrita e a leitura
nas alturas, elevado a extravagância. A ajuda da poesia e é quase idêntica ao processo de
para sair desta extravagância é possível apenas encobrimento poético’. Assim a sublimação poética
se for uma ajuda exterior. Imagine-se então este
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é uma askesis, um modo de purgação, que visa um ‘elaboração’. Quando elaboramos tornamo-nos ao
estado de solidão’. mesmo tempo Prometeu e Narciso. Mas para esta
contemplação deve fazer um sacrifício, pois ‘na
O poeta forte está então inebriado e consegue ‘a um
medida em toda a criação-por-evasão depende de
preço terrível’ virar toda sua energia para si próprio
um sacrifício’. Citando Cornford15, Bloom explicita
e vê sua vitória contra os ‘poderosos mortos’.
que a humanidade ‘aparece’ em Hesíodo quando
De fato, apenas a sublimação pode nos dar uma
‘Prometeu rouba de seus a melhor parte’ e ainda no
espécie de ‘pensamento liberto do nosso passado
Gênesis ‘o primeiro pecado cometido pela expulsão
sexual’ e modificar o impulso instintivo - ou criativo,
de nossos primeiros pais do paraíso foi motivado
no nosso caso - sem o destruir. Bloom explicita
pelos sacrifícios oferecidos por Abel e Caim’. Assim,
que os ‘poetas em particular (...) são incapazes de
a escrita e a leitura de poemas são um processo
existir quer numa frustração prolongada quer numa
sacrificial, uma ‘purgação que esgota mais do que
renúncia estóica’. E pergunta:
restaura’. Cada poema - ou obra artística no nosso
“...como podem eles receber o mais fundo prazer, caso - é uma invasão não se de outro poema, mas
o êxtase da prioridade, do auto-engendramento, também de si próprio. Para poder separar a alma do
de uma autonomia certa, se a sua vida para o corpo é necessária uma ‘internalização’, não só um
Verdadeiro Sujeito e os seus próprios Verdadeiros afastamento da alma em relação a si própria mas
Eus atravessam o sujeito do precursor e o seu eu? ”. também de todos os precursores e seus mundos.
‘Deformado em cima, deformado para cima’ como
O orfismo, religião natural de todos os poetas escreve Bloom, o poeta não pode permitir uma
enquanto poetas, carrega, segundo Bloom ‘uma outra kenosis. A askesis ‘enquanto defesa eficaz
infelicidade’. Os órficos, que adoram o Tempo contra a angústia da influência’ age como uma
como origens de todas as coisas reservavam sua espécie de cegueira em relação as outras realidades
verdadeira adoração para Dionisio, devorado pelos e exterioridades, até emergir um novo estilo de
Titãs e renascido de Semele. A infelicidade deste rudeza, ‘com vários graus de solipsismo’. Assim,
mito está nas cinzas dos ‘Titãs pecaminosos’. E Bloom explica que na sua askesis purgatorial o poeta
continua dizendo que ‘todo o êxtase poético, todo só conhece a si próprio e ao outro, seu precursor que
o sentimento de que o poeta sai do homem para finalmente ‘deve destruir e que a esta altura pode
deus, reduz este amargo mito, como o faz todo o ser uma figura imaginária, mas ainda formada por
ascetismo poético’. poemas passados que não se deixarão esquecer’.
O jovem artista transformado pela purgação da De fato, continua Bloom, ‘o clinamem e a tessera
sua posição de revisão é descendente dos adeptos tentam corrigir e completar os mortos, a kenosis e
órficos. Sendo vitima da compulsão à repetição a demonização trabalham no sentido de recalcar a
transportava “água com uma peneira para o Hades”. memória dos mortos, mas a askesis é a verdadeira
‘luta de morte contra os mortos’. E então Bloom
Se pensarmos numa ‘filosofia da composição’ é
nos faz recordar de Dante e seu mestre Virgilio.
necessariamente uma genealogia da imaginação,
Quando depois de longa peregrinação e com o
um estudo da única ‘culpa’ que importa para
desaparecimento de Virgilio para ser substituído
o poeta, a culpa da dívida. Assim Bloom evoca
por Beatriz, após as inúmeras barreiras e conversas
Nietzsche quando este diz que ‘não há talvez nada
no Inferno, finalmente o poeta é nomeado, quando
mais terrível na história remota de um homem
Beatriz o chama “Dante!”.
que sua mnemotécnica’, pois a intuição associava
toda a criação de uma memória a uma dor atroz. Apófrades, ou o regresso dos mortos
Assim Bloom explica que todos os costumes são
uma seqüência de processos de apropriação, Bloom inicia esta categoria citando Empédocles
inclusive as defesas e reações. Assim entendemos que ‘acreditava que nossa psique ao morrer
esta categoria poética como uma consciência retornava ao fogo de onde tinha vindo’. Mas não o
da força do antepassado, promovido ao lugar nosso demônio, que nos foi herdado. A genealogia
de deus primitivo. Mas aquilo que os poetas da imaginação traça uma descendência do
chamam de purgatório, pode ser denominado de demônio e ‘a obra de um poeta forte pode
sublimação. Esta sublimação pode ser chamada de expiar a obra de um precursor’. Os mortos fortes
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A obra de Ficino acaba culminando em uma Terra. Skira ,2011, Milano.
glorificação de Saturno, o Deus-Ancião que
Cornford. F.M: Principium Sapientiae: As origens
renunciou ao mando em troca da sabedoria e trocou
do Pensamento Filosófico Grego. Editora
a vida no Olimpo por uma existência dividida entre
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1989.
a mais alta esfera do céu e as profundidades mais
interiores da Terra. Forster, Kurt M., Mazzucco, Katia: Introduzione ad
Aby Warburg e all Atlante della Memoria, Bruno
Shakespeare, Cervantes, Michelângelo, são alguns
Mondadori, Milano, 2002.
exemplos dessa melancolia conscientemente
cultivada. Pois a síntese mais perfeita para a Muhana, Adma: Poesia e Pintura ou Pintura e
inteligência se atinge quando o verdadeiro humor Poesia- Tratado Seiscentista de Manuel Pires
se acerca da melancolia, ou quando a verdadeira de Almeida. FAPESP/EdUSP, São Paulo, 2002.
melancolia se transfigura pela ação do humor.
Oliveira, Maria do Céu Diel: Conversações com
14. Solipsismo (do latim “solu-, «só» +ipse, imagens in Diálogos com a Arte, Revista de Arte,
«mesmo» +-ismo”.) é a concepção filosófica de que, Cultura e Educação, volume 1, 2010, pags 9 a 22,
além de nós, só existem as nossas experiências. Braga.
O solipsismo é a consequência extrema de se
acreditar que o conhecimento deve estar fundado Pepiatt, Michael: Em El taller de Giacometti,
em estados de experiência interiores e pessoais, 2010, Barcelona.
não se conseguindo estabelecer uma relação direta
Vircondelet, Alan: Balthus - Memorias . Editorial
entre esses estados e o conhecimento objetivo de
Lumen S.A, Barcelona 2002.
algo para além deles. O “solipsismo do momento
presente” estende este ceticismo aos nossos Yates, Frances A: The Theatre of the World.
próprios estados passados, de tal modo que tudo o Barnes and Noble, New York, 2009.
que resta é o eu presente.
SOBRE A AUTORA
BIBLIOGRAFIA:
Maria do Céu Diel de Oliveira. Professora Associada
Bloom, Harold: Abaixo as verdades sagradas. do Departamento de Desenho da Escola de Belas
Companhia de Bolso, São Paulo,2012. Artes. Doutora em Educação pela Universidade
__________: The Anatomy of the Influence- Estadual de Campinas (2000).
Literature as a Way of Life. Yale University Press, E-mail: mariadiel@gmail.com
Londres,2011.