Você está na página 1de 21

Plano de desenvolvimento

Componente Curricular – 8º ano – 3º bimestre


Nesta parte do material digital, é sugerido um plano de desenvolvimento para o bimestre. Nesse plano, é apresentado um
quadro que explicita a relação dos objetivos específicos de cada capítulo do livro do estudante com os objetos de
conhecimento e habilidades propostos na versão homologada da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Após o quadro dos objetos de conhecimento e habilidades do bimestre, são apresentadas sugestões de práticas
didático-pedagógicas que contribuem para o desenvolvimento das habilidades e das competências nesse período. Essas
práticas estão relacionadas à coleção, mas podem ser utilizadas por professores não adotantes, uma vez que se adequam
ao dia a dia de qualquer sala de aula.
Após as sugestões das práticas didático-pedagógicas, são apresentadas dicas gerais para a gestão da sala de aula que
poderão contribuir para o desenvolvimento dessas práticas e das habilidades propostas para o bimestre. Ainda nesta parte
do material digital, apresentam-se: sugestões de atividades recorrentes para o bimestre que complementam as práticas
didático-pedagógicas e favorecem o desenvolvimento das habilidades esperadas; orientações gerais sobre o
acompanhamento constante das aprendizagens dos alunos e informações sobre requisitos essenciais do bimestre e
respectivas habilidades da BNCC para o aluno avançar nos estudos no bimestre seguinte; sugestões de fontes de pesquisa
para o professor e para os alunos complementarem os estudos. Por fim, um projeto integrador para o bimestre que propõe
um trabalho integrado entre dois ou mais componentes curriculares.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 1


Quadro dos objetos de conhecimento e habilidades do bimestre
O quadro a seguir apresenta a relação dos objetivos específicos de cada capítulo do 3º bimestre do livro do estudante
com os objetos de conhecimento e habilidades propostos na versão homologada da BNCC.

Unidade 5 – América Latina


Capítulo 16 População da América Latina
Objetivos •Compreender que a população latino-americana encontra-se distribuída irregularmente pelo
específicos território.
•Conhecer a dinâmica do crescimento demográfico em grande parte dos países da América
Latina.
•Conhecer como se caracterizam os principais fluxos migratórios atuais na América Latina.
•Perceber a pluralidade cultural existente entre os povos da América Latina.
•Verificar que, de modo geral, a população latino-americana tem uma baixa qualidade de vida,
com um grande número de pessoas vivendo em situação de miséria.
•Perceber que o rápido processo de urbanização dos países da América Latina não foi associado
ao desenvolvimento de serviços básicos para atender ao crescimento da população nos centros
urbanos.
Capítulo 17 A economia da América Latina
Objetivos •Compreender que a agropecuária e a mineração têm grande importância econômica em muitos
específicos países da América Latina.
•Verificar que a concentração fundiária e os conflitos pela posse de terras estão presentes em
muitos países da América Latina.
•Saber que o Brasil, o México e a Argentina são os países de maior desenvolvimento industrial
na América Latina.
Capítulo 18 Geopolítica e integração na América Latina
Objetivos •Conhecer questões geopolíticas que envolvem a América Latina.
específicos •Reconhecer quais são os principais organismos regionais no plano político e econômico
presentes na América Latina.
•Identificar a importância do Mercado Comum do Sul (Mercosul) para a América Latina.
•Analisar os conflitos territoriais na América Latina.

Unidade 6 – América Anglo-Saxônica


Capítulo 19 População da América Anglo-Saxônica
Objetivos •Reconhecer como os fatores naturais e econômicos influenciaram na atual distribuição da
específicos população nos países da América Anglo-Saxônica.
•Identificar quais grupos étnicos participaram da composição étnico-cultural da população
Anglo-Saxônica.
•Verificar as condições socioeconômicas da América Anglo-Saxônica.
Capítulo 20 A potência econômica dos Estados Unidos
Objetivos •Compreender a posição dos Estados Unidos como grande potência econômica mundial.
específicos •Refletir sobre a hegemonia política, econômica e militar dos Estados Unidos diante de outros
países.
•Verificar que, grande parte dos produtos industrializados consumidos no mundo, é idealizada
por multinacionais estadunidenses.
•Verificar que os Estados Unidos investem altos valores em pesquisas científicas em busca do
desenvolvimento tecnológico das atividades industriais.
•Reconhecer o Manufacturing Belt e o Sun Belt como duas grandes regiões industriais dos
Estados Unidos.
•Entender que os Estados Unidos importam recursos minerais e energéticos porque sua
demanda é maior que a produção nacional.
Geografia – 8º ano – 3º bimestre 2
•Caracterizar a atividade agropecuária desenvolvida nos Estados Unidos, sua organização e sua
importância mundial.
•Compreender o poderio militar dos Estados Unidos no mundo e a influência cultural
estadunidense no mundo.
•Reconhecer a influência cultural estadunidense no mundo.
Capítulo 21 Economia do Canadá
Objetivos •Analisar as relações econômicas do Canadá com os Estados Unidos.
específicos •Verificar que as atividades extrativista, industrial e agropecuária têm grande importância na
economia canadense.
Objetos de conhecimento da BNCC do bimestre
•Diversidade e dinâmica da população mundial e local.
•Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial.
•Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção.
•Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina.
•Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África.
•Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África.
•Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina.
Habilidades da BNCC do bimestre
•EF08GE02: Relacionar fatos e situações representativas da história das famílias do Município em que se localiza a
escola, considerando a diversidade e os fluxos migratórios da população mundial.
•EF08GE03: Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população
(perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial).
•EF08GE04: Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim
como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
•EF08GE05: Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e
tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas
regionalizações a partir do pós-guerra.
•EF08GE06: Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica nos
contextos americano e africano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos.
•EF08GE07: Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos
da América no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China e o Brasil.
•EF08GE08: Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência
estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
•EF08GE09: Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos
agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e os países denominados de Brics
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
•EF08GE10: Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade,
comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos.
•EF08GE11: Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira do continente latino-americano e o papel
de organismos internacionais e regionais de cooperação nesses cenários.
•EF08GE12: Compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território
americano (Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre outros).
•EF08GE13: Analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de
trabalho e na economia dos espaços urbanos e rurais da América e da África.
•EF08GE14: Analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades
econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil.
•EF08GE16: Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente
aquelas relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho.
•EF08GE17: Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina, com atenção especial ao
estudo de favelas, alagados e zona de riscos.
•EF08GE18: Elaborar mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas
urbanas e rurais, ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e ocupação de solos da África e
América.
•EF08GE19: Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas com informações
Geografia – 8º ano – 3º bimestre 3
geográficas acerca da África e América.
•EF08GE20: Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos
aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as
pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na
espoliação desses povos.
•EF08GE22: Identificar os principais recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a
produção de matéria-prima e energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul.
•EF08GE24: Analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos (como exploração
mineral na Venezuela; agricultura de alta especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne nos
pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; polígono industrial do sudeste brasileiro e
plantações de soja no centro-oeste; maquiladoras mexicanas, entre outros).
Competências da BNCC do bimestre
•Competência geral 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a
investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.
•Competência geral 3: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e
também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
•Competência geral 4: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para
se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos
que levem ao entendimento mútuo.
•Competência geral 6: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
•Competência geral 8: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na
diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
•Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.
•Competência geral 10: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
•Competência específica de Geografia 1: Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/
natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
•Competência específica de Geografia 2: Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico,
reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso
dos recursos da natureza ao longo da história.
•Competência específica de Geografia 3: Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do
raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia,
conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
•Competência específica de Geografia 4: Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens
cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que
envolvam informações geográficas.
•Competência específica de Geografia 5: Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação
para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar
ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos
da Geografia.
•Competência específica de Geografia 6: Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e
defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à
biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
•Competência específica de Geografia 7: Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios
éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
•Competência específica de Ciências Humanas 2: Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio
técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações
Geografia – 8º ano – 3º bimestre 4
de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do
mundo contemporâneo.
•Competência específica de Ciências Humanas 4: Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação
a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas,
promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
•Competência específica de Ciências Humanas 6: Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências
Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência
socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 5


Práticas didático-pedagógicas
As práticas didático-pedagógicas sugeridas a seguir propiciam o desenvolvimento das habilidades desse bimestre. Essas
práticas estão de acordo com a metodologia da coleção, mas podem ser utilizadas por professores que não adotam a
coleção, uma vez que se adequam ao dia a dia de uma sala de aula.
•Leitura e interpretação de diferentes tipos de imagem (fotos, mapas, ilustrações).
•Pesquisa.
•Análise de situações de convívio e de lugares de vivência.
•Leitura e interpretação de pirâmide etária.
•Leitura e interpretação de textos.
•Atividades em grupo.
•Atividades de comparação e analogia.
•Debate, reflexão e expressão de opiniões.
•Produção de textos.
Com o intuito de auxiliá-lo na aplicação das práticas didático-pedagógicas sugeridas anteriormente e com outras que
possam ser aplicadas, a seguir são apresentadas algumas dicas gerais de gestão da sala de aula que podem contribuir
também com sua organização durante o ano letivo.
O uso de diário de classe, por exemplo, é um recurso que possibilita o registro de um planejamento detalhado de uma
aula ou de uma semana inteira de trabalho a ser desenvolvido. Nesse diário de classe, você pode registrar materiais que
serão necessários, questionamentos que poderão ser feitos aos estudantes e observações em relação ao que foi planejado
e o que realmente foi executado, possibilitando melhorias nos próximos planejamentos.
Nos planejamentos, informações sobre a duração de cada atividade são fundamentais para gerir o tempo e, assim,
organizar o que deve ocorrer no dia ou na semana. Você pode listar na lousa quais atividades pretende desenvolver na
aula; desse modo, os estudantes poderão verificar, no decorrer do tempo, o que foi feito e o que ainda falta. Para estimar
o tempo, lembre-se de levar em consideração os intervalos e o tempo de organização do espaço e dos alunos.
No caso de atividades práticas, é importante envolver os estudantes na organização do tempo para concluir as atividades.
Uma atividade pode ser mais extensa que outras e necessitar de mais tempo para ser desenvolvida. Pode ocorrer a
necessidade de ser dividida em mais de uma aula ou em mais de um dia.
Para as atividades em grupo, é importante estimar o tempo que se leva para os grupos se formarem, além do tempo
previsto para o desenvolvimento da atividade. Existem várias maneiras para definir os grupos: por sorteio, de acordo
com as escolhas dos próprios estudantes ou ainda pelo ritmo de cada um, de modo que se formem grupos heterogêneos,
nos quais um pode ajudar o outro. É válido sempre trocar os integrantes dos grupos a cada atividade proposta.
Em atividades que serão realizadas fora da sala de aula, mas na própria escola ou em espaços próximos a ela, verifique
antecipadamente se o espaço a ser utilizado estará livre e com os equipamentos necessários e converse com a direção
para verificar se é necessário providenciar algo a mais, como a ajuda de outro funcionário para acompanhar os alunos.
No caso de atividades longe da escola, como visitas a outros locais (museus, observatórios, feiras, etc.), verifique
antecipadamente as providências necessárias, como pedir permissão à direção da escola, agendar a visita com o local,
solicitar autorização dos pais ou responsáveis, providenciar o transporte.
A antecipação de materiais deve ser prevista no planejamento, principalmente quando os materiais precisam de mais
tempo para serem providenciados. Alguns tipos de atividade podem necessitar de materiais que precisem ser
providenciados pelos alunos. Nesses casos, é necessário enviar um bilhete ou solicitar que copiem a lista dos materiais
no caderno. É importante informar a quantidade de cada material e o dia em que serão utilizados, de modo que os pais ou
responsáveis consigam providenciá-los a tempo. Alguns materiais, como jornais, revistas, panfletos de supermercados e
figuras em geral podem ser providenciados pelo próprio professor ou pela escola.
Para organizar a sala de aula ou outros espaços de aprendizagem, é importante ter em mente a atividade que será
desenvolvida. Atividades individuais, por exemplo, podem ser propícias para verificar o desenvolvimento do aluno e a
maneira como ele pensa ao resolver um problema. Nesses casos, as carteiras podem ficar dispostas individualmente. Em
atividades desse tipo é importante estimar o tempo em que se espera que os alunos concluam cada atividade.
Atividades no formato de roda de conversa podem ser adequadas para iniciar um assunto, pois essa organização das
carteiras ou dos alunos sentados em círculo poderá permitir ao professor investigar os conhecimentos prévios e instigar a
troca de ideias com maior participação dos alunos. O planejamento deve levar em consideração o tempo necessário para
organizar os alunos em roda e para depois voltar à disposição convencional.
Em atividades de debate e registros coletivos, as carteiras podem ser organizadas no formato em U. Esse formato permite
aos alunos observarem uns aos outros, de modo a exporem e defenderem seus argumentos. Também é necessário prever
no planejamento o tempo para organizar a sala e os alunos e, depois, voltar à organização convencional.
Atividades em duplas ou em pequenos grupos podem ser propícias para trabalhar com jogos, mas também podem
possibilitar a troca de ideias e de conhecimentos. É importante verificar e planejar a divisão em duplas ou grupos de
acordo com a quantidade de alunos da sala e prever o tempo de organização das carteiras, tanto para a realização da
atividade quanto para voltar à organização convencional.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 6


Geografia – 8º ano – 3º bimestre 7
Sugestões de atividades recorrentes para o bimestre
Complementando as sugestões de práticas didático-pedagógicas apresentadas anteriormente, a seguir são sugeridas
atividades que podem ser aplicadas de maneira recorrente no bimestre para desenvolver as habilidades propostas.
Essas atividades apresentam orientações que auxiliam em sua prática e exemplos relacionados ao desenvolvimento
de algumas habilidades.

Produção de texto
O trabalho com textos é parte fundamental no processo de formação de cidadãos conscientes, capazes de formar e
expressar opiniões críticas. De modo a contribuir com o avanço dos alunos nesse processo, o professor deve estimulá-los
a emitir suas opiniões por meio da produção de textos. Esse tipo de trabalho desenvolve parte da Competência geral 2,
na qual os alunos exercitam a curiosidade intelectual e recorrem à reflexão, análise crítica, imaginação e criatividade
para investigar causas, elaborar hipóteses e resolver problemas.
De forma a desenvolver tal prática em sala de aula, apresentamos as seguintes orientações.
•Cabe ao professor realizar perguntas que levem o aluno a identificar informações que poderão apresentar em seus
textos. As perguntas podem direcionar o aluno ao conhecimento de fatos que estimulem a reflexão ou a formulação
de hipóteses.
•Durante a produção de texto, oriente os alunos na apresentação de argumentos coerentes que justifiquem suas
opiniões. É importante que os alunos criem um posicionamento diante das temáticas.
•Incentive-os no aprofundamento da análise dos fatores abordados para o desenvolvimento dos textos.

Exemplo:
Ao produzirem um resumo a respeito dos principais focos de conflito territorial sobre os quais estudaram, os alunos
podem desenvolver a habilidade EF08GE05, notadamente o que se refere à análise dos conflitos existentes na América
Latina.

Debate, reflexão e expressão de opiniões


Atividades que envolvam debates ou rodas de conversa são recursos que podem, por exemplo, promover o resgate de
conhecimentos prévios, de experiências vividas pelos alunos e de reflexões acerca de Temas Contemporâneos
relevantes, como Direitos humanos.
Ao participarem de debates e rodas de conversa, os alunos desenvolverão a capacidade de argumentação, o respeito ao
próximo e a capacidade de compartilharem informações e experiências por meio da linguagem verbal, desenvolvendo a
Competência geral 4 da BNCC.
A utilização dessa prática exige que o professor conduza a roda de conversa ou debate de modo organizado, estimulando
a participação de todos os alunos e garantindo o respeito mútuo.
Assim, elencamos as seguintes recomendações para a condução dessa prática em sala de aula.
•Utilize materiais que ilustrem diferentes opiniões acerca do tema.
•Registre na lousa as questões norteadoras do debate e também as opiniões dos alunos sobre o tema.
•Realize uma roda de conversa sempre que terminar uma unidade ou seção específica e considerar oportuno levantar
o que foi estudado, avaliando o processo de aprendizagem.
•Evite que os alunos reproduzam a opinião de terceiros, orientando-os a argumentar com base em uma reflexão sobre
os conhecimentos adquiridos.
•Apresente novas questões com o intuito de ampliar a abordagem do tema, conforme comentário dos alunos.

Exemplo:
Ao debaterem sobre as desigualdades sociais existentes no Brasil em seus lugares de vivência os alunos estão dando
desenvolvimento as habilidades EF08GE16 e EF08GE20 da BNCC, notadamente ao refletir sobre a distribuição de
renda desigual verificada no país.

Interpretação de imagens
O estudo associado às imagens é uma importante ferramenta no processo de análise do espaço geográfico. Atividades
que envolvem elementos visuais estimulam o trabalho da Competência geral 2, na qual os alunos desenvolvem a
investigação de causas, elaboração de hipóteses e resolução de problemas.
Para a realização da prática de interpretação de imagens sugerimos as seguintes orientações.
•No caso de representações cartográficas, estimule os alunos a buscarem informações nas diferentes partes da
imagem, como título, legenda, fonte de informação, escala, etc.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 8


•No caso de fotografias, oriente-os de modo que leiam a legenda e as informações nela contidas, como local, ano e
presença de elementos de significância dentro do contexto do tema abordado.
•Os alunos devem identificar elementos centrais e outros por meio da observação dos detalhes de cada imagem. Em
alguns casos, essa análise deve ser conduzida pelo professor, com questões que levem os alunos a refletirem sobre
características da imagem que sejam pertinentes à discussão em classe.
•Durante as atividades que envolvam a observação de imagens de diferentes lugares, valorize a diversidade cultural
presente no seu município e leve os alunos a compararem suas realidades à realidade de outras pessoas, em diferentes
contextos.

Exemplo:
Ao analisarem um mapa que evidencia os fluxos migratórios verificados na América Latina, atualmente, os alunos estão
desenvolvendo as habilidades EF08GE03 e EF08GE04, que apresentam, dentre seus objetivos, a análise das dinâmicas
demográficas e das migrações no território latino-americano.

Atividade de comparação e analogia


Ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental, os alunos desenvolverão importantes habilidades e competências por
meio de atividades que envolvam comparação e analogia nos mais diferentes temas. O trabalho de comparações permite
ao aluno entrar em contato com os temas, conceitos e noções, desenvolvendo o raciocínio comparativo. Essas atividades
contemplam, por exemplo, a Competência específica de Geografia 5 que desenvolve e utiliza processos, práticas e
procedimentos de investigação.
Para a realização da prática de comparação e analogia sugerimos as seguintes orientações.
•Sempre que considerar pertinente, proponha atividades de comparação entre fenômenos e objetos.
•Oriente os alunos, durante as atividades, a compararem as informações estudadas com a realidade que vivem.
•Estimule-os a verificar semelhanças e diferenças e, se possível, opinar sobre o assunto.

Exemplo:
Ao compararem indicadores socioeconômicos dos países latino-americanos com os dados dos países desenvolvidos, os
alunos estão dando desenvolvimento às habilidades EF07GE08 e EF07GE020 da BNCC, principalmente ao refletir sobre
a condição socioeconômica dos países da América Latina.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 9


Requisitos essenciais do bimestre para o aluno avançar nos
estudos
O acompanhamento das aprendizagens dos alunos deve ser contínuo, portanto, deve fazer parte da rotina. A interação
entre professor e alunos é fundamental nesse processo, de modo que seja propício ao professor fazer questionamentos
e comentários voltados ao que se pretende atingir, e assim verificar modificações necessárias nas estratégias de ensino,
buscando o avanço de todos. Por meio dessa dinâmica de observação e de diálogo com os alunos, o professor tem a
oportunidade de entender o raciocínio de cada um e intervir em que parte for necessário, inclusive com novas
abordagens.
Os alunos apresentam diferenças no jeito de aprender e o professor deve estar atento a essas diferenças.
É responsabilidade do professor analisar essas diferenças e buscar abordagens de ensino adequadas a cada aluno, de
modo que todos consigam avançar. Nesse processo, alguns alunos poderão precisar de mais atenção para alcançar os
objetivos pretendidos. A seguir, são apresentadas algumas etapas que podem ser úteis para o acompanhamento das
aprendizagens dos alunos.
•Sondagem: é adequado investigar o que os alunos sabem sobre um assunto antes de iniciar o trabalho com ele,
investigar os conhecimentos prévios. É possível, por exemplo, fazer uma roda de conversa, de modo que os alunos
possam expor ideias e opiniões. Conhecer o que os alunos sabem sobre um assunto pode contribuir para a definição
de melhores estratégias de ensino e, consequentemente, com o desenvolvimento das aulas.
•Acompanhamento e verificação da aprendizagem: na etapa de acompanhamento e verificação da aprendizagem, a
comunicação entre o professor e os alunos é fundamental. Como dito anteriormente, o diálogo propicia momentos
para o professor observar e fazer questionamentos que permitam verificar se o aluno compreendeu o assunto
abordado. Além disso, esses momentos possibilitam ao professor a verificação de como o aluno raciocinou para
chegar a determinado resultado. Com base nessa verificação, o professor pode intervir no que for necessário,
inclusive modificando as estratégias de ensino.
•Interferência pedagógica: durante a etapa de acompanhamento e verificação da aprendizagem, o professor pode fazer
observações e chegar a conclusões que poderão indicar o que precisará ser feito para corrigir rotas, por exemplo.
Desse modo, a interferência pedagógica pode ocorrer em conjunto com essa etapa anterior, pois são momentos nos
quais o professor pode perceber o que foi ou não assimilado pelos alunos, e assim pode pensar em como agir. Podem
ser necessárias algumas interferências, como apresentar novo exemplo sobre o assunto ou rever
a atividade com o aluno para verificar em que parte está o problema. Porém, alguns alunos podem apresentar outras
dificuldades, como: o assunto pode não ter ficado claro, o exemplo dado pode ter sido complexo para sua
compreensão ou o raciocínio pode ter tomado outros caminhos. Nesses casos, talvez seja necessário apresentar novos
exemplos e propor novas estratégias voltadas para esses alunos, de modo que se aproximem mais de sua capacidade
de compreensão.
•Retomada da prática pedagógica: pode ainda ser necessário rever o processo de ensino e aprendizagem. Nesse caso,
pode ser adequado rever as informações coletadas na etapa de acompanhamento e verificação da aprendizagem e
refletir com base nelas. O professor deve verificar se é necessário excluir, incluir ou adaptar algo do planejamento,
por exemplo, e assim buscar as estratégias de ensino mais adequadas para que todos possam alcançar os objetivos
pretendidos.
Além de ser constante, o processo de acompanhamento das aprendizagens dos alunos deve considerar habilidades
descritas na versão homologada da BNCC. Essas habilidades expressam requisitos essenciais a serem garantidos a todos
os alunos para cada ano escolar, e devem ser observados pelo professor durante esse acompanhamento. Para contribuir
com essa ação, seguem sugestões de requisitos essenciais para o Xº bimestre relacionados a habilidades da BNCC e
estruturados de acordo com a organização da coleção. Esses requisitos podem ser considerados pelo professor para que
os alunos avancem em suas aprendizagens de um bimestre para outro. Essa sugestão pode ser revista e adequada de
acordo com a proposta curricular da escola.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 10


Requisitos essenciais Habilidades relativas à BNCC
Compreender que a população latino-americana encontra-se •EF08GE02: Relacionar fatos e situações
distribuída irregularmente pelo território e conhecer a dinâmica representativas da história das famílias do
do crescimento e do fluxo demográfico dessa região. Município em que se localiza a escola,
considerando a diversidade e os fluxos
Perceber a pluralidade cultural existente entre os povos da
migratórios da população mundial.
América Latina.
•EF08GE03: Analisar aspectos representativos
Verificar que, de modo geral, a população latino-americana possui da dinâmica demográfica, considerando
uma baixa qualidade de vida, com um grande número de pessoas características da população (perfil etário,
vivendo em situação de miséria. crescimento vegetativo e mobilidade espacial).
Perceber que o rápido processo de urbanização dos países da •EF08GE04: Compreender os fluxos de
América Latina não foi associado ao desenvolvimento de serviços migração na América Latina (movimentos
básicos urbanos para atender ao crescimento da população nos voluntários e forçados, assim como fatores e
centros urbanos. áreas de expulsão e atração) e as principais
políticas migratórias da região.
•EF08GE09: Analisar os padrões econômicos
mundiais de produção, distribuição e
intercâmbio dos produtos agrícolas e
industrializados, tendo como referência os
Estados Unidos da América e os países
denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul).
•EF08GE16: Analisar as principais
problemáticas comuns às grandes cidades latino-
americanas, particularmente aquelas
relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica
da população e às condições de vida e trabalho.
•EF08GE17: Analisar a segregação socioespacial
em ambientes urbanos da América Latina, com
atenção especial ao estudo de favelas, alagados e
zona de riscos.
Compreender que a agropecuária e a mineração possuem grande •EF08GE10: Distinguir e analisar conflitos e
importância econômica em muitos países da América Latina. ações dos movimentos sociais brasileiros, no
campo e na cidade, comparando com outros
Verificar que a concentração fundiária e os conflitos pela posse de
movimentos sociais existentes nos países latino-
terras estão presentes em muitos países da América Latina.
americanos.
Verificar que o Brasil, o México e a Argentina são os países de •EF08GE20: Analisar características de países e
maior desenvolvimento industrial na América Latina. grupos de países da América e da África no que
se refere aos aspectos populacionais, urbanos,
políticos e econômicos, e discutir as
desigualdades sociais e econômicas e as pressões
sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação
e valoração na produção e circulação), o que
resulta na espoliação
desses povos.
•EF08GE22: Identificar os principais recursos
naturais dos países da América Latina,
analisando seu uso para a produção de
matéria-prima e energia e sua relevância para a
cooperação entre os países do Mercosul.
•EF08GE24: Analisar as principais
características produtivas dos países latino-
americanos (como exploração mineral na
Venezuela; agricultura de alta especialização e
exploração mineira no Chile; circuito da carne
nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 11


cana-de-açúcar em Cuba; polígono industrial do
sudeste brasileiro e plantações de soja no centro-
oeste; maquiladoras mexicanas, entre outros).
Conhecer questões geopolíticas que envolvem a América Latina. •EF08GE05: Aplicar os conceitos de Estado,
nação, território, governo e país para o
Reconhecer quais são os principais organismos regionais no plano
entendimento de conflitos e tensões na
político e econômico, presentes na América Latina.
contemporaneidade, com destaque para as
Identificar a importância do Mercado Comum do Sul (Mercosul) situações geopolíticas na América e na África e
para a América Latina. suas múltiplas regionalizações a partir do
Analisar os conflitos da América Latina. pós-guerra.
•EF08GE06: Analisar a atuação das
organizações mundiais nos processos de
integração cultural e econômica nos contextos
americano e africano, reconhecendo, em seus
lugares de vivência, marcas desses processos.
•EF08GE11: Analisar áreas de conflito e tensões
nas regiões de fronteira do continente latino-
americano e o papel de organismos
internacionais e regionais de cooperação nesses
cenários.
•EF08GE12: Compreender os objetivos e
analisar a importância dos organismos de
integração do território americano (Mercosul,
OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade
Andina, Aladi, entre outros).
Identificar e compreender as principais características da •EF08GE07: Analisar os impactos
economia dos Estados Unidos, sua organização e importância geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos
mundial. da ascensão dos Estados Unidos da América no
cenário internacional em sua posição de
Compreender o poderio militar dos Estados Unidos no mundo e a
liderança global e na relação com a China e o
influência cultural estadunidense no mundo.
Brasil.
Conhecer as principais características da economia do Canadá e •EF08GE08: Analisar a situação do Brasil e de
analisar as relações econômicas desse país com os Estados outros países da América Latina e da África,
Unidos. assim como da potência estadunidense na ordem
Refletir sobre a hegemonia política, econômica e militar dos mundial do pós-guerra.
Estados Unidos diante de outros países. •EF08GE14: Analisar os processos de
desconcentração, descentralização e
recentralização das atividades econômicas a
partir do capital estadunidense e chinês em
diferentes regiões no mundo, com destaque
para o Brasil.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 12


Fontes de pesquisas
A seguir, são apresentadas sugestões de fontes de pesquisa e consulta que podem complementar os assuntos trabalhados
no bimestre. Essas sugestões podem ser utilizadas somente pelo professor ou, no caso de algumas delas, podem ser
apresentadas aos alunos.

Para o professor
KiERNAN, V.G. Estados Unidos – O novo imperialismo. São Paulo: Record, 2009.
DADIDSON, James West. Uma breve história dos Estados Unidos. Tradução de Janaína Marco Antonio. São Paulo:
L&PM, 2016.
WILLIAMSON, Edwin. História da América Latina. Tradução de Patrícia Xavier. São Paulo: Edições 70, 2012.

Para o aluno
RIOS, Rosana. Uma canção em Nova Iorque. São Paulo: FTD, 2011.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 13


Projeto integrador
Geografia – 8º ano – 3º bimestre
Título: Analisando a preservação do rio da minha cidade
Problema desafiador
Conscientização da necessidade e importância da preservação de recursos hídricos pelo poder público e pela população.

Justificativa
A água é um importante recurso para todos os seres que vivem no planeta Terra. É um dos recursos utilizados em quase
todas as atividades que o ser humano desempenha em seu dia a dia. Sendo assim, a qualidade da água que é consumida,
seja bebendo, seja cozinhando, seja na higiene pessoal, interfere, consideravelmente, na qualidade de vida de quem a
utiliza. Desse modo, os recursos hídricos são a fonte primária para o desenvolvimento de quase todas as atividades
básicas do ser humano, merecendo ênfase, principalmente, na preservação e na conservação de nascentes e de leitos de
rios, uma vez que, na atualidade, é possível presenciar cada vez mais o surgimento de casos de doenças relacionadas ao
uso de água contaminada no leito dos rios.
Assim, faz-se importante que os alunos possam desenvolver uma análise crítica do estudo da paisagem com base na
preservação e na conservação dos rios próximos de onde vivem. Assim como a análise de sua conservação, é importante
também que os alunos compreendam a percepção dos moradores que vivem e vivenciam o entorno do rio, o que pode ser
fundamental para revelar como essa ligação está diretamente relacionada à qualidade da preservação do rio, bem como
pode indicar o descaso público. Justamente por esse motivo, outra importância referente ao projeto está diretamente
relacionada à produção de um painel expositivo, o qual deverá ser exposto em local público, e à elaboração de uma carta
direcionada ao poder público (Secretaria do Meio Ambiente). Os produtos elaborados pelos alunos apresentam caráter
denunciativo, o que auxilia no desenvolvimento de pensamentos críticos e no entendimento da importância do poder
público no zelo de importantes ambientes naturais, como os rios, e, sobretudo, dos patrimônios
da sociedade.

Componentes curriculares integrados


Este projeto permite abordar objetos de conhecimento e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) nos seguintes componentes curriculares: Geografia, Ciências, Matemática, Língua Portuguesa e Arte.
A liderança deste projeto fica sob responsabilidade do professor de Geografia.

Objetos do conhecimento
•Geografia
Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina.
•Ciências
Fontes e tipos de energia.
Uso consciente de energia elétrica.
•Língua Portuguesa
Discussão oral.
Estratégias de produção: planejamento e produção de apresentações orais.
•Arte
Materialidades.
Processos de criação.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 14


Habilidades
•EF08GE16: Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente
aquelas relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho.
•EF08GE17: Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina, com atenção especial ao
estudo de favelas, alagamentos e zona de riscos.
•EF08CI01: Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis e não renováveis) e tipos de energia utilizados em
residências, comunidades ou cidades.
•EF08CI06: Discutir e avaliar usinas de geração de energia elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas etc.), suas
semelhanças e diferenças, seus impactos socioambientais, e como essa energia chega e é usada em sua cidade,
comunidade, casa ou escola.
•EF08LP24: Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos,
do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado
publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais – seu vocabulário, formas de organização,
marcas de estilo etc. –, de maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita
de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis e
as várias perspectivas que podem estar em jogo.
•EF08LP25: Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados
da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as
opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto,
valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas.
•EF08LP38: Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o
contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias
e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e
cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do
planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala
espontânea.
•EF08AR05: Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos,
dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).
•EF08AR06: Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo
individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos
e digitais.

Temas contemporâneos
•Educação ambiental.
•Educação para o consumo.

Competências gerais
•CG2:Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
•CG3: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
•CG4: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
•CG5: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.
•CG6: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania
e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
•CG7: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 15


consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si
mesmo, dos outros e do planeta.
•CG10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Objetivos
•Organizar e realizar um trabalho de campo visitando um rio ou um lago principal da cidade onde os alunos vivem,
ou um rio próximo ao município onde moram, ou, preferencialmente, visitando um rio ou lago próximo à escola.
•Analisar a paisagem com base em um olhar crítico para a preservação/conservação ou não do local visitado.
•Entrevistar a comunidade do entorno do rio ou do lago visitado.
•Fotografar o ambiente visitado ou elaborar um croqui da paisagem a ser analisada.
•Analisar a percepção sobre o rio da comunidade que vive em seu entorno.
•Analisar os dados coletados por meio de discussão coletiva entre os alunos.
•Confeccionar um painel expositivo sobre as análises realizadas, como denúncia ou como elogio ao poder público.
•Produzir uma carta coletiva como um dos produtos do projeto, registrando e denunciando as condições de
preservação/conservação ou não do local visitado, buscando medidas urgentes para a melhoria deste.

Cronograma
A seguir, sugerimos um quadro para facilitar a administração do tempo para o desenvolvimento do projeto.
Duração do projeto: 13 aulas de aproximadamente 50 minutos cada
1ª etapa 2 aulas

2ª etapa 2 aulas

3ª etapa 5 aulas

Etapa final 4 aulas

Avaliação

Materiais necessários
•Lousa.
•Giz ou caneta de lousa.
•Caderno.
•Caneta esferográfica ou lápis grafite.
•Imagens de usinas hidrelétricas (digitais, material físico ou impressas).
•Dados estatísticos sobre a dimensão e a importância dos recursos hídricos.
•Cópias do roteiro para entrevista dos moradores do entorno do rio visitado.
•Cópias do roteiro para análise das paisagens do entorno do rio visitado.
•Projetor de imagens.
•Computador com acesso à internet.
•Programa de criação de imagens (se necessário).
•Impressora.
•Revistas.
•Tesoura com pontas arredondadas.
•Tubo de cola.
•Papel sulfite.
•Aparelho fotográfico.
•Aparelho que grave voz.
•Prancheta.
•Borracha.
•Autorização dos pais ou responsáveis para saída de campo.
•Lanche.
•Transporte (se necessário).
•Papéis para anotações.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 16


•Impressão ou revelação das fotografias tiradas ao longo do trabalho de campo.
•Papel kraft (cerca de 8 m).
•Canetas hidrocor.
•Papel almaço.
•Envelope para cartas.

Produto final
•Painel expositivo em local público (comunidade perto do rio onde os dados foram coletados, bibliotecas do
município, restaurantes, lugares comunitários, centros de lazer, etc.) sobre a análise da preservação do entorno do rio
visitado, assim como uma carta direcionada ao poder público responsável pelo meio ambiente da cidade
(Prefeitura/Secretaria do Meio Ambiente).

Etapas de desenvolvimento
1ª etapa (2 aulas, aproximadamente 100 minutos)
Reúna-se com os professores dos demais componentes curriculares envolvidos no projeto e combine momentos
oportunos para a contribuição de cada um deles nas atividades realizadas. Por ser o professor líder, é importante que você
direcione o trabalho dos demais e procure envolvê-los desde as etapas iniciais.
Nessa etapa, serão apresentados o tema e os objetivos deste projeto.
Na primeira aula, apresente aos alunos o projeto e como ele será desenvolvido, evidenciando os seguintes tópicos: o
título, a justificativa, o produto e a avaliação. Deixe evidente também que o projeto trabalhará com os temas
contemporâneos Educação ambiental e Educação para o consumo.
Enfatize que o projeto abordará a bacia hidrográfica do bairro e/ou da cidade onde moram, analisará as condições de
conservação e preservação de seu leito e, ao final, será produzido um painel coletivo sobre a análise realizada, a ser
exposto em local público, assim como uma carta direcionada ao poder público responsável pelo meio ambiente da cidade
(Secretaria do Meio Ambiente). Esclareça que as atividades serão realizadas em grupos ao longo de 14 aulas, as quais
estão divididas em quatro etapas, com base em discussões e atividades sobre a preservação e a conservação de leitos de
água.
Realize um levantamento de hipóteses de como os alunos esperam que o projeto seja desenvolvido. Tire possíveis
dúvidas e analise sugestões.
Inicie a aula verificando os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema com base em uma tempestade cerebral. Para
tanto, escreva na lousa o título “Preservação de recursos hídricos”, direcione os alunos e questione-os sobre questões,
como: qual a importância dos recursos hídricos para nossa sociedade? Em quais atividades cotidianas utilizamos esse
recurso? Qual a sua fonte? Você conhece algum rio de importância do entorno de sua região? Ele é bem cuidado? De
quem é a responsabilidade por cuidar desse ambiente? Espera-se que os alunos possam responder que o recurso hídrico é
muito importante para o ser humano por conta das várias atividades as quais o utilizamos no dia a dia, como alimentação,
higienização e lazer. Espera-se também que eles possam reconhecer os principais rios da cidade ou, ao menos, do
entorno onde moram (se houver), bem como que enfatizem a importância da preservação e da conservação de seu leito.
Conforme os alunos forem expondo seus conhecimentos, registre-os na lousa. Associe as ideias dos alunos a explicações
sobre o conteúdo. Coloque, nesse momento, que os rios são fonte principal de energia elétrica, a qual utilizamos em
abundância no dia a dia.
Solicite aos alunos que registrem as anotações da lousa em seus cadernos.
Imagens de usinas hidrelétricas podem ser expostas em projetor de imagens ou em material físico ou impressas, assim
como dados estatísticos podem ser apresentados para que os alunos possam visualizar a dimensão da importância dos
recursos hídricos. Esse material poderá ser encontrado em revista, em artigos acadêmicos especializados, sites oficiais e
de busca. Evidencie os aparelhos eletrodomésticos que são utilizados com maior frequência pelos alunos e oriente-os a
pensar como suas vidas seriam sem esses equipamentos.
Nesse momento, faz-se importante que o professor de Ciências esclareça, discuta e avalie com os alunos os diversos
tipos de usinas de geração de energia elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas, etc.), suas semelhanças e diferenças,
seus impactos socioambientais, como essa energia chega à cidade, à comunidade, à casa ou à escola e como é utilizada
pela população.

2ª etapa (2 aulas, aproximadamente 100 minutos)


Após a explicação sobre o conteúdo, proponha aos alunos um trabalho de campo para reconhecimento do principal rio da
cidade ou de um rio próximo ao município, ou, preferencialmente, de um rio ou de um lago próximo à escola. Com base
em uma abordagem humanista, faz-se importante também conhecer a percepção das pessoas que vivenciam o rio

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 17


diariamente, por morarem próximas a ele, por fazerem caminhadas, pela beleza da paisagem, pelo cheiro, uma vez que a
percepção da população do entorno de rios pode refletir-se em sua qualidade e em sua conservação (explique aos
alunos). Assim, proponha uma entrevista com pessoas da comunidade que vivem no entorno do rio para analisar como
elas o percebem e o vivenciam.
Assim, essa etapa tem como finalidade organizar os elementos pré-campo para garantir o alcance dos objetivos e a
segurança dos alunos. Sugere-se a intervenção do(a) professor(a) de Língua Portuguesa nesse momento.
Em sala de aula, apresente aos alunos um modelo de roteiro de entrevista. Seguem sugestões.
•Idade.
•Mora próximo do rio? Sim ou não? Há quanto tempo?
•Para você, qual a importância do rio?
•Na sua opinião, o rio é bem preservado pela população que frequenta seu entorno?
•Qual ação do poder público seria necessária para melhorar a preservação do rio? Já foi realizada alguma ação?
Quando foi realizada?
•Para você, qual seria o papel do poder público com o rio? E qual seria o papel da população?
•O rio sempre foi assim? Houve um motivo específico para o descaso do entorno do rio? (Em caso de uma
preservação negativa.)
Nesse momento, separe os alunos em grupos de aproximadamente quatro pessoas. Entregue aos grupos o roteiro
proposto e solicite possíveis complementos. Converse com os alunos sobre os complementos e elabore um documento
único para o roteiro a ser entregue a todos os grupos.
Com os alunos, elabore um roteiro para a análise da paisagem, tendo como objetivo a identificação da preservação e a
conservação do ambiente do entorno do rio. Dessa forma, direcione os alunos a pensar como poderiam analisar a
paisagem com perguntas, como: se estamos buscando identificar se o rio está bem cuidado ou não, o que devemos buscar
na paisagem? Observar a ação dos moradores do entorno do rio também é importante? Por quê? E as edificações, podem
interferir na preservação do rio? Como? E as construções de áreas de lazer, podem interferir na conservação do rio?
Espera-se que os alunos identifiquem a importância de APP´s (Áreas de Preservação Permanente) ou, até mesmo, a
presença de vegetação em seu entorno; que é importante observar a população e suas atividades no entorno dos rios, uma
vez que podem poluir o ambiente por meio de materiais não descartados corretamente, podendo jogá-los no rio; que
quanto mais casas e edifícios, maior circulação de pessoas e a possibilidade de preservação ou não do leito do rio; que as
áreas de lazer podem criar um ambiente agradável à população que frequenta o entorno do rio, levando à possibilidade de
maior preservação do local.
Assim, elabore um roteiro de observação da paisagem para a análise ambiental. A seguir, uma sugestão.
Observar a:
•presença de vegetação no entorno do rio;
•presença de lixo descartado incorretamente;
•presença de uma praça pública no entorno do rio;
•frequência de circulação de pessoas.
Verifique com os alunos se trouxeram as autorizações de pais e/ou responsáveis para a saída da escola, bem como a
preparação de alimentos para a refeição ao longo do trabalho de campo. Oriente os alunos a utilizar filtro solar, repelente,
roupa e calçados confortáveis. Verifique também a disponibilidade de funcionários para poder acompanhá-lo e ajudá-lo
no trabalho de campo.
Para a próxima etapa, solicite aos alunos que providenciem os seguintes materiais: lápis grafite, borracha, caneta
esferográfica, aparelho fotográfico, aparelho gravador de voz, prancheta, papéis avulsos para anotações e pote de vidro
ou plástico.

3ª etapa (5 aulas, aproximadamente 250 minutos)


Essa etapa propõe a execução do trabalho de campo. Nesse caso, saia da escola com os alunos no início do período de
aula com destino ao local do rio. Ao chegar ao local desejado, solicite aos alunos que fiquem sempre em grupo e que não
se aproximem da margem. Peça que realizem um croqui da paisagem. Esse croqui vai facilitar posteriormente a análise
que farão. Peça que façam a análise da paisagem com base no roteiro preestabelecido. Estipule, com os alunos, um
tempo limite para as anotações sobre a análise da paisagem.
Em seguida, organize com os grupos uma divisão de tarefas para a realização da atividade: um aluno para entrevistar as
pessoas sobre sua percepção acerca do rio, outro para gravar áudio, outro para realizar anotações importantes e
complementares e um aluno para registrar as fotografias do ambiente e do rio visitado, cada grupo acompanhado de um
professor responsável. Estipule também um tempo limite para a realização das atividades. Acompanhe os alunos nas
atividades para verificar o andamento delas, principalmente nas entrevistas.
As informações sobre a entrevista devem ser registradas em folhas avulsas ou em gravador de voz.
Terminado o trabalho de campo, retorne à escola.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 18


Solicite aos alunos que providenciem os seguintes materiais para a próxima aula: impressão ou revelação das fotografias
registradas ao longo do trabalho de campo, canetas hidrocor, tubo de cola e tesoura com pontas arredondadas.

Etapa final (4 aulas, aproximadamente 200 minutos)


Essa etapa será destinada ao tratamento, à análise dos dados coletados pelos alunos e à confecção dos produtos do
projeto. Para isso, serão necessários: cerca de 8 metros de papel kraft, papel almaço, envelope para cartas, além dos
materiais solicitados, na aula anterior, aos alunos.
Em um primeiro momento, possibilite o debate coletivo entre os alunos sobre o que foi possível ser observado e coletado
com a população que mora no entorno do rio. Deixe que os alunos coloquem suas impressões.
Após as discussões principais sobre as percepções dos alunos acerca do que foi observado no trabalho de campo, bem
como a tabulação e a sistematização dos dados, organize-os em dois grandes grupos. O grupo 1 deverá iniciar a
confecção do painel expositivo com base nos materiais solicitados. Lembre-os de que o painel tem teor denunciativo,
logo, ele deve ser organizado de forma que transpareça as informações em forma de denúncia. Nesse momento da
confecção do painel, os professores de Artes e de Língua Portuguesa podem auxiliar os alunos na utilização de recursos e
de linguagens que possibilitem a abordagem denunciativa, como o proposto.
O grupo 2 deve iniciar a elaboração da carta a ser destinada ao órgão público responsável pelo meio ambiente da cidade
(Secretaria do Meio Ambiente), podendo agradecer e elogiar pela boa gestão de preservação do rio, ou chamar a atenção
para os cuidados devidos ao local visitado. Nesse momento, o professor de Língua Portuguesa será crucial na orientação
da elaboração da carta. Deixe que o texto tome forma com base nas ideias dos alunos e intervenha quando achar
necessário. É importante também que o professor de Artes dê uma atenção maior para a elaboração do painel, auxiliando
os alunos com base na utilização de diferentes formas de expressão artística.
Estabeleça um tempo limite para a primeira etapa dos grupos. Ao finalizarem, inverta os papéis das atividades, em que o
grupo 1 passará a continuar a carta já iniciada pelo grupo 2, e o grupo 2 continuará o painel já iniciado pelo grupo 1.
Também estabeleça um tempo limite para finalizarem as atividades.
Durante a realização das atividades, circule entre os grupos verificando a necessidade de intervenção e de auxílio.
Ao final, exponha primeiro o painel em sala de aula para que os alunos possam visualizar uma parte do produto do
projeto desenvolvido. Em seguida, após as primeiras correções por parte do professor de Língua Portuguesa, leia a carta
a ser destinada aos órgãos públicos da cidade. Guarde a carta em um envelope.
Para finalização do projeto, agende uma visita com o órgão público responsável pelo meio ambiente da cidade. Escolha
dois ou três alunos da sala de aula para irem com você ao órgão em questão para que possam entregar em mãos a carta
para os responsáveis.
Em seguida, retorne para o local onde os alunos realizaram o trabalho de campo, entrando em contato com a comunidade
moradora dos arredores do rio onde os dados foram coletados, e convide-os a uma visitação da exposição do painel.
Bibliotecas do município, restaurantes, espaços de lazer ou outros locais que julgar importantes também serão ótimos
lugares para se divulgar a importância de preservar os recursos hídricos, tão importantes para a vida dos seres humanos e
de todos os seres vivos.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 19


Avaliação
Explique aos alunos que a avaliação do projeto é contínua e abrange a participação, o envolvimento e o empenho de cada
aluno nas atividades propostas, pois isso contribui diretamente com o resultado do projeto.
É importante verificar todo o processo por meio de avaliação contínua.
O propósito desta atividade avaliativa é fazer com que os próprios alunos analisem as práticas que desenvolveram ao
longo das atividades. Para isso, utilize questões como as sugeridas a seguir.
•Realizei o trabalho de campo visitando um rio principal da cidade onde moro?
•Analisei a paisagem com base em um olhar crítico para a preservação/conservação ou não do local visitado?
•Entrevistei a comunidade do entorno do rio visitado?
•Elaborei um croqui da paisagem a ser analisada?
•Analisei a percepção sobre o rio da comunidade que vive seu entorno.
•Fotografei o ambiente visitado?
•Analisei os dados coletados por meio de discussão coletiva entre os alunos?
•Auxiliei na confecção do painel expositivo sobre as análises realizadas com denúncia ou elogio ao poder público?
•Auxiliei na produção de uma carta coletiva, registrando e denunciando as condições de preservação/conservação ou
não do local visitado, buscando medidas urgentes para melhoria do local?
Os alunos poderão responder à avaliação no caderno ou em uma folha avulsa, como papel sulfite ou papel almaço.
Proponha aos alunos que façam uma autoavaliação com base nas questões a seguir.
•Participei com entusiasmo das atividades propostas?
•Participei ativamente das discussões propostas em sala de aula?
•Realizei todas as atividades propostas?
•Levei para a sala de aula os materiais solicitados para o desenvolvimento das atividades?
•Interagi com meus colegas de grupo e ajudei-os nas discussões e na elaboração das atividades práticas propostas?
•Poderia ter me dedicado mais? Como?
Verifique as respostas dadas pelos alunos e, com base nessas respostas, analise se é necessário retomar e/ou explicar algo
novamente, de modo a garantir a aprendizagem deles.

Referências bibliográficas complementares


AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (BRASIL). Panorama da qualidade das águas superficiais no Brasil/Agência
Nacional de Águas, Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos. Brasília: ANA, SPR, 2005. 176 p.: il.
(Cadernos de Recursos Hídricos). Disponível em:
<portalpnqa.ana.gov.br/Publicacao/PANORAMA_DA_QUALIDADE_DAS_AGUAS.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2016.
ALABURDA, Janete. NISHIHARA, Linda. Presença de compostos de nitrogênio em águas de poços. Revista de Saúde
Pública, São Paulo, v. 32, n. 2, abr. 1998. Disponível em:
<scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101998000200009>. Acesso em: 27 ago. 2016.
BRASIL. Decreto-lei n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera
as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de
13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, D.F., 5 janeiro 2007. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 24 ago. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde
Ambiental. Portaria MS n.º 518/2004 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação Geral de
Vigilância em Saúde Ambiental – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005. 28 p. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/portaria_518_2004.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2016.
HIRATA, Ricardo; LIMA, Juliana; HIRATA, Haroldo. A água como recurso. In: TEIXEIRA, Wilson; FAIRCHILD,
Thomas; TOLEDO, Maria; TAIOLI, Fábio (Org.).Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
2009. p. 448-485.
LEAL, Fabiano. Contexto e prática da engenharia sanitária e ambiental. Revista do Departamento de Engenharia
Sanitária e Ambiental da UFJF, Juiz de Fora, n. 3, 2012. Disponível em:
<http://ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/03/Apostila_ContPr%C3%A1ticaESA.pdf >. Acesso em: 5 set. 2017.
LIBÂNIO, Paulo; CHERNICHARO, Carlos, NASCIMENTO, Nilo. O. A dimensão da qualidade de água: avaliação da
relação entre indicadores sociais, de responsabilidade hídrica, de saneamento e de saúde pública. Revista de Engenharia
Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, jul./set. 2005. Disponível em:
<scielo.br/pdf/%0D/esa/v10n3/a06v10n3.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2016.
MACHADO, Pedro; TORRES, Fillipe. Ocorrência e Demandas. In: ______. Introdução à hidrogeografia. 1. ed. São
Paulo: Editora Cengage, 2012. p. 18-24.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 20


PONTES, Carlos; SCHRAMM, Fermin. Bioética da proteção e papel do Estado: problemas morais no acesso desigual à
água potável. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 5, set./out. 2004. Disponível em:
<https://scielosp.org/pdf/csp/v20n5/26.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2016.
VON SPERLING, Marcos. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgoto. 3 ed. Belo Horizonte:
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Estadual de Minas Gerais. 2005.

Geografia – 8º ano – 3º bimestre 21

Você também pode gostar