Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ocorre que, no dia 28/02/2022, a requerente inseriu R$ 10,00 (dez reais) e, sem
explicação, imediatamente, os seus créditos expiraram.
Com efeito, o novo plano imposto pela ré não permite que a autora permaneça
com saldo disponível caso não utilize os serviços, ou seja, ao inserir créditos, o sistema da
acionada automaticamente ativa uma promoção sem a concordância do consumidor.
No entanto, a “promoção” não foi autorizada pela autora e, além disto, possui
validade de apenas uma semana. Isto é, os créditos da promovente que poderiam durar o mês
inteiro, doravante possui validade semanal. Assim, caso queira reutilizar os serviços, terá que
inserir créditos semanalmente, o que tornou o seu plano extremamente custoso e desequilibrado.
2. DIREITO.
Dessa forma, não restam dúvidas a respeito das flagrantes violações ao CDC por
parte da requerida, razão em que tem a autora o direito de permanecer com o plano pré-pago
Tim Pré, devendo, portanto, os seus créditos serem descontados tão somente quando os serviços
forem efetivamente utilizados.
MM. Juiz (a), no que se refere ao dano moral, este, a nosso sentir, restou
demonstrado. É que, no caso em análise, além de a ré alterar unilateralmente o plano da
promovente, sequer notificou-o a respeito de tal conduta, evidenciando, assim, a sua falha na
prestação do serviço (art. 14 do CDC) c/c art. 52 da Resolução 632/2014 da ANATEL.
Por outro lado, vale destacar que as Câmaras Cíveis e as Turmas Recursais do
TJBA vêm entendendo configurar dano moral indenizável a alteração unilateral do contrato de
telefonia móvel. Vejamos:
Nesse contexto, a conduta da acionada é vedada pela lei consumerista, vez que
se encontra enumerada dentre as cláusulas abusivas, sendo, também, nulas de pleno direito nos
termos do artigo 51, inciso XIII.
3. DOS PEDIDOS.
a. A citação da parte ré para, querendo, conteste a presente ação no prazo legal, sob pena
de confissão e revelia;
b. Seja concedida a inversão o ônus da prova, com fundamento no art. 6º, inciso VIII do
CDC;
c. Seja a requerida condenada nos termos da obrigação de fazer, obrigando-a reestabelecer
o plano Tim Pré, com as taxas individualizadas, cuja cobrança deverá ocorrer tão
somente pelo serviço que for efetivamente utilizado, sendo declarado, por conseguinte,
a nulidade da alteração unilateral que impingiu o plano Tim Pré Top, sob pena de multa
diária a ser arbitrada por este juízo no valor não inferior a R$ 100,00 ou,
subsidiariamente, seja convertida a obrigação de fazer em perdas e danos;
d. Seja julgada procedente a presente ação, condenando a requerida a pagar, a título de
danos morais, a importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
Pretende provar o alegado por todos os meios em direito permitidos, em especial o depoimento
pessoal e prova documental.
OAB/BA 59.935