DOUTRINAS HERMÉTICAS

“SE EM VEZ DE ENCHERMOS O BOLSO ENCHERMOS

A CABEÇA, NÃO SEEMOS ROUBADOS.”
PROVÉRBIO CHINÊS

2 0 0 7 - 3 3 5 9 – J.L.E.
T E M A 1. 7 2 4

Muitos ramos do Hermetismo existem atualmente assim também muitos já existiram no passado
e que desapareceram, especialmente por não atenderem as necessidades de uma época. Por isso
consideramos bem significativo o objetivo da V.O.H. que consiste em trazer os ensinamentos de Thoth
dentro de um contexto atual no tocante a história, aos conhecimentos científicos atuais, e especialmente
fazendo uso de uma linguagem atual não velada. No transcorrer dos séculos vários ramos do
Hermetismo desapareceram por não haverem se adaptado ao contexto da época. Mesmo muitos ativos
do Hermetismo pararam no tempo desde que continuam apresentando os ensinamentos tal como era
feito há 4 mil anos ou mais. Por sua vez, a V.O.H. procura colocar os ensinos do Antigo Egito deixados
por Thoth dentro do contexto atual da humanidade, mostrando as relações eles e os conceitos
científicos modernos; deixando de lado formas veladas de linguagem.
Um dos aspectos que vem sendo trazido à tona como tentativa de atualizar conhecimentos
milenares, a V.O.H., dado as circunstâncias da época, vem dando ênfase ao papel da culpa no contexto
do desenvolvimento espiritual. O papel da culpa no passado foi uma temática velada. Mesmo as
doutrinas que tinham conhecimento dela jamais falaram claramente. Muitos filósofos falaram da
questão da culpa, mas somente a V.O.H. tem se dedicado aos ensinamentos relacionados, tanto que
dedica uma das câmaras de instrução – segunda câmara – a ao estudo da culpa, que é apresentada sob o
nome de “Doutrina dos Códigos”.
O que há de tão importante na culpa? – O fato é que, enquanto o ser estiver preso a algum
sentimento de culpa, por certo ele não ficará livre do jugo da “roda das encarnações”. Num certo
sentido, a Doutrina dos Códigos mesmo que não invalide o conceito de carma ainda assim lhe confere
um sentido praticamente oposto àquilo de que falam as religiões orientais. Como veremos em outra
oportunidade, Carma não se trata de uma forma de punição imposta por Deus, mas sim de um
atendimento aos anseios do ser desencarnado.
Os ramos tradicionais do Hermetismo não falam claramente sobre a Doutrina dos Códigos, nem
sobre os meios de libertação do ser, mas isso é algo implícito nos Princípios Herméticos, na verdade,
uma condição ligada ao Primeiro Princípio. Assim a V.O.H., e outros ramos herméticos, vêm dando
ênfase a esse lado, mostrando que a libertação do ser está fundamentalmente vinculada ao Primeiro
Princípio, pois se o universo é mental, somente através do mental a libertação poderá se efetivar.
A Doutrina dos Códigos diz respeito a conceitos muito avançados e diferenciados que podem
mudar tudo aquilo que foi escrito até o momento sobre salvação, purificação, pecado, em suma, sobre
todos os preceitos religiosos.
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Não são todas, mas a maioria das doutrinas herméticas atuais citam os Sete Princípios, estuda-os,
mas não analisam profundamente implicações que elas envolvem.
Na atualidade há doutrinas que estudam o Hermetismo dentro da linha tradicional, tal como se
ainda vivêssemos no Antigo Egito, sem qualquer adaptação da doutrina ao contexto atual; sem abordar
tudo aquilo que veio depois, incluindo a missão de muitos Grandes Iniciados e de Avatares que vieram
depois, e assim também sobre as doutrinas que eles trouxeram. Essa linha é valida como conotação
histórica quanto se pretende mostrar o quanto os antigos egípcios conheciam.
Como o Hermetismo é muito vasto em conhecimentos, no Antigo Egito englobava todo o
conhecimento, muitos deles hoje ensinadas nas escolas e universidades, sento parte dos ensinamentos
oficias das ciências humanas atuais, assim como incontáveis ramos do currículo nas instituições de
ensino. No Antigo Egito não era assim, todo conhecimento era mantido pelas Escolas de Mistérios,
Escolas Iniciáticas. No transcorrer dos séculos grande parte do antigo Hermetismo passou a ser matéria
do ensino comum. Apenas as chamadas “ciências ocultas”, conhecimentos não oficias, como a cabala,
numerologia, alquimia, astrologia e várias outras continuam existindo à margem do reconhecimento
oficial, e muitas delas se intitulam de Hermetismo. Na verdade são conhecimentos herméticos, mas
também há muitos ensinamentos que se incluem como hermetismo mas que realmente não o são, o uso
do termo Hermetismo é apenas no sentido de secreto. Assim acontece com diversas doutrinas
esotéricas, muitas delas de fundo iniciático. Nem sempre doutrinas que se intitulam de Hermetismo,
realmente o são, mas paralelamente existem inúmeras que realmente são filhas do Hermetismo
Tradicional embora cada uma siga um caminho próprio, um modo de exposição próprio, e sem
interligação entre elas.
Muitas Doutrinas são bem conhecidas, outras são quase desconhecidas em decorrência do caráter
reservado. Alguns ramos do Hermetismo existem que por varias razões são tão reservadas, seus
membros tão discretos, que as tornam de difícil acesso.