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FILOSOFIA
como diz Chauí (1985 p. 440), Pitágoras teria afirmado que a sabedoria plena e
1
TP PT Heráclito, filósofo do século V a.C.
2
TP PT Pitágoras de Samos, filósofo e matemático grego que viveu no século IV a.C.
completa pertence aos deuses, mas os seres humanos podem desejá-la ou amá-la,
ao tornar-se filósofos.
Para Sátiro e Wuensch, Pitágoras afirma que somente o ser humano é capaz
de filosofar, isto é, de buscar a sabedoria.
Em muitos casos, vê-se a Filosofia ser definida em oposição à ciência. Mas
houve tempos, como na Idade Média, que foi em oposição à teologia, já entre os
gregos do século V a.C. o conceito se opunha ao mito, porém, tudo isso pode ser
compreendido se definirmos, ao menos etimologicamente, o que seja Filosofia.
A Filosofia surgiu na Grécia, aproximadamente no século VI a.C.
especialmente nos escritos de Pitágoras, que em sua época, não querendo definir-
se como SÁBIO em grego SOPHÓS, prefere autodenominar-se como amigo do
saber que em grego PHILOS-SOPHÓS, significa aquele que busca a sabedoria, ou
seja, amante da sabedoria.
Portanto, o Filósofo é aquele que ama a sabedoria, ou seja, tem amizade pelo
saber, deseja saber.
A origem da palavra FILOSOFIA formou-se da junção de PHILO-SOPHIA,
ambas em grego deram origem à palavra FILOSOFIA que significa amor à
sabedoria.
9 PHILO, que significa AMIGO (em grego PHILOS e PHILIA significam
amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais).
9 SOPHIA deriva do grego e significa SABEDORIA e SOPHÓS significa
saber.
Filosofia, portanto, pode ser compreendida como o saber sobre o homem,
sobre o mundo, sobre a própria realidade. No entanto, como todas as ciências e a
própria limitação do homem 3 , não podemos pensar a Filosofia como um conjunto de
TP PT
verdades.
Pode-se também conceituar a palavra FILOSOFIA como o amor ao
conhecimento ou a busca pela sabedoria, pois em sua etiologia a palavra
FILOSOFIA significa: amizade, sabedoria, amor e respeito pelo saber.
Neste sentido, a sua grandeza está no processo crítico principalmente das
questões: a vida, a cultura, a história e a significação das questões fundamentais (do
3
Em filosofia o uso do vocábulo HOMEM tem a intenção de referir-se ao SER HUMANO em sentido
TP PT
Essencial, porque não se pode pensar em nenhum homem que não seja
solicitado a refletir e agir. Isso significa que todo homem tem (ou deveria ter)
uma concepção de mundo, uma linha de conduta moral e política, e deveria
atuar no sentido de manter ou modificar as maneiras de pensar e agir do
seu tempo. (MARTINS; ARANHA, 1993, p. 395)
Ainda com a intenção de facilitar a compreensão e explicar a finalidade da
Filosofia, a autora e filósofa brasileira Chaui (1995) em sua obra apresenta o
seguinte questionamento: “Perguntaram, certa vez, a um filósofo: ‘Para que
filosofia?’ E ele respondeu: ‘Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas,
sem maiores considerações’”.(CHAUI, 1995, p. 440)
“Este mundo, igual para todos, sempre será um fogo eternamente vivo, acendendo e apagando-se
constantemente”. Heráclito
4
TP Considera-se a virtude como a prática do bem. Porém em amplitude de significados a palavra
PT
refere-se a analise da vontade e dos desempenhos virtuosos do ser humano em relação às normas
existentes, ou em face as suas intenções e atuações quanto à própria pessoa ou a comunidade em
que vivem.
9 HISTÓRIA DA FILOSOFIA: estudo dos diferentes períodos da Filosofia;
de grupos de filósofos segundo os temas e problemas que abordam; de
relações entre o pensamento filosófico e as condições econômicas,
políticas, sociais e culturais de uma sociedade; mudanças ou
transformações de conceitos filosóficos em diferentes épocas; mudanças
na concepção do que seja Filosofia e de seu papel ou finalidade.
5
TPA palavra deriva “(do grego axiós, ‘digno’, ‘útil’)”. (LISBOA, 1997, p. 29)
PT
6
TP Acreditam em ações as quais consideram corretas pelo valor da bondade intrínseca, que os
PT
mesmos contêm alegria ou prazer e não pela causa da bondade e suas conseqüências, conforme
afirma LISBOA (1997, p.29)
intrínseca já os teleologistas o cálculo das conseqüências para averiguar as várias
alternativas, onde repousa a preponderância da bondade intrínseca.
Para aplicar a prática da profissão deve-se destacar a questão básica que
rodeia a discussão da Ética, enquanto uma ciência norteadora de conduta.
Os princípios baseados na profissão são desenvolvidos a partir dos Códigos
de Ética Profissionais, cada profissão procura neste documento regulador de
conduta estabelecer os direitos e deveres que o profissional deverá cumprir ao
realizar a sua atividade.
O Código de Ética para a profissão passa a ser interpretado como se fosse
uma lei, sim, em termos, lei da consciência, pois se o profissional não cumprir o que
está descrito no documento será punido e a maior punição é perder o direito de
exercer a profissão.
CAPÍTULO II
ÉTICA
1
TP “Ciência do fim, no primeiro caso, ou seja, o Bem é o ideal a que o homem está se dirigindo pela
PT
sua natureza; ci6encia do móvel no segundo, porque a conduta humana decorre da força
determinada pelo motivo”. (ABBAGNANO, 1982).
uma limitação que este texto não tem a pretensão de tentar se contrapor ou
separar. (CORIOLANO, 1998, p. 17)
Muitas vezes o que é mais notável em sua época não é o que traz a maior
contribuição, pois como diz SÁ (2000), o poder da máquina publicitária dos países
desenvolvidos, tende a valorizar alguns estudiosos, deixando outros com idéias até
mais ricas sem o devido reconhecimento de seus feitos.
Além disso, sempre ocorreram formações de escolas de pensamentos, não
só na filosofia, mas em todos os ramos do conhecimento humano. Podemos citar
desde “... os clássicos, das escolas gregas, dos estóicos, dos epicuristas, dos
utilitaristas etc.” (SÁ, 2000, p. 47)
Entretanto, apresentar-se-á apenas três das teorias éticas existentes, as
quais considera-se relevante para a discussão da ÉTICA APLICADA.
Mas, ao utilizar tal teoria como referencia, deve-se esclarecer que faz-se
necessário para definir um comportamento se é ou não eticamente correto, antes
de qualquer julgamento entender o momento da ação, bem como, a cultura e o
local em que o mesmo ocorreu.
Neste caso, a “... idéia central é a de que não existe nenhum padrão de
comportamento que possa se aplicar em todas as culturas, em qualquer tempo”.
(MASIERO, p. 22).
Já que os princípios podem variar, dependendo da época. E o que é certo
hoje, pode não ser amanhã, ou vice-versa. Ainda, mais no que tange os fatores
culturais, pois este se manifesta de acordo com aquilo que é aceito pela maioria
das pessoas, seja de um determinado grupo, de uma cidade, de uma região ou até
mesmo de um país.
Uma outra hipótese é que até mesmo uma ação que alocada ao seu tempo,
pode ou não receber aval por todos os membros do poder dominante naquela
ocasião.
Foi aproximadamente entre 500 a 300 anos a.C., que surgiram as idéias,
definições e teorias que nos acompanham até hoje sobre as questões éticas.
Os filósofos Gregos viviam nas sociedades de classes, baseadas no trabalho
escravo e dirigia-se geralmente a aristocracia quando falavam, isto é, os filósofos
eram aqueles que podiam dedicar-se quase que exclusivamente a vida para o
pensamento.
Neste pequeno esboço, sobre o que teria sido a vida ética Grega procurar-se
apresentar alguns filósofos e suas principais teorias para evidenciar a ética do
período a começar pela Antiguidade.
A Grécia antiga era chamada de unidade política, tanto como são os países
atuais (Brasil, Estados Unidos, França e outros), mas diferenciava em partes, tanto
que foi considerada como uma unidade sócio-cultural.
Naquela época também existiam as várias Cidades - Estados e cada uma
delas com o seu governo soberano, porém a história dessas Cidades - Estados
serviram de berço, para toda a Civilização Ocidental, pois todos os governos tinham
em comum a mesma: língua, religião, uso, costumes e as tradições.
Dentre as propostas para compreender os costumes de cada época propõe-
se uma abordagem fundamentada nos judeus antigos para reafirmar a idéia de que
não só costumes variam, mas igualmente os valores que acompanham os seres
humanos, as suas normas concretas, os ideais e a sabedoria de um povo para o
outro.
Algumas características dos Judeus antigos:
9 ABUSO SEXUAL: na época era considerado como a prática mais grave,
era cometida sempre com as empregadas do castelo.
9 CONCUBINATO: significa Vida de Amante, era a forma utilizada para
regulamentar o direito da herança, mesmo com os padres.
9 INCESTO: significa União ilícita entre parentes.
O casamento com prima ou parente de até 7º grau era considerado um
pecado, mas na era analfabeta, como conhecer a árvore genealógica.
Mas, na época, os nobres se casavam sem a preocupação com o incesto.
Porém, quando queriam anular o casamento, procuravam os monges letrados ou
testemunhas que poderiam demonstrar a árvore genealógica da família, e comprovar
o incesto e o casamento poderia ser anulado. E eles faziam quantas vezes fossem
preciso até conseguir um filho homem para manter a linhagem do nome e da
herança.
Para melhor entender a história da Grécia antiga, escudar-se-á as duas
Cidades – Estados (Esparta e Atenas) a fim de apresentar as diferenças individuais
ligadas à época:
9 Algumas características da Cidade de Esparta: ao seguir as
afirmações do poeta Tirteu 2 percebe-se a exaltação ao espírito marcial e
TP PT
2
TP “É belo que o homem bravo, combatendo por sua pátria, tombe na primeira fila: mas o que deserta
PT
de sua cidade e dos seus campos férteis e vai mendigar, errando com sua querida mãe, seu velho
pai e seus filhos, é o mais miserável, dos homens... Nós, corajosamente, combatemos por esta
terra, morremos por nossos filhos, não poupamos nossa vida. Ó jovens, combatei unidos uns aos
outros, não temais senão a vergonha da fuga, estimulai no vosso coração uma valente e sólida
coragem, e não vos inquieteis com a vida lutando contra o inimigo. Não abandoneis os velhos
guerreiros cujos joelhos já não são ágeis. É vergonhoso que um homem velho, tombado na primeira
fila, caído diante dos moços com a sua cabeça branca, a sua barba branca, morra corajosamente na
poeira, com o corpo esfolado.... Mas aquele que conserva a flor da juventude, se tomba com bravura
na primeira linha, é admirado pelos homens e pelas mulheres. Que cada um marche pois para o
combate com o pé firme, mordendo os lábios.” (POETA TIRTEU, citado APOSTILA CAMÕES).
E eles agiam desta forma pelos próprios ensinamentos, dos quais seguidos
de uma sociedade rígida, conservadora, fundamentada na educação militar, a
sociedade era preparada como se fosse um produto para matar, eles tinham uma
limitada formação intelectual.
Os esparciatas para exercer o domínio sobre os escravos eram obrigados a
obedecer a um rígido código de conduta militar, pois não podiam nascer fracos e
com defeitos físicos e quando isso acontecia, as crianças eram executadas.
O serviço militar começava aos 7 (sete) e só terminava aos 30 (trinta) anos.
Só depois o esparciata poderia casar-se, mas as obrigações militares encerravam-se
somente aos 60 anos de idade.
As primeiras leis de Esparta são atribuídas a um legislador chamado
LICURGO, cujas características são: LACONISMO: significa falar pouco e era a
qualidade incentivada e XENOFOBIA: significa horror ao estrangeiro e era uma
característica forte.
9 Algumas características da Cidade de Atenas: retirado do discurso de
Péricles 3 , reproduzido pelo historiador Tucídides conforme Leonel I de
TP PT
3
TP“A constituição que nos rege nada tem a invejar aos outros povos; serve a eles de modelo e não
PT
nos irrita. Recebe o nome de democracia, porque o seu intuito é o interesse do maior número e não
de uma minoria. Nos negócios privados, todos são iguais perante a lei: mas a consideração não se
outorga senão àqueles que se distinguem por alguns talentos. É o mérito pessoal, muito mais do que
as distinções sociais, que franqueia o caminho das honras. Nenhum cidadão capaz de servir à pátria
é impedido de faze-lo por indigência ou por obscuridade de sua condição. Livres em nossa vida
públicas, não pesquisam com curiosidade suspeita a conduta particular dos nossos cidadãos...
Somos cheios de submissão às autoridades constituídas, assim como às leis, principalmente às que
têm por objeto a proteção dos fracos e às que, por serem escritas, não deixam de atrair àqueles que
as transgridem a censura geral... Ouso dize-lo, Atenas é a escola da Grécia”.(PÉRICLES, citado
APOSTILA CAMÕES)
das outras cidades Gregas, com a única exceção, a cidade de Esparta, como vimos
foi à única que se diferenciou na época.
No inicio do período arcaico Atenas era dirigida por um rei chamado
BASILEU, mas os grandes proprietários de terra na época decidem governar a
cidade e acabam instituindo uma república oligarquia, cai então o reinado e inicia a
república.
Em um certo período da história Atenas e Esparta tiveram um grande conflito,
a chamada Guerra do Peloponeso (Atenas x Esparta), cuja luta prosseguiu até a
vitória de Esparta, aproximadamente 404 a.C.
2.2.4.1.2 SÓCRATES 4 TP PT
"Uma vida que não é examinada não merece ser vivida”. Sócrates
Sabe-se que Sócrates fez da filosofia a sua profissão, tanto que foi “...
considerado o homem mais sábio da Grécia pelo oráculo de Delfos”. (ARRUDA,
WHITAKER e RAMOS, 2001, p. 25)
E basicamente desenvolveu sua filosofia mediante diálogos críticos com seus
interlocutores, no qual sempre questionava e indagava-os, a respeito da vida, da
ética e da virtude, querendo mostrar como era preciso unir a vida concreta ao
pensamento, como diz o autor Cotrim (2000).
Não chegou a formar uma escola filosófica, como diz Kremer-Marietti, pois
4
TPNasceu na Grécia em Atenas (469 – 399 a.C.) e tudo o que sabemos e conhecemos sobre este
PT
pensador é conhecido por intermédio de seus discípulos, cujo mais conhecido é Platão. Foi
considerado um filósofo clássico.
maiêutica, termo grego que segundo Cotrim (2000, p. 105) significa arte de trazer à
luz.
Sócrates, em toda a sua existência sempre procurou viver construindo uma
personalidade corajosa, guiada pela sua própria consciência, na busca da
verdadeira justiça. Tanto que na época foi condenado a beber veneno, cuja
acusação funda-se na idéia de que ele seduzia a juventude e a incentivava a beber
veneno. Mas mesmo assim, não renunciou a seus valores morais, pois honrava os
deuses da cidade e desprezava as leis.
2.2.4.1.3 PLATÃO 5 TP PT
5
TPNascido na Grécia em Atenas (427-347 a.C.) e descendente de famílias nobres foi além de filósofo,
PT
foi um grande poeta. Foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Platão parece acreditar em
vida após a morte, por isso prefere o ascetismo ao prazer terreno.
Seu método o consiste em contrapor uma opinião com a crítica que podemos
fazer para atingir o conhecimento autêntico (epistéme) que é a dialética, pois de
forma geral é considerada a própria negação da afirmação, já que o objetivo é
purificá-la dos possíveis erros e equívocos, conforme argumenta Cotrim (2000, p.
106).
Platão em seus pensamentos procura mostrar, que a reflexão ética pode ser
analisada com profundidade. Porém, este pensador tem um diálogo simples para
explicar as coisas, contudo desenvolvia sua especulação mais na teoria do que a
prática.
Como diz Valls, Platão parte da idéia em que todos os seres humanos
buscam a felicidade. Para ele a virtude era uma forma de purificação, no qual o
homem poderia compreender o mundo eterno.
Já Arruda, Whitaker e Ramos (2001) o idealismo platônico encara o mundo e
a ética da seguinte maneira:
9 Mundo sensível é uma cópia do mundo ideal.
9 Atuar eticamente é procurar atingir o ideal ético.
9 A inteligência bem utilizada conduz o ser humano ao bem.
9 O autêntico sábio procura o ideal e retifica quando erra.
No ponto de vista do Kremer-Marietti, a única saída para o impasse ético,
pode ser vista por Platão, pois a sua teoria das idéias, é fundamentada em um
sistema que leva em conta a natureza de Deus e do homem, e para isso, se apóia
em princípios éticos.
Para Valls, as principais virtudes (areté) que Platão acreditava eram as
seguintes: justiça; prudência ou sabedoria; fortaleza ou valor e temperança. Já que a
idéia Platônica caracteriza-se na idéia do Sumo Bem, ou seja, da vida divina, da
contemplação filosófica e da prática da virtude.
9 JUSTIÇA: a virtude geral, que harmoniza e assim assemelha ao
invisível, divino e imortal.
9 PRUDÊNCIA ou SABEDORIA: a virtude própria da alma racional, a
racionalidade como divino homem, é aquela que coloca ordem em
nossos pensamentos.
9 FORTALEZA ou VALOR: é aquela que faz as paixões mais nobres
predominarem, que o prazer se subordine ao dever.
9 TEMPERANÇA: é a virtude da serenidade, equivalente ao autodomínio,
à harmonia individual.
2.2.4.1.4 ARISTÓTELES 6 TP PT
endemonista 8 , marcada pelos fins que devem ser alcançados para que o homem
TP PT
atinja a felicidade.
Como diz Valls, Aristóteles insiste na variedade dos seres humanos. Ou
seja, cada pessoa deve ter um bem, conforme a sua natureza ou a sua essência.
De acordo com a sua natureza, estará o seu bem ou os seus bens, como também
o que considera bom. Por outro lado, quanto mais complexa for a pessoa, será o
seu respectivo bem.
Para Aranha, o olhar de Aristóteles é realista, pois o mesmo não desvaloriza
tanto os sentidos. Mas, como todo grego, também procura apenas conhecer por
conhecer, pois suas reflexões estão desligadas da técnica e das preocupações
utilitárias.
6
TP Nasceu na Grécia em Estagira, Macedônia (384 - 322 a.C.). Além de filósofo, foi psicólogo e
PT
estudioso da ética. Foi discípulo de Platão, mas acabou se afastando das suas doutrinas. Contudo
levou muito mais a sério a observação empírica do que seu próprio mestre, chegando a ser realmente
conhecido como um grande pensador especulativo, considerado mais professor do que poeta.
7
TP FINALISTA: Sectário do finalismo; Sectário: “Relativo a seita; aquele que faz parte de uma seita...”
PT
Finalismo: “ Sistema Filosófico que atribui papel importante à finalidade na explicação do Universo.”
(FERNANDES; LUFT; GUIMARÃES)
8
TP ENDEMONISTA: “torna-se furioso, endiabrado, desinquieto, inquieto”. (FERNANDES; LUFT;
PT
GUIMARÃES)
Quanto ao seu realismo Arruda, Whitaker e Ramos, argumentam que
Aristóteles não isola um bem supremo. Não acredita que exista um único
bem, mas sim vários bens. E como exemplos de bens, temos: a amizade, a saúde,
a riqueza, enfim vários outros, pois os bens necessários na busca da felicidade
dependem exclusivamente de cada pessoa.
No entanto, ao orientar os nossos atos para uma conduta ética, somos
conduzidos pela razão humana à prática da virtude. Neste caso, a prática da
virtude torna o ser humano ético. Ou seja, uma vida virtuosa tem a finalidade de
conduzir o ser humano à felicidade.
Para Aristóteles “... a felicidade não consiste nos prazeres nem na riqueza:
considerando que o pensar é o que mais caracteriza o homem, conclui que a
felicidade consiste na atividade da alma segundo a razão”. (ARANHA; MARTINS,
p. 120)
Contudo o ideal ético consiste em viver de acordo com a sua essência, ou
seja, de acordo com a sua razão e a sua consciência reflexiva, pois “para o homem
não existe maior felicidade que a virtude e a razão”. (ARISTÓTELES, Livro IV,
Cap.I)
Assim a virtude é o meio-termo e a justa medida de equilíbrio que existe
entre o excesso e a falta de um atributo qualquer no ser humano, como diz Cotrim.
Porém, Aristóteles tanto como Platão, em seus pensamentos mostra a
profundidade da reflexão ética, que é muito mais do que isto ao partir do fato de que
o homem tem o seu ser no viver, no sentir e na razão, (viver de acordo com a sua
razão), e os Gregos achavam que isso era divino.
9
TPFilósofo inglês, materialista, viveu entre (1588 – 1679) e em sua teoria foi adepto do egoísmo e do
PT
As normas da moral não são inatas, pois o pensador acredita que elas
existem de verdades inatas, tanto que diz “não façais aos outros senão aquilo que
gostaríeis fosse feito a vós mesmos”. (LEIBNIZ, Cap.II, parágrafo 4º)
Seu pensamento caminha próximo ao de Espinosa, embora o represente
com mais rigor e lógica. No entanto, manifesta-se de forma complexa quando tenta
apresentar a consciência como a grande geradora da conduta humana, talvez por
pensar na existência de muitos mundos.
Assim, tudo o que acontece existe uma razão, porem o bem sempre
prevalecerá sobre o mal. Sobre o mal este pensador atribuiu a idéia de que o
mesmo será sempre necessário, pois está associado diretamente a um bem.
10
TP Filósofo e matemático alemão, viveu entre (1646 – 1716) e foi considerado um determinista.
PT
Produziu uma doutrina idealista, além de escrever que a verdade natural encontra-se em nós
mesmos pelo próprio instinto.
Contudo afirma que: “os limites de justiça nem sempre são assimiláveis pela
sociedade e que a conduta humana absolutamente justa termina por conflitar-se
com aquela do grupo social”. (LEIBNIZ, Cap. II, parágrafo 11º).
Também admite que cada ser, por suas próprias idéias, age como se fosse
um universo à parte, contudo busca uma composição entre os outros seres
humanos existentes, como afirma SÁ.
Porém “a ciência moral (além dos instintos, como o que nos faz abraçar a
alegria e evitar a tristeza) é inata da mesma forma que o é a aritmética, pois ela
depende também das demonstrações que a luz interna nos fornece”. (LEIBNIZ,
Cap. II, parágrafo 11º)
... nem sempre está de acordo com a virtude, como padrão ideal a ser
alcançado; a realidade bem nos mostra a validade dessa afirmativa; os atos
de corrupção no Poder, as mentiras habituais que homens públicos, em
cargos de destaque, veiculum (sic!), a condução da imprensa ao sabor dos
11
TP Filósofo e historiador inglês, viveu entre (1711 - 1776) e foi o idealizador da criação da filosofia
PT
fenomenista.
interesses econômicos da Ética que comprovam a verdade enunciada pelo
ilustre filósofo, há tanto tempo. (SÁ, 2000, p. 37)
“Age de tal maneira que possas ao mesmo tempo querer que a máxima da tua
vontade se torne lei universal”. Kant
12
TP Filósofo, alemão, de formação liberal, viveu entre (1724 – 1804). Considerado o grande pensador
PT
da burguesia e do iluminismo.
tornando, particulares e os assuntos gerais foram dominados pelos discursos da
ideologia.
Entretanto, afirma: “O valor moral da ação não reside, portanto, no efeito que
dela se espera; também não reside em qualquer princípio da ação que precise de
(sic!) pedir seu móbil a este efeito esperado”. (KANT, Primeira seção).
Para Kant sem liberdade não há virtude, e sem esta não temos a moral,
contudo não pode haver felicidade, sem a justiça. E quanto à felicidade o mesmo
nos diz,
A ética de Kant é algo que se impõe pela qualidade da razão, pois isola a
metafísica da moral dos demais conhecimentos a que estava até então ligada,
como afirma SÁ.
É atribuída exclusivamente a razão a responsabilidade da origem das ações
éticas, pois admite que só existe valor quando o ser humano age sob o impulso de
um sentimento de dever.
Já que ele pensa que quando alguém cumpre um dever ético simplesmente
por interesse, pode até lucrar, mas ele não admite que seja atribuído a este um
comportamento virtuoso, pois a lei da vontade ética é a que prevalece.
E completa seu pensamento ao afirmar que não existe nada que possa ser
pensado ou considerado “... como bom sem limitação, a não ser uma só coisa: uma
boa vontade”. (KANT, Primeira seção).
SÁ nos diz que, embora Kant fosse metódico e tenha vivido em uma época
bem menos complexa que a nossa, e jamais tivesse saído do seu país para
conhecer outros, não podemos negar que a sua visão atribuída à ética em grande
parte se aplica aos nossos dias. Já que algumas de suas concepções atualmente
nos parecem adequadas, principalmente no que trata das virtudes.
Suas considerações buscam encontrar a felicidade e a sua doutrina é guiada
pela conduta humana, contudo pode-se dizer que a sua teoria está condicionada
ao conceito de bem que se torna uma lei moral, porém esta é guiada pela vontade
e pela razão.
Não é para menos, tanto que foi considerado um dos mais célebres da sua
época, pois acreditava que a igualdade entre os homens era fundamental para o
desenvolvimento de uma ética universal.
Este pensador considera a moral como uma das quatro fontes que
produzem o prazer e a dor nos seres humanos:
Se o prazer e a dor estiverem nas mãos de pessoas que por acaso ocupam
um lugar de destaque na comunidade, segundo a disposição espontânea de
cada pessoa, e não de acordo com alguma regra estabelecida ou acordada,
podemos dizer que o prazer e a dor derivam da sanção moral ou popular.
(BENTHAM, Cap. II, V)
13
TPFilósofo e jurisconsulto inglês viveu entre (1748 – 1832). Considerado superdotado em inteligência,
PT
aprendendo latim e francês aos seis anos de idade e aos doze anos já estava na Universidade. Foi
um radicalista e utilitarista.
Benthan para escrever sua teoria ética, aproveita as idéias de muitos
filósofos clássicos e modernos, tanto que o rigor do seu utilitarismo concorda com
Kant quando afirma que: “De todas as espécies de motivos, o da boa vontade é
aquele cujos ditames, considerado de maneira geral, apresentam a maior certeza
de coincidirem com os motivos do princípio de utilidade”. (BENTHAM, Cap. X,
parágrafo 4º, XXXVI)
14
TPNasceu em Paris viveu entre (1859 - 1941). Sua formação educacional basicamente foi francesa,
PT
15
TP Filósofo alemão, estudioso da ética que viveu entre (1842 – 1906).
PT
16
TP Filósofo alemão que viveu entre (1874 – 1928). Foi considerado um grande crítico de Kant, mas
PT
de exemplares editados pela Edições Melhoramentos de São Paulo, como afirma Sá.
Toda vez que a pessoa elege ou escolhe um objetivo como parte da
vontade, esse aspecto se transforma em um dever, e para Max Scheler dentro da
proposta ética essa concepção torna-se um valor.
Contudo essa concepção não é de todo moderna, pois as bases são
atribuídas ao pensamento dos estóicos que há milênios já possuíam na acepção
dos objetos da escolha moral, pois “para ele, a Ética não se baseia nem na noção
de bem, nem em aspirações desejadas, mas na intuição emotiva dos valores,
observados em suas hierarquias”. (SÁ, 2000, p. 22)
Hatmann, também segue o pensamento de Scheler, e o defendeu como
princípio. Para tanto, concebeu-o como uma esfera ética. Contudo a concepção
moderna que é aceita no campo da ética é o valor como algo desejável, ou seja,
como uma norma ou um critério de juízo, que propõe a possibilidade de uma
escolha inteligente, ou seja, dar uma preferência.
SÁ nos questiona quando diz, que não se pode afirmar até que ponto, essa
substituição de bem pela de valor poderá persistir e muito menos as vantagens
reais que essa concepção poderá trazer ao campo do raciocínio ético.
Pensador alemão mostra que a ética não era acessível a todos. Sua teoria
fundamenta-se na Ética Protestante, cuja proposta baseada no Calvinismo, passa a
valorizar o trabalho e a riqueza, enquanto a Ética Católica trata a aquisição de valor
com maior abnegação, pois a aquisição de riqueza era considerada usura.
Bem como, a ética de Russel 20 , que SÁ discorda e diz que seu pensamento
TP PT
contraria tudo o que modernamente tem sido aceito, além disso, contraria todos os
conhecimentos acumulados durante milênios.
Neste caso, entendo que cada um em sua época em sua proposta procurou
contribuir da melhor forma possível, embora ao registrarmos alguns nomes de
pensadores contemporâneos podemos estar cometendo injustiças com muitos
outros.
Perguntas:
1. Então o que fazer? Adotar como propunha Descartes, uma moral
provisória, resolvendo as questões práticas do jeito que der?
2. Seria melhor simplesmente ignorar as questões éticas, cuidando apenas
dos assuntos técnicos como: arranjar dinheiro; arranjar-se na vida;
progredir na vida profissional; gozar o que for possível; conseguir força
suficiente para dominar e não ser dominado? Ou quem sabe não seria
melhor ainda simplesmente deixar-se levar pelo sistema e pelos
acontecimentos?
18
TP Augusto Comte (1798-1857). Filósofo e matemático francês autor do famoso tratado em 6 volumes
PT
“Cours de philosophie positive” e outros trabalhos. Foi o criador da Sociologia científica. Cujo lema
“Ordem e Progresso”, fora estampado na bandeira brasileira como símbolo, extraído do axioma de
Comte. É considerado o pai do positivismo no Brasil.
19
TP Hebert Spencer (1820-1903). Filósofo inglês, que propõe na prática das normas morais a melhor
PT
adaptação do ser humano ao seu sistema de vida. E ainda, acredita em uma ética evolutiva,
competente, cuja proposta é fornecer cada vez mais ao ser humano condições de uma existência
digna.
20
TP Bertrand Russel. Foi um pensador que teve grande influência, tanto que em sua obra Religion and
PT
Sience, 1936 negou a ética a sua condição científica, ao afirmar que não possuía senão expressões
de desejos, situando-se em uma ótica acanhada e muito aquém de sua competência.
3. Nesse caso nos homens não estaríamos abdicando, renunciando ao
nosso anseio de liberdade?
Como vimos, muitos são os pensadores da época, porém alguns consideram
o estudo da ética, como a religião mais difícil, visto que seria aquela para qual o
pensamento, reflexivo e discursivo está atualmente menos preparado.
Pode-se destacar que a sua obra foi considerada como clássica até a
primeira metade deste século XX, sendo digna de notoriedade na Itália. Pois se
trata de uma obra séria e de méritos inquestionáveis como diz SÁ.
21
TP PT Filósofo italiano conseguiu na época contemporânea um enfoque de “dignidade” para a ética.
2.2.5 OS IDEAIS ÉTICOS
A ética é então apresentada como uma parte de uma filosofia especulativa, isto
é, constituída sem levar em conta a ciência e a vida real. Esta ética filosófica
preocupa-se mais em buscar a concordância com princípios filosóficos
universais do que com a realidade moral no seu desenvolvimento histórico e
real, donde resulta também o caráter absoluto e apriorístico das suas
afirmações sobre o bom, o dever, os valores morais, etc. (VÁZQUEZ, 2000, p.
26)
Ainda sob o pensamento Vázquez pode-se verificar que este pensador procura
conceituar a ética a fim de esclarecer o tipo de conduta que é considerado moral, e ele
faz isso a partir das relações comportamentais humanas em sociedade.
Assim, vemos de forma geral, Vázquez interpretar a moral como “um conjunto de
normas, aceitas livremente e conscientemente, que regulam o comportamento
individual e social dos homens” (VÁZQUEZ, 1982, p. 49), enquanto a ética pode ser
conceituada como o ramo da filosofia que estuda os princípios de comportamento, as
normas e os preceitos geralmente aceitos na organização empresarial ou na
sociedade. Ou simplesmente, a ciência que estuda a conduta humana, ou seja, os
valores do agir humano, a partir dos juízos do bem e do mal, do certo e do errado, do
justo e injusto em uma determinada sociedade.
De fato, a análise do termo moral nos projeta para dentro do corpo filosófico,
cuja tarefa da ciência moral é buscar a perfeição humana, pois “ela aponta ao homem o
seu verdadeiro bem, aquele capaz de atuar a sua perfeição” (NOGUEIRA, 1997, p. 24).
Já a ética passa a ser a doutrina das ações humanas. E pode ser “... definida
como ‘ciência que recolhe ordenadamente as normas a que devem amoldar-se às
ações humanas’” (NOGUEIRA, 1997, p. 25-26).
Tal análise nos encaminha para o pensamento de Russ (1999, p. 6), pois ela
afirma que a ética aparentemente, é reivindicada em toda a parte, mas, dificilmente
ancora suas normas e seus valores em um lugar que os funde e os justifique, já que a
ética parece mesmo, às vezes, não encontrável. Ademais, parece caminhar por um
paradoxo 22 , no que se refere a sua exigência e o real trabalho fundador.
TP PT
Tal fato se esclarece com a análise etimológica entre ética e moral proposto por
Russ (1999, p.7), já que a ética é mais teórica e está voltada para a reflexão sobre os
fundamentos muito mais do que a moral.
Embora a ética tenha sido ao longo dos séculos confundida simplesmente como
um conjunto de regras, o presente trabalho pretende nos remeter ao conceito da ética
como um dos campos filosóficos, cujo aspecto a ser abordado é a sua aplicabilidade na
era da modernidade.
O resultado da era moderna é o que conseqüentemente, determinou a era
contemporânea, portanto, faz-se necessário percorrer as discussões para
compreendermos a humanidade atual e se possível justificar a conduta humana nas
empresas.
Para tanto, busca-se o enfoque e o estudo da ética contemporânea, a partir da
proposta de Russ (1999, p. 31), cujo pensamento apóia-se nos princípios 24 da tradição TP PT
22
TP Para Oliveira (1993, p. 9) o paradoxo que envolve a civilização é sem dúvida a relação: ciência e
PT
ética.
23
TP “A empresa é uma unidade econômica. Nela o empresário utiliza os três fatores técnicos de produção
PT
– a natureza, o capital e o trabalho – para gerar um resultado, que é um serviço, um bem ou um direito.
O bem, ou o serviço, ou o direito é, então, vendido ao mercado pelo maior preço que este aceitar pagar.
A diferença entre o preço da venda e o custo da produção é o proveito monetário denominado lucro”
(ANTUNES, 1973, apud MOREIRA 2002, p. 27, grifo do autor).
24
TP “Um dos primeiros princípios que organizam, em toda a nossa tradição filosófica e moral, a teoria que
PT
busca determinar os verdadeiros fins da vida humana, a doutrina raciocinada concernente aos valores, é,
filosófica e moral, tendo como perspectiva teórica o efeito da dupla acepção de
metamoral fundadora e de ética aplicada.
Tal fato nos direciona para a analise da teoria ética aplicada a empresa, tendo
como cenário econômico o sistema capitalista, cuja proposta ética, se fundamenta nos
juízos morais, os quais são pré-estabelecidos pelas empresas através da doutrina
normativa 25 , com a criação de regras de conduta, tendo como finalidade apresentar a
TP PT
toda a sua história passando por todas as transformações e crises sofridas ao longo
dos séculos, até chegar no mundo contemporâneo, com a Era da Ética 27 , já que neste TP PT
período a ética será retratada como a única alternativa capaz de conduzir a empresa à
sobrevivência. Mas a dificuldade-chave dos problemas éticos da atualidade consiste
em equacionar interesses pessoais com a Responsabilidade Social 28 . TP PT
indiscutivelmente, o modelo do sujeito autônomo, responsável, dando a si mesmo suas próprias leis sem
se referir a uma autoridade exterior.” (RUSS, 1999, p. 31)
25
TP A moral normativa é “... constituída pelas normas ou regras de ação e pelos imperativos que
PT
2002, p.28).
27
TP Para Moreira (2002, p. 27-30) a Era da Ética é analisada a partir da preocupação ética na empresa,
PT
cujos apelos levam em consideração o comportamento social e ambiental bem como, a decisão da
empresa, já que nessa perspectiva o único lucro aceitável moralmente é aquele obtido com ética.
28
TP Define-se responsabilidade social como “a possibilidade de prever os efeitos do próprio
PT
comportamento e de corrigir o mesmo comportamento com base em tal previsão [...]. O primeiro
significado do termo foi o político, em expressões como ‘governo responsável’ ou ‘responsabilidade do
governo’, que exprimiam o caráter pelo qual o governo constitucional age sob o controle dos cidadãos e
em função deste controle.” (ABBAGNANO, 1970, p. 822)
orienta a conduta humana. Desta forma, a ética empresarial passa a ser analisada
como a conduta praticada na empresa, ou seja, nos negócios empresariais.
Não só a ética, mas outras ciências também tratam do agir humano. E cada
ciência tem o seu próprio enfoque dependendo do seu objeto de estudo. No entanto,
pode-se afirmar que uma mera formação científica não significa necessariamente
uma formação ética. Abaixo exemplos dessa relação:
9 ANTROPOLOGIA: estuda o agir humano pertencente a determinadas
raças ou culturas. Ou seja, o comportamento determinado por ser
integrante de uma parte específica da humanidade.
9 SOCIOLOGIA: estuda o comportamento das pessoas como parte de um
grupo, seja religioso, político. E reflete sobre os elementos presentes em
cada grupo: objetivos, coordenação, interesses comuns, dentre outros.
9 ECONOMIA: estuda o comportamento enquanto produzem e consomem
bens e serviços, preocupa-se com a atividade do homem com relação aos
recursos da natureza.
9 TEOLOGIA: estuda o agir humano a partir da sua relação com a
divindade, manifestação que inspira o comportamento humano.
9 HISTÓRIA: procura compreender o comportamento humano dos fatos do
passado, vendo suas causas e conseqüências. Busca relatar, estudar a
fundo, encontrar o fio condutor ao longo dos tempos.
9 PSICOLOGIA: ênfase no estudo do individuo em si, busca entender em
seu agir, o que ele faz, porque faz, como se faz e onde se faz. Não
estabelece critérios entre o que é certo e errado, apenas quer ajudar cada
pessoa a viver melhor e ser agente de sua vida.
9 DIREITO: estabelece um conjunto de normas que disciplinam o
comportamento humano ou a vida em sociedade, seus interesses
primordiais são as leis e suas execuções são seus principais objetivos.
9 ADMINISTRAÇÃO: analisa, planeja, implanta e controla, os processos
necessários para as atividades de uma empresa, dinamiza as pessoas
para a execução dos objetivos principais da empresa.
9 CONTABILIDADE: usa técnicas que permitem manter um controle
permanente dos patrimônios da empresa, lida com dados fornecidos pelas
pessoas, analisa os fatores da empresa, a natureza, o capital e o trabalho.
9 PEDAGOGIA: ciência da educação visa transmitir conhecimentos
adequados para o desenvolvimento de vários aspectos do ser humano,
suas teorias buscam fundamentos para que as pessoas assimilem mais
facilmente os conteúdos do processo: ensino-aprendizagem.
Assim, pode-se afirmar que todas as ciências são necessárias para o homem
viver a ética. E o objeto da ética não se confunde com nenhuma destas ciências.
Pois a ética é o compromisso com o dever, a verdade, a justiça, o valor e a virtude.
Cujos fundamentos estão baseados nos aspectos essenciais da natureza humana,
descobertos e analisados pela REFLEXÃO racional num processo dinâmico e
constante.
Já que a ética é uma parte da filosofia e baseia-se no “estudo das últimas e
profundas causas das coisas”, e transcende as ciências e procurar auxiliá-las em
questões que não conseguem atingir.
PERGUNTAS:
1. Uma formação científica pode significar uma formação ética? Porque?
2. Exemplifique como atua o profissional da sua área atualmente?
3. Por que podemos afirmar que os objetos de todas as ciências são para
que o ser humano viva a ética?
4. Explique porque o objeto da ética não se confunde com nenhuma outra
ciência?
5. O que é a ética e quais seus fundamentos?
6. Como pode a ética transcender as ciências e ainda procurar auxiliá-las em
questões que as mesmas não conseguem atingir?
2.2.6.2 FUNÇÃO DA ÉTICA
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