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ROCHAS E AGREGADOS COMO

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Prof.ª Luciane farias Ribas
ROCHA COMO MATERIAL DE Maria Heloisa Barros de

CONSTRUÇÃO Oliveira Frascá – IPT

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ROCHAS E MINERAIS -CONCEITOS
Rocha

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ROCHAS E MINERAIS -CONCEITOS
Mineral

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ROCHAS

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ROCHAS ÍGNEAS
Rocha ígneas ou magmáticas

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ROCHAS ÍGNEAS
Plutônicas ou intrusivas Vulcânicas ou extrusivas

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ROCHAS ÍGNEAS
Plutônicas ou intrusivas Vulcânicas ou extrusivas

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ROCHAS SEDIMENTARES E METAMÓRFICAS
Rochas sedimentares

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ROCHAS SEDIMENTARES E METAMÓRFICAS
Rochas sedimentares

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ROCHAS SEDIMENTARES E METAMÓRFICAS
Rochas metamórficas

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ROCHAS SEDIMENTARES E METAMÓRFICAS
Rochas metamórficas

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PROPRIEDADES DE ENGENHARIA

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PROPRIEDADES DE ENGENHARIA

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PROPRIEDADES RELEVANTES
Composição mineralógica

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PROPRIEDADES RELEVANTES
Estrutura

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PROPRIEDADES RELEVANTES

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PROPRIEDADES RELEVANTES

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PROPRIEDADES RELEVANTES
Granulação

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PROPRIEDADES RELEVANTES
Textura

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CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA
USP UFRJ

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PROPRIEDADES PETROGRÁFICAS
Rochas metamórficas Rochas magmáticas

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ANÁLISE PETROGRÁFICA

Figura 3 –Seção delgada de rocha granítica, exibindo


grãos de quartzo (mais límpidos) e de feldspatos, em
arranjo granular (isótropo)

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PROPRIEDADES FÍSICAS –DUREZA
Microdureza Knoop

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PROPRIEDADES FÍSICAS –DUREZA
Desgaste abrasivo por atrito

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PROPRIEDADES FÍSICAS –DENSIDADE, ABSORÇÃO
E POROSIDADE
Densidade

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PROPRIEDADES FÍSICAS –DENSIDADE, ABSORÇÃO
E POROSIDADE
Absorção de água

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PROPRIEDADES FÍSICAS –DENSIDADE, ABSORÇÃO
E POROSIDADE
Porosidade

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PROPRIEDADES FÍSICAS – DENSIDADE, ABSORÇÃO
E POROSIDADE

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PROPRIEDADES FÍSICAS
Dilatação Térmica
Para a determinação do coeficiente de
dilatação térmica linear (10-3mm/m.°C)
a rocha é submetida a variações de
temperatura em um intervalo entre 0°C
e 50°C.

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PROPRIEDADES MECÂNICAS –COMPRESSÃO
Importante indicativo da integridade física da rocha
A presença de descontinuidades (fissuras, fraturas), alteração ou outros aspectos que
interfiram na coesão dos minerais →em valores menores do que aqueles
característicos para o tipo rochoso em questão
Finalidade: fornecer parâmetros para o dimensionamento do material rochoso
utilizado como elemento estrutural, ouseja, com afinalidade de suportar cargas

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PROPRIEDADES MECÂNICAS –COMPRESSÃO
Resistência à compressão (MPa): tensão que provoca a ruptura da rocha, quando submetida a esforços
compressivos (Figura 4).
É determinada nas condições seca e saturada, concordante e paralelamente à estruturação da rocha
(no caso de gnaisses, migmatitos etc.)
 σc = resistência à compressão (MPa)
 P = carga total de ruptura (N)
 A = área de aplicação da carga (mm2)

Figura 4 – Determinação da resistência à compressão, perpendicular (esquerda) e paralelamente (direita) à estruturação.

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PROPRIEDADES MECÂNICAS –FLEXÃO
Flexão (módulo de ruptura): solicitações de flexão em rochas empregadas em
edificações-telhas (ardósias), pisos elevados, de graus de escadas, tampos de pias e
balcões. Nesses casos, também são produzidos esforços de tração em certas partes
da rocha (Figura5)

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TRAÇÃO NA FLEXÃO

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PROPRIEDADES MECÂNICAS –FLEXÃO
Flexão (ou flexão por carregamento em quatro pontos): esforços flexores em placas
de rocha, simulando o esforço do vento em placas de rocha fixadas em fachadas
com ancoragens metálicas (Figura6)

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FLEXÃO

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VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ULTRA-
SÔNICAS LONGITUDINAIS
Finalidade: avaliar, indiretamente, o grau de alteração e de coesão das rochas
Importante: por se tratar de um dos poucos ensaios não destrutivos disponíveis para
verificação de propriedades rochosas
Muito empregado na avaliação da degradação de rochas, especialmente nos
estudos sobre o estado de conservação de monumentos históricos

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ESPECIFICAÇÕES E REQUISITOS
Especificações (comuns em normas americanas–ASTM): constituem-se na proposição
de valores limites, máximos e mínimos, para as propriedades determinadas nos
diferentes materiais rochosos, com o objetivo de auxiliar na avaliação da qualidade
tecnológica das rochas, independentemente, em princípio, do tipo de utilização futura
dos produtos beneficiados.
Requisitos (comuns nas normas européias – CEN): são basicamente parâmetros
estatísticos de tolerância para valores dimensionais, visando o controle de qualidade
de materiais fornecido sem dimensões específicas, nas obras, para incrementar a
beleza e a uniformidade do trabalho final.

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ROCHAS ORNAMENTAIS E PARA REVESTIMENTOS-
CONCEITOS -

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ROCHAS ORNAMENTAIS E PARA REVESTIMENTOS-
CONCEITOS EMPREGADOS NESTE CAPÍTULO-
Rochas ornamentais: todos os materiais rochosos aproveitados pela sua aparência
estética e utilizados como elemento decorativo, em trabalhos artísticos e como
materiais para construção
Rochas para revestimento: constituem uma aplicação específica das rochas
ornamentais, compreendendo os produtos do desmonte de materiais rochosos em
blocos, de seu subseqüente desdobramento em chapas, processamento e corte em
placas, ladrilhos e tampos para uso na construção civil
Rochas decorativas: rochas cujas propriedades físicas e mecânicas não permitem sua
utilização extensiva na construção civil, mas que pela sua apreciada aparência
estética, são usadas em ambientes internos, como peças especiais, ou em
acabamentos personalizados

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ROCHAS ORNAMENTAIS E PARA REVESTIMENTOS-
CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL -
Tradicionalmente, duas grandes categorias:
 “granitos”, na qual se incluem as rochas silicáticas (ígneas e metamórficas),
 “mármores”, entendidos como qualquer rocha carbonática, tanto de origem sedimentar (calcários) ou
metamórfica, passível de polimento

Atualmente também englobam:


 “quartzitos”, “arenitos”, “calcários”, “travertinos” e “ardósias”, cada qual objeto de normalização e
especificação próprias

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CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS DOS
PRINCIPAISTIPOS COMERCIAIS

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COMPARAÇÃO SIMPLIFICADA DE PROPRIEDADES
DE DIFERENTES TIPOS ROCHOSOS

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USOS
Principal aplicação: em revestimento, como placas ou ladrilhos, em pisos e escadas de
interiores e exteriores (também denominados revestimentos horizontais), fachadas e paredes
de interiores e exteriores (ou revestimentos verticais). Também são consumidas na forma de
peças acabadas e semi-acabadas, como tampos de mesas e de bancadas de cozinhas ou de
lavatórios e arte funerária
Pavimentação: empregadas em calçadas, ruas, sarjetas etc., geralmente em estado natural,
sem processamento, na forma de paralelepípedos e lajotas
Alvenaria:
 elementos estruturais em edificações, compondo principalmente paredes. Além das funções estéticas,
desempenham importante função de sustentação (ou loading-bearing), suportando cargas compressivas
 Empregada na forma natural na construção de muros, comum em várias regiões do Brasil, executados por
artífices que empregam técnicas artesanais, cujos métodos praticamente não foram objetos de registro

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USOS

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ESCOLHA E SELEÇÃO

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CRITÉRIOS PARA ESCOLHA E SELEÇÃO

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PRINCIPAIS SOLICITAÇÕES DE USO X AMBIENTE
(EXTERIOR / INTERIOR)

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PROPRIEDADES RELEVANTES X USOS

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ACABAMENTO SUPERFICIAL DA ROCHA
O tipo de acabamento é determinante, conforme o uso acabamento rústico ou com
rugosidade é obrigatório no revestimento de pisos em exteriores ou áreas
freqüentemente molhadas
Alguns tipos de acabamentos:
 Polido: plano, liso, lustroso e altamente refletivo produzido por abrasão mecânica e polimento.
 Levigado: plano e não refletivo; produzido por abrasão mecânica, em diferentes graus.
 Térmico (ou Flameado): realizado por meio de uma rápida exposição do material a uma chama em
alta temperatura (maçarico), resultando na esfoliação da superfície da rocha, tornando-a rugosa.

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ALTERAÇÃO DE ROCHAS
Alteração das rochas é um fenômeno natural, que ocorre ao serem expostas na
superfície terrestre, em resposta às novas condições e pela atuação do intemperismo
Principais agentes intempéricos (principalmente em rochas para revestimento:
 umidade, independente da origem (chuva, névoa, umidade relativa do ar, solo)
 Temperaturado ar, que pode acelerar as reações químicas
 Insolação e resfriamento noturno, responsáveis pelos movimentos térmicos
 Vento e energia cinética, que promovem ação abrasiva sobre as paredes
 Constituintes do ar e poluentes atmosféricos (gasosos e aerossóis), que condicionam as taxas de
ataque químico

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ALTERABILIDADE E DURABILIDADE DE ROCHAS
As rochas, ao serem utilizadas na construção civil, serão novamente expostas a
diferentes condições ambientais, intempéricas e de uso.
Alterabilidade (Aires-Barros, 1991) é a aptidão da rocha em se alterar em função
de:
 características intrínsecas: dependentes do tipo e natureza da rocha, do grau de alteração e de
fissuramento, da porosidade e da configuração do sistema poroso, etc. Nas rochas ornamentais,
também há a influência dos “defeitos” –como microfissuras –gerados no processamento
 fatores extrínsecos: relacionados às características ambientais em que ocorre a alteração
(temperatura, pH, Eh, umidade, forças bióticas) e do correto dimensionamento, colocação e
manutenção. Leva-se a intensidade e o caráter cíclico das variações externas;
 tempo

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ALTERABILIDADE E DURABILIDADE DE ROCHAS
Durabilidade(ASTM, 2005) é a capacidade da rocha em manter a aparência e as
características essenciais e distintivas de estabilidade e resistência à degradação ao
longo do tempo.
Esse tempo dependerá do meio ambiente, do uso e da finalidade da rocha em
questão (por exemplo, em exteriores ou interiores).
Está fundamentalmente relacionada à conservação.

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DETERIORAÇÕES XPATOLOGIAS
Deterioração, numa definição simples, é o conjunto de mudanças nas propriedades
dos materiais de construção no decorrer do tempo, quando em contato com o
ambiente natural. Implica a degradação e o declínio na resistência e aparência
estética, nesse período (Viles, 1997).
Relativamente às rochas
 Alteração é considerada qualquer modificação do material, mas não implica necessariamente o
empobrecimento de suas características
 degradação ou deterioração, por sua vez, é uma modificação do material rochoso que supõe sempre
uma degeneração, sob a óptica da conservação

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DETERIORAÇÕES X PATOLOGIAS
Patologia, em rochas para revestimento, são as degradações que ocorrem durante
ou após uma obra, como resultado de procedimentos inadequados de colocação, de
limpeza e de manutenção, muitas vezes em decorrência da adoção de critérios
incorretos na escolha e dimensionamento da rocha.
Envelhecimento são as que modificações (acomodações naturais) que ocorrem ao
longo do tempo, sob condições adequadas de uso e manutenção

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ENSAIOS DE ALTERAÇÃO ACELERADA
O conhecimento dos mecanismos e da taxa de atuação dos
agentes degradadores é muito útil para o estabelecimento de
medidas preventivas e de proteção do material rochoso para
aumento da vida útil
Com esse intuito, são realizados ensaios de alteração acelerada,
em laboratório, que simulam situações potencialmente
degradadoras, por meio da exposição da rocha a agentes
intempéricos e poluentes atmosféricos (Tabela 1)
Visam conhecer as respostas das características intrínsecas a
essas solicitações, bem como determinar mecanismos de
degradação

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ENSAIOS DE ALTERAÇÃO ACELERADA

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ENSAIOS DE ALTERAÇÃO ACELERADA

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CONSERVAÇÃO, MANUTENÇÃO E LIMPEZA
Conservação se refere a qualquer ação para prevenir a degradação de materiais
(Feilden, 1994)
A regra principal da conservação é a da mínima intervenção, e a prevenção é a
ação mais indicada, devendo ser efetivada por meio de procedimentos adequados
de manutenção e limpeza
A preservação enfoca a manutenção do estado já existente, de modo a evitar a
continuidade de deterioração porventura instalada.

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CONSERVAÇÃO, MANUTENÇÃO E LIMPEZA
A característica comum a todos os exemplos de degradação e patologias
mencionados anteriormente é a irreversibilidade, ressaltando, mais uma vez, a
importância da prevenção
Parte dela já está contemplada na correta e criteriosa escolha da rocha e na
elaboração de projetos arquitetônicos, subsidiados pelas propriedades tecnológicas
da rocha especificada e pelos ensaios de alteração adequados ao uso em foco
Como, em muitos casos, a negligência ou a irregularidade na manutenção é a
principal causa das deteriorações, é mister o projeto também estabelecer um plano
de conservação, contendo os futuros cronogramas de limpeza e manutenção e os
custos envolvidos.

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