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Prezados Alunos,

Daremos início à nossa Disciplina: Psicologia dos


Grupos e Subjetividade. Serão quatro encontros durante o
mês de setembro: 04, 11, 18 e 25.
Que durante este período, possamos vivenciar
experiências valiosas e que também agregar
conhecimentos. Vale ressaltar que a pontualidade, a
assiduidade e a interação contribuem de forma
significativa para obter um melhor desempenho.
Então, que desde já estejamos conectados uns com os
outros, evitando as distrações, estudando e aprendendo
juntos.
Vamos iniciar essa aventura!
Com afeto,
Pedagoga e Psicopedagoga Thiala Amaral.

psicopedagogathiala@gmail.com

A Fábula do Porco Espinho


(Arthur Schopenhauer)

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Linda reflexão sobre convivência. Leia a fábula abaixo, reflita, e faça a seguinte
pergunta para si mesmo: O que é mais importante?

Durante uma era glacial, muito remota, quando o Globo terrestre esteve coberto por
densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram
indefesos, por não se adaptarem as condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e
sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim cada um podia sentir o
calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente,
aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida
ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos,
justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou
morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes.
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer
congelados.Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito,
com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do
outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem
causar danos recíprocos. Assim, aprendendo a amar, resistiram a longa era glacial.
Sobreviveram.

"Quanto mais nos ocupamos com a felicidade dos outros, maior passa a ser nosso
senso de bem-estar. Cultivar um sentimento de proximidade e calor humano
compassivo pelo outro, automaticamente coloca a nossa mente num estado de paz. Isto
ajuda a remover quaisquer medos, preocupações ou inseguranças que possamos ter, e
nos dá muita força para lutar com qualquer obstáculo que encontrarmos. Esta é a
causa mais poderosa de sucesso na vida."

O que significa GRUPO para você?

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 CONCEITO SOBRE GRUPO – Por Maria Sara de Lima Dias
“O termo grupo refere – se a dois ou mais sujeitos que estão ligados por relações
sociais, assim sendo, eles interagem e influenciam – se mutuamente.”
(DIAS, 2012. P. 10)

 HISTÓRICO
 Le Bom, Durkheim, Tarde e Dantec
Haviam construído passo a passo Metapsicologias e Metasociologias com o
objetivo de tornar inteligível toda a realidade social.
 MacDougal e os psicólogos que o sucederam, também descobriram as leis
fundamentais que possam tornar inteligíveis toda conduta social em qualquer contexto
social. Trabalharam em laboratórios, rompem com qualquer tentativa Filosófica. Seus
trabalhos e metodologias eram especificamente científicos.
 Kurt Lewin - TEORIA DE CAMPO
Seus trabalhos vão servir desde o início para elucidar a Dinâmica de Fenômenos de
Grupo. Sua metodologia foi o de estudar micro - grupos por ele chamado de "Face - to -
Face - Groups".
Mais tarde os primeiros psicólogos franceses iniciados em Dinâmica de grupo
traduzirão assim esta expressão: Os grupos Frente a Frente.

 HISTÓRICO

O tratamento científico ao estudo de grupos: Veio de psicólogos e sociólogos,


através de análises estatísticas.
A primeira vez que apareceu a expressão dinâmica de grupo: Em 1944 num artigo
publicado por Kurt Lewin em estudo consagrado às relações entre a teoria e a prática
em Psicologia Social.

 União da Teoria de Kurt Lewin e Moreno:

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A partir da perspectiva multidisciplinar de Lewin e do psicodrama de Moreno
constituem as referências iniciais, sobre o que entendemos por grupos, abordando como
se formam, constituem e como terminam.

 Micro – Grupos
Desmonta psicologicamente os mecanismos de integração e de crescimento dos diversos
grupos, explorando toda a série dos problemas sociais:
1. Estudando de forma processual as formas de integração a longo prazo, por partes;
2. Observa evidências de certas constantes na formação e na evolução dos
agrupamentos humanos.

 Diferentes interpretações da expressão “Dinâmica de Grupo”.


1. Ideologia política, Idéia de Co-Participação, como princípio fundamental numa
sociedade democrática.
2. Conjunto de técnicas, tais como desempenho de papéis, discussão e interação.
3. Campo de pesquisas, para obter conhecimento a respeito da natureza dos grupos,
das leis que regem o seu desenvolvimento e das suas relações e inter - relações com
os indivíduos, em outros grupos e com a sociedade em geral.

 Para compreender um Grupo...


É necessário conhecer:
A natureza dos grupos
Seu funcionamento
A relação indivíduo – grupo
A relação Grupo – sociedade

 Ciclo de Aprendizagem Vivencial – GRAMIGNA, Maria Rita


CONCEITO
“Quando as pessoas vivenciam um jogo em todas as fases, além de maiores chances de
alcançar a aprendizagem, têm a oportunidade de trabalhar os dois hemisférios cerebrais
de forma harmônica, sem que haja predominância de um deles durante todo o tempo,
como acontece nos métodos mais ortodoxos.”

CINCO FASES

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•Vivência
•Relato
•Processamento
•Generalização
•Aplicação

 VIVÊNCIA
ATIVIDADES PARA A FASE DE VIVÊNCIA:
•Construção
•Reprodução de modelos
•Montagem de estratégias
•Negociação
•Específicas de processo decisório
•Criatividade

CONSTRUÇÃO
As atividades de construção têm como característica básica a liberdade de criação dos
jogadores:
•Criar novos produtos para uma empresa simulada;
•Montar protótipo a partir de informações básicas;
•Definir campanhas de marketing (criar slogan, jingle, logomarcas, nome e estratégias
de lançamento de novos produtos);

 RELATO
Após a vivência de um jogo ou simulação, o facilitador passa à fase do relato.
Nesse momento ele oferece espaços ao grupo para compartilhar sentimentos, reações e
emoções.

 ATIVIDADES PARA O RELATO

• Mural de relato

•Baralho dos sentimentos

•Painel com perguntas

•Roda de repentismo

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•Muro das lamentações / Muro de desabafos

•Cartazes simbólicos

•Simulação sem o verbal

•A cor do sentimento

•Recorte sem colagem

 PROCESSAMENTO

O processamento é o momento em que os participantes têm a oportunidade de analisar o


ocorrido durante o jogo.
Avaliam sua atuação e estabelecem relações com os resultados obtidos.
Nesse momento são discutidos os padrões de desempenho e o nível de interação entre os
jogadores.

ATIVIDADES DE PROCESSAMENTO
•Roteiro de discussão
•Painel livre
•Discussão a partir de palavras-chave
•Questionários individuais
•Correlação processo x resultado
•Brainstorming

 PROCESSAMENTO

Planejar o processamento é fator determinante no nível de compreensão e conteúdo


apresentado pelo grupo em suas análises e conclusões.
Quanto maior a oportunidade de reviver todo o processamento, mais rica a análise e
maiores as chances de enriquecimento.
O papel do facilitador é crucial nesta etapa; sua postura deve ser de orientador e
observador, evitando concluir e analisar para o grupo.
Quando o facilitador antecipa suas conclusões, ele tira a oportunidade de o grupo
aprender com os erros e acertos e pode inclusive, causar um clima de apatia e
dependência ao mestre.

 GENERALIZAÇÃO

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O momento da generalização é aquele em que o grupo faz comparações e analogias do
jogo e seu cotidiano empresarial.
Na generalização, o facilitador prepara atividades que auxiliem o grupo a sair do jogo e
voltar-se para seu ambiente de trabalho.

ATIVIDADES PARA A FASE DE GENERALIZAÇÃO


•Processo fantasia
•Analogias e comparações
•Complementação de frases
•Anotações do processamento
•Simulação da realidade
•Discussão livre

 APLICAÇÃO
Para fechar o Ciclo de aprendizagem vivencial é necessário preparar atividades que
dêem margens à aplicação do que foi vivenciado e discutido. Após identificar falhas,
acertos, facilidades e dificuldades, o grupo parte para o planejamento de novos rumos.
Nesta etapa, crucial para o processo, cada participante tem a oportunidade de se
comprometer com mudanças e resultados desejáveis.

 TÉCNICAS DE DINÂMICA DE GRUPO


É uma sequência de passos ou tarefas, necessárias à elaboração de um método de
trabalho.
É uma arte para criar e desenvolver ideias, em um trabalho específico.

 OBJETIVO DAS TÉCNICAS


Ativar os impulsos e motivações individuais;
Estimular a dinâmica interna e externa do grupo, para que as forças se integrem e se
dirijam para os objetivos do mesmo.
São elaboradas a partir do conhecimento da natureza, estrutura e funcionamento das
relações indivíduo-grupo e grupo-sociedade.
Existe uma grande variedade de técnicas, algumas padronizadas e tradicionais, enquanto
outras, espontâneas e adequadas a cada situação grupal.
 TÉCNICAS, MONITOR E GRUPO

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 GRUPO: Deve ser considerado como uma unidade básica;
 TÉCNICA: Deve ser considerado como o meio ou processo para estimular o
grupo e atingir seus objetivos;
 MONITOR: Agente facilitador das relações interpessoais, propiciando ao grupo
a compreensão e a consecução dos seus objetivos.

 REQUISITOS DE APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS


 Ser sensível, flexível e atento ao espaço vital do grupo.
 Possuir habilidade e visão sistêmica, acreditando na capacidade de desempenho
e realização do grupo.
 Saber intervir com precisão e objetividade.
 Ter clareza dos objetivos do grupo
 Conhecer os fundamentos básicos de dinâmica de grupo
 Conhecer os processos de desenvolvimento das relações humanas e sociais.
 Ter o senso de adequação da técnica.
 Formular um prognóstico sobre a relação técnica-objetivo.
 Conhecer a extensão dos efeitos vivenciais da técnica empregada.

 COMO APLICAR TÉCNICA DE DINÂMICA DE GRUPO


 Necessidades do grupo, identificando o tema a ser abordado;
 Definir objetivos gerais e específicos dos recursos a serem utilizados;
 Enumerar os passos de cada elemento metodológico do recurso a ser utilizado;
 Conscientizar o grupo sobre a dinâmica interna e os fenômenos registrados, para
orientar os participantes sobre o encaminhamento dos trabalhos;
 O monitor deverá atentar para os itens:
 Número de participantes
 Tempo de duração da técnica
 Dinâmica de grupo
 Fases de desenvolvimento do grupo
 Definir o sistema de avaliação para verificar a produtividade do grupo aos
objetivos propostos (feedback).

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 SELEÇÃO DA TÉCNICA
O monitor deve levar em conta na hora da escolha da técnica:
 Os participantes que compõem o grupo: seus objetivos, interesses, impulsos,
aptidões, inibições, bloqueios e frustrações.
 As forças internas e externas atuantes no grupo como sejam: atmosfera, normas,
aptidões disponíveis, controles sociais, identidade, disfunção de papéis,
participação e desempenho.

 A AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO GRUPO


O objetivo primordial da avaliação é indicar as modificações que possam aumentar a
produtividade, a maturação e o status do grupo.
Usar instrumentos apropriados com fácil compreensão e clareza nos objetivos para
suscitar a contribuição do grupo (formulários, questionários e outros).
A elaboração deve ser de forma organizada para acompanhamento do processo grupal,
visando os aspectos:
• dinâmica interna e externa do grupo
• finalidades e objetivos
• recursos técnicos utilizados
• feedback das dinâmicas vivenciadas no grupo

 FASES DO DESENVOLVIMENTO DO GRUPO


Schutz:
“as fases de desenvolvimento do grupo são como necessidades básicas interpessoais
classificando-as em três fases:
 INCLUSÃO: O gosto pela inclusão caracteriza-se pela busca de interação com as
pessoas, o desejo de atenção de reconhecimento de preeminência, apreciação e
prestígio, assim como pela busca de interação com a própria identidade e
individualidade.

 CONTROLE: A necessidade de controle varia ao longo de um continuum que vai


desde o desejo de poder, autoridade e controle sobre os outros (e, portanto, sobre o
próprio futuro) até a necessidade de ser controlado e de ter responsabilidade retirada de
cima de si.

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 AFEIÇÃO: O comportamento afetivo refere-se aos íntimos sentimentos emocionais
entre duas pessoas, especialmente amor e ódio, em seus vários graus. A afeição é uma
relação dual: só pode ocorrer entre pares de pessoas de cada vez, enquanto as relações
inclusivas ocorrem quer entre pares quer entre uma pessoa e um grupo de pessoas.

 GRUPO OPERATIVO
Pichon – Rivière começou a trabalhar com grupos na medida em que observava a
influência do grupo familiar em seus pacientes. Sua prática psiquiátrica esteve
subsidiada principalmente pela psicanálise e pela psicologia social, sendo ele o fundador
tanto da Escola Psicanalítica Argentina (1940) como do Instituto Argentino de Estudos
Sociais (1953).

 A TÉCNICA DO GRUPO OPERATIVO


Consiste em um trabalho com grupos, cujo objetivo é promover um processo de
aprendizagem para os sujeitos envolvidos.
Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora,
uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações.

 SUJEITO SOCIAL
Está inserido numa cultura, trama complexa – internalizará vínculos, relações sociais
que vão constituir o psiquismo.

 WALLON (1968)
INTERAÇÃO:
 Pressupõe a ação que se exerce com duas ou mais pessoas - a uma ação recíproca.
 A ação de interagir é uma ação social na medida em que envolve mais de um sujeito.
 As ações são reciprocamente orientadas e dependentes entre si.
 Mola propulsora para a evolução do psiquismo
 A vivência em grupo contribui de forma decisiva para que a diferenciação eu – outro
que seja estabelecida e para a construção da personalidade.

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 TEORIA DO VÍNCULO DE PICHON – RIVIÈRE

 Sempre há figuras internalizadas presentes na relação, quando duas pessoas se


relacionam;
 O vínculo é bi-corporal e tri pessoal;
 Em todo vínculo há uma presença sensorial corpórea dos dois;
 Há um personagem que está interferindo sempre em toda relação humana que é o
terceiro.

 NAS RELAÇÕES DE CONVIVÊNCIA


Na vivência com os outros nós nos constituímos por meio de uma história vincular que
vai se tecendo nessa relação.
A PSICOLOGIA SOCIAL
 Privilegia o grupo como unidade de interação;
 Grupo operativo é considerado como uma estrutura operativa que possibilita
aos integrantes meios para que eles entendam como se relacionam com os
outros.

 TÉCNICAS DE GRUPOS OPERATIVOS


Pauta-se na dimensão psicossocial do sujeito e de suas possibilidades de aprendizagem.
É utilizado como uma tecnologia no sentido de desenvolver no grupo a gestão do
conhecimento, do pensamento crítico e de ações transformadoras.

 OBJETIVO DAS TÉCNICAS EM GRUPOS OPERATIVOS


 Promover a mudança;
 Mudança exige que os componentes do grupo passem a assumir diferentes papéis e
posições frente à tarefa grupal;
 Através de tarefas explícitas e implícitas.

 TAREFA
É a trajetória que o grupo percorre para atingir seus objetivos.
Está relacionada ao modo como cada integrante interage a partir de suas próprias
necessidades.

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 TIPOS DE TAREFAS
Tarefa explícita:
Aprendizagem, diagnóstico ou tratamento.
Tarefa implícita:
Modo como cada integrante vivencia o grupo;
O enquadre que são os elementos fixos (o tempo, a duração, a frequência, a função do
coordenador e do observador).

 COMO IDENTIFICAR QUE UM GRUPO ENTROU NA TAREFA?


 A partir do momento em que é possível elaborar as ansiedades básicas, romper com as
estereotipias, abrir-se para o novo e o desconhecido.
 Quando o grupo aprende a problematizar as dificuldades que emergem no momento da
realização de seus objetivos, podemos dizer que ele entrou em tarefa,
 Quando há elaboração de um projeto comum, já é possível a este grupo poder passar a
operar um projeto de mudanças.

 PAPEL DO COORDENADOR (GAYOTTO, 1992)


 Indagar e problematizar nos grupos;
 Estabelecer algumas articulações entre as falas e os integrantes;
 Sempre direcionando o grupo para a tarefa comum;
 É um observador que registra o que ocorre na reunião,
 Resgata a história do grupo;

 PAPEIS NO GRUPO
 Alguns são fixos: O papel do coordenador e do observador.
 Os outros emergem no decorrer do processo, articulando-se com as necessidades e com
as expectativas tanto individuais quanto grupais.

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 OUTROS PAPEIS NO GRUPO
Podendo alternar-se:
 O PORTA-VOZ é o integrante que explicita o que está implícito, colaborando com
a tarefa.
 O BODE-EXPIATÓRIO aparece quando explicita algo não tem a aceitação do
grupo.
 O LÍDER DE MUDANÇA surge no momento em que o que foi explicitado pelo
porta-voz é aceito pelo grupo contribuindo para o movimento dialético grupal.

 METODOLOGIA DOS ENCONTROS


 Os encontros não têm um direcionamento para temas específicos;
 As pessoas falam livremente, estabelecem interações umas com as outras e
partilham experiências comuns;
 No grupo, no espaço de formações de vínculos, de identificações e de
diferenciações, trabalha-se com a subjetividade e com a singularidade de cada um de
seus integrantes;
 Os grupos caracterizam – se por ser um espaço de escuta.
 O coordenador indaga, pontua, problematiza as falas para dar oportunidade para
seus integrantes pensarem, falarem de si e poderem elaborar melhor suas próprias
questões.

 PARA PICHON – RIVIÈRE (1998) E O PROCESSO GRUPAL:


 Caracteriza-se por uma dialética *
 É também permeado por contradições
 Tarefa principal é justamente analisar essas contradições.
 *
Dialética deriva do termo latim dialectica e do grego dialektike, que significa
discussão.

 CONSTRUÇÕES GRUPAIS CONTRADITÓRIAS


1. Velho x Novo;
2. Necessidade x Satisfação;
3. Explícito x Implícito;
4. Sujeito x Grupo;

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5. Projeto x Resistência à mudança.
TAREFA = analisa-se as contradições no aqui-e-agora no grupo, os fenômenos e
interações, os processos de assunção e atribuição de papéis.

 CONE INVERTIDO DE PICHON – RIVIÈRE


É um processo de aprendizagem com movimento permanente de Estruturação,
Desestruturação e Reestruturação.
 Como se processa?
Dentro deste cone pode-se representar o movimento que acontece entre o desejo de
mudança, de entrar em contato com o novo;
Tal movimento acontece em idas e voltas no que Pichon-Rivière denominou espiral
dialética.

 OBJETIVOS DO CONE
 Mostrar o movimento de estruturação e desestruturação e reestruturação de um
grupo.
 É um instrumento que visualiza uma representação gráfica em que estão incluídos
 seis vetores de análise articulados entre si, que possibilitam verificar os efeitos da
mudança.

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 SEIS VETORES DO CONE
 PERTENÇA – consiste na sensação de sentir-se parte.
 COOPERAÇÃO – consiste nas ações com o outro.
 PERTINÊNCIA – na eficácia com que se realizam as ações.
 COMUNICAÇÃO – pode ser caracterizada como o processo de intercâmbio de
informação, que pode ser entendido desde o ponto de vista da teoria da comunicação ou
a partir da teoria psicanalítica, etc.
 APRENDIZAGEM – como a preensão instrumental da realidade.
 TELÉ – palavra de origem grega, tomada de Moreno – como a distância afetiva
(positiva-negativa).

 PICHON – RIVIÈRE E SAÚDE MENTAL


Saúde mental e aprendizagem são sinônimos na medida em que há uma apropriação
ativa da realidade que integra uma experiência nova e um estilo próprio de aprender. As
possibilidades de mudança de seus integrantes diante das respectivas dificuldades e
conflitos.

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 DIFERENÇA ENTRE GRUPO PSICOTERAPÊUTICO E GRUPO
OPERATIVO – SEGGUNDO ZIMERMAN (1999)
Grupos operativos: sempre visam "operar" em uma determinada tarefa – a
aprendizagem, e podem ser divididos em quatro subtipos:
1. Ensino-aprendizagem,
2. Institucionais,
3. Comunitários
4. Terapêuticos.

 UTILIZAÇÃO DE GRUPOS OPERATIVOS


 Grupos operativos têm um caráter terapêutico apesar de que nem todos os grupos
terapêuticos podem denominar-se de grupos operativos.
 Grupo Operativo tornam-se uma valiosa ferramenta conceitual e operacional para o
trabalho com grupos nos mais variados contextos, como na área educacional,
organizacional, da saúde e na pesquisa. Por centrar-se na aprendizagem e na
transformação, lidando com a dialética dos processos humanos e grupais, com
resistências à mudança, rumo ao novo e ao projeto.

ANOTAÇÕES:
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ATIVIDADES PROPOSTAS EM SALA:
1. Vivência – Coisas sobre mim
2. Confecção do crachá e apresentação
3. Vivência – O Espelho
4. Compartilhar sobre a vivência
5. Leitura do texto – A fábula do porco espinho
6. Após a leitura do texto, discussão e reflexão.
7. Escuta do Conto Interativo “Carlota não quer falar”, em seguida, realizaremos uma
vivência.
8. Leitura, compreensão do conteúdo proposto na apostila.

ATIVIDADES PROPOSTAS PARA CASA:


1. Pesquisar a biografia de Pichon – Rivière e Henri Wallon e trazer na terça-feira (11/09)
para socializar.
2. Ler o Artigo “A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri
Wallon” e fazer uma síntese para entregar na terça-feira (18/09), valerá 5 pontos. O
trabalho poderá ser entregue impresso ou manuscrito.
3. A sala será dividida em equipes e cada uma ficará responsável para realizar uma
vivência na sala de aula na última aula (25/09). O trabalho deverá ser entregue impresso
ou manuscrito, constando os objetivos, o nome da vivência, como deve ser aplicada, em
qual grupo a vivência se encaixa, público alvo, etc. O trabalho valerá 3 pontos.

 Observações importantes: A avaliação será feita a cada aula, mediante a participação e


interação; como também serão duas notas para obter a média. A primeira nota será a
partir dos trabalhos e participação e a segunda será a nota da avaliação escrita. O
conteúdo da avaliação escrita será tudo que estudarmos em sala, incluindo a apostila.
Quaisquer dúvidas estou à disposição.
Atenciosamente,
Professora Thiala Amaral!

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao


tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”
(Carl Jung)

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