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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PERFORMANCES CULTURAIS – PPGPC
DOUTORADO EM PERFORMANCES CULTURAIS
RAIMUNDO VAGNER LEITE DE OLIVEIRA

SÍNTESE

MARVIN CARLSON: “Performance: a Critical Introduction” – uma breve crítica da edição


em português.
(Robson Corrêa de Camargo)

Goiânia-GO

2023
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RAIMUNDO VAGNER LEITE DE OLIVEIRA

SÍNTESE

MARVIN CARLSON: “Performance: a Critical Introduction” – uma breve crítica da edição


em português.
(Robson Corrêa de Camargo)

Relatório da disciplina “Teorias e práticas das


performances” do curso de doutoramento do
Programa de Pós-Graduação em Performances
Culturais da Universidade Federal de Goiás, como
requisito parcial para aprovação na matéria.

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Performances


Culturais.

LINHA DE PESQUISA: Teorias e Práticas das


Performances.

Goiânia-GO

2023
3

SÍNTESE

O autor do capítulo, o Prof. Dr. Robson Corrêa de Camargo, apresenta inicialmente a


cronologia da publicação da obra Performance: a Critical Introduction de Marvin Carlson,
qual seja: primeira edição em 1996; segunda edição em 2004 (ambas em língua inglesa); e a
versão em português, em 2010. Um ponto importante a ser destacado é que o livro de Carlson
foi “[...] publicado por uma das mais importantes editoras norte americanas de livros
[...]”(CAMARGO, 2016, p. 1).
Dando seguimento, o foco da argumentação de Camargo assenta-se sobre a segunda
edição, mais especificamente em relação a alguns pontos da apresentação da editora. Aqui
se destaca que a obra apresenta “[...] uma visão panorâmica do conceito moderno de
performance desde 1960” (CAMARGO, 2016, p. 1).
O ponto seguinte diz respeito ao prefácio. Nele, encontramos que “[...] Carlson trata
da relação entre performance e pós-modernismo, e os estudos culturais, e de alguns
desenvolvimentos teóricos que a acompanham no campo da antropologia, linguística,
psicanálise, tecnologia” (CAMARGO, 2016, p. 1).
Camargo (2016) esclarece que Carlson separa a) arte da performance das b)
performances culturais.

Figura 1: Macrocosmo e Microcosmo

"MACROCOSMO"
da performance
cultural e social

"MICROCOSMO"
da performance art

Fonte: (CAMARGO, 2016, p. 2).


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Tal distinção ocorre, como se vê no gráfico acima, quando Carlson (2016) fala “[...] do
‘microcosmo’ da ‘performance art’ e do ‘macrocosmo’ da performance cultural e social”
(CAMARGO, 2016, p. 1).
Nesse universo, Camargo mostra preocupação sobre a relação dos dois pontos
elencados acima: a improvisação. Pois destaca:

[...] alguns dos estudiosos da performance apontam inadvertidamente que a grande


contribuição da performance art ao teatro seria o seu grau de improviso
acrescentado à velha arte do drama, mas esta afirmação carrega um total
desconhecimento da arte do drama que apresenta a improvisação em suas estruturas,
em maior ou menor qualidade, mesmo em suas formas mais clássicas. (CAMARGO,
2016, p. 2).

Nas linhas seguintes, Camargo apresenta alguns entendimentos sobre a abrangência


desse universo, como se segue no Quadro 1 a seguir:

Quadro 1 - Macrocosmo da performance cultural e social


PERFORMANCE PERFORMATIVIDADE
(ferramenta critica para quase todos os aspectos da
atividade humana)
dominam agora o discurso dos estudos culturais, dos negócios, da economia, da
tecnologia
auto consciência sobre o fazer e o refazer por não consta
parte dos performers ou espectadores
está associada também ao "incorporar da não consta
tensão entre uma forma ou conteúdo dado
do passado e os necessários ajustes de um
sempre mutante presente
Fonte: (CAMARGO, 2016, p. 2-3).

Mas, o que viria a ser performance no livro de Carlson (2016)? Essa é a questão que
abre a introdução da segunda edição do livro. Antes de continuarmos, cabe destacar duas
perspectivas de Camargo (2016, p. 3). Primeiro, que “[...] os estudos da performance [tem
por] objeto estudar a "performance art". Segundo, os estudos da performance significam/são
entendidos como performances culturais.
Um outro ponto que Camargo (2016) chama a atenção é que:
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As tradutoras ao português deste livro de Carlson não perceberam a confusão que


está se aprofundando em nossa língua (pg 2) e ainda complicam este terreno
pantanoso, pois utilizam artes performáticas ao traduzir "performance art", quando o
autor foi específico em seu termo "performance art". (CAMARGO, 2016, p. 3).

Para ele, a “tradução [mesmo não sendo] uma ciência precisa, [nesse] caso a
imprecisão leva a confusão” (CAMARGO, 2016, p. 3). As performances culturais são
entendidas como uma prática interdisciplinar. E completa: “As performances culturais se
encontram agora fora das caixas disciplinares e não devem a ela retornar, nem se pensar em
estabelecer como um novo campo. Um cruzamento não compõe uma rua e é o melhor da rua”.
(CAMARGO, 2016, p. 4).

REFERÊNCIAS
CAMARGO, Robson Corrêa de. MARVIN CARLSON: Performance: a Critical
Introduction, uma breve crítica da edição em português. In: Petronilio, Paulo e Camargo,
Robson (orgs). Corpo, Estética e Diferença e outras performances nômadas. Edições
Paulineas, São Paulo, 2016.

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