O mito do "ato inseguro" é uma ideia ultrapassada que por muito tempo permeou o
ambiente de trabalho. Essa concepção atribui a responsabilidade integral pela segurança do
trabalhador a ele mesmo, ignorando fatores sistêmicos e condições adversas que podem contribuir para acidentes. Tal abordagem desconsidera aspectos como falta de treinamento adequado, pressão por produtividade, deficiências nos processos de trabalho e falta de equipamentos seguros. Essa visão limitada tem sérias consequências para a saúde do trabalhador. Ao culpar o indivíduo por acidentes, desencoraja-se a busca por soluções efetivas que abordem as causas reais dos problemas de segurança no ambiente de trabalho. Além disso, cria um ambiente de culpa e medo, que pode levar à subnotificação de incidentes e à falta de aprendizado organizacional. Para promover ambientes de trabalho seguros e saudáveis, é fundamental abandonar o mito do "ato inseguro" em favor de uma abordagem mais abrangente, que considere todos os elementos que contribuem para a segurança e bem-estar dos trabalhadores. Isso inclui investir em treinamento, promover uma cultura de segurança, identificar e corrigir problemas sistêmicos e valorizar a participação dos trabalhadores na busca por soluções. Dessa forma, poderemos verdadeiramente proteger a saúde e a vida daqueles que desempenham um papel fundamental em nossas empresas e sociedade como um todo.