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Costa et al. Notas de resolução BMC (2016)


9:190 DOI 10.1186/s13104-016-1998-2
Notas de pesquisa do BMC

BREVE RELATÓRIO Acesso livre

Evidência sorológica e molecular da


infecção por Brucella ovis em rebanhos ovinos e
caprinos no Estado de Minas Gerais, Brasil
Luciana Fachini Costa1 , Moisés Sena Pessoa2, Laís Bitencourt Guimarães2 , Anne Karoene Silva Faria3 ,
Rodrigo Pereira Morão3 , Juliana Pinto da Silva Mol2 , Luize Néli Nunes Garcia2 , Anna Cristina Almeida3 ,
Aurora Maria Guimarães Gouveia4 , Marcos Xavier Silva4 , Tatiane Alves Paixão1 e Renato Lima Santos2*

Abstrato
Antecedentes: A infecção por Brucella ovis é uma das principais causas de subfertilidade e infertilidade em ovinos, sendo caracterizada principalmente
por epididimite, orquite e atrofia testicular em carneiros. Este estudo teve como objetivo determinar a frequência de positividade para B. ovis em
rebanhos de ovinos e caprinos no Estado de Minas Gerais, Brasil, por meio de imunodifusão em gel de agarose (IDGA), ELISA, Rosa Bengala, PCR
e isolamento bacteriológico como ferramentas diagnósticas.

Resultados: Amostras de soro e urina foram coletadas em propriedades com rebanhos ovinos ou caprinos, ou em propriedades com rebanhos
mistos. Dos 50 rebanhos de ovinos, 6% (3/50) foram soropositivos pela IDGA, enquanto 4% (2/50) foram positivos pela PCR de urina para B.
ovis. Das cinco fazendas de caprinos, 20% (1/5) foram soropositivos para B. ovis pela IDGA. Fazendas de rebanhos mistos tiveram 11,1% (2/18)
de positividade pela AGID. Pelo ELISA, 19,5% (8/41) das propriedades com ovinos e 61,1% (11/18) das propriedades com rebanhos mistos foram
positivas para B. ovis. Nenhuma amostra foi positiva no teste de Rosa Bengala, descartando a exposição a espécies lisas de Brucella LPS
(particularmente Brucella melitensis) e indicando que o positivo no ELISA estava associado a Brucella spp. LPS áspero (presumivelmente B. ovis).
Nenhuma amostra de urina de ovinos ou caprinos foi positiva por isolamento bacteriológico.

Conclusões: Nossos resultados demonstram evidências sorológicas ou moleculares de infecção por B. ovis em vários carneiros e bodes das
mesorregiões do Estado de Minas Gerais, Brasil. Além disso, este estudo relata o ELISA indireto como uma ferramenta importante para o diagnóstico
da infecção por B. ovis, uma vez que o ELISA indireto neste estudo demonstrou ser o método diagnóstico mais sensível adotado.

Palavras-chave: Brucella ovina, Carneiros, Caprinos, Brucelose

Fundo fonte de infecção. O diagnóstico de infecções por B. ovis


A infecção por Brucella ovis é uma das principais causas de geralmente é baseado em exame clínico, sorologia e isolamento
subfertilidade ou infertilidade em carneiros. É clinicamente bacteriano de amostras de sêmen [5]. Embora estudos
caracterizada por epididimite, atrofia testicular e infertilidade [1, 2]. experimentais tenham demonstrado que B. ovis pode ser
A infecção natural por B. ovis ocorre principalmente em ovelhas, igualmente detectado em amostras de urina e sêmen por PCR ou nested PCR [6, 7
embora haja relatos de infecção em cervos [3]. As cabras também O Estado de Minas Gerais, localizado na região Sudeste do
podem adquirir infecção por B. ovis quando inoculadas Brasil, possui 588.383,6 km2 divididos em 12 mesorregiões. Um
estudo anterior identificou 190 fazendas de caprinos, 120 fazendas
experimentalmente [4]. O sêmen de carneiros infectados é o mais importante
de ovinos e 91 fazendas com caprinos e ovinos em Minas Gerais
[8]. Embora as cabras sejam suscetíveis à infecção experimental
*Correspondência: rsantos@vet.ufmg.br
2
Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Escola de Veterinária da por B. ovis [4], não está claro se as cabras podem sustentar a
Universidade Federal de Minas Gerais, CEP 31.270-901 Belo Horizonte, MG, Brasil infecção em seus rebanhos em condições naturais. Portanto, o
objetivo deste estudo foi
A lista completa de informações do autor está disponível no final do artigo

© 2016 Costa et al. Este artigo é distribuído sob os termos da Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0
(http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/), que permite uso, distribuição e reprodução irrestritos em qualquer meio, desde
que você dê o devido crédito ao(s) autor(es) original(is) e à fonte, forneça um link para a licença Creative Commons e
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domínio público/zero/1.0/) aplica-se aos dados disponibilizados neste artigo, salvo indicação em contrário.
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determinar a frequência de rebanhos ovinos e caprinos naturalmente Tabela 1 Número de propriedades de ovinos, caprinos e
infectados, criados separadamente ou em conjunto, em Minas Gerais. mistos amostradas nas mesorregiões do Estado de Minas Gerais, Brasil

Mesorregião Fazendas Fazendas Fazendas


de ovelhas de cabras mistas

Métodos –
Jequitinhonha 10 1
Este estudo foi realizado em estrita conformidade com as
Norte de Minas 14 – 14
recomendações do Guia para o Cuidado e Uso de Animais de
Adeus ao Mucuri 8 – –
Laboratório: Oitava Edição (publicado pelo Conselho Nacional de
Central Mineira 4 – –
Pesquisa dos EUA). Todas as coletas de sangue e urina foram
2 3 –
Metropolita de Belo Horizonte
realizadas por veterinários especializados e todos os esforços foram
feitos para minimizar o sofrimento. Embora o protocolo não tenha sido Oeste de Minas 4 – –

formalmente aprovado por um comitê de ética, não podemos solicitar 2 – –


Sul/Sudeste de Minas
aprovação retrospectiva no Brasil devido à legislação vigente. No – – 2
Triângulo/Alto Paranaíba
entanto, reconhecemos que a aprovação ética deveria ter sido solicitada – 2
Adeus ao Rio Doce 5
antes do início do estudo. Todos os proprietários de animais deram –
Zona da Mata 1 1
consentimento para que seus animais fossem incluídos neste estudo.
Total 50 5 18

Amostras de soro e urina foram coletadas conforme descrito


anteriormente [6]. Os métodos sorológicos incluíram imunodifusão em
gel de agarose (AGID), ELISA e Rosa Bengala, enquanto amostras de criadores de ovinos e caprinos do Estado de Minas Gerais foram

urina foram processadas para isolamento bacteriano e extração de amostrados neste estudo. O desenho experimental baseou-se em: (i)

DNA para reação em cadeia da polimerase (PCR), conforme descrito frequência de soropositividade para B. ovis de 5,3% no Estado de

anteriormente [6] . Foi utilizado um kit AGID comercialmente disponível Minas Gerais [12]; (ii) sensibilidade de 82% e especificidade de 98,8%,
(TECPAR, Curitiba, Brasil) de acordo com as instruções do fabricante. em amostras de urina para o ensaio PCR utilizado neste estudo [6]; (iii)

A sensibilidade deste protocolo AGID foi estimada em 70,1 sob intervalo de confiança de 95% e erro estatístico de 5%. Minas Gerais
possui um grande território e distribuição heterogênea de rebanhos, o
condições de infecção experimental [13]; O ELISA indireto foi realizado
conforme descrito anteriormente [9] usando um antígeno recombinante número de fazendas a serem amostradas em cada mesorregião seguiu

de B. ovis BP26 e diluições de soro de 1:20 e 1:40. O Rose Bengal foi os registros da "Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos de

realizado seguindo as instruções do fabricante (Instituto Biológico, São Minas Gerais" (Caprileite/

Paulo, Brasil) para detectar anticorpos contra Brucella LPS lisa [10].
Para isolamento bacteriano, 100 ÿL de amostras de urina foram Alojamento). As regiões “Campo das Vertentes” e “Noroeste” não foram

plaqueadas assepticamente em ágar Thayer Martin modificado. As amostradas devido ao número muito pequeno de propriedades

placas foram incubadas a 37°C com 5% de CO2 durante 7 dias. A cadastradas. Um reprodutor macho foi amostrado para cada 25 fêmeas,

PCR foi realizada extraindo DNA de 1 mL de urina. até oito reprodutores machos por fazenda, e a seleção dos animais
para amostragem foi completamente aleatória dentro de um rebanho.
Os tamanhos das amostras foram baseados nos parâmetros descritos

A reação de PCR e os parâmetros de ciclagem foram descritos acima e foram calculados usando ferramentas disponíveis em //

anteriormente [6]. A frequência de positividade por AGID, PCR e ELISA epitools.ausvet.com.au; que indicou um número mínimo de 73 e 19
para ovinos e caprinos, respectivamente (124 carneiros e 34 bodes
foi comparada entre grupos de fazendas (ou seja, ovelhas, cabras ou
fazendas mistas), e a frequência de positividade de carneiros e bodes foram incluídos neste estudo). Os números mínimos de rebanhos

individuais foi comparada pelo teste exato de Fisher usando o software foram estimados em 32, 5 e 15 para rebanhos ovinos, caprinos e

GraphPad Instat versão 3.10. mistos, respectivamente (50 rebanhos ovinos, 5 caprinos e 18 mistos

As diferenças foram consideradas significativas quando P < 0,05. foram incluídos neste estudo).

O número de propriedades incluídas neste estudo e suas categorias


estão detalhados na Tabela 1. De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística [11], as populações de ovinos e caprinos no Resultados

Estado de Minas Gerais são estimadas em 228.306. e 118.572, Foram consideradas positivas as fazendas que tiveram pelo menos um

respectivamente, o que corresponde a 1,3% da população brasileira animal positivo por algum dos métodos diagnósticos utilizados. Três

para ambas as espécies. Foram colhidas amostras de sangue e urina dos 50 rebanhos de ovinos amostrados (6%) foram positivos para B. ovis

de 124 carneiros e 34 bodes, o que, considerando a proporção habitual pela IDGA, enquanto dois (4%) foram positivos pela PCR de amostras

de criadores em rebanhos de ovinos e caprinos, apoia a noção de de urina (Tabela 2). As fazendas positivas estavam localizadas nas

que entre 1 e 2% da população de mesorregiões “Vale do Jequitinhonha”, “Norte de Minas” e “Oeste” de


Minas Gerais. Uma das cinco fazendas de cabras
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Tabela 2 Número de fazendas de ovinos, caprinos e mistos positivas por imunodifusão em gel de agarose (IDGA), reação
em cadeia da polimerase (PCR) e ELISA para Brucella ovis nas mesorregiões do Estado de Minas Gerais, Brasil

Mesorregiões Explorações de ovinos positivos (%)b Fazendas de caprinos positivas (%)b Fazendas positivamente mistas (%)b

AGIR PCR ELISA AGIR PCR ATO ELIZA PCR ELISA

– – –
Jequitinhonha 20,0 (2/10) 0,0 (0/10) 11,1 (1/9) 0,0 (0/1) 0,0 (0/1) 0,0 (0/1)

Norte de Minas – – –
0,0 (0/14) 14,2 (2/14) 28,5 (4/14) 7,1 (1/14) 0,0 (0/14) 78,5 (14/11)

Adeus ao Mucuri – – – – – –
0,0 (0/8) 0,0 (0/8) 12,5 (1/8)

Central Mineira – – – – – –
0,0 (0/4) 0,0 (0/4) 33,3 (1/3)
– – –
Metropolitana de Belo Horizonte 0,0 (0/2) 0,0 (0/2) 0,0 (0/1) 0,0 (0/3) 0,0 (0/3) 0,0 (0/3)

Oeste de Minas – – – – – – –
25,0 (1/4) 0,0 (0/4)

Sul/Sudeste de Minas 0,0 (0/2) 0,0 (0/2) 0,0 (0/2)


– – – – – –

– – – – – –
Triângulo/Alto Paranaíba 50,0 (1/2) 0,0 (0/2) 0,0 (0/2)

Adeus ao Rio Doce – – –


0,0 (0/5) 0,0 (0/5) 0,0 (0/1) 33,3 (1/3) 0,0 (0/2) 0,0 (0/2) 0,0 (0/2)

Zona da Mata 0,0 (0/1) 6,0 (3/50)a,b 4,0 0,0 (0/1) 100,0 (1/1) 0,0 (0/1) 0,0 (0/1) 19,5 (8/41)b* 20,0
– – –
a
Total (2/50) (1/5)a 0,0 (0/5) )a 0,0 (0/5)a 11,1 (2/18)a 0,0 (0/18)a 61,1 (11/18)b**

Letras diferentes na mesma categoria de rebanho indicam diferenças significativas pelo teste exato de Fisher
*P < 0,05, **P < 0,01, ***P < 0,001
a
As mesorregiões “Campo das Vertentes” e “Nordeste” não foram amostradas
b
Os dados correspondem à porcentagem, com números absolutos positivos/negativos indicados entre parênteses

amostrado (20%), localizado na mesorregião Zona da Mata, positivo para B. ovis por ELISA na mesorregião Norte de Minas.
foi positivo para B. ovis pela IDGA. Duas das 18 fazendas de Não houve diferença estatística nas frequências de amostras
rebanhos mistos (ou seja, ovinos e caprinos) (11,1%) foram positivas de ovinos ou caprinos avaliadas por IDGA, isolamento
positivas para B. ovis pela IDGA, uma delas localizada no bacteriano ou PCR (P > 0,05). A frequência de positividade foi
“Norte de Minas” e a outra no meso- região (Tabela 2). Além significativamente maior pelo ELISA quando comparado ao
disso, algumas das amostras de soro, que permaneceram AGID ou PCR em amostras de carneiros e bodes de diversas
disponíveis após o processamento para IDGA, foram analisadas mesorregiões do Estado de Minas Gerais. Nenhuma das 94
por um ensaio ELISA recentemente desenvolvido [9], e oito das amostras de soro ovino e 31 caprino foi positiva pelo teste Rosa
41 explorações de ovinos (19,5%) e 11 das 18 explorações de Bengala.
rebanhos mistos (61,1%) testou positivo. Os rebanhos ovinos
positivos para ELISA estavam localizados nas mesorregiões Discussão
"Vale do Jequit-inhonha", "Norte de Minas", "Vale do Mucuri", Embora nenhuma das amostras tenha produzido isolamento de
"Centro Mineira" e "Vale do Rio Doce", enquanto os rebanhos B. ovis, as análises sorológicas detectaram anticorpos contra
mistos positivos para ELISA foram localizada na mesorregião B. ovinos por AGID e ELISA indireto. Além disso, a eliminação
Norte de Minas. Nenhuma das fazendas de caprinos foi de B. ovis na urina de carneiros foi confirmada por PCR. Esses
positiva para B. ovis por ELISA. Não houve amostras positivas resultados estão de acordo com um estudo anterior que
para B. ovis por cultura bacteriana de urina de carneiros (n = demonstrou maior sensibilidade da PCR e da sorologia quando
124) e bodes (n = 32) provenientes de fazendas de ovinos, comparado ao isolamento bacteriológico, mesmo em carneiros
caprinos ou rebanhos mistos. Curiosamente, considerando infectados experimentalmente [6, 13]. França et al. [9] relataram
todas as fazendas amostradas, todos os animais positivos para sensibilidade de 100%, especificidade de 90,2% e precisão
PCR (ovinos ou caprinos) também foram sorologicamente igual a 1,0 para detecção de B. ovis por ELISA indireto usando
positivos por ELISA, enquanto nenhum dos animais positivos BP26r, que foi empregado neste estudo e, portanto, a
para AGID (ovinos e caprinos) foi positivo em qualquer um dos possibilidade de alguns resultados falsos negativos deve ser
outros métodos diagnósticos empregados neste estudo. considerada ao interpretar os resultados do presente estudo.
Considerando o total de animais analisados, três dos 124 Nossos resultados demonstraram que o ELISA indireto
carneiros (2,4%) foram soropositivos pela IDGA, enquanto apresentou maior sensibilidade quando comparado ao AGID,
quatro (3,22%) foram positivos pela PCR das amostras de que é conhecido por ter menor sensibilidade [13]. Nenhuma
urina (Tabela 3). Três dos 34 bodes (8,8%) foram positivos para das amostras de soro foi positiva pelo teste Rose Bengal,
B. ovis pela IDGA. Considerando os resultados do ELISA, 29 indicando que a positividade obtida pelo ELISA BP26 é de fato
dos 94 carneiros (30,8%) e 11 dos 31 caprinos (35,4%) devida à infecção por Brucella sp. (ou seja, B. ovelha). Estudos
testaram positivo. Curiosamente, 11 dos 17 eram bodes (64,7%). anteriores demonstraram que a soropositividade para B.
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Tabela 3 Número de carneiros e bodes positivos por imunodifusão em gel de agarose (IDGA), reação em cadeia da polimerase
(PCR) e ELISA para Brucella ovis em mesorregiões do Estado de Minas Gerais, Brasil
Mesorregiões Carneiros positivos (%)b Cabritos positivos (%)b

AGIR PCR ELISA AGIR PCR ELISA

Jequitinhonha 15,3 (2/13) 0,0 (0/13) 9,0 (1/11) 0,0 (0/1) 0,0 (0/1) 0,0 (0/1)
Norte de Minas 0,0 (0/66) 6,0 (4/66) 45,4 (25/55) 5,0 (1/20) 0,0 (0/20) 64,7 (17/11)
Adeus ao Mucuri – – –
0,0 (0/12) 0,0 (0/12) 11,1 (1/9)
Central Mineira – – –
0,0 (0/4) 0,0 (0/4) 33,3 (1/3)

Metropolita de Belo Horizonte 0,0 (0/4) 0,0 (0/4) 0,0 (0/2) 0,0 (0/5) 0,0 (0/5) 0,0 (0/5)
Oeste de Minas – – – –
12,5 (1/8) 0,0 (0/8)
– – –
Sul/Sudeste de Minas 0,0 (0/3) 0,0 (0/3) 0,0 (0/3)

Triângulo/Alto Paranaíba 0,0 (0/4) 0,0 (0/4) 0,0 (0/4) 33,3 (1/3) 0,0 (0/3) 0,0 (0/3)
Adeus ao Rio Doce 0,0 (0/9) 0,0 (0/9) 16,6 (1/6) 0,0 (0/3) 0,0 (0/1) 0,0 (0/3)
Zona da Mata 0,0 (0/1) 0,0 (0/1) 0,0 (0/1) 50,0 (1/2) 0,0 (0/2) 0,0 (0/2)
Total 2,4 (3/124)a 3,2 (4/124)a 30,8 (29/94)b*** 8,8 (3/34)a 0,0 (0/32)a 35,4 (31/11)b**

Letras diferentes na mesma espécie animal indicam diferenças significativas pelo teste exato de Fisher
*P < 0,05, **P < 0,01, ***P < 0,001
a
As mesorregiões “Campo das Vertentes” e “Nordeste” não foram amostradas
b
Os dados correspondem à porcentagem, com números absolutos positivos/negativos indicados entre parênteses

ovis pela IDGA é intermitente durante todo o curso da infecção. Na Maiores frequências de positividade para B. ovis por ELISA e
verdade, carneiros infectados experimentalmente que eliminam B. PCR foram observadas na mesorregião “Norte de Minas” de Minas
ovis no sêmen podem não ter anticorpos detectáveis pela IDGA Gerais. Além disso, foram identificadas amostras positivas por
[13, 14]. Curiosamente, todos os animais positivos para PCR neste ELISA de carneiros e bodes provenientes de fazendas mistas na
estudo também foram sorologicamente positivos por ELISA, mesorregião Norte de Minas. Ovelhas domésticas são o hospedeiro
enquanto nenhum dos animais positivos para AGID foi positivo por preferencial para a infecção por B. ovis, mas a infecção por B.
qualquer outro método diagnóstico. A má concordância entre ovis foi induzida com sucesso pela inoculação experimental de
AGID e PCR foi demonstrada anteriormente em condições de cabras [4] , veado de cauda branca (Odo-coileus virginianus),
campo [15]. Além disso, a IDGA tem baixa sensibilidade, uma vez veado vermelho (Cervus elaphus elaphus) e carneiro selvagem
que carneiros infectados experimentalmente que liberam B. ovis [16–18]. Além disso, a transmissão de B. ovis foi relatada entre
viável na urina e no sêmen podem ser negativos pela IDGA [6, 13]. ovelhas e veados quando ovelhas infectadas são mantidas no
mesmo piquete que veados não infectados [3]. Apesar de um
O ELISA indireto também apresentou maior frequência de estudo epidemiológico abrangente sobre a soroprevalência de B.
soropositividade quando comparado ao PCR de amostras de urina ovis
de carneiros. O ensaio de PCR utilizado neste estudo foi infecção em carneiros no Estado do Rio Grande do Sul (Brasil)
desenvolvido anteriormente por Xavier et al. [6]. Este protocolo de [19], até onde sabemos, esses dados relatam a primeira evidência
PCR tem maior sensibilidade do que o isolamento bacteriológico de títulos de anticorpos contra B. ovis em cabras expostas
do sêmen de carneiros naturalmente infectados. A eliminação de naturalmente. Maior frequência de soropositividade para B. ovis
B. ovis no sêmen e na urina de carneiros infectados foi observada em bodes mantidos em contato direto com ovinos,
experimentalmente ocorre de forma intermitente [6], o que explica em rebanhos mistos, o que indica que os ovinos são uma
os resultados negativos obtidos por PCR de amostras de urina de importante fonte de exposição de caprinos a B. ovis, embora
carneiros que foram positivas por ELISA indireto. Embora tenhamos encontrado evidências sorológicas de exposição em
cabras criadas
amostras de sêmen tenham sido tradicionalmente empregadas para diagnóstico na ausência
laboratorial de ovelhas.
de B. ovis
infecção em carneiros, um estudo anterior demonstrou que a
eficácia da detecção por PCR de sequências genômicas de B. Conclusões
ovis é semelhante em amostras de sêmen e urina [6]. Portanto, Concluindo, identificamos carneiros e bodes de diversas
amostras de urina foram eleitas como amostra de escolha, uma mesorregiões do Estado de Minas Gerais que apresentavam
vez que a amostragem de sêmen em condições de campo de evidências sorológicas ou moleculares de infecção por B. ovis.
carneiros e bodes que não estivessem devidamente condicionados Além disso, o ELISA indireto foi o método diagnóstico mais
seria tecnicamente desafiadora sem expectativas de melhores sensível no contexto deste estudo. Embora estas evidências de
resultados diagnósticos. exposição natural e infecção de caprinos
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com B. ovis foram estabelecidos em uma área geográfica restrita 2. Carvalho CA Jr, Moustakas VS, Xavier MN, Costa EA, Costa LF, et al.
Achados andrológicos, patológicos, morfométricos e ultrassonográficos em carneiros
(ou seja, o Estado de Minas Gerais, Brasil), esses resultados têm
infectados experimentalmente com Brucella ovis. Pequenos Ruminantes Res.
implicações para todas as áreas de criação de ovinos e caprinos 2012;102:213–22.

em todo o mundo, uma vez que o diagnóstico e o controle da 3. Ridler AL, West DM, Stafford KJ, Wilson PR, Fenwick SG. Transmissão de Brucella ovis de
carneiros para veados vermelhos. NZ Vet J. 2000;48:57–9.
infecção por B. ovis devem ignorar a cabra como um hospedeiro
4. Burgess GW, Spencer TL, Norris MJ. Infecção experimental de cabras com
alternativo A ausência de resultados serológicos positivos que Couve de Bruxelas Aust Vet J. 1985;62:262–4.

detectem LPS liso tem um significado relevante, uma vez que, 5. Poester FP, Samartino LE, Santos RL. Patogênese e patobiologia da brucelose na pecuária.
Rev Sci Tech. 2013;32:105–15.
em contraste com Brucella melitensis, que tem um LPS suave e
6. Xavier MN, Silva TMA, Costa EAC, Paixão TA, Moustacas VS, et al. Desenvolvimento e avaliação
elevado potencial zoonótico, a B. ovis rugosa e estável não está de um ensaio de PCR espécie-específico para detecção de infecção por Brucella ovis em
associada a infecções humanas. carneiros. Microbiol veterinário. 2010;145:158–64.
7. Costa LF, Nozaki CN, Lira NSC, Antunes JMAP, Xavier MN, et al. espécies
Nested PCR específico como ferramenta diagnóstica para infecção por Brucella ovis em carneiros.
Arq Bras Med Vet Zootec. 2013;65:55–60.
Abreviações
8. Guimarães AS. Caracterização da caprinovinocultura em Minas Gerais.
ACCOMIG: “Associação de Criadores de Caprinos e Vinhos de Minas Gerais”; IDGA: imunodifusão
Escola Veterinária Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2006. http://
em gel de agarose; B. ovelhas: Brucella ovis; CAPES: “Coorde-nação de Aperfeiçoamento de
www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/
Pessoal de Nível Superior”; CNPq: “Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
handle/1843/MASA-7BBGXC/disserta__o_alessandro_de_s__guimar_
Tecnológico”; FAPEMIG: "Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais"; IBGE:
es.pdf?sequence=1. Acessado em 30 de março de 2015.
“Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística”; PCR: reação em cadeia da polimerase.
9. França AS, Mol JPS, Costa EA, Silva APC, Xavier MN, et al. ELISA indireto para diagnóstico
de infecção por Brucella ovis em carneiros. Arq Bras Med Vet Zootec. 2014;66:1695–702.

Contribuições dos autores


10. Mol JPS, França SA, Paixão TA, Santos RL. Diagnóstico laboratorial de animais
LFC coletou amostras, participou da análise de AGID, ELISA, PCR, Rose Bengal e isolamento
Brucelose Rev Bras Ci Vet. 2012;19:117–26.
bacteriano e escreveu o manuscrito. MSP, LBG, AKSF, RPM e TAP ajudaram na coleta de amostras
11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Indicadores do IBGE:
e revisaram o manuscrito. MSP e LBG realizaram análises AGID e PCR. JPSM e LNNG participaram
Estatística da Produção Pecuária, 2012. In: http://www.ibge.gov.br/home/
da avaliação dos ensaios ELISA e Rose Bengal e ajudaram na correção do manuscrito. ACA e
estatísticas/indicadores/agropecuaria/producaoagropecuaria/abate-leite- couro-
AMGG organizaram a coleta de dados nas mesorregiões de Minas Gerais. TAP, MXS e RLS
ovos_201201_publ_completa.pdf. Acessado em 04 de outubro de 2014.
conceberam o estudo e ajudaram na correção do manuscrito. MXS realizou análise estatística.
12. Marques AP. Caracterização soroepidemiológica da infecção por vírus
Todos os autores leram e aprovaram o manuscrito final.
Maedi-visna e Brucella ovis em ovinos do estado de Minas Gerais. Escola de Veterinária da

Universidade Federal de Minas Gerais. 2006. http://www.


bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/SSLA-7VGHRK/
dissertacao_ana_paula_10_10_06_ap.pdf?sequence=1. Acessado em 30 de março de 2015.
Detalhes do autor
1
Departamento de Patologia, Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de
13. Xavier MN, Sant'anna FM, Silva TMA, Costa EA, Moustadas VS, et al. Uma comparação de dois
Minas Gerais, CEP 31.270-901 Belo Horizonte, MG, Brasil.
2 métodos de imunodifusão em gel de ágar e um teste de fixação de complemento para
Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Escola de Veterinária da Universidade Federal
diagnóstico sorológico de infecção por Brucella ovis em carneiros infectados experimentalmente.
de Minas Gerais, CEP 31.270-901 Belo Horizonte, MG, Brasil.
3 Arq Bras Med Vet Zootec. 2011;63:1016–21.
Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, CEP
4 14. Nozaki CN, Lira NSC, Augusto Filho O, Azevedo HC, Rodello L, et al. Testes rápidos de
39.404-006 Montes Claros, MG, Brasil. Departamento de Medicina Veterinária
aglutinação sérica e imunodifusão em gel de ágar associados a sinais clínicos em carneiros
Preventiva, Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, CEP 31.270-901
infectados experimentalmente por Brucella ovis. Ciência Rural 2011;41:1441–6.
Belo Horizonte, MG, Brasil.

15. Costa EA, Sant'Anna FM, Carvalho CA Jr, Moustacas VS, Silva SMMS, et al.
Agradecimentos
Diagnóstico da infecção por Brucella ovis por sorologia e PCR em amostras de urina de
O trabalho no laboratório RLS é apoiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
carneiros naturalmente infectados no Estado do Piauí. Arq Bras Med Vet Zootec.
Científico e Tecnológico), FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais)
2012;64:751–4.
e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
16. Barron SJ, Kocan AA, Morton RJ, Thedford TR, McCain CS. Suscetibilidade de cervos machos
de cauda branca (Odocoileus virginianus) à infecção por Brucella ovis.
Sou J Vet Res. 1985;46:1762–4.
Interesses competitivos
17. Ridler AL, West DM, Stafford KJ, Wilson PR. Persistência, sorodiagnóstico e efeitos nas
Os autores declaram não ter interesses conflitantes.
características do sêmen da infecção artificial por Brucella ovis em veados-vermelhos. NZ

Vet J. 2006;54:85–90.
Recebido: 5 de abril de 2015 Aceito: 18 de março de 2016
18. McCollum M, Rhyan J, Coburn S, Ewalt D, Lahr C, et al. Clínico, cultural,
sorologia e resultados histopatológicos de carneiros selvagens infectados experimentalmente
com Brucella ovis. J Wildl Dis. 2013;49:900–10.
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em carneiros e fatores de risco associados ao nível do rebanho no estado do Rio Grande do

Referências Sul, Brasil. Anterior Vet Med. 2015;121:183–7.

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