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Fernando Boinas
FMV UTL
FMV-UTL
PLANO DA APRESENTAÇÃO
Distribuição, Etiologia
Epidemiologia
Hospedeiros
Patogenia
Sobrevivência da Brucella
Fontes de Infecção e Transmissão
Interpretação epidemiológica de resultados laboratoriais
Ig(s), Alergénos, Isolamento, Genoma
Reacções atípicas (RSFP)
Controlo e Erradicação
Investigação Epidemiológica
• Questionários
• Epidemiologia molecular (B ruces-MLVA)
Gestão de rebanhos infectados
Profilaxia Sanitária
Profilaxia Médica
• Efeitos secundários
1
Brucelose Bovina
(Doença de Bang)
Doença dos bovinos causada pela
infecção com Brucella abortus e
caracterizada por aborto tardio e por uma
alta taxa de infertilidade na fêmea e
vários graus de esterilidade no macho.
FAO, 2009
2
Importância
Económica:
Comercialização
Produção de leite
Produção de vitelos
Período entre partos
Taxa de refugo
Mortes – metrite aguda c/ retenção
placentária
Zoonótica
Leite e produtos não pasteurizados
D. ocupacional
3
InVS, 2007
B abortus 1
B. 1, 2
2, 3
3, 4
4, Bovinos Europa América,
Europa, América Africa Moderada
5, 6, 9 Ungulados selvagens Ásia
B neotomae
B. Rato do deserto Estados Unidos Desconhecida
Neotoma lepida
B.microti, B. inopinata
4
Ruminantes, Roedores,
Carnívoros, suídeos
Selvagens
B. abortus
B. melitensis B. suis
InVS, 2007
5
Etapas da Infecção
EXCREÇÃO Contaminação
MASSIVA Sexual
Infecção Aguda
PATOGENIA
Adulta não gestante: localização no úbere -> gestante –
bacteriémias periódicas que infectam o leite e o útero-
Produção de eritritol.
Aborto
ocorre nos últimos
lti 3 meses de
d gestação
t ã sendo d o PI
invers/ proporcional ao desenvolvi/ do feto quando
infectado
Metrite e retenção placentária
Rara/ ocorrem 2 e 3 abortos na mesma vaca.
Orquite e epididimite
6
Fontes de infecção
Animal infectado
Conteúdo do útero grávido
e secreções genitais
Colostro, leite, esperma,
urina
Aparelho genital, mama
Ambiente
Materiais, locais, pastos,
estrume, água, ....
7
Brucella isolada nos ruminantes domésticos em França
(1982-2003) (Dados AFSSA-INRA)
Espécie animal Brucella Biovares 1982-1992 1993-1996 1997-2000 01 02 03
N (%)
1 162 (27) 51 (15) 11 (9) 2 0 0
1/B19 4 (0,7) 9 (2,6) 0 0 0 0
2 7 (1,2)
(1 2) 0 0 0 0 0
B. abortus 3 261 (44) 188 (55) 70 (57) 1 0 0
4 13 (2) 52 (15) 35 (28) 2 0 0
Bovinos 6 2 (0,3) 0 0 0 0 0
9 4 (0,7) 0 0 0 0 0
B. melitensis 1 20 (3) 4 (0,1) 1 0 0 0
3 122 (21) 37 (11) 5 0 1 1
B. suis 2 0 0 1 - - -
Total 595 341 123 5 1 1
1 10 (11) 6 0 0 0 0
B. melitensis 1/Rev.1 1 (1) 0 0 0 0 0
Ovinos-Caprinos 3 78 (86) 13 7 3 1 -
B. abortus 3 2 (2) 1 1 - - 2
B. abortus 1/B19 1
Total 91 20 8 3 1 3
8
Resistência da Brucella no ambiente (2)
Meio Temperatura/Ambiente Viabilidade
verão 1 dia
25°C 1 mês
Estrume inverno 2 meses
8°C 1 ano
-3°C 3 meses
P i de
Poeira d rua 3 44 di
3-44 dias
Vedações ou 4 meses
piso em madeira
Pastagem sol < 5 dias
sombra > 6 dias
Gelado B. abortus 30 d 0 -
Queijo
Vários B. abortus 6-57 d - -
Vários B. melitensis 15-100 d - -
Feta B. melitensis 4-16 d - -
Pecorino B. melitensis < 90 d - -
Roquefort B. abortus & 20-60 d - -
B. melitensis
Camembert B. abortus < 21 d - -
Erythrean B. melitensis 44 d - -
Cheddar B. abortus 6 mo - -
Branco B. melitensis 1-8 wk - -
9
Sobrevivência da Brucella na Carne
Transmissão
Portas de entrada
Pele
• Através de p
pequenas
q feridas cutâneas
Membranas mucosas
• Conjuntiva, nasofaringe e tracto respiratório, via
oral, genitais
Vertical (in utero): )Infecção congénita
Vitelas serológica/
g positivas
p até aos 4-6 meses p
por
imunidade colostral -> mantém-se latente (2-9% são
seronegativas) até ao parto/ aborto -> eliminação da
Brucella
-> Recomendação: não utilizar para reprodução
10
Transmissão
Horizontal
Directa
• Aerosois infectados
• Ingestão (e lamber) materiais infectados e leite
• Contacto
• Transmissão sexual (menor?)- Inseminação artificial
I di t (água,
Indirecta (á estrume,
t materiais,
t i i botas,...)
b t )
PERIGO N°1
o ABORTO ou o VITELO NASCIDO INFECTADO
11
Difusão da Brucelose
Entre explorações
-Movimento
–Contacto com explorações infectadas
–Directo
–Indirecto
Dentro da exploração
–Parto
–Aborto
–Testes
T t incompletos
i l t à exploração
l ã
–Falha na testagem de explorações adjacentes
–Adição contínua de animais susceptíveis
–Frequência de testagem inadequada
–Vitelas retidas
Compra
Transmissão à distância
(água, estrume, material, botas, veículos)
12
Resposta imunitária do hospedeiro infectado
Resposta Humoral
Estadio fetal
• Infecção congénita – nunca antes da 1ª
gestação
ã
Estadio pré-pubere
• Resposta fraca e temporária
Estadio púbere
• Resposta em 1 a 2 meses, px fraca ou
nula
• Resposta flutuante (parto) - leite
• Persistência 6 meses ou mais
Membrana
Externa
Omp2
Périplasma
Membrana
Interna
Citoplasma IMC
13
Taxa de anticorppos séricos
Tempo
Limiar de detecção IgM
Infecção IgG1 IgG2
Immunoglobulinas
Celulas T
Testes IgG1 IgG2 IgM IgA
sensibilisadas
AL - + + - -
RBT + - + - -
FC + - +/- - -
ELISA + + +/- +/- -
MRT +/- +/- ++ ++ -
IMC - - - - +
14
Valor dos testes serológicos
RB : precoce, muito sensível, falsos-negat. ovinos
FC : mais tardio, mais específico, falsos-negat.
15
BRUCELOSE BOVINA - TERCEIRA
PERCENTAGEM MRT 1999/2007 (1º Trimt.)
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
0,0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 (1ºT)
8
Nº
EXPLORAÇÕES
7 6,95 POSITIVAS
2002/2007
6,1 98,2%
6
5,25
5
4,37
4
3,41
3 Nº ANIMAIS
POSITIVOS
2002/2007
2 99,7%
1,72
1,2 1,03
1 1,11 0,53
0,32 0,13
0 0,14 0,06 0,03 0,009
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 (1ºT)
16
Cinética da evolução dos anticorpos anti-Brucella em Humanos
Intradérmico
Medida da prega de pele
Leitura D+72h
Intradérmica/sub-cutânea
Observação
Prova da Brucelina Leitura D+48h
17
Animais
P I-E-P
I-NE-P I
-infectados/não infectados: I /NI I-E-N
-excretores/não excretores : E/NE I-NE-N
-positivos/negativos aos testes: P/N
NI-NE-P
Efectivo Infectado
18
Perfis epidemiológicos e serológicos comparados
RSFP Brucelose
início mais tarde
g
serologia ++ + +++
Ò título +/- +++ ++
seronegativação++ +/- +/-
M.Ring-Test - ++ ++
Brucelina - ++ ++
Brucella - +/- +
Yersinia ++ + +
introdução ? compra, recomeço, vizinhança
idade jovens animais púberes em geral
Nº casos 1 ou 2 casos 1 caso > 10%
perfil esporádica enzootica epizootica
19
Amostras para isolamento de Brucella
Amostras vaginais
-zaragatoa péri- e endo-
cervical
Leite
Produtos do aborto
-estômago, pulmão,
aborto,..
Esperma, testículo,
epidídimo
Sangue, Urina
Necrópsia
(Linfonodos)
• região cervical,
rétromamária, genital
• baço
Culturas
Esfregaços
20
Distribuição orgânica de
Brucella
172 Ov-Cp 142 Ov 40 Cp
Blasco et al. 2002 Marín et al. 1996 Marín et al. 1996
Sensibilidade da Bacteriologia
Estudo Australiano (Hornitsky, 1986)
• RM 79.6%
• RM + PS
S 89.8%
89 8%
• RM+PS+RP 93.9%
• RM+PS+RP+SM 98.0%
• RM+PS+RP+SM+Ili 100.00 %
(Nº bacteriologias + = 86% animais FC+)
21
Diagnóstico directo por PCR
(Gen. Brucella)
5’
IS6501/711
3’
313 661
348 pb
340 598
IS 1 IS 2
258 pb
IS 3 IS 4
Single
348bp Amplification
Nested
258bp Amplification
(Plommet 1984)
(Plommet,
Teste 1 2 3 4 5 6 7 8
Serologia + - - + + + - -
Brucelina + - - - + - + +
MRT + - + - - + - +
Cultura (leite)+ - + - - + - +
Cultura (l.n.) + + +
Interpretação + + + RSFP? + + + +
22
Resultados predictivos da associação de testes
Nenhum teste positivo
Um RBT+ -
Dois RBT+
U MRT+
Um
> 2 RBT+
2 MRT+ consecutivos
1 MRT + & 1 RBT +
2 MRT+ & 1 RBT + consecutivos
1 MRT + & ELISA leite +
Um animal RBT+ e outro FC +
Um animal RBT+ e FC+
Isolamento de Brucella
+
Controlo e erradicação
Tratamento: não se utiliza
Teste e abate de reagentes
Sequestro da exploração–
exploração
120 dias a 1 ano, ou
Todas as vacas completem a gestação
Abate sanitário
Infecção activa
Educação sanitária e
cooperação
Medidas higiénicas
Indemnizações
Vacinação
23
Medidas de Profilaxia e de Polícia
Sanitária em Rebanhos Sero+
EFECTIVO
Re-testagem
Leite de co-habitantes tratado térmicamente
Destruição / envio para análise laboratorial de
materiais de risco relacionados com o aborto
CÃES DE PASTOR –
Serologia
g 4-6 meses
Abate / Tratamento com isolamento e novo teste
VACINAÇÃO
Plano Individual de Saneamento
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
TESTAGEM DA ÁREA
TESTAGEM DE REBANHOS ADJACENTES E EM CONTACTO
-testagem em anel
SEGUIMENTO EPIDEMIOLÓGICO
– Questões sobre o que aconteceu
24
Investigação epidemiológica
de focos / suspeitas
Estrutura de um Questionário
Questões
Q tõ
Abertas
• V: Resposta livre
• D:Tempo consumido; codificação
Fechadas
• Dicotómicas / Escolha múltipla
• V: Rapidez
Rapidez, Codificação e análise
• D: Outros aspectos não revelados (obs.)
Investigação epidemiológica
de focos / suspeitas
Confirmação ou rejeição de uma suspeita
Áreas com alta prevalência de brucelose
Áeas com baixa prevalência de brucelose
Áreas livres de brucelose (RSFP?)
Determinação da origem
>= 2 anos da suspeita
Re-surgimento
Silváticos
25
Investigação epidemiológica
de focos / suspeitas
Pesquisa de explorações
epidemiologica/ relacionadas com a
infectada
Mesmo proprietário
Contactos vizinhança / leilões, etc
Partilha de pastagens e caminhos comuns
Equipamento
Humanos (transportadores, inseminadores,
visitantes, veterinários, …)
Investigação epidemiológica
de focos / suspeitas
26
Investigação epidemiológica
Questionário (ocorrência em área de baixa
prevalência de brucelose)
Fases
F de iinvestigação
d ti ã
1ª fase: Factores de risco epidemiológico:
Origem e Difusão
2ª fase: Controlo na exploração
Preenchimento prévio:
Bases de dados :SNIRA e PISA
Laboratório
Região
Outras (Silváticos, etc…)
Manual de procedimentos
27
Investigação epidemiológica
Inquérito Epidemiológico I
Exploração
Ef ti
Efectivo
Seguimento retrospectivo
Seguimento prospectivo
Inquérito Epidemiológico II
Difusão intra-exploração
Medidas de Controlo
Origem provável da infecção
Investigação epidemiológica
28
Epidemiologia Molevcular: As repetições em tandem
215 pb 230 pb
primers PCR:
PCR
CTCCCACACCCAGGACAC
CGGCCTACCCAACATTCC
Estirpe H37Rv : 215 pb Estirpe CDC1551 : 230 pb
Migração em gel
300 bp
230 pb
200 bp 215 pb
200 pb
100 bp
29
Le Flèche et al., 2006
30
GESTÃO SANITÁRIA DE REBANHOS
INFECTADOS
Diagrama da exploração
Gestão do parto
Reprodução sazonal
Divisão do rebanho
31
GESTÃO DE REBANHOS INFECTADOS
Restrições do sequestro
Protecção das explorações vizinhas
Protecção contra a infecção humana
VACINAÇÃO DE RUMINANTES
Vacinas vivas
A vacinação
i ã diminui
di i i a sensibilidade
ibilid d à
infecção e o risco de aborto
32
VACINAÇÃO DE BOVINOS
Vacinas mortas – M45-20
-Estirpe Rugosa
-Experimentalmente
-Variabilidade de resultados
-Menor protecção que a vacina B19
-Vacina Instável por alterações
genéticas / diferentes clones –
Variação na qualidade.
VACINAÇÃO DE BOVINOS
Vacinas vivas - B19
– Vac. de jovens: 3 a 6 meses
-reduzem a incidência
ê de abortos
-65-75% são refractários á infecção
-Títulos até 18 meses / persistentes (6%)
33
VACINAÇÃO DE BOVINOS
Vacinas vivas – RB51
g
Mutante rugoso p p
sem lipopolisacarídeo O
Risco de Saúde Pública
Não relevante no terreno
Não formam anticorpos aglutinantes
Podem-se vacinar jovens e adultos
Possibilidade de ocorrência esporádica de
abortos em animais gestantes
Capacidade de protecção
Estudos de Campo - aprovada
3 programas de Vacinação Regional em PT
A t da
Aumento d Incidência
I idê i de d B l
Brucelose B i
Bovina
Factores de Risco
Transumância
• Açores
• Trás-os-Montes
Alta densidade Animal
• Alentejo
Fornecimento de vacina B19
Sócio-Economico
Subsistência
Património Genético
34
PROGRAMA ESPECIAL DE VACINAÇÃO
DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA DO ALENTEJO
DRATM
35
Vacinação com RB51
Rastreio serológico
Data da Vacinação
Acompanhamento
Identificação
Electrónica
Passaporte e SNIRB
Protocolos de Vacinação – Vacinação SC de
fêmeas bovinas jovens e adultas:
1º ano:
1
• Todas as fêmeas + 4 m.
• (ALT) Fêmeas jovens: Rappel 6-12 meses depois
Anos seguintes:
• Fêmeas de substituição 4-12 m.
Avaliação epidemiológica
• Revacinação de fêmeas: 6-12 meses depois
Movimento Animal
Em vida - restrito
Abate
Abortos
Notificação
Laboratório
• isolamento
• tipificação
36
Vacinação com RB51
Programas específicos da Área (2)
Campanhas de divulgação
Produtores e empregados
Médicos
37
Abortos e Partos Prematuros
Casos reportados
2002 2003 2004 2005 2006*
Notific Posit.
Notific. Posit Notific.
Notific Posit.
Posit Notific.
Notific Posit.
Posit Notific.Posit.
Notific Posit Notific.
Notific Posit.
Posit
Quantos abortos foram reportados? 18 9 (50%) 12 1(8,3%) 41 2 (4,9%) 21 1(4,8%) 7 3 (42,8%)
Isolamento de RB51 nos abortos? 0 0 0 0 0
Nº de abortos em vacas vacinadas?
Fase da Gestação?
Período decorrido desde a vacinação
Estatuto Sanitário das expl. com abortos?
CONCLUSÕES GERAIS
PROGRAMAS DE VACINAÇÃO COM RB51
38
Obrigado pela vossa atenção
39