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Tanatologia Forense

Por Jaqueline de Moura da Silva


Agente de Perícia Oficial/ Auxiliar de Necropsia -PCP Paraná
TANATOLOGIA FORENSE
Definições:
TANATOLOGIA Do grego tanathos (morte) + logia
(estudo).
● A Tanatalogia médico-legal ou forense é o ramo da medicina
legal que realiza o estudo científico (fenômenos cadavéricos) ,
bem como os aspectos sociais e legais do cadáver e da morte.
● MORTE: Do latim "mors, mortis", de "mori" (morrer).
● CADÁVER: Do latim "caro data vermis" (carne dada aos
vermes).
TANATOLOGIA FORENSE
Definições:

● MORTE: é a interrupção definitiva da vida de um organismo,


ou cessação total e permanente das funções vitais (cerebral,
respiratória e circulatória).
O que estudar na morte? Suas causas, circunstâncias,
fenômenos, repercussões jurídicas (natureza: homicídio,
suicidio ou acidental e os agravantes) e psicossociais (crenças,
o processo do luto, ética, biossegurança).
MORTE E LUTO
Segundo matéria do site Psicologia Viva, da psicóloga Regiane Bezerra

Simões Cruz, “a morte causa uma dor irreparável, é como se fosse uma ferida

profunda que se abre no peito e leva um tempo para cicatrizar, e este tempo

varia de pessoa para pessoa, das estratégias de enfrentamento, da resiliência,

do modo como encara o fato, etc., a certeza que se tem diante deste ferimento

é que ele cicatriza, e essa cicatriz sempre vai trazer a lembrança que alguém

especial que esteve ali.”


MORTE E LUTO

Segundo a psicóloga ainda, “o processo de luto é inevitável,

porque faz parte da vida, a saudade pela perda vai sempre existir,

mas cada um precisa buscar se reorganizar e manter um bom

ajustamento para se readaptar à nova situação e continuar a sua

vida.”
MORTE E LUTO

Os cinco estágios do luto descritos por Elisabeth Kübler-Ross,


psiquiatra suíço-americana, pioneira em estudos de proximidade
da morte com pacientes terminais. Conquistou seu espaço na
história como a mais respeitada autoridade no assunto,
descrevendo esses estágios em seu livro Sobre a Morte e o
Morrer, de 1969. Os seminários sobre a morte e o morrer eram
baseados em entrevistas com pacientes terminais que os levavam,
e também a família, à consciência e à aceitação da iminência da
morte, sempre respeitando sua convivência e o limite emocional
dos mesmos.
MORTE E LUTO

Estágios do Luto:
● Primeiro estágio: a negação, é primeiro fase do luto, é um
sentimento que desperta-se ao receber a notícia de doença
terminal para o paciente ou de morte para um enlutado. Ela
se manifesta como uma defesa psíquica, onde a pessoa se
nega a acreditar no que ocorreu e de alguma forma, tenta não
entrar em contato com a realidade e prefere não falar sobre o
assunto.
MORTE E LUTO

● Segundo estágio: a raiva, surge quando o paciente com


doença terminal ou a pessoa enlutada, percebe que já não é
mais possível negar o ocorrido. É um período quase que
inaceitável, em que a pessoa enlutada ou doente terminal, se
sente injustiçada há o sentimento de revolta, de inveja e de
ressentimento. A raiva só se torna patológica quando se
torna crônica.
MORTE E LUTO

● Terceiro estágio: a barganha, nessa fase o paciente começa a


ter esperança de uma cura divina ou de um prolongamento da
vida, elas negociam uma solução, reparação, através de
mudanças de atitudes (altruístas, vida saudável, mais
religiosidade, ter mais fé e fazer promessas e votos a Deus).
Quase sempre, essa fase de negociação é feita em segredo,
entre a pessoa e Deus, com o objetivo de que as coisas voltem
ao normal.
MORTE E LUTO

● Quarto estágio: a fase da depressão, nesse período,


sentimentos como tristeza, vazio, melancolia, saudades e
isolamento são comuns. A pessoa percebe que, por mais que
tenha tentado negociar a perda, ela permanece ali. Essa fase
requer muita conversa e intervenções ativas por parte dos que
estão a sua volta, de modo a evitar uma depressão silenciosa.
Isso porque só os que conseguem superar as angústias e as
ansiedades são capazes de alcançar o próximo estágio, que é a
aceitação.
MORTE E LUTO

● Quinto estágio: a fase final do luto é a aceitação, após


tantos sentimentos dúbios e conflitantes, chega o período
em que a pessoa não nega mais os fatos, não sente mais
raiva pelo acontecido ou por não poder ter evitado
determinada situação. A pessoa que já conseguiu vencer
os estágios anteriores chega, agora, ao momento em que
a saudade se torna mais sossegada, se sente mais em paz
e começa a ter condições de se organizar na vida.
MORTE E LUTO: QUESTÕES SOCIAIS
Existem várias mudanças sociais que se tornaram responsáveis por
dificultarem o processo do luto nos dias atuais, sendo eles: o rápido
avanço da industrialização, a urbanização desenfreada e o avanço da
técnica médica levaram a uma desvalorização dos ritos funerários.
A urbanização desenfreada e desordenada merece uma análise
particular, pois trouxe aos centros urbanos, o aumento significativo da
violência, dos acidentes e do abuso de drogas, resultando no aumento
das mortes violentas e traumáticas, um dos fatores de risco para luto
complicado. A morte escancarada por ser inesperada não permite
preparo prévio.
MORTE E LUTO: QUESTÕES

A mortes lentas, também geram processo difíceis de


enlutamento, pois geram processos crônicos, que também
causam dor e sofrimento. O aumento do tempo de vida (por
terapias alternativas ou por novos tratamentos) de doenças
lentas e degenerativas, faz com que se viva longos processos
de morte, causando desgaste físico e psíquico aos seus
cuidadores, que sofrem com a perda da pessoa que conheciam,
complicando o processo do luto (Hennezel, 2001).
MORTE E LUTO: QUESTÕES SOCIAIS

Esse tipo de morte também gera sentimentos de dualidade, pois ao mesmo


tempo que você sente tristeza pela perda e raiva pelo abandono, também sente
alívio pelo fim do sofrimento, o que pode provocar culpa, se tornando um fator
de risco para o luto complicado.
Um exemplo de morte na nossa atualidade que aumenta os fatores de risco
para enlutamentos complicados, é o que a pandemia do Covid-19 acarretou e
trouxe para população mundial, no contexto de morte e enlutamento, pois
ocorreram muitas perdas na mesma família; ainda a proibição dos velórios
(onde se perde o direito de se despedir do seu ente querido); processos de
enlutamento longos (nas UTI’s dos hospitais), que geram os conflitos de
sentimentos entre esperança, desengano e alívio, no período de internamento.
MORTE E LUTO: QUESTÕES SOCIAIS

Então observamos que nesses contextos apresentados temos múltiplos fatores


que podem dificultar o processo de luto das pessoas, pois ocorrem múltiplas
perdas (morte de várias pessoas da mesma família), perdas invertidas (filhos e
netos que morrem antes de pais e avós), lutos prolongados, presença de corpos
mutilados, desaparecimento de corpos e cenas de violência (Kóvacs, 2003).
Todos esses contextos que interferem no processo de morte, acelerando ou
diminuindo o número de casos, afetando o processo de luto, atingem toda
nossa sociedade e geram estudos, por profissionais da área, tentando achar
soluções e entender as novas dinâmicas que surgem, nesse processo de
estudar a morte.
TANATOLOGIA FORENSE

O momento exato da morte:


● Não há consenso entre os estudiosos.
● A morte pelo ponto de vista biológico, não pode ser
considerado um fato único e instantâneo, e sim uma série de
eventos gradativos, é um processo que passa por diversos
estágios com passar do tempo, pois é diferente a resistência
vital das células, dos tecidos e órgãos diante da privação de
oxigênio.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte :

● Celular ou histológica: é um processo de degradação lento


das células e tecidos dos órgãos e sistemas.
- Primeiros a morrer: células nervosas
- Últimos a morrer: os anexos cutâneos, também conhecidos
como fâneros (cabelos e unhas).
● Anatômica: interrupção das atividades e funções por
completo do organismo e fim da sua relação como o meio
ambiente.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte:

● Aparente: é um estado que simula a morte, com a presença da


inconsciência, batimentos cardíacos e mov. respiratórios
imperceptíveis ou ausentes que pode perdurar por horas,
porém é possível a recuperação através de atendimento
médico imediato e adequado, ou seja, estados patológicos que
simulam a morte.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte:

● Relativa: ocorre quando há parada efetiva e duradoura das


funções nervosas, respiratórias e circulatórias, cianose,
palidez marmórea, porém a pessoa pode ser ressuscitada com
manobras terapêuticas.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte :

● Intermédia: não é aceita de forma unânime, pelos autores,


que estudam a morte, pois é relatada como uma experiência
de quase morte, ou seja, os relatos dos sobreviventes são de
percepção de desconexão do corpo com a alma, assim depois
de cessar os sinais vitais eles reaparecem após manobras.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte :
● Intermédia: Segundo os autores Delton Croce e Delton Croce
Jr. no seu livro MANUAL DE MEDICINA LEGAL - 8ª
edição; “diversos autores têm relatado em seus livros centenas
de casos de indivíduos que, em inúmeras circunstâncias (atos
cirúrgicos, afogamentos frustrados etc.), perceberam-se como
que saídos de seus corpos, flutuando no espaço, presos por um
“fio prateado” à cicatriz umbilical, sentindo-se como se mortos
estivessem. Socorridos adequadamente, em tempo hábil,
retornaram à consciência física, contando avidamente as
experiências vividas.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte :

● Absoluta ou real: quando de forma irreversível há ausência


das funções biológicas e se têm início os fenômenos
cadavéricos.
● Morte súbita: Instala-se instantaneamente, havendo entre
seu início e fim apenas alguns minutos, não dando tempo
para um atendimento mais efetivo.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte:

● Morte agônica ou lenta: Arrasta-se por dias ou semanas após


a eclosão da causa básica.
● Morte suspeita é aquela que ocorre com pessoas que
aparentam bom estado de saúde, de forma inesperada, sem
causa evidente, ou com sinais de violência indefinidos ou
definidos, como exemplo: uma simulação de suicídio
objetivando ocultar homicídio, passível de gerar desconfiança
sobre sua etiologia.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte - natureza jurídica:dade

● Morte natural tem como causa a


doença ou um mau funcionamento
interno do corpo, que iniciou a
sucessão de eventos mórbidos que
diretamente causaram o óbito. Não
é causado diretamente por forças
externas.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte - natureza jurídica:

● Exemplos de mortes naturais:

Uma pessoa morrendo de complicações da gripe, pneumonia(uma


infecção), câncer, leucemia, acidente vascular cerebral (AVC)
agudo, infarto agudo do miocárdio.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte - natureza jurídica:

● Morte violenta é aquela que decorre dos agentes traumáticos e


lesivos.
● Traumas – as mortes violentas são por traumas, dá pra saber
qual o tipo de violência, tipo de trauma que ocorreu para morte.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte - natureza jurídica:

● A Morte Violenta tem interesse


policial e jurídico, o corpo vai para
o IML e quem atesta a morte
será o médico legista. Ele não dá
um simples atestado de óbito, e
sim uma laudo explicando a morte
que decorreu de traumas.
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte - natureza jurídica:

*Em que casos ou situações deve um corpo ser encaminhado ao


Instituto Médico Legal para necropsia.

● ACIDENTES DE TRABALHO;
● ACIDENTES DE TRÂNSITO;
● AGRESSÃO FÍSICA;
● QUEDA DE PLANO ELEVADO (Que envolvam altura,
escadas, queda do telhado, entre outros).
TANATOLOGIA FORENSE
Classificação da morte - natureza jurídica:

● QUEDA EM HOSPITAL (Se paciente cair no hospital, durante


período de atendimento/internação.
● SUICÍDIOS;
● HOMICÍDIOS;
● OUTROS ACIDENTES englobados: afogamentos,
queimaduras, aspiração de corpo estranho, picada de animal
peçonhento, envenenamento (intoxicação),complicações de
assistência médica e cirúrgica,entre outros.
TANATOLOGIA FORENSE

TAFONOMIA

● Seus focos de estudo são: estimar o tempo desde a morte;


avaliar a preservação óssea; reconstruir os eventos que estão
ligado a causa da morte (perimortem), através do registro
fóssil.
● Então o estudo realizado pelos paleontólogos sobre a vida e
ecologia dos organismos fossilizados, necessita entender os
processos envolvidos na sua fossilização.
TANATOLOGIA FORENSE

TAFONOMIA

● As modificações são importantes principalmente para os


estudos antropológicos.
● A Tafonomia Forense é uma sub-disciplina da Antropologia
Forense, que usa modelos tafonómicos para tentar estimar o
tempo decorrido desde a morte, reconstruir as circunstâncias
que rodeiam a morte, interpretar o local da deposição
(Nawrocki, 1996).
TANATOLOGIA FORENSE
TANATOGNOSE

“É a parte da Tanatologia Forense que estuda o diagnóstico da


realidade da morte. Esse diagnóstico será tanto mais difícil
quanto mais próximo o momento da morte. Antes do surgimento
dos fenômenos transformativos do cadáver, não existe sinal
patognomônico de morte. Então, o perito observará dois tipos de
fenômenos cadavéricos: os abióticos, avitais ou vitais negativos,
imediatos e consecutivos, e os transformativos, destrutivos ou
conservadores.” (MANUAL DE MEDICINA LEGAL - 8ª
edição. Autores: Delton Croce Jr., Delton Croce).
TANATOLOGIA FORENSE
Vamos iniciar os estudos dos fenômenos cadavéricos segundo o
MANUAL DE MEDICINA LEGAL - 8ª edição. Autores:
DELTON CROCE JR,DELTON CROCE.

Os fenômenos cadavéricos podem ser divididos em:

● Abióticos: são subdivididos em imediatos e consecutivos.


● Transformativos: são subdivididos em destrutivos e
conservadores.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos: ocorridos instantes após a
morte, não há certeza de morte, apenas insinuam a morte.
Observações: Como os fenômenos imediatos não atestam de
fato a morte, o art. 162 do CPP apresenta que os peritos
esperem no mínimo 06 horas após a morte para realizar a
necropsia, exceto em casos de certeza da morte.
● Período de Incerteza de Tourdes: é o período que se dá
entre a morte aparente até o momento em que o sinais de
parada respiratória e cardíaca se tornarão irreversíveis.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos, segundo os autores Delton Croce e
Delton Croce Jr, 2012):
● Imobilidade;
● Abolição do tônus muscular/relaxamento muscular;
● Arreflexia – relaxamento dos esfíncteres (eliminação de fezes
e urina, queda do maxilar inferior);
● Fenômenos oculares - abióticos imediatos:
● Pálpebras semi-cerradas ou pálpebras abertas (não é
fenômeno constante).
● Midríase (dilatação que a pupila sofre em decorrência de
causas não fisiológicas)-Segundo os autores Luz; Domingues
e Naves, 2018; Silveira, 2015.
Pálpebras semi-cerradas e Midríase
(fenômeno abiótico imediato)

Fonte: https://edisciplinas.usp.br - Tanatologia


TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos, segundo os autores Delton Croce e
Delton Croce Jr, 2012:
● Silêncio” de aparelhos: eletrocardiograma (Parada cardíaca e
ausência de pulso) e eletroencefalograma - cessação de
atividade cerebral (Perda da consciência);
● Parada respiratória: confirmada com ausculta pulmonar
silenciosa e com ausência dos murmúrios alveolares. Também
pode ser realizado para comprovação da parada: a prova da
vela ou prova do espelho;
● Insensibilidade;
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos, segundo os autores Delton
Croce e Delton Croce Jr, 2012:
● Fáceis hipocrática: Olhos fundos, parados, inexpressivos;
nariz afilado, adelgaçamento labial (inflamação dos lábios),
sudorese facial meio viscosa (rosto quase sempre coberto
de suor) e extremidades do pavilhão auricular frias e
cianóticas Características típicas de doença grave e
estados agônicos, como por exemplo, a caquexia (é a perda
de tecido adiposo e músculo ósseo).
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos, segundo os autores Delton Croce e
Delton Croce Jr, 2012:

** Para comprovação da morte, quando cadáver está no estágio dos


fenômenos abióticos imediatos, os pesquisadores desenvolveram
diversas manobras e se utilizam de sinais habituais desse processo,
para constatar a realidade da morte. Os mais eminentemente
práticos, são a ausculta do coração (sinal de Bouchut), a
eletrocardiografia e a prova de fluoresceína de Icard são os métodos
definitivamente concludentes do diagnóstico da realidade de morte
imediata. (No final do material outras manobras).
TANATOLOGIA FORENSE

● Fenômenos oculares - abióticos consecutivos:

- Opacificação do cristalino- como catarata;


- Perda de tonicidade dos globos oculares e amolecimento
(sinal de Louis);
- Mancha na esclerótica (sinal de Sommer e Larcher)ou livor
sclerotinae nigrencens, corresponde à dessecação da
esclerótica, mostrando, no quadrante interno ou externo do
olho, uma mancha enegrecida.
Opacificação do cristalino
(fenômeno abiótico consecutivo)

Fonte: http://www.hospitalvisao.com.br/exibir.php?id=269
Sinal de Sommer e Larcher
(fenômeno abiótico consecutivo)

Fonte: Sanar Cursos Fonte: @perito.criminal (insta)


TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos consecutivos ou mediatos, segundo os autores
Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
Fenômenos abióticos consecutivos: aqueles que se sucedem a partir
da morte declarada.
● Desidratação;
● Resfriamento paulatino do corpo;
● Rigidez cadavérica;
● Espasmo cadavérico;
● Presença de livores cadavéricos/ manchas de hipóstases.
TANATOLOGIA FORENSE

Fenômenos abióticos consecutivos ou mediatos, segundo os


autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:

● Desidratação: desidratação cutânea e do globo ocular; mancha


da esclerótica; turvação da córnea transparente e perda da
tensão do globo ocular, que tem relação constante com o tempo
decorrido após a morte e tornando o órgão mole e depressível.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos consecutivos ou mediatos, segundo os
autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:

● “(...)Isto porque, nas primeiras horas após o óbito, ocorre


uma progressiva evasão de líquidos responsável pela gradual
perda de tonicidade dos globos oculares e amolecimento
(sinal de Louis) (...)”; além de diminuição do volume com
conseqüente “crescimento” de unhas e pêlos; decréscimo de
massa (peso); pergaminhamento da pele; dessecamento das
mucosas dos lábios.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos consecutivos ou mediatos, segundo os
autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
● O resfriamento paulatino do corpo: não ocorre de forma
uniforme, influenciada por fatores ambientais, idade, panículo
adiposo (camada isolante abaixo da derme, protege os órgãos
vitais de choques e auxilia no controle térmico) e vestimentas
(tudo que cubra o corpo, que retardam a perda de calor.
● Portanto podemos concluir que os cadáveres desnudos resfria
mais rapidamente do que o com vestimenta, por irradiação,
por convecção e por gasto na evaporação cutânea.
TANATOLOGIA FORENSE

● Resfriamento do corpo: a temperatura cai numa velocidade


aproximada de 0,5oC/h, nas três primeiras horas; a partir da
quarta hora, cai ±1oC/h;

● Resfriamento do corpo:
- Lento nas 3 primeiras horas (0,5°C/hora)
- Rápido nas 6 horas seguintes (1ºC ou +/hora)

** Para tirar como referência em vida:


- temperatura axilar no vivo: ± 36,5oC;
- temperatura retal no vivo: ± 37,2oC.
TANATOLOGIA FORENSE
● Rigidez cadavérica:
Também conhecido como Rigor mortis (Do latim rigor,
rigidez e mortis, morte) é um sinal reconhecível de morte que
é causado por uma mudança bioquímica nos músculos,
causando um endurecimento dos músculos do cadáver e
impossibilidade de mexê-los ou manipulá-los. O tempo de
início e duração depende da temperatura e umidade do
ambiente e do corpo. Em média começa após 4-8h, e máxima
em 12-18h, e terminando após 24-36h.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos consecutivos ou mediatos, segundo os
autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
● Rigidez cadavérica:
“(...).Pela lei de Ny sten-Sommer, nos cadáveres em decúbito
dorsal, a rigidez se inicia pela face, mandíbula e nuca,
seguindo-se os músculos do tronco, os membros superiores e,
por último, os membros inferiores, desaparecendo,
posteriormente, na mesma ordem em que surgiu.”
TANATOLOGIA FORENSE
● Rigidez cadavérica:
Em média, presumindo-se temperatura ambiente de 20 graus
Celsius e umidade moderada a rigidez:
● Ausente: nas primeiras 4h post-mortem;
● Mínima: entre 4 a 8 horas;
● Moderada: entre 8 a 12 horas;
● Avançada: entre 12 a 18 horas;
● Completa: entre 18 a 24 horas;
● Dissipando: após 24 a 36 horas. Pode demorar 72h para
relaxar completamente.
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Fenômenos abióticos consecutivos ou mediatos, segundo os
autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
● Espasmo cadavérico: “(..) também denominado rigidez
cataléptica, estatuária ou plástica, é uma forma particular
de rigidez cadavérica instantânea, sem o relaxamento
muscular que precede a rigidez comum e com a qual não se
confunde. O indivíduo acometido, súbita e violentamente,
pelo espasmo cadavérico guarda a posição que mantinha
quando a morte o surpreendeu.”
TANATOLOGIA FORENSE
● Manchas de hipóstases/livores cadavéricos: caracteriza-se pelo
acúmulo de sangue nas partes mais declivosas (baixas) do
corpo pela ação da gravidade na massa sanguínea que se
encontra inerte por ausência de circulação, de acordo com a
posição do cadáver.
As hipóstases surgem em torno de 02 a 03 horas após a
morte. Passadas 08 a 12 horas, fixam-se para não mais mudar
de posição, ainda que o corpo tenha sua colocação alterada.
TANATOLOGIA FORENSE
TANATOLOGIA FORENSE
TANATOLOGIA FORENSE

As hipóstases viscerais e os livores cutâneos são importantíssimas no


momento da constatação da morte, de acordo com o Dr. Delton Croce
Junior:
“Os livores cutâneos desaparecem, momentaneamente, por compressão
digital e, se incisados, vertem sangue venoso que, lavado, torna limpa
a pele, ao contrário das equimoses, em que ele se encontra fixado em
forma de coágulo nas malhas dos tecidos. À maneira das hipóstases
viscerais, os livores cutâneos, constantes, são vistos nas primeiras 2 a
3 horas do óbito e podem deslocar-se com as mudanças de posição do
morto dentro das próximas 8 a 12 horas, após as quais fixam-se
definitivamente, o que confere a ambos grande importância
médico-legal, além de serem sinais afirmativos de morte.”
TANATOLOGIA FORENSE
● Fenômenos transformativos: são aqueles fenômenos que
agem modificando o cadáver. Eles recebem esse nome porque
modificam o corpo, diferente dos fenômenos abióticos, e podem
ser chamados de fenômenos transformativos destrutivos e,
conservadores. Os fenômenos são mais precoces nos idosos,
fetos e afogados (no tórax e cabeça).

Fenômenos transformativos destrutivos


● autólise;
● putrefação e
● maceração.
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Fenômenos transformativos destrutivos- Autólise
● Autólise: Com a morte e cessada a circulação, as células
deixam de receber os nutrientes necessários à manutenção
dos fenômenos biológicos. O meio vivo, que era neutro, passa
a ser ácido, tornando impossível a realização dos fenômenos
vitais. Com a alteração do pH e pela ação da pressão
osmótica, as membranas celulares se rompem desintegrando
os tecidos. Também foram criados por pesquisadores forma
de caracterizar a morte nessa fase, por causa da acidez dos
tecidos; segue em anexo os sinais.
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Fenômenos transformativos destrutivos
● Putrefação: A putrefação inicia-se logo após a autólise pela
ação de germes. Inicia-se geralmente a nível do intestino
grosso dando origem à chamada mancha verde abdominal e
espalha-se pelo organismo.
Embora exista uma variação muito grande na mancha de
putrefação, variando com o local em que o cadáver está
colocado ou mesmo em decorrência da causa mortis , a
putrefação obedece 04 fases.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos destrutivos
● Putrefação:
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos destrutivos-
Fases da Putrefação:
● de coloração ou cromática - a pele
adquire um tom esverdeado,
escurecido que geralmente começa
pelo abdômen (mancha verde
abdominal), originada pela
combinação do hidrogênio sulfurado
nascente com a hemoglobina,
formando a sulfometemoglobina,
produz cheiro característico; Fonte:https://academiadeperitosforenses.com/estim
acion-del-tiempo-muerte-parte-2/fase-cromatica/
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos destrutivos- Fases da Putrefação:

● Gasosa: aumento de volume do cadáver (enfisema cutâneo- é


uma condição clínica que ocorre quando o ar entra nos tecidos
sob a pele), podendo levar ao rompimento da parede
abdominal com estalo, por causa da ação dos gases da
putrefação. Apresenta também: a circulação póstuma de
Brouardel – desenho produzido pelos vasos sangüíneos
subcutâneos preenchidos por sulfahemoglobina e hematina;
flictenas (pequena pústula em forma de vesícula); eliminação
de gases e aspecto gigantesco (face, tronco e órgãos genitais)
e deformado (posição de lutador/boxeador);
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos destrutivos- Fases da Putrefação:

● Gasosa: Caso o útero esteja gravídico, ocorrerá a


compressão do órgão, que irá gerar o parto de putrefação
(parto post mortem), onde o feto, em geral, ficará entre as
coxas maternas.
● Ainda nessa fase: a língua fica exteriorizada, o pericrânio fica
nu. O ânus se entreabre realizando expulsão da mucosa retal.
O odor característico dessa fase se dá, pelas reações
bioquímicas que produzem o gás sulfídrico.
Circulação póstuma de
Brouardel Flictenas

Fonte: Conhecimentos Básicos para Técnicos em Fonte: TANATOLOGIA


Necropsia (Facebook) FORENSE.Publicado por Bruna Cuba
Fonte: https://quizlet.com/br/507007218/medicina-legal-pcpr-2-flash-cards/
TANATOLOGIA FORENSE

● Coliqüativa - (2 a 3 meses) dissolução pútrida com liquefação


de vísceras e dos tecidos moles desidratação e enrugamento,
por ação de bactérias e da fauna cadavérica/necrófaga (larvas
de insetos) ou seja, esse estágio é caracterizado pelo
amolecimento e desintegração dos tecidos que se
transformam em uma massa pastosa, chama putrilagem;
**Observação: nessa fase a perícia médico-legal se torna
complexa, pois ocorre a dissolução dos tecidos moles e perca
morfológica das vísceras, então a causas mortis se torna
muitas vezes indeterminada.
Fonte: www.malthus.com.br
TANATOLOGIA FORENSE
● Esqueletização -por causa da ação ambiental (fauna e flora),
questões climáticas, ocorre a destruição dos tecidos restando
os ossos e dentes.
Atenção: o tempo médio para a esqueletização é
extremamente variável conforme as condições climáticas e do
ambiente, em média de 1 a 3 anos em cadáver sepultado,
porém, se o cadáver estiver em ar livre, pode esquelitizar-se
em até 15 dias, devido à alimentação de alguns animais, como
urubus, por exemplo.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos
destrutivos
● Maceração: é um fenômeno
transformativo destrutivo, que
ocorre em ambientes úmidos e
quentes, a destruição se dá
meio líquido (O CADÁVER
ESTEVE IMERSO EM MEIO
LÍQUIDO). Comum para casos
de afogamento e morte fetal. Fonte: www.malthus.com.br
TANATOLOGIA FORENSE
● Processo no qual a pele
(tegumento) do cadáver, se
torna enrugada e amolecida e
facilmente destacável em largos
retalhos, o abdome se achata.
● O corpo perde a consistência
inicial, os membros ficam
flácidos, os ossos se livram dos
tecidos e o corpo fica como se
estivesse solto, com grande Fonte: www.malthus.com.br
mobilidade.
TANATOLOGIA FORENSE

● A maceração fetal é classificada


em 03 (três) graus:
- Primeiro Grau: Presença de
flictenas na epiderme contendo
líquido serossanguinolento, isso
ocorre na 1ª semana de morte
fetal;
Fonte: www.malthus.com.br
TANATOLOGIA FORENSE

- Segundo Grau: Ocorrerá


ruptura das flictenas, que
tornará a epiderme roxa, já o
líquido amniótico, ficará com a
coloração sanguinolenta, esse
processo ocorre na 2ª semana
de morte fetal.
Fonte: www.malthus.com.br
TANATOLOGIA FORENSE

- Terceiro Grau: Na última


etapa, ocorrerá deformação
craniana, além de infiltração
hemoglobínica das vísceras e
tonalidade marrom-escura, esse
processo ocorre na 3ª semana
de morte fetal
Fonte: www.malthus.com.br
TANATOLOGIA FORENSE
Segundo os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
“Fenômenos transformativos conservadores são resultado de
alterações somáticas tardias tão intensas que a vida se torna
absolutamente impossível. São, portanto, sinais de certeza da
realidade de morte.”
● Mumificação;
● Corificação;
● Saponificação;
● Petrificação ou calcificação;
● Congelação.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos conservadores
● Mumificação:A mumificação é um processo conservativo de
dessecação, que pode ser natural ou artificial, do cadáver. Há
de ser rápida e acentuada a desidratação.
● O cadáver mumificado apresenta as seguintes características:
peso corporal reduzido (até 70%), pele dura, seca, enrugada,
coriácea (aspecto de couro) e de tonalidade enegrecida;
cabeça diminuída de volume; face conservando vagamente os
traços fisionômicos.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos conservadores
- A mumificação artificial os corpos são submetidos a
processos especiais (formolização e embalsamamento)
destinados à conservação do corpo, como por exemplo, as
múmias dos faraós egípcios. Processo praticado
historicamente pelos egípcios e pelos incas.
- O processo natural ocorre quando as condições climáticas
(lugar com muita ventilação e altas temperaturas do solo ou
local de sepultamento) favorecem como rápida desidratação
do corpo, impedindo a ação das bactérias que levam a
putrefação.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos conservadores: Mumificação

Segundo os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:


“Os egípcios, primeiramente, extraíam o cérebro do cadáver,
com o auxílio de um gancho de metal, pelas fossas nasais. Ato
contínuo, incisavam o abdomem com uma faca de sílex para
eviscerar os órgãos nele contidos, os quais eram colocados em
bilhas, e o tórax, objetivando substituir o coração por um
escarabeu de pedra.(...)”
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos conservadores: Mumificação

Segundo os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:


‘(...).Seguia-se meticulosa lavagem externa e o cadáver era
recoberto por natrium, durante 40 a 70 dias, e amortalhado em
vários ataúdes ou sarcófagos, após ter sido recheado com areia,
argila, resina ou serragem (para evitar a deformação),
besuntado com ervas aromáticas e envolvido em rolos de pano de
linho.”
Fenômenos transformativos conservadores:
Mumificação

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-mumificacao.htm
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos conservadores

● Corificação: processo raro, ocorre com cadáveres inumados


em urnas metálicas (zinco), sendo seu corpo preservado da
decomposição pela inibição dos fatores transformativos,
resultado de desidratação intensa dos tecidos moles por
absorção de zinco - semelhança com couro;
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos conservadores

● Saponificação/adipocera: ocorre em cadáveres já em


avançado estado de putrefação, enterrados em lugares
úmidos, com má ventilação (não há muita aeração), solos
argilosos (valas comuns), sendo que os ácidos graxos dos
tecidos transformam-se em sabão, dando aspecto aos tecidos
de órgãos do cadáver de uma massa branca, mole,
quebradiça. Segundo Thouret, o cadáver fica com aspecto de
“queijo branco ordinário” e rançoso.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos transformativos conservadores

● Petrificação ou calcificação: ocorre nos fetos mortos e retidos


na cavidade uterina, o processo se dá pelo endurecimento dos
tecidos por absorção de cálcios (litopédios- criança de pedra).
● Congelação: quando o cadáver é submetido a baixíssima
temperatura e por tempo prolongado pode se conservar
integralmente por muito tempo (Criogenia- temperatura de
congelamento -196 graus Celsius.)
TANATOLOGIA FORENSE
● Cronotanatognose (do grego, kronos = tempo, thanatos =
morte e gnosis = conhecimento) é parte da Tanatologia que
estuda os meios de estimar o tempo que transcorreu a morte
até seu achado ou exame necroscópico.
Os fatores e sinais que analisamos para estimar hora e data de
óbito são estimados/ aproximados, pois não temos como ter
exatidão do fato. Sendo utilizado para análise: a aferição da
temperatura hepática, análise da fauna cadavérica (se houver) e
análise de sinais de morte, como os livores cadavéricos, midríase
bilateral e o próprio enrijecimento do cadáver, que se instala no
sentido crânio-caudal e desaparece no sentido contrário.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose, segundo
“MANUAL DE MEDICINA LEGAL - 8ª edição. Autores: Delton
Croce Jr., Delton Croce, 2012, são:
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:

● O resfriamento cadavérico; a rigidez cadavérica; a


mancha de hipóstase (livores); a mancha verde
abdominal, os gases de putrefação – surgem após as 24
horas de óbito, não sendo inflamáveis, passando a ser
inflamáveis entre o 2° e o 4° dia, retornado a não ser
inflamável a partir do 5° dia; presença de cristais no
sangue putrefeito - encontra-se no sangue putrefato a
partir de 72 horas post mortem,podendo permanecer até
o 35° dia.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:

● Gases de putrefação: o gás sulfídrico, que aparece na


sua maior concentração na fase gasosa, pode ser
detectado pela reação do acetato neutro de chumbo
embebido em papéis de filtro colocados dentro da boca e
em torno das narinas, já nas 9 a 12 horas após o óbito,
portanto sua presença indica que corpo já está próximo
das 12 horas de óbito, para mais.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:

● Decréscimo de peso: como esse fator sofre grandes


variações, dependendo do meio ambiente e das
características do cadáver, acaba não tendo muita
relevância para os estudos, porém em recém-natos e nas
crianças, ele pode ser critério mais relevante, pois em em
geral nas primeiras 24 horas elas perdem em torno de
8g/kg do seu peso.
TANATOLOGIA FORENSE

Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:

● Crioscopia do sangue: o ponto crioscópico ou ponto de


congelação do sangue é de -0,55 ºC a - 0,57 ºC. São tão
constantes esses índices no sangue que Korany i considera
patológicos os índices -0,54 ºC a -0,58 ºC.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:
Segundo os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:

● “A crioscopia tem valor para afirmar a causa jurídica da


morte na asfixia- -submersão e indicar a natureza do meio
líquido em que ela ocorreu, conforme Mario Carrara
(1901), observando que na imersão em água doce a fluidez
do sangue do hemicórdio esquerdo acusa um ponto de
congelação abaixo do normal, mais próximo de 0 ºC. (...)”
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:
Segundo os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:

● “Se, porém, a causa mortis não foi acidental, nem suicida,


mas criminosa, com posterior imersão do cadáver no meio
líquido, o ponto crioscópico permanecerá invariável (-0,55
ºC a -0,57 ºC), porque o indivíduo não se afogou.
Inversamente, o ponto de congelação do sangue surge mais
afastado de 0 ºC quando a submersão, acidental ou suicida,
ocorreu no mar, pois há maior concentração molecular na
água salgada ingerida. (...)”
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:
Segundo os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:

● “Para a determinação da data da morte, tem a crioscopia


validade relativa porque o abaixamento do ponto
crioscópico do sangue após o óbito faz-se de modo
irregular, tornando difícil o estabelecimento de correlações
de ordem cronológica.”
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:

● Presença de cristais no sangue putrefeito, denominado


de cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde, cristais
incolores, que adquirem coloração azul pelo ferrocianeto
de potássio, e castanha, pelo iodo- encontra-se no
sangue putrefato a partir de 72 horas post
mortem,podendo permanecer até o 35° dia.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:
● O fundo de olho: com a paralisação da circulação dos vasos da
retina, observam-se, a fragmentação da coluna sanguínea (2
horas post mortem), o aparecimento do anel isquêmico
perivascular (5 horas post mortem) e o desaparecimento dos
vasos sanguíneos começando pelas arteríolas, vênulas,
artérias até as veias (25 horas post mortem).
● Outro fenômenos com menor relevância: conteúdo estomacal e
crescimento de barba–medições relativas, pois depende da pré
-existente dessas situações, a pessoa ter alimento no
estômago e o indivíduo ter barba. (Em anexo mais
informações).
TANATOLOGIA FORENSE
Lesões vitais, segundo os autores Delton Croce e Delton Croce Jr,
2012:

“As lesões corporais sofridas in vitam traduzem sempre reações vitais,


do tipo hemorragia e coagulação do sangue, retração dos tecidos,
escoriações, equimoses, reações inflamatórias, embolias, consolidação de
fraturas ou pseudoartrose, eritema, flictenas, reticulovascular cutâneo
nas queimaduras, e fuligem nas vias aéreas e de monóxido de carbono
no sangue nos que respiraram no foco de incêndio, coágulo de espuma,
diluição do sangue e presença de líquido nos pulmões e no estômago dos
afogados, e de substâncias sólidas no interior da traquéia e dos
brônquios, no soterramento, aeração pulmonar e conteúdo lácteo no
tubo digestivo de recém-nascido.”
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:
Fauna cadavérica

● A fauna cadavérica tem importância aos estudos da


cronotanatognose, pois o aparecimento de
determinados insetos está relacionado ao tempo de
morte. Para os autores Delton Croce e Delton Croce
Jr, 2012, são divididas em oito legiões, que realizam
seu ciclo de vida no cadáver, sendo as legiões:
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose:
Fauna cadavérica

● Para os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012, são


divididas em oito legiões, que realizam seu ciclo de vida no
cadáver, sendo as legiões:

a) 1.ª Legião: aparece entre o 8.º e o 15.º dia, dando início à


destruição cadavérica até a formação dos ácidos graxos.
b) 2.ª Legião: surge com o odor cadavérico e permanece,
conforme a temperatura do meio ambiente, cerca de 15 a 20
dias.
TANATOLOGIA FORENSE
Fauna cadavérica
● Para os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012, são
divididas em oito legiões, que realizam seu ciclo de vida no
cadáver, sendo as legiões:

c) 3.ª Legião: aparece 3 a 6 meses após a morte, com a


fermentação ácida das substâncias graxas do corpo,
desenvolvendo-se num período de 20 a 30 dias, ávida de
destruição.
d) 4.ª Legião: encontrada 10 meses após o óbito, surge
depois da fermentação butírica das matérias graxas e
caseica dos albuminoides.
TANATOLOGIA FORENSE
Fauna cadavérica

● Para os autores Delton Croce e Delton Croce Jr., 2012, são


divididas em oito legiões, que realizam seu ciclo de vida no
cadáver, sendo as legiões:

e) 5.ª Legião: é encontrada nos cadáveres dos que morreram


há mais de 10 meses, na fase de fermentação amoniacal de
liquefação enegrecida das matérias orgânicas que não foram
consumidas pelas legiões anteriores.
f) 6.ª Legião: desseca todos os humores que ainda restam no
cadáver.
TANATOLOGIA FORENSE
Fauna cadavérica

● Para os autores Delton Croce e Delton Croce Jr., 2012,


são divididas em oito legiões, que realizam seu ciclo de
vida no cadáver, sendo as legiões:

g) 7.ª Legião: aparece entre 1 e 2 anos e destrói os


ligamentos e tendões, deixando os ossos livres.
h) 8.ª Legião: consome, cerca de 3 anos após a morte,
todos os resquícios orgânicos porventura deixados pelas
precedentes.
TANATOLOGIA FORENSE

Inumação e Exumação

● Inumação consiste na ação de enterrar, sepultar um cadáver,


após a confirmação de sua morte e após registro do atestado
de óbito nos cartórios.
● Exumação é ação contrária da inumação, onde é
desenterrado o cadáver atendendo aos interesses da Justiça,
para averiguar uma causa de morte passada despercebida,
esclarecer um detalhe, confirmar um diagnóstico ou uma
identificação.
TANATOLOGIA FORENSE
Inumação e Exumação
● A exumação segue protocolo legal segundo o Código de
Processo Penal em seu Art. 163. A exumação para exame
cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se
lavrará auto circunstanciado.
● É crime inumar ou exumar cadáver sem o protocolo legal,
segundo o dispõe o Art. 67 da LCP. “inumar ou exumar
cadáver, com infração das disposições legais: Pena – prisão
simples, de um mês a um ano, ou multa, de duzentos mil réis a
dois contos de réis.”
TANATOLOGIA FORENSE

Cremação
● A cremação consiste em queimar o cadáver ou incinera-lo,
para transformá-lo em cinzas.
● Segundo os autores Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012,
“a cremação processa-se em fornos aquecidos a lenha, coque,
óleo, gás e, modernamente, eletricidade, constituídos de uma
grelha rotativa e um coletor de cinzas, à temperatura de
1.000 a 1.200 ºC, que reduzem o cadáver de um adulto de
1,5 a 2,5 kg de cinzas, conforme o peso, em
aproximadamente 1,30 minutos, que são recolhidas numa
caixa de metal soldada e colocada numa urna de bronze, de
acabamento artístico.”
TANATOLOGIA FORENSE

Cremação
● Vantagens: utilização de menos espaço para armazenar as
cinzas, em comparação ao caixão; menores áreas de
ocupação, o que gera diminuição do impacto ambiental,
além de não gerar contaminação do solo e das águas por
microorganismos que se proliferam durante o processo de
decomposição dos cadáveres. Enfim, podemos observar que
é um processo higiênico, totalmente não poluente e em
harmonia com o meio ambiente. Nesse processo, apenas
acelera-se a transformação da matéria.
TANATOLOGIA FORENSE

Cremação
● Outra vantagem é questão financeira, pois diferente do
sepultamento, o processo crematório não exige gastos com
locação ou compra de jazigo, nem mesmo com taxas de
manutenção.
● A cremação é um procedimento bastante antigo, tendo
suas origens no Oriente. No Brasil, devido ao pouco tempo
da disponibilidade do serviço, o número ainda é pequeno se
comparado com de outros países.
TANATOLOGIA FORENSE

Cremação
● Desvantagem: do ponto de vista médico-legal, a
impossibilidade de uma exumação, ou seja, uma verificação
post mortem, quando surgem suspeitas de crime, ou
elucidação de dúvidas por acaso não verificadas na
necropsia, ou, ainda, a possibilidade de causa mortis que dê
direito aos remanescentes à indenização, como, por
exemplo, no caso de envenenamento industrial.
TANATOLOGIA FORENSE

Cremação
● Porém, em casos de cremação de morte violenta é
solicitado parecer do médico legista e do delegado do caso,
que são encaminhados para juiz Portanto, é seguido um
protocolo legal com: a exigência de prévio e minucioso
exame de necropsia, identificação do cadáver através da
coleta das impressões digitais, exame e registro das
arcadas dentárias, coleta de DNA, para assegurar
quaisquer inconvenientes futuros.
TANATOLOGIA FORENSE
Embalsamento:
É uma técnica milenar para preservar o corpo por mais tempo,
deixando-o em bom estado de conversação, tornando assim
possível a realização das cerimônias fúnebres, como também
trazendo boa aparência ao cadáver, deixando-o o mais
semelhante possível de como a pessoa era em vida. Além disso,
previne o mau cheiro, elimina os microrganismos e resguarda o
corpo por até 36 horas após a morte.O processo consiste em
substituir o sangue por uma solução de água e formol. O ideal é
que o corpo seja embalsamado durante as primeiras 12 horas
após o falecimento. Depois desse período, o sangue começa a
coagular, tornando a execução do procedimento mais complicada.
TANATOLOGIA FORENSE

Embalsamento:

● Situações que tornam o embalsamento necessário: para


traslado do corpo para outra localidade; para mortes por
doenças que provocam inchaço (por exemplo: cirrose
hepática); por mortes decorrentes por acidente, afogamento
ou queimadura, quando a família desejar que o
procedimento seja realizado, para que o falecido tenha uma
aparência mais natural.
TANATOLOGIA FORENSE

Embalsamento:
Etapas que fazem parte deste procedimento:

1. Retirada da roupa e lavagem do corpo;


2. Massagem do corpo para retirar o rigor mortis (músculos
enrijecidos);
3. Aplicação da solução química na artéria femoral ou carótida
por meio de sondas;
4. Drenagem do sangue coagulado;
5. Necromaquiagem para os últimos retoques.
TANATOLOGIA FORENSE

Embalsamento:

A importância do embalsamamento para o traslado funerário,


deve ocorrer obrigatoriamente para:
● O transporte terrestre do corpo, por mais 500km de
distância;
● Como também para o transporte aéreo nacional e
internacional, transporte marítimo e para necessidade de
conversar o corpo por mais de 15 dias após a morte.
TANATOLOGIA FORENSE
MATERIAL COMPLEMENTAR
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos- Material complementar:
** Para comprovação da morte, quando cadáver está no estágio
dos fenômenos abióticos imediatos, os pesquisadores
desenvolveram diversas manobras e se utilizam de sinais
habituais desse processo, para constatar a realidade da morte.
Abaixo os mais relevantes segundo os autores Delton Croce e
Delton Croce Jr. no seu livro MANUAL DE MEDICINA
LEGAL - 8ª edição.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos- Material complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012: “As manobras e
sinais habitualmente pesquisados por diversos autores para
constatar a realidade da morte são os seguintes:
— Magnus preconizou a ligadura firme na extremidade de um
dos dedos, que adquirirá cor violácea se persistir a circulação.
— Halluin propôs a instilação de uma gota de éter na conjuntiva
ocular, que, se irritar, negará a existência de morte.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos- Material complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012: “As
manobras e sinais habitualmente pesquisados por diversos
autores para constatar a realidade da morte são os seguintes:
— Ott sugere a prova da ampola gasosa pela aproximação de
uma chama à pele do examinando. Se resultar flictena própria
do 2.º grau das queimaduras, há vida, e se surgir ampola
contendo gás, que se rompe com um estalido, será sinal
positivo de morte.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos- Material complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012: “As manobras e
sinais habitualmente pesquisados por diversos autores para
constatar a realidade da morte são os seguintes:”
— Icard sugere a prova da fluoresceína, substância utilizada em
oftalmologia para o diagnóstico de úlceras corneais e lesões
oculares por contraste com o fundo de olho, injetada hipodérmica
ou endovenosamente. Esta via de administração, ainda que mais
trabalhosa, uma vez que, amiúde, exige a dissecção da veia
escolhida, é, sem embargo, preferível, porque mais pronta e pela
maior certeza dos resultados.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos- Material complementar:
— Continuação manobra Icard (...) Havendo vida, ao cabo de
minutos, a pele e mucosas adquirem coloração amarela e quando
a dose é mais elevada, amarela tendendo para o alaranjado.
Obtém-se idêntico resultado injetando-se a fluoresceína na
artéria femoral. A lâmpada de Wood facilitará o diagnóstico.
— Levassen recomenda a aplicação de uma ventosa ao corpo
inerte; se há vida, sai sangue.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos- Material complementar:
(Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012) “As manobras e
sinais habitualmente pesquisados por diversos autores para
constatar a realidade da morte são os seguintes:
— Hilário Veiga de Carvalho indica a injeção de solução
milesimal de adrenalina, através do ponto de Szubinsky,
diretamente no músculo cardíaco, o que, em se tratando de morte
aparente, seria uma forma auxiliar de tratamento.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos abióticos imediatos- Material complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012; “as manobras
e sinais habitualmente pesquisados por diversos autores para
constatar a realidade da morte são os seguintes:”
— Por motivos óbvios, o que não se fará nunca é a acidopirastia
de Milddedorf, que consiste em introduzir uma agulha longa,
munida com uma bandeirinha na extremidade livre, no
precórdio, e observar a sua movimentação, caso o coração
apresente ainda débeis movimentos.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômeno transformativo: autólise - Material complementar:
● Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr; 2012, os sinais
habitualmente pesquisados por diversos autores para
constatar a realidade da morte, na fase da AUTÓLISE, são
os seguintes:
a) Sinal de Labord — Esse autor recomenda a introdução de uma
agulha de aço bem polida no tecido, onde permanecerá cerca de
30 minutos; retirada, se permanecer seu brilho metálico,
afirma-se diagnóstico de morte real.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômeno transformativo: autólise - Material complementar:
b) Sinal de Brissemoret e Ambard - Além de pouco prática, não é
isenta de riscos nos casos de morte aparente. Consiste na punctura
com trocarte do fígado ou do baço e análise dos fragmentos obtidos
pelo papel de tornassol. No morto a reação é ácida.
c) Sinal de Lecha-Marzo - Não é sinal preciso porque não se
manifesta em todos os casos de morte real, podendo, embora
rarissimamente, ser encontrado em vida, durante a agonia.
Consiste em colocar entre o globo ocular e a pálpebra superior
papel de tornassol, que se tornará vermelho pela acidez, indicando
morte, ou azul, se o meio for alcalino, afirmando vida.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômeno transformativo: autólise - Material complementar:
d) Sinal de De-Dominicis — Emprega-se também o papel de
tornassol apenas em área escarificada no abdome, onde a acidez, se
houver, é mais precoce.
e) Sinal de Silvio Rebelo — Também não é infalível. Consiste na
introdução de um fio-testemunha e de um fio corado pelo azul de
bromo-timol, por agulha montada, numa dobra da pele, deixando
as suas extremidades exteriorizadas. Se o fio indicador, que é azul,
adquirir na intimidade dos tecidos cor amarela, comprovará acidez
cadavérica.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômeno transformativo: autólise - Material complementar:
f) Sinais de forcipressão de Icard —
1) forcipressão física: comprime-se, com pinça, uma prega da pele,
que persistirá no morto e desaparecerá no vivo;
2) forcipressão química: o pinçamento da pele provoca o
escoamento de serosidade, que, pesquisada pelo papel de tornassol,
indicará acidez no morto e alcalinidade no vivo;
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômeno transformativo: autólise - Material complementar:
f) Sinais de forcipressão de Icard —
3) reação sulfídrica: consiste em colocar nas narinas e dentro da
boca papel previamente umedecido em uma solução de acetato
neutro de chumbo em água destilada a 50%, o qual adquire cor
negra de sulfureto de chumbo pela ação do ácido sulfídrico e do
sulfidrato de amônio originado pela morte. Ex expositis, avulta aos
olhos a importância desta prova e a da fluoresceína, por serem
práticas e confiáveis.
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose- Material
complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
Crescimento dos pelos da barba
“Assim como no vivo, nas primeiras horas após a morte os pelos
das regiões mentonianas e bucinadoras continuam crescendo à
razão de 21 milésimos de milímetro por hora. (...)”
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose- Material
complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
Crescimento dos pelos da barba:
“(...)Segundo Balthazard, conhecida a hora exata em que o
indivíduo se barbeou pela última vez, será possível determinar-se o
tempo decorrido após a morte, dividindo-se o comprimento dos
pelos do mento do cadáver pela constante 21 milésimos de
milímetros. É, evidentemente, método destituído de valor, que
representa apenas mais uma tentativa de colaboração empírica ao
estudo da cronologia da morte.”
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose- Material
complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
Conteúdo gástrico
“Houve quem pensou que o estômago com repleção alimentar e
fenômenos digestivos, em fase intermediária, poderia sugerir ao
legisperito ter a morte ocorrido entre 1 a 2 horas após a última
refeição; alimentos em fase terminal de digestão, de 4 a 7 horas, e,
finalmente, havendo vacuidade gástrica, ter o óbito acontecido
decorridas mais de 7 horas da última. (...)”
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose- Material
complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
Conteúdo gástrico
“Todavia, o tempo de evacuação gástrica depende essencialmente:
1) do estado físico do que foi ingerido: a água e certos líquidos
iniciam de pronto a evacuação do estômago, passando quase que
imediatamente ao duodeno. Os alimentos sólidos são
transformados em uma pasta semilíquida — o quimo —, que
permanece, por termo médio, 3 a 4 e 1/2 horas no estômago; (...)”
TANATOLOGIA FORENSE
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose- Material
complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
Conteúdo gástrico
“2) do teor lipídico dos alimentos: o tempo de evacuação
estomacal, numa dieta pobre em gorduras, integrada por dois ovos
fritos na manteiga, pão, leite e café (gordura total, 50g), é cerca de
6 horas, e o de um menu igual ao anterior, ao qual se acrescentou
100g de manteiga, é de 7 ou mais horas. Dois ovos pochée, pão e
café demandam, em média, de 3 a 4 e 1/2 horas para passar ao
duodeno; (...)”
Fenômenos analisados pela Cronotanatognose- Material
complementar:
Segundo Delton Croce e Delton Croce Jr, 2012:
Conteúdo gástrico
“3) da pressão intragástrica e bulboduodenal, abolida no cadáver, e
do tono ou relaxamento do esfíncter piloro. Avulta aos olhos ser a
observação do conteúdo gástrico método despido de valor, por
empírico e pela influência dos fatores individual, estomacal e
alimentar sobre os fenômenos gastrintestinais, como a digestão
post mortem, inclusive.”
Material complementar:

Calendário Tanatológico,
segundo o “MANUAL DE
MEDICINA LEGAL - 8ª
edição.
Autores: Delton Croce Jr.,
Delton Croce, 2012.
Material complementar:

Calendário Tanatológico,
segundo o “MANUAL DE
MEDICINA LEGAL - 8ª
edição.
Autores: Delton Croce Jr.,
Delton Croce, 2012.
Material complementar:

Fenômenos Cadavéricos:
Mapa Mental-
Autores:
@periciacriminalbrasil
(insta)

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