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há 4 semanas
Aroldo, respeitosamente gostaria de contribuir com os seus comentários expondo que:
1) De acordo com o art. 5º, inciso II, da Constituição Federal, “ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (este é o princípio da
legalidade). Ou seja, ninguém, não me refiro somente a algum tipo de autoridade civil
ou militar, é obrigado a acatar ordens ilegais. Até pouco tempo atrás uma abordagem
policial demandava objetivamente outro conceito que é o da FUNDADA SUSPEITA.
Ou seja, sem fundada suspeita não se podia abordar ninguém, exceto em caso de prisão
em flagrante delito. Mais recentemente o Superior Tribunal de Justiça firmou
jurisprudência extinguindo a figura jurídica da fundada suspeita como elemento que
sustenta a legalidade de uma abordagem policial (vide: "
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/20042022-Revista-
pessoal-baseada-em-%E2%80%9Catitude-suspeita%E2%80%9D-e-ilegal--decide-
Sexta-Turma.aspx " ). 2) Outro ponto importante de se esclarecer é que determinadas
carreiras como a de oficial das forças armadas possuem porte de arma de fogo por
prerrogativa de função, portanto os detentores desses cargos não podem responder
criminalmente por porte ilegal de arma de fogo, não obstante a possibilidade da
responsabilização no âmbito administrativo em alguns casos, e isso pode ser verificado
através do Art. 6º da Lei 10.826/2003 (os portes de armas de fogo, em especial
referência aos indivíduos que o possuem por prerrogativa de função). Permita-me
esclarecer algo também muito importante: não estou discordando de você sobre o fato
exibido neste vídeo. Também achei que o oficial deveria ter se comportado melhor (ou
pelo menos com mais inteligência), e, caso houvesse algum ato ilegal, desvio de
conduta ou excesso por parte da equipe policial, ele poderia representar criminal e
administrativamente contra os agentes, no respectivo órgão corregedor, não apenas ele
oficial do Exército Brasileiro como todo e qualquer cidadão também podem fazer o
mesmo. Eu particularmente quando sou abordado acato todas as ordens que me são
emanadas, e se estiver desarmado sequer me identifico como policial, apenas apresento
a documentação solicitada pelos policiais reponsáveis pela abordagem e depois sigo
minha vida em paz ao ser liberado. Não há necessidade de se escalar uma situação e
tranformá-la em um conflito. Conforme já esclarecido aqui existem órgãos de controle a
disposição quando qualquer cidadão se sente desrespeitado, agredido, ameaçado ou
submetido a ato ilegal, que é o da representação criminal junto ao MP e/ou órgãos
corregedores. Sugiro que consulte as fontes aqui citadas, elas vão enriquecer seus
conhecimentos. E vamos deixar bem claro que eu não estou defendendo o oficial ou
condenando os policiais. Eu apenas estou analisando friamente a situação e elencando
algumas fontes da ciência do direito que disciplinam esta matéria (abordagem policial).
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