Você está na página 1de 27

A Psicolog ia e

se u s lu g a re s
Dimensões Psicológicas de Processos Educativos

Curso de
Psicologia
A Resoluçã o CFP nº 0 13/ 20 0 7 e
su a a tu a liza ç ã o m e d ia n te a s
Re so lu ç õ e s 0 3/ 20 16 e 0 18/ 20 19
“... a diversidade da Psicologia
não se esgota no conceito de
Diversid a d e e área e inclui a multiplicidade
teórico-metodológica que
p lu ra lid a d e n a fundamente a prática da
pesquisa e a intervenção
profissional”
p sic o lo g ia (GONDIM; BASTOS; PEIXOTO,
2010, p. 174)
“... a diversidade da Psicologia
não se esgota no conceito de
Diversid a d e e área e inclui a multiplicidade
teórico-metodológica que
p lu ra lid a d e n a fundamente a prática da
pesquisa e a intervenção
profissional”
p sic o lo g ia (GONDIM; BASTOS; PEIXOTO,
2010, p. 174)

• Áreas de conhecimento e áreas de


atuação profissional: demarcação de
pontos de aproximação entre
profissionais, pesquisadores e docentes
• Interfaces e associação de fazeres,
saberes e contextos
“... a divers idade da Ps icologia
não s e es gota no conceito de
Diversid a d e e área e inclui a multiplicidade
teórico-metodológica que
p lu ra lid a d e n a fundamente a prática da
pes quis a e a intervenção
profis s ional”
p sic o lo g ia (GONDIM; BASTOS; PEIXOTO,
2010, p. 174)

• Posicionamento epistemológico:
relacionado a uma identificação científica
e não a uma utilização/ aplicação teórica
> ÉTICA, TÉCNICA e CONDUTA
> Coerência X Ecletismo
> Pos. epistem. ≠ abordagem
“... a divers idade da Ps icologia
não s e es gota no conceito de
Diversid a d e e área e inclui a multiplicidade
teórico-metodológica que
p lu ra lid a d e n a fundamente a prática da
pes quis a e a intervenção
profis s ional”
p sic o lo g ia (GONDIM; BASTOS; PEIXOTO,
2010, p. 174)

• O fenômeno psicológico, a pluralidade de


perspectivas e as distintas concepções
de humano, s ociedade e ciência
• Hibridismo e amplitude do exercício
profis s ional em ps icologia
Três áreas tradicionais:

ATIVIDADES
PSI.
Pesquisar, Ensinar e A tuar
ATIVIDADES
PSI.
Pesquisar, Ensinar e A tuar

“A área clínica se ampliou e abarcou a área da saúde; a área


escolar começou a marcar suas diferenças e suas
proximidades com a área educacional e a área industrial
expandiu-se para incluir o trabalho e a sua dimensão
organizacional, desvencilhando-se de sua vinculação
restrita à indústria”
(GONDIM; BASTOS; PEIXOTO, 2010, p. 176)
ATIVIDADES
PSI.
Pesquisar, Ensinar e A tuar

• Crítica à hegemonia do modelo clínico-elitista: “... devido


ao atendimento individual demons trar-s e inadequado
para atender às demandas da s ociedade bra s ileira ”
(GONDIM; BASTOS; PEIXOTO, 2010, p. 176)
• Bus ca de integração do conhecimento com outras área s :
a complexidade dos fenômenos humanos – em bus ca
de res pos tas mais s atis fatórias
ATIVIDADES
PSI.
Pesquisar, Ensinar e A tuar

• O papel social do ps icólogo: “... na direção opos ta a um


modelo individualis ta a licerçado no atendimento clínico
de cons ultório” (GONDIM; BASTOS; PEIXOTO, 2010, p. 176)
• Precis amos oferecer res pos ta s ma is s atis fatórias aos
proces s os humanos
A vinculação com várias áreas
• Fragilidade dos limites e as interseções das áreas
psicológicas: a expansão da identidade do/ a
psicólogo/ a
• Variedade de oferta de trabalho e insatisfações
com a área de atuação
O interesse pela clínica
• A apuração de uma escuta e o exercício de um olhar
• A construção de um ideal de atuação: há que se ter
cuidado com a idealização narcísica (estudantes e
professores que se limitam à clínica)
• Demandas clínicas de atuação
O interesse pela clínica
• Negligência para as situações e contextos que
excedem o setting clínico clás s ico e a bus ca
por uma clínica ampliada
• Uma clínica que excede os cons ultórios – uma
clínica de laço s ocial
A predominância de uma área
• Uma identidade científico-profissional respaldada
na reprodução acrítica, descontextualizada e
elitizada – não faz laço
• Importância das produções de conhecimento das
demais áreas para que não s e cons tranjam ao
s aber clínico: que des envolvam outros s aberes
“Se o psicólogo se vê diante de situações novas de
trabalho para as quais não s e s ente preparado,
recorre ao modelo predominante que oferece s tatus
e s erve de referência, s em que avalie criticamente
s ua adequação para es s a nova s ituação. Então, a
aus ência de formação é compens ada pelo us o de um
modelo ... que, embora s eja reconhecido
s ocialmente, não contribui de modo efetivo para o
contexto em que s e pretende atuar”
(GONDIM; BASTOS; PEIXOTO, 2010, p. 182)
“... a habilidade de integrar teorias que não são afins
pode s er explicada pela complexidade do objeto de
es tudo da ps icologia, que compele o profis s ional a
analis ar o homem de modo integral, conciliando
pers pectivas mais biológicas ... e s ubjetivas ”
(GONDIM; BASTOS; PEIXOTO, 2010, p. 190)
Vale considerar que: “... teorias não são feitas para
serem veneradas, acreditadas , engolidas , mas para
s erem dis cutidas e s empre refeitas ; [...] pode conter
não s ó es tratagema válido de compreens ão pela
via analítica, como igualmente deturpação, s e for
reducionis ta” (Demo, 2009)

”Ao graduar-s e, o profis s ional não pos s ui uma
definição clara de quais ins trumentos e abordagens
teóricas s ão recomendáveis para dar s uporte a s ua
intervenção” (GONDIM; BASTOS; PEIXOTO, 2010, p. 191)
Seria a p sicolog ia um
e sp a ç o d e d isp e rsã o
te ó ric a e p rá tic a ?
• Pluralidade e unidade
• A epistemologia moderna e sua insuficiência para a psicologia: “... uma
epistemologia que tome a si a responsabilidade pela normatização e a
avaliação do conhecimento ... juíza do conhecimento” (FIGUEIREDO, 1996,
p. 33)
• Uma outra epistemologia que se funde na ética
A heg em onia d a
e p iste m o lo g ia m o d e rn a
• Falência das tradições históricas e a transformação das vidas coletivas :
experiências subjetivas individualizadas e urbanizadas
• Uma leitura contextual: as teorias e o método dizem de s ua época
his tórica e de s eu contexto cultural – uma nova posição do humano
diante de s ua “cas a”
• Controle, exatidão e matematização abs oluta da vida e do univers o: o
controle do objeto e o s ujeito da modernidade
• Um sujeito epistêmico pleno: autônomo, autotrans parente, unívoco e
racionalmente reflexivo
A heg em onia d a
e p iste m o lo g ia m o d e rn a
“Boa parte da história do projeto epistemológico moderno em suas
sucessivas versões atesta o reiterado fracasso dessa cisão. Não
obstante, esses fracassos não impediram que o projeto tivesse uma certa
eficácia e que um dos resultados desta eficácia viesse a ser, algum tempo
depois, a constituição do espaço psicológico ... compreender por que o
caráter subjetista de todo o projeto epistemológico da modernidade – que
pretendia fazer assentar no sujeito e nos seus poderes tudo que poderia
haver de certo e seguro – não era capaz de gerar uma psicologia
científica” (FIGUEIREDO, 1996, p. 38)
A invençã o d o p sicológ ico
• Crise no processo de subjetivação: a quebra do ideal de um sujeito
autônomo e unificado
• Feridas narcísicas da humanidade: o orgulho desmesurado, a
gigantesca autoestima e o insuperável amor-próprio
• Copérnico (o golpe cosmológico)
• Darwin (o golpe biológico)
• Freud (o golpe psicológico)
• Abertura de um espaço característico das psicologias: não há
univocidade e sim pluralidade
A invençã o d o p sicólog o
“Os movimentos de aproximação e afastamento que os psicólogos e
estudantes de psicologia realizam diante das teorias e sistemas
psicológicos estão muito distantes do que poderia ser chamado de
‘escolha’ ... é atração e repulsão acionadas por afinidades e simpatias
que dizem mais de ressonâncias afetivas do que de exercício racional...
como que fisgados ...; não estamos dispensados, enfim, de nos
posicionar e nos justificar” (FIGUEIREDO, 1996, p. 45)
Ética , ethos e p sicolog ia
• A ética é posição central
• Superação do pensamento epistemológico representacional e
hegemônico
• Objetos e sujeitos se constituem: “vindo a ser”
• O ethos - uma morada, um des tino... para além: “que as teorias e os
s is temas s ejam compreendidos no e pelo lugar que ocupam no es paço
s ociocultural contemporâneo” (FIGUEIREDO, 1996, p. 46)
• Es paço ps icológico, território da ignorância e o metafenomenal: a
experiência do dito e do interdito
“... além de ocupar um lugar preciso no espaço da ignorância, no es paço
ps icológico, tal como qualquer identidade que aí s e engendre, uma teoria
ps icológica deve s er capaz de es tabelecer uma ponte entre o fenomenal
e o ‘s eu’ metafenomenal, ou s eja, a partir da experiência imediata, mas
não s e deixa fas cinar por ela, enveredando pela bus ca das condições de
pos s ibilidades e dos s entidos ocultos da experiência imediata”
(FIGUEIREDO, 1996, p. 52)
• Reconhecimento do s ujeito e de s ua experiência
• Des cons trução das identidades e das repres entações hegemônicas
• Superar as ilus ões narcís icas : “... é melhor uma teoria que teorize a
cis ão – do que uma que nos mantenha na ilus ão de uma unidade do
s ujeito e de uma s oberania e trans parência da cons ciência – ... é
melhor uma teoria que teorize e propicie o trâns ito ... o contato com
todos os impens áveis que des te lugar [ou des tes lugares ] s ão
cons tituídos ” (FIGUEIREDO, 1996, p. 56)
Em b usca d e p ersp ectiva s…
(Q u e stõ e s le va n ta d a s p e lo Sílvio Ba to m é )
A psicologia é ou deve ser uma profissão?
O que faz da psicologia uma profissão?
• Produção de conhecimento (um objeto de estudo)
• Exercício profissional (um objeto de intervenção)
• Formação de pessoal (processos educativos de transmissão em prol da
construção de um saber): reprodução X criação
• Ensinar – aprender – educar: domesticar ou libertar/emancipar
Sig a m os…

Você também pode gostar