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Formas Reprodutivas da Classe Dominante

Tal como sucedia a sul do Zambeze, no caso dos Mwenemutapa e das linhagens satélites, a
norte, as classes dominantes dependiam, para a sua reprodução de duas fontes: Em
primeiro lugar os tributos diversos cobrados internamente e, em segundo lugar, o comércio
à longa distância, nomeadamente o comércio de marfim, o qual representava para os
soberanos Marave o mesmo que ouro para os soberanos chona.

No caso do estado dos Undi, a classe dominante recebia tributos regulares: marfim, tabaco,
géneros alimentares, partes dos animais caçados pelos súbditos, utensílios de ferro, cestos,
esteiras, panos etc. Os súbditos eram obrigados a trabalhar regularmente nas terras dos
chefes, a construir as suas casas e a assegurar a manutenção da capital.

Existiam também os tributos de vassalagem que incluíam penas vermelhas de certos


pássaros, marfim, peles de leão e de leopardo, as partes comestíveis de certos animais,
direitos de trânsito pelas terras, as primícias das colheitas, etc.

O Undi era uma espécie de guardião dos produtos das parcelas que os súbditos eram
obrigados a cultivar no "interesse geral". Com o produto de sobretrabalho dos súbditos, o
Undi sustentava visitantes, jogos e danças e ajudava os necessitados, tal como acontecia
entre os Mwenemutapa. A outra parte de sobreproduto trovaca-se por mercadorias
produzidas pelos Swahili-Árabes.

Uma terceira categoria de tributos era os rituais. Normalmente os dedicados às primícias


das colheitas e as taxas devidas aos chefes pela orientação das cerimónias rituais. Os
chefes recebiam ainda taxas pela resolução de disputas e taxas de trânsito pelo território.

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