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TRONCO DE SOLIDARIEDADE.

Há na loja um momento solene em que o Venerável Mestre diz, mais ou menos assim, irmãos
primeiro e segundo vigilantes, anunciai em vossas colunas assim como eu anuncio no oriente
que o irmão hospitaleiros vai circular com o tronco de solidariedade, mas logicamente que os
irmão sabem que este dito está equivocado, pois o hospitaleiro não vai circular com o tronco
de solidariedade, ela vai circular com o saco para recolher o tronco, mas tudo bem, todos
entendem o que o ritual quer dizer ainda que a redação esteja pífia.

Não há necessidade de definir solidariedade, mas farei o para outro comentário posterior
inserido neste contexto, porque solidariedade em muitos dos casos não significa apenas
reconhecer a situação delicada de uma pessoa ou grupo social, mas também consiste no ato
de ajudar essas pessoas desamparadas, portanto quando o nosso ritual fala solidariedade, na
verdade ele quer dizer beneficência que é uma ajuda propriamente dita.

A casos em que em vez de dizer beneficência, os irmãos pronunciam benemerência o que foge
completamente do ato em sí, porque esta expressão quer dizer dar honrarias e nós quando
doamos por amor, não alardeamos o ato si, portanto fizemos beneficência.

Cada potência maçônica determina um modelo para a o saco de recolher o tronco de


solidariedade e este procedimento pode ser feito a critério de cada uma destas instituições
congregadoras, porém o efeito de arrecadar fundos para doação sempre terá o mesmo efeito.

O primeiro tronco de solidariedade que se tem notícia, consta no antigo testamento em reis,
quando diz que os obreiros do Templo de Salomão mantinham um tronco de solidariedade
para socorrer a viúva de um dos irmãos que tivesse partido para o oriente eterno em função
do seu trabalho, depois a igreja cristã copiou este ato, agora sim benemérito.

Sabe-se que foi o Papa Inocêncio III, que comandou a igreja entre os anos de 1198 até 1 216
que reativou este tronco de solidariedade, trazido dos tempos de Salomão, porém sobre a
data exata desta determinação não há registros, todavia ainda antes do ano mil já se tinha
notícias de um tronco de árvore, oco que ficava na entrada de um determinado templo
religioso, onde as pessoas colocavam o seu óbolo, reservadamente para que segundo a crença
de então, ele teria efeito aos olhos de Deus, sua única testemunha.

A verdade é a seguinte, no Livro de Reis, nos prova que o primeiro tronco de solidariedade foi
criado entre os anos de 971 a 931 AC, portanto o nome do ato em si, não vem ao caso, pode
ser denominado, tronco, saco de arrecadação, pois o que nos importa é o significado caridoso
do ato, que é a caridade maçônica exercida sigilosamente, tal como era imaginado no tronco
de árvore da idade média que se perpetuou na maçonaria, ou seja, alguma doação feita
apenas aos olhos do GADU.

O que eu considero pecaminoso é um irmão que não se fizer presente em loja, mandar o óbolo
por outro irmão, o que é louvável, mas este alardear o valor ali depositado em nome do
ausente, aí de beneficência já passa a ser benemerência.

Dependendo da potência, o artefato destinado a arrecadar o óbolo pode ser chamado de bolsa
ou de saco, mas como já falei, a denominação do utensílio não macula a finalidade do ato,
portanto não se desgastem em qual denominação é mais correta ou adequada, apenas
pratiquem a solidariedade de forma que o que a mão esquerda depositar a direita não lhe
tome conhecimento.
Esta palavra tronco de solidariedade veio do francês, onde se pronuncia tronc, porém não
foram os franceses os primeiros a usarem este nome tronco, os celtas já usavam, apenas com
o costume de tais valores não serem colhidos dentro do templo e sim num tronco de árvore
externamente, evitando-se com isso que se praticado internamente, dava a impressão de estar
sendo comprada a sua a indulgência, tanto que o próprio Cristo condenava este ato dentro do
templo ao que denominava os vendilhões do Templo.

Se considerarmos as lides maçônicas mais antigas que a religião Cristã, tanto que nossa
simbologia está alicerçada no Templo de Salomão, então foi a religião que copiou da
maçonaria este louvável costume.

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