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Angélica Cardoso

Braz Henrique Vieira


Emerson Boschmann
Victor Zepka

LOGÍSTICA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS EM UMA


FÁBRICA DE RAÇÕES PARA BOVINOS

BAGÉ
2019
Angélica Cardoso
Braz Henrique Vieira
Emerson Boschmann1
Victor Zepka

LOGÍSTICA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS EM UMA


FÁBRICA DE RAÇÕES PARA BOVINOS

Trabalho apresentado para


obtenção de nota na componente
curricular de Logística do curso de
Engenharia de Produção da
Universidade Federal do Pampa.

Orientador:
Prof. Ivonir Petrarca dos Santos

BAGÉ
2019

1 Aluno pertencente ao quadro de funcionários da empresa estudada.


Resumo

O presente trabalho visa analisar os processos logísticos existentes em uma


fábrica de rações localizada na cidade de Bagé no do Rio Grande do Sul. Através de
visitas técnicas e entrevistas, foram conhecidos os processos logísticos da empresa,
os quais contemplam os processos de transporte, manuseio, armazenagem,
preservação, identificação, entre outros. Com base nos dados recolhidos, foi possível
identificar os pontos positivos e negativos, e então propor melhorias aos processos
logísticos utilizando o método 5W1H.

Palavras-chave: Logística na cadeia de Suprimentos, fábrica de rações,


5W1H
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 7
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 8
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 8
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 8
2.3 JUSTIFICATIVA PARA ESCOLHA DO TEMA .............................................................. 9
3 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 9
3.1 LOGÍSTICA EMPRESARIAL ........................................................................................ 9
3.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS ..................................................................................... 10
3.3 PLANO DE AÇÃO 5W1H ........................................................................................... 11
4 METODOLOGIA............................................................................................................... 12
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................... 13
5.1 FASE ZERO ............................................................................................................... 14
5.1.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA: .............................................................. 14
5.1.2 HISTÓRICO DA EMPRESA ....................................................................... 14
5.1.3 ESCOLHA DOS PRODUTOS E DESCRIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS . 15
5.1.4 ORGANOGRAMA DA EMPRESA ............................................................. 16
5.1.5 MERCADO DE ATUAÇÃO ........................................................................ 17
5.1.6 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS EXISTENTES NA EMPRESA ............... 17
5.1.7 FLUXO DOS PROCESSOS EXISTENTES NA EMPRESA ....................... 18
5.1.8 PLANTA BAIXA E LAYOUT DA FÁBRICA ................................................. 19
5.1.9 FORNECEDORES ..................................................................................... 20
5.1.10 METODOLOGIA DE FORNECIMENTO ................................................... 20
5.1.11 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO, QUALIFICAÇÃO,
DESENVOLVIMENTO, MONITORAMENTO E REAVALIAÇÃO DOS
FORNECEDORES ............................................................................................. 21
5.1.12 POLÍTICA DE COMPRA .......................................................................... 22
5.1.13 POLÍTICA DE ESTOQUE ......................................................................... 22
5.1.14 POLÍTICA DE COMERCIALIZAÇÃO........................................................ 23
5.1.15 FERRAMENTAS DE CONTROLE DE ESTOQUE.................................... 23
5.2 FASE UM - ARMAZÉM E TRANSPORTE .................................................................. 24
5.2.1 IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................... 24
5.2.2 ARMAZENAMENTO .................................................................................. 24
5.2.3 PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO ................................................................ 25
5.2.4 EMBALAGEM ............................................................................................ 25
5.2.5 MANUSEIO E TRANSPORTE.................................................................... 25
5.2.6 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE UM .............................................................. 26
5.3 FASE DOIS - DISTRIBUIÇÃO FÍSICA ....................................................................... 26
5.3.1 IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................... 27
5.3.2 ARMAZENAGEM ....................................................................................... 27
5.3.3 PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO ................................................................ 28
5.3.4 EMBALAGEM ............................................................................................ 28
5.3.5 MANUSEIO E TRANSPORTE.................................................................... 28
5.3.6 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE DOIS ........................................................... 28
5.4 FASE TRÊS - LOGÍSTICA INTEGRADA .................................................................... 29
5.4.1 FLUXO DE INFORMAÇÕES ...................................................................... 29
5.4.2 FLUXO DE MATERIAIS ............................................................................. 30
5.4.3 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE TRÊS .......................................................... 30
5.5 FASE QUATRO - SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM) ....................................... 31
5.5.1 AVALIAÇÃO ............................................................................................... 31
5.5.2 QUALIFICAÇÃO ........................................................................................ 31
5.5.3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 32
5.5.4 MONITORAMENTO ................................................................................... 32
5.5.5 REAVALIAÇÃO .......................................................................................... 32
5.5.6 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE QUATRO .................................................... 32
5.6 FASE CINCO - QUALIDADE TOTAL EM LOGÍSTICA ............................................... 32
5.6.1 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E INSTRUÇÕES DE TRABALHO .. 33
5.6.2 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ................................................................. 33
5.6.3 INDICADORES LOGÍSTICOS ................................................................... 33
5.6.4 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE CINCO ........................................................ 33
5.7 FASE SEIS - ENFOQUE NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM LOGÍSTICA .... 34
5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE ZERO ................................. 34
5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE UM ..................................... 35
5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE DOIS .................................. 35
5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE TRÊS ................................. 35
5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE QUATRO ............................ 39
5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE CINCO ............................... 39
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 40
7 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 41
ANEXOS ............................................................................................................................. 42
7

1 INTRODUÇÃO

A logística figura como um dos agentes principais na competitividade entre as


empresas, que para manterem-se no mercado enfrentando a concorrência, exploram
esta fronteira em busca da redução de custos e satisfação dos seus clientes.
Segundo Ballou (2006) a logística trata de todas as atividades de
movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de
aquisição de matéria prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento com o propósito de providenciar
níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
Para Slack (2002) a logística é a gestão do fluxo de materiais e informações
de um negócio, passando pelo canal de distribuição até o consumidor final.
Em um mundo onde a guerra empresarial é deflagrada, conhecer e saber
aplicar o conceito de logística, compreendendo e melhorando o fluxo de materiais e
de informações visando atender as necessidades de fornecedores e clientes e
também conduzir o transporte e armazenamento de forma adequada, é fundamental
para o sucesso de qualquer organização.
Este trabalho, busca empregar os conceitos da Logística da Cadeia de
Suprimentos, em uma fábrica de rações para bovinos, localizada na cidade de Bagé,
no Rio Grande do Sul, através da avaliação de parâmetros como transporte,
manuseio, armazenamento, identificação, embalagem, proteção e preservação
empregado no processo produtivo desta empresa.
E através do emprego das fases da logística em dois produtos em análise,
serão propostas melhorias utilizando um plano de ação denominado 5W1H.
8

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem como objetivo analisar a logística de uma Cooperativa


Agrícola com sede situada no município de Bagé - RS, visando aumentar a eficiência
da logística na empresa, melhorando os seus processos tendo como resultado o
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Identificar a Empresa;

2. Identificar de qual participante do grupo, pertence à empresa que será


desenvolvido o trabalho;

3. Descrever o histórico da empresa;

4. Descrever os produtos da empresa;

5. Escolher 2 produtos

6. Descrever a matéria prima e ou componentes utilizados e ou serviços


prestados; 7. Descrever os fornecedores;

8. Descrever a metodologia de fornecimento dos fornecedores e da empresa;

9. Descrever a metodologia de Avaliação,Qualificação, Desenvolvimentos,


Monitoramento e Reavaliação dos fornecedores;

10. Descrever a política de compra;

11. Descrever a política de estoque;

12. Descrever as ferramentas de controle de estoque;

13. Descrever os processos existentes na empresa;

14. Descrever o que cada processo desenvolve;

15. Apresentar o Organograma da empresa;

16. Descrever o mercado de atuação;

17. Descrever a política de comercialização;


9

18. Elaborar um fluxo do processo industrial que demonstra a sequência de


cada componente dos produtos escolhidos ;

19. Elaborar uma planta baixa da indústria com a localização das máquinas.

2.3 JUSTIFICATIVA PARA ESCOLHA DO TEMA

A logística tem tido papel importante dentro das organizações mundo afora,
sendo que a mesma é identificada como um diferencial, pois as organizações
enfrentam um mercado altamente competitivo nos dias atuais.

No Brasil, a logística tem muito que evoluir ainda. Neste cenário, a importância
da logística afeta na economia do país, mas enfrenta diversos obstáculos. O presente
trabalho foi desenvolvido com o objetivo de aplicar e desenvolver, como visualizar na
prática, os conceitos vistos em sala de aula. A empresa escolhida foi uma Cooperativa
Agrícola, com sede na cidade de Bagé - RS. Através dos conceitos estudados,
pretende-se avaliar e auxiliar nos processos logísticos da empresa.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Durante as grandes guerras mundiais, a logística era vista como atividade


relacionada ao suprimento de tropas na linha de frente, através do transporte e
armazenamento de equipamentos, produtos e militares empregados nos teatros de
operações. Nas décadas seguintes, a logística apresentou uma considerável evolução
passando a compor a cadeia produtiva das indústrias através do conceito de Supply
Chain Management (gestão da Cadeia de suprimentos).

Segundo Novaes (2007) a Logística Empresarial evoluiu muito desde os seus


primórdios, agregando valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação à
cadeia produtiva, procurando eliminar do processo tudo que não tenha valor para o
cliente.

Assim, saber identificar as necessidades do cliente para atendê-lo da melhor


maneira possível e sem custos adicionais é o papel fundamental (foco) da logística
nos dias atuais.
10

3.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS

Na indústria, para a produção de determinado bem, é necessário que a


matéria prima esteja a disposição na hora certa e no momento certo, sendo portanto
responsabilidade do fornecedor, uma vez habilitado e qualificado, em suprir a linha de
produção, para que o produto chegue até o consumidor final.

Segundo Novaes (2007), o longo caminho que se estende desde as fontes de


matéria prima, passando pelas fábricas dos componentes, pela manufatura do
produto, pelos distribuidores e chegando finalmente ao consumidor através do varejo
constitui, a cadeia de suprimentos.

Para Novaes (2007) uma nova concepção para o tratamento dos problemas
logísticos é o SCM – Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos).

Conforme o autor citado anteriormente, o processo de evolução da logística é


dividido em quatro fases, as quais são apresentadas a seguir:

Primeira Fase: Atuação segmentada

Anteriormente as empresas procuram formar lotes econômicos sem se


preocupar com seus estoques. Os métodos utilizados para controle de estoque na
época era o EOQ (Economic Order Quantity, Quantidade econômica de pedido). A
visão nesta fase era extremamente corporativa com preocupação nos custos
logísticos, sendo pouco explorados os outros elementos da cadeia de suprimento.

Segunda Fase: Integração rígida

Os processos eram feitos de forma mais racional, sendo que a otimização de


atividades e o planejamento era um de seus elementos chaves. Sua principal
característica era a racionalização integrada da cadeia de suprimento, onde ao longo
do tempo não há correção dinâmica e real time do planejamento.
11

Terceira Fase: Integração flexível

É caracterizada pela integração dinâmica e flexível entre os agentes de


suprimento em dois níveis: dentro da empresa, e nas inter - relações da empresa com
seus fornecedores e clientes. As informações que antes eram obtidas ou
armazenadas manualmente passaram a acontecer por meios eletrônicos classificados
como EDI (Intercâmbio eletrônico de dados). O principal objetivo desta fase é a busca
contínua por estoque zero através da melhoria contínua nos processos.

Quarta Fase: Integração estratégica

Nesta fase ocorre um salto importante na evolução da logística, onde as


empresas passam a ver esta de forma estratégica, ou seja, deixam de comparar
procedimentos logísticos como meros geradores de custos, passando a ver a logística
como uma forma de vantagem competitiva. Poucas empresas tratam a função
logística como ponto fundamental, porém, muito já se evoluiu nessa questão.

Conforme apresentado na componente curricular de Logística da Cadeia de


Suprimentos do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do
Pampa, foram apresentadas as cinco fases evolutivas da logística, as quais serão
tomadas como base no presente trabalho, as quais são: armazenagem e transportes,
distribuição física, logística integrada, SCM e Qualidade total em logística.

3.3 PLANO DE AÇÃO 5W1H

Este método serve como um documento de forma organizada que identifica


as ações e as responsabilidades de quem irá executar, através de um
questionamento, orientando as ações que deverão ser tomadas.

A estrutura da ferramenta deve permitir uma rápida identificação dos


elementos necessários à implantação do projeto. Os elementos podem ser descritos
como:

WHAT - O que será feito;

HOW - Como deverá ser executada cada tarefa;


12

WHY - Porque deve ser executada a tarefa;

WHERE - Onde cada tarefa será executada;

WHEN - Quando cada tarefa será executada;

WHO - Quem realizará a tarefa.

Figura 1: Metodologia 5W1H

Fonte: www.marketingfuturo.com/5w1h-ferramenta-da-qualidade

De acordo com este método pode-se identificar de forma mais clara, quais
tarefas a serem executadas, bem como a metodologia a ser utilizada, a justificativa, o
local de implantação da tarefa, o tempo para cada tarefa ser executada, e quem será
responsável pela execução da tarefa. Para a execução deste método, é necessário
formar um grupo de pessoas, o qual terá um líder responsável para delegar as tarefas
a serem executadas. Quando pronto o plano de ação, deverá ser posto em lugar
visível para a equipe que será responsável pela implantação.

4 METODOLOGIA

O presente trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e


estudo de caso. A primeira, que se define sendo desenvolvida com base em materiais
já elaborados, está representada pelo uso materiais didáticos, como livros e slides,
utilizados na componente curricular de Logística da Cadeia de Suprimentos do curso
de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Pampa. A pesquisa
bibliográfica serve de apoio para o estudo de caso que se dá em uma fábrica de rações
para bovinos. O propósito de um estudo de caso é reunir informações detalhadas e
13

sistemáticas sobre um fenômeno (PATTON, 2002). É um procedimento metodológico


que enfatiza entendimentos contextuais, sem esquecer-se da representatividade
(LLEWELLYN; NORTHCOTT, 2007), centrando-se na compreensão da dinâmica do
contexto real (EISENHARDT, 1989) e envolvendo-se num estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que se permita o seu amplo e
detalhado conhecimento (GIL, 2007). Este estudo foi desenvolvido por meio de
entrevistas sem estrutura e visitas técnicas à empresa. Os dados coletados
possibilitaram o desenvolvimento de um plano de ação de melhorias que futuramente
poderá ser implementado na empresa. Foram escolhidos dois produtos a serem
submetidos as seis fases evolutivas da logística descritas no quadro 1 abaixo, e então
propostas melhorias.

Quadro 1: fases da logística

FASE DESCRIÇÃO FOCO

0 Identificação

1 Armazéns e transporte Operacional

2 Distribuição física Tático gerencial

3 Logística integrada Tático estratégico

4 Supply chain management Mercado

5 Qualidade total em logística Consumidor

6 Enfoque em planejamento estratégico em Integração total


logística
Fonte: Material Didático

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os dados coletados, bem como as considerações para o caso da empresa


estudada, são apresentados fase a fase para melhor compreensão, conforme segue.
Ao final, na descrição da última fase (fase seis), são apresentadas as melhorias por
meio da ferramenta 5W1H para cada uma das fases.
14

5.1 FASE ZERO

5.1.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA:

A empresa onde foi desenvolvido o trabalho tem razão social como


Cooperativa Agrícola Mista Aceguá Ltda e nome fantasia de CAMAL, sediada no
município de Bagé.

Figura 2: Vista aérea da unidade operacional

Fonte: CAMAL

5.1.2 HISTÓRICO DA EMPRESA

Fundada no ano de 1959 por um grupo de produtores associados, a CAMAL


atua em diversos segmentos nos municípios de Bagé e Aceguá. Em Aceguá há 3
unidades, cada uma com sua devida atividade. Encontra-se em Aceguá a unidade de
recebimento de leite, posteriormente enviado para Santa Cruz para beneficiamento, o
supermercado e o posto de combustíveis. Em Bagé a mais 3 unidades. A central, onde
se encontra a parte administrativa, a unidade de recebimento e secagem de grãos,
que engloba o beneficiamento de arroz, e a fábrica de ração, criada em 1981, tendo
como atividade principal a produção de ração para bovinos, fomentando assim o
associado, para maior recebimento de leite.

A CAMAL disponibiliza da produção de diversos produtos, como a ração


bovina, tendo como base as formulações proteicas. Disponibilizando assim de rações
com 14% de proteína, 16%, 18%, 20% e 22%. Pode se encontrar estas rações tanto
ensacada, em sacos de 25kg, como a granel, sendo a escolha feita pelo associado,
15

para melhor armazenagem em sua propriedade. Também atua no mercado na parte


de arroz beneficiado, tendo duas marcas de arroz tipo 1 em fardo (6x5kg), a CAMAL
e a ACEGUÁ, pacote de 5kg. Disponibiliza também de arroz ensacado de 25kg, tipo
1 e 2.

5.1.3 ESCOLHA DOS PRODUTOS E DESCRIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS

Para a elaboração deste trabalho e um melhor entendimento da linha


de produção da fábrica, escolhemos dois produtos sendo o primeiro a ração bovina
com 14% de proteína e o segundo a ração ração bovina com 18% de proteína, ambas
fabricadas pela Cooperativa Agrícola Mista Aceguá Ltda.

Ambos os produtos, são compostos pelos seguintes cereais e sais


minerais: milho em grão, farelo de trigo, farelo de arroz, sorgo em grão, farelo de soja,
núcleo mineral, calcário e nutrimilk pro levedura.

A ração bovina com 14% de proteína é composta pela seguinte formulação:

Quadro 2: Formulação da ração bovina com 14% de proteína

COMPONENTE QUANTIDADE QUANTIDADE (%)


(Kg)

A 427 21,35

B 200 10

C 450 22,5

D 550 27,5

E 280 14

F 60 3

G 30 1,5

H 3 0,15

TOTAL 2000 100%


Fonte: CAMAL
16

A ração bovina com 18% de proteína é composta pela seguinte formulação:


Quadro 3: Formulação da ração bovina com 18% de proteína

COMPONENTE QUANTIDADE QUANTIDADE


(Kg) (%)

A 447 22,3

B 200 10

C 410 20

D 350 17,5

E 500 25

F 60 3

G 30 1,5

H 3 0,15

TOTAL 2000 100%


Fonte: CAMAL

5.1.4 ORGANOGRAMA DA EMPRESA

Figura 3: Organograma da organização

Fonte: CAMAL
17

5.1.5 MERCADO DE ATUAÇÃO

O mercado de atuação engloba os municípios da macro região de Bagé, onde


os seus produtos estão disponíveis para compra na própria empresa e destinam-se
aos associados produtores de leite. A empresa atua também em parceria com outras
cooperativas na região noroeste e centro oeste do estado do Rio Grande do Sul.

5.1.6 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS EXISTENTES NA EMPRESA

5.1.6.1 Recebimento

A rotina de recebimento de matéria-prima dos produtos analisados baseiam-se


na conferência da nota fiscal e dos produtos descritos na mesma. Logo é efetuada a
descarga e é então acondicionado em local adequado no estoque da Cooperativa.

5.1.6.2 Produção

Consiste em separar as matérias-primas em suas devidas quantidades


necessárias para a fabricação do tipo de ração solicitada. Logo é iniciado o processo
de moagem de certos componentes e posteriormente misturados com o restante dos
componentes. Após a produção, a ração produzida e embalada em sacos de 25kg,
sendo transportados por esteira até o local de armazenamento, ficando estocados em
pilhas separadas por pallets.

5.1.6.3 Expedição

De acordo com a demanda, é gerado pela unidade localizada em Aceguá-RS


um pedido de transferência, tendo como previsão de entrega a disponibilidade da
fábrica, tendo como objetivo este pedido suprir o estoque na unidade para posterior
fornecimento para os produtores da região. É comercializado na própria unidade, em
pequenas quantidades, para produtores de pequeno e médio porte, sendo emitida a
ordem de carregamento e a nota fiscal na efetivação da compra.
18

5.1.7 FLUXO DOS PROCESSOS EXISTENTES NA EMPRESA

Figura 4: Fluxo Operacional

Fonte: CAMAL
19

5.1.8 PLANTA BAIXA E LAYOUT DA FÁBRICA

Figura 5: Planta baixa e layout da fábrica

Fonte: CAMAL
20

5.1.9 FORNECEDORES

Componentes A e D: os agricultores associados à cooperativa são os


fornecedores deste componente, que é recebido entre os meses de abril à junho,
meses referentes à safra.
Componente B: fornecido pela empresa Antoniazii, especializada na
comercialização de grãos.
Componente C: subproduto oriundo do beneficiamento do arroz da própria
empresa. Este arroz é fornecido pelo agricultor associado, que é recebido entre os
meses de março à maio.
Componente E: fornecido pela empresa Três Tentos.
Componente F: fornecido pelas empresas DSM e Dispra que são
especializadas em suplementação vegetal para bovinos.
Componente G: fornecido pela empresa Calcário Andreazza, que trabalha
com soluções em britas e pedras.
Componente H: fornecido pela empresa Dispra, que é especializada em
suplementação vegetal para bovinos.

5.1.10 METODOLOGIA DE FORNECIMENTO

COMPONENTES A e D: é recebido à granel em cargas de aproximadamente


15 toneladas, carregadas e enlonadas pelos associados em seus próprios caminhões,
descarregados na empresa. Ao chegar na empresa, o componente é armazenado e
passa pelo pré-beneficiamento, onde ele é limpo e seco para então ser transferido
para a fábrica através de um caminhão caçamba em quantidades de
aproximadamente 12 toneladas.
COMPONENTE B: chega por meio de caminhões enlonados e é recebido em
lotes de 1000 unidade em sacos de 30Kg.
COMPONENTE C: é recebido à granel em cargas de aproximadamente 15
toneladas, carregadas e enlonadas pelos associados em seus próprios caminhões,
descarregados na empresa. Ao chegar na empresa, o componente é armazenado e
passa pelo beneficiamento, para então ser transferido para a fábrica.
COMPONENTE E: chega por meio de caminhões caçamba enlonados e é
recebido em lotes de aproximadamente 30 toneladas.
21

COMPONENTE F: chega por meio de caminhões enlonados e é recebido em


lotes de 300 unidades em sacos de 25 Kg. Estes sacos são paletizados e
normalizados, envolvidos em papel filme.
COMPONENTE G: chega por meio de caminhões enlonados e é recebido em
lotes de 1600 unidades em sacos de 10 Kg. Estes sacos são paletizados e
normalizados, envolvidos em papel filme.
COMPONENTE H: chega por meio de transportadora em sacos plásticos de
10 Kg, em lotes de 100 unidades.

5.1.11 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO, QUALIFICAÇÃO,


DESENVOLVIMENTO, MONITORAMENTO E REAVALIAÇÃO DOS
FORNECEDORES

O procedimento para desenvolvimento e qualificação de fornecedores para as


matérias-primas que compõem os produtos da CAMAL devem seguir a seguinte
sistemática:

5.1.11.1 Desenvolvimento de fornecedores de matérias-primas, insumos e


serviços

O desenvolvimento de fornecedores de matérias primas, insumos e serviços


devem seguir os seguintes critérios:

Avaliação comercial: Deve ser feita pelo setor de compras de matérias primas
e insumos, devendo ser a primeira a ser realizado, verificando-se se o fornecedor tem
preço competitivo, produto dentro das especificações da CAMAL, capacidade de
fornecimento e entrega nos prazos estabelecidos.

Suporte técnico: O fornecedor deverá ser capaz de fornecer suporte técnico


de alto nível, relacionado à aplicação e eficiência do produto em questão.
22

5.1.11.2 Monitoração

A monitorização dos procedimentos deve ser realizada mensalmente, sendo de


responsabilidade do Responsável Técnico da Unidade de Fabricação de Rações
CAMAL.

5.1.12 POLÍTICA DE COMPRA

COMPONENTE A e D: é comprado diretamente do associado quando o


mesmo se dispõe a vender no período entre safra, liquidando o estoque do mesmo
junto a cooperativa.

COMPONENTE B e E: é comprado via corretoras, que disponibilizam o


produto de diversos fornecedores, sendo assim chamados de “atravessadores”.

COMPONENTE C: é um subproduto oriundo do beneficiamento do arroz em


casca, processo ao qual a Cooperativa efetua na sua unidade de beneficiamento de
arroz, que fica em anexo a fábrica de ração.

COMPONENTE F e H: matérias-primas adquiridas de fornecedores


especializados em alimentação animal, visando o melhor custo-benefício.

COMPONENTE G: adquirido de somente uma empresa que disponibiliza este


componente, mediante a pedido de compra, via telefone.

5.1.13 POLÍTICA DE ESTOQUE

A política de estoque da CAMAL baseia-se nas seguintes orientações:

- Toda a matéria prima deve estar devidamente identificada;

- Os insumos devem ser armazenados em local seco e ao abrigo da luz sobre


estrados plásticos/madeira ou prateleiras;

- Os produtos devem ficar longe das paredes e empilhados de tal forma que
seja seguro para os colaboradores manusear.
23

- Todos os produtos devem ser mantidos na embalagem original quando


estocados.

- É necessário o controle de estoque e gerenciamento via sistema


informatizado.

- Mensalmente deve ser realizada uma vistoria nos produtos estocados


observando-se se o local está limpo, sem a presença de objetos estranhos, material
deteriorado, ou caído.

- Toda a matéria-prima que apresentar problemas deverá ser colocada


em uma área de produto não conforme e registrada na Planilha de Produtos Não
Conformes.

- Na fabricação dos produtos não deverá ser usada matérias-primas com


prazo de validade vencido.

5.1.14 POLÍTICA DE COMERCIALIZAÇÃO

O associado que deseja receber o insumo deve passar por um processo de


avaliação, ao qual é avaliado qual a quantidade de leite in natura fornecido a
Cooperativa, logo é liberado o insumo, tanto a granel como ensacado, de acordo com
a necessidade, não podendo ultrapassar o valor financeiro da folha mensal do leite in
natura fornecido. É feito também um levantamento de quilometragem e disponibilidade
de frota terceirizada se é possível entregar o produto na própria propriedade do
associado, para evitar que o mesmo se desloque a empresa para a compra.

5.1.15 FERRAMENTAS DE CONTROLE DE ESTOQUE

A empresa dispõe de um software ERP para controle de estoque e


planejamento dos recursos empresariais, em fase de implantação, estando o mesmo
ainda em condições semi operacionais. Sendo utilizado como controle atual de
estoque em planilhas e manuscritos.
24

5.2 FASE UM - ARMAZÉM E TRANSPORTE

Segundo Ballou (2007), a armazenagem e manuseio de mercadorias são


componentes fundamentais do conjunto de atividades logísticas de uma empresa.
Seus custos estão ligados ao espaço físico e localidade da empresa.

Esta fase refere-se aos processos de armazenamento e transporte realizados


pelos fornecedores até a chegada da matéria-prima e dos componentes ao portão da
empresa. Tais processos dividem-se em identificação, armazenamento, proteção e
preservação, embalagem e movimentação (manuseio e transporte). Esta fase tem
foco no setor operacional.

5.2.1 IDENTIFICAÇÃO

Os produtos são identificados através da referência, do código no sistema de


gestão e no código de barras presente nos componentes F, G e H.

5.2.2 ARMAZENAMENTO

COMPONENTES A e D: Armazenados em silos na própria Cooperativa.

COMPONENTE B: Armazenado em caminhões trucados enlonados, com


capacidade para 30 toneladas, ensacados em sacos de 30kg.

COMPONENTE C: Armazenado em pallets, em pilhas de 40 sacos de 30 kg.

COMPONENTE E: Armazenado em caminhões caçamba enlonados, com


capacidade de 27 a 32 toneladas.

COMPONENTE F: Armazenado em caminhões enlonados com capacidade


para até 15 toneladas. A carga vem em pallets, envolvidos por um filme.

COMPONENTE G: Armazenados em caminhões com capacidade para 15


toneladas. A carga vem em pallets.

COMPONENTE H: Armazenado em caminhões que fazem serviços de


entrega. A carga vem em pallets.
25

5.2.3 PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO

COMPONENTES A e D: os silos apresentam vedação, não deixando os


componentes entrarem em contato com umidade e fatores externos que possam
danificar a matéria-prima.

COMPONENTE B e C: encontra-se embalado em sacos de ráfia, que tem boa


estabilidade térmica, tendo também elevada resistência ao impacto, preservando o
componente.

COMPONENTE E: é transportado até a Cooperativa por uma caminhão


caçamba, estando este caminhão lonado, até a descarga.

COMPONENTE F e : encontra-se embalado em sacos de papelão, em pilhas


sobre pallets envolvidos por um filme impermeável.

COMPONENTE G: encontra-se embalado em sacos de papelão, em pilhas


sobre pallets.

COMPONENTE H: encontra-se embalado em sacos plásticos, em pilhas


sobre pallets, envolvidos por um filme impermeável.

5.2.4 EMBALAGEM

COMPONENTE A, D e E: é disponibilizado a granel.

COMPONENTE B e C: disponibilizado em sacos de ráfia de 30kg.

COMPONENTE F: disponibilizado em sacos de 25kg

COMPONENTE G e H: disponibilizado em sacos de 10kg.

5.2.5 MANUSEIO E TRANSPORTE

COMPONENTES A e D: É transportado pelo caminhão caçamba da


Cooperativa, do silo armazenador até a moega da fábrica, onde é basculada os
componentes.
26

COMPONENTE B: É transportado através de caminhões geralmente


contratados pelo fornecedor, sendo descarregados manualmente, pelos funcionários
da empresa.

COMPONENTE C: É transportado em pallets pela empilhadeira da unidade


de beneficiamento de arroz até a fábrica.

COMPONENTE E: É transportado através de caminhões da transportadora


geralmente contratada pelo fornecedor, de preferência caminhões caçamba, sendo
assim o componente basculado na moega da fábrica.

COMPONENTES F, G e H: É transportado através de caminhões da


transportadora geralmente contratados pelo fornecedores, sendo descarregados pela
empilhadeira, pois a carga é paletizada.

5.2.6 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE UM

O Quadro 4 mostra a situação da empresa referente aos requisitos da fase


um.
Quadro 4: requisitos da fase 1.
PROCESSO ATENDE ATENDE NÃO ATENDE
PARCIALMENTE
IDENTIFICAÇÃO X
ARMAZENAGEM X
PRESERVAÇÃO E X
PROTEÇÃO
EMBALAGEM X
MANUSEIO E X
TRANSPORTE
Fonte: Autores, 2019

5.3 FASE DOIS - DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

A distribuição física envolve as fases de recebimento, processamento e


expedição, na empresa. Refere-se ao que acontece após os materiais entrarem e
serem incluídos nos processos internos da empresa. Para Novaes (2007), o objetivo
geral da distribuição física é levar os produtos certos para os lugares certos, no
momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo possível, nesta
fase será demonstrado como a empresa em questão recebe os insumos, processa-os
27

e os distribuem como produto acabado. Essa fase tem como foco o setor tático
gerencial.

Conforme Ballou (2007), a distribuição física costuma ser a atividade mais


importante em termos de custos para a maioria das empresas, pois absorve cerca de
dois terços dos custos logísticos.

5.3.1 IDENTIFICAÇÃO

COMPONENTES A, D, E: São identificados pela aparência e disponibilidade


na devida moega, tendo no cabeçalho da moega o nome do respectivo componente
correto.

COMPONENTE B, F, G e H: Identificados com os respectivos nomes presente


no corpo da embalagem.

COMPONENTE C: Identificado pela cor da sacaria. É embalado em sacos de


ráfia de cor amarelada.

5.3.2 ARMAZENAGEM

Os locais de armazenamento das matérias-primas e insumos devem ser


conforme determinado No Quadro 5 abaixo:
Quadro 5: Locais de armazenamento

Matéria-prima/insumo Local de armazenamento

Componentes A, D, E Moegas receptoras

Componentes B, C, F, G e H Almoxarifado da sala de produção

Fonte: Autores, 2019


28

5.3.3 PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO

COMPONENTES A, D e E: São preservados nas moegas da fábrica, local


onde o portão se encontra sempre fechado, sendo assim não tendo contato com o
exterior.

COMPONENTES B, C, F, G e H: São preservados em pilhas sobre pallets,


envolvidas por uma lona preta.

5.3.4 EMBALAGEM

COMPONENTES A, D e E: Não constam em embalagens, somente


distribuídos nas devidas moegas.

COMPONENTES B, C, F, G e H: Os componentes estão embalados nesta


fase nas mesmas embalagens fornecidas pelos fornecedores.

5.3.5 MANUSEIO E TRANSPORTE

COMPONENTES A, D e E: São transportados por elevadores mecânicos, que


transportam os componentes das devidas moegas até a linha de produção, onde são
pesados por uma balança mecânica, logo sendo misturados com os outros
componentes.

COMPONENTES B, C, F, G e H: São manuseados manualmente pelos


funcionários designados para esta função. São transportados do almoxarifado até a
balança mecânica da sala de produção em carrinhos puxados por funcionários, onde
são separadas as devidas quantidades. Logo são postos no carrinho e são
transportados até o misturador.

5.3.6 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE DOIS

O Quadro 6 mostra a situação da empresa referente aos requisitos da fase


dois.
29

Quadro 6: requisitos da fase 2.


PROCESSO ATENDE ATENDE NÃO ATENDE
PARCIALMENTE
IDENTIFICAÇÃO X
ARMAZENAGEM X
PRESERVAÇÃO E X
PROTEÇÃO
EMBALAGEM X
MANUSEIO E X
TRANSPORTE
Fonte: Autores, 2019

5.4 FASE TRÊS - LOGÍSTICA INTEGRADA

De acordo com Bowersox et al. (2014, p. 5), “a logística integrada serve para
vincular e sincronizar a cadeia de suprimentos como um processo contínuo e é
essencial para a conectividade efetiva da cadeia”.

A fase três refere-se à interação entre o fornecedor, a empresa e o cliente,


dada pela forma como seus fluxos de informações e materiais relacionam-se a fim de
dinamizar os seus processos, portanto tem como foco o setor tático estratégico.

5.4.1 FLUXO DE INFORMAÇÕES

A comunicação entre a Cooperativa e os fornecedores ocorre via e-mail,


mensagens em aplicativos e celulares e telefone. A utilização de tais meios serve para
tratar de assuntos referentes às especificações das matérias-primas, prazos de
entrega, valores e prazos de pagamento.

A comunicação entre a Cooperativa e seus clientes inicia via contatos


telefônicos e visitas aos associados, ofertando as rações. A ração também é vendida
diretamente nas unidades, quando o cliente/associado se desloca até a Cooperativa
para adquirir a ração desejada.

Já o relacionamento que parte do cliente/associado para a Cooperativa


acontece via mensagem em aplicativos celulares, telefone e por visitas às unidades
da Cooperativa.
30

5.4.2 FLUXO DE MATERIAIS

Com a finalidade de satisfazer os clientes/associados, é importante a


implementação de melhorias no fluxo de materiais, visando melhor desempenho em
um menor tempo de lead time. Essas melhorias só serão possíveis se o fluxo for
otimizado através de uma logística eficiente, que promova redução nas atividades de
espera, inspeção e transporte, além de um aumento na produtividade e na própria
agregação de valor.

As rações são produzidas e armazenadas na unidade de Bagé-RS, onde


também é comercializada, mas tendo como foco a bacia leiteira localizada em Aceguá-
RS, onde estão localizados a maioria dos clientes/associados. Sendo assim,
mensalmente, é feita uma entrega de ração por um transportador contratado pela
Cooperativa para o cliente/associado, de acordo com sua necessidade mensal.
Também é transferida uma quantidade mensalmente de ração para a unidade de
Aceguá-RS, para uma melhor disponibilidade para os clientes/associados daquela
região.

5.4.3 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE TRÊS

O Quadro 7 mostra a situação da empresa referente aos requisitos da fase


três.
Quadro 7:requisitos da fase 3.

ATENDE NÃO
PROCESSO ATENDE
PARCIALMENTE ATENDE

FLUXO DE
X
INFORMAÇÕES

FLUXO DE MATERIAIS X
Fonte: Autores, 2019

O nível de serviço da entrega mede o cumprimento dos prazos de entrega e


é um dos principais indicadores de desempenho da logística. Ele leva em
31

consideração o tempo que a carga demorou para chegar ao cliente, a partir do


momento em que o caminhão foi liberado para transporte.

Por meio dele é possível identificar as principais falhas nas entregas em


determinadas regiões e buscar quais são as principais causas para os atrasos.

5.5 FASE QUATRO - SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM)

Supply Chain Management é a integração dos processos industriais e


comerciais, partindo do consumidor final e indo até os fornecedores iniciais, gerando
produtos, serviços e informações que agreguem valor para o cliente (NOVAES 2007).

Com visão na satisfação plena do cliente, procura-se ininterruptamente, a


melhoria contínua dos processos. Para tal objetivo, é necessário que exista uma
relação estreita e dinâmica entre os agentes inseridos na cadeia de suprimentos. Para
que os objetivos desta fase sejam atendidos, é necessário que a empresa desenvolva
cinco etapas que são: avaliação, qualificação, desenvolvimento, monitoramento e
reavaliação de seus fornecedores. Então, esta fase foca no mercado.

5.5.1 AVALIAÇÃO

A avaliação que a Cooperativa faz para a seleção de seus fornecedores tem


como foco principal é o preço da matéria-prima. Agilidade na entrega e qualidade
corroboram para a escolha. Não é costume efetuar uma avaliação periódica, apenas
quando é identificado problemas nas matérias-primas recebidas, caso isso ocorra, é
feito o contato para conhecer o motivo do problema, solicitando maior atenção no
próximo fornecimento de matéria-prima.

5.5.2 QUALIFICAÇÃO

Não foi encontrado dados referentes à qualificação dos fornecedores na


Cooperativa analisada.
32

5.5.3 DESENVOLVIMENTO

Não foi encontrado dados referentes ao desenvolvimento dos fornecedores


na Cooperativa analisada.

5.5.4 MONITORAMENTO

Não foi encontrado dados referentes ao monitoramento dos fornecedores da


Cooperativa analisada.

5.5.5 REAVALIAÇÃO

O fornecedor somente é reavaliado se houver problemas repetitivos no


recebimento da matéria-prima.

5.5.6 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE QUATRO

O Quadro 8 mostra a situação da empresa referente aos requisitos da fase


quatro.
Quadro 8: requisitos da fase 4.
PROCESSO ATENDE ATENDE NÃO ATENDE
PARCIALMENTE
AVALIAÇÃO X
QUALIFICAÇÃO X
DESENVOLVIMENTO X
MONITORAMENTO X
REAVALIAÇÃO X
Fonte: Autores, 2019

5.6 FASE CINCO - QUALIDADE TOTAL EM LOGÍSTICA

Segundo Campos (1992), qualidade total é definida como um sistema de


gerenciamento empresarial voltado para a satisfação dos clientes, empregados,
acionistas e vizinhos através de métodos e técnicas que devem ser entendidas por
todos os funcionários visando a máxima produtividade e a redução de custos.
33

5.6.1 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E INSTRUÇÕES DE TRABALHO

A Cooperativa dispõe de um Manual de Boas Práticas de Fabricação, onde


constam os Procedimentos Operacionais Padrões (POPs), indicando ações
necessárias para uma boa prática de fabricação. A referência normativa da fábrica é
a Instrução Normativa da MAPA n° 4, de 23 de fevereiro de 2007 - Regulamento
técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para
estabelecimentos fabricantes de produtos destinados à alimentação animal.

5.6.2 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

A Cooperativa possui laudos protéicos e energéticos dos insumos utilizados


que não possuem especificação técnica. Estes laudos são feitos periodicamente,
sendo enviado uma amostra do insumo a uma empresa especializada em laudos.
protéicos e energéticos de insumos. Os outros insumos adquiridos por empresas
especializadas em alimentação animal possuem especificação técnica e instruções de
uso.

5.6.3 INDICADORES LOGÍSTICOS

A Cooperativa analisada não possui indicadores logísticos.

5.6.4 VISÃO LOGÍSTICA DA FASE CINCO

O Quadro 9 mostra a situação da empresa referente aos requisitos da fase


cinco.
Quadro 9: requisitos da fase 5.
PROCESSO ATENDE ATENDE NÃO
PARCIALMENTE ATENDE
PROCEDIMENTOS X
OPERACIONAIS E
INSTRUÇÕES DE TRABALHO
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS X
INDICADORES LOGÍSTICOS X
Fonte: Autores, 2019
34

5.7 FASE SEIS - ENFOQUE NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM


LOGÍSTICA

Nesta fase o método 5W1H será aplicado nas fases abordadas anteriormente
a fim de propor melhorias para os quesitos que a Cooperativa não atende ou atende
parcialmente. A ferramenta 5W1H consiste nas seguintes perguntas: O que será feito?
Por que será feito? Quando será feito? Onde será feito? Por quem será feito? E como
será feito? Esta ferramenta irá auxiliar na elaboração ou melhoria do planejamento
estratégico com foco em logística. Esta última fase tem como foco a integração total
das cadeias de suprimento.

5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE ZERO

Como melhoria para esta fase, foi proposto um novo organograma específico
para a unidade de produção da cooperativa CAMAL em Bagé.
Figura 6: Organograma proposto

Fonte: Autores, 2019


35

5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE UM

Quadro 10: propostas de melhoria para fase 1.

O QUE? QUANDO? ONDE? POR QUE? QUEM? COMO?

Planejar a Segundo Ao lado do Evitar Fluxo Gerente Licitação


construção semestre almoxarifad cruzado e Operacional para
de um de 2019 o intempéries contratação
ambiente climáticas de
específico empreiteira
para s pelo
transbordo menor custo
de matéria- global
prima
Fonte: Autores, 2019.

5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE DOIS

Quadro 11: propostas de melhoria para fase 2.

O QUE? QUANDO? ONDE? POR QUE? QUEM? COMO?

Planejar a Segunda Na planta Para Gerente Licitação


reformulaçã semestre de de facilitar o Operacional para
o das 2019 produção fluxo de contratação
instalações da fábrica materiais e de
internas de ração evitar empreiteira
(Layout) cruzamento s pelo
s menor custo
global
Fonte: Autores, 2019.

5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE TRÊS

Quadro 12: propostas de melhoria para fase 3.

O QUE? QUANDO? ONDE? POR QUE? QUEM? COMO?

Desenvolver Segundo Na fábrica Para Gerente Solicitando


formulários semestre de rações facilitar o Operacional ao
padrões de 2019 acesso à departamen
para informaçõe to
solicitação s dos operacional
de matéria- fornecedore a criação de
prima e s formulários,
outro para atendendo
solicitação as
de pedidos demandas d
36

a
Cooperativa

Fonte: Autores, 2019.

Será solicitado ao gerente operacional e sua equipe do departamento


operacional, o desenvolvimento de formulários padrões, um para a solicitação de
matéria-prima, junto aos fornecedores e outro documento para a solicitação de
pedidos de compras por parte dos clientes. O primeiro documento contará com
informações relativas ao fornecedor, como nome da empresa, endereço, data da
solicitação do pedido, data da entrega, quantidade da matéria-prima solicitada,
assinatura do responsável técnico da empresa fornecedora. Esse formulário possuirá
um número de registro, para facilitar a rastreabilidade do documento. Uma cópia dessa
documentação estará disponível aos clientes para consulta, com o objetivo de facilitar
o acesso à informação relacionada aos fornecedores de matéria-prima.
37

Figura 7: Formulário de solicitação de matéria-prima

Fonte: Autores, 2019.


38

O segundo documento estará disponibilizado através de meio digital ou físico,


nesse documento o cliente informará seus dados pessoais, produto solicitado,
quantidade do produto solicitado, data de pedido e forma de pagamento. Este
documento também terá um número de registro e terá objetivo de estreitar a relação
entre empresa e cliente, além de criar um banco de dados.
Figura 8: Formulário de pedido de compra

Fonte: Autores, 2019


39

5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE QUATRO

Quadro 13: propostas de melhoria para fase 4.

O QUE? QUANDO? ONDE? POR QUE? QUEM? COMO?

Elaborar Primeiro Na própria Facilitar a Encarregad Através da


uma semestre de fábrica de escolha de o elaboração
metodologia 2020 ração novos Operacional de
de fornecedore documento
avaliação e s s de
desenvolvi capacitando- avaliação
mento de os de
fornecedore fornecedore
s s e visitas
técnicas
aos
mesmos
Fonte: Autores, 2019.

5.7.1 PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A FASE CINCO

Quadro 14: propostas de melhoria para fase 4.

O QUE? QUANDO? ONDE? POR QUE? QUEM? COMO?

Propor Primeiro Na própria Facilitar a Gerente Levantando


procedimen semestre de fábrica de percepção operacional dados e
tos, 2020 ração do processo junto dos fazendo
instruções, logístico da próprios estudos no
especificaç fábrica de colaborador processo
ões rações es que logístico do
técnicas e trabalham dia-a-dia da
indicadores no local fábrica de
com foco rações
logístico
Fonte: Autores, 2019

Na fase cinco foi proposto como proposta de melhoria, realizar o


desenvolvimento de alguns itens conforme segue listado abaixo, e seus modelos
podem ser conferidos no ANEXO deste trabalho:

● dois procedimentos operacionais referente a atividades logísticas;

● duas instruções de trabalhos referentes a tarefas logísticas;

● uma especificação técnica com foco logística;

● três indicadores de desempenho com foco logístico;


40

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A logística tem tido papel importante dentro das organizações mundo afora,
sendo que a mesma é identificada como um diferencial, pois as organizações
enfrentam um mercado altamente competitivo nos dias atuais.

No Brasil, a logística tem muito que evoluir ainda. Neste cenário, a importância
da logística afeta na economia do país, mas enfrenta diversos obstáculos. O presente
trabalho foi desenvolvido com o objetivo de aplicar e desenvolver, assim como
visualizar na prática, os conceitos de logística abordados na componente curricular de
Logística do curso de Engenharia de Produção na Universidade Federal do Pampa. A
empresa escolhida foi uma Cooperativa Agrícola, com sede na cidade de Bagé - RS.

Durante a realização desse estudo, ao analisar as fases aplicadas aos


processos logísticos da empresa escolhida, notou-se que apesar de sua boa estrutura,
a administração da mesma não possui enfoque na logística da cadeia de suprimentos.

Por ser uma microempresa, a responsabilidade da gestão é centralizada e


bem controlada através da utilização de softwares específicos e também do auxílio de
planilhas. A inclusão de atividades logísticas acarretaria em uma melhora significativa
em todos os processos.

Ao voltar o foco da empresa para a área logística, podem-se obter os mais


diversos resultados positivos, tais como: qualidade no recebimento de insumos e na
percepção da empresa pelo cliente, redução de custos, identificação e gerenciamento
eficaz dos processos produtivos e sucesso no cumprimento de seus objetivos.

Durante a elaboração das propostas de melhorias apresentadas nesse


trabalho, que poderão ou não ser aplicadas pela empresa, percebeu-se a
funcionalidade da aplicação da ferramenta 5W1H para a preparação do planejamento
estratégico no setor logístico.

Por fim, com a elaboração desse trabalho pode-se observar as deficiências


logísticas culturalmente impostas na região e atingir os objetivos propostos
inicialmente, sendo o principal deles entender como os conteúdos abordados na
disciplina de Logística da Cadeia de Suprimentos complementam-se com a prática.
41

7 REFERENCIAL TEÓRICO

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 5ª Ed. Porto


Alegre: Bookman, 2007.

BOWERSOX, Donald. CLOSS, David J. COOPER, M. Bixby. BOWERSOX,


John. Gestão logística da cadeia de suprimentos. 4ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: Controle da qualidade total. Rio de Janeiro:


Bloch, 1992.

EISENHARDT, K. M. Building Theories from Case Study Research. The


Academy of Management Review, v. 14, n. 4, p. 532-550, 1989.

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas,


2007.

LLEWELLYN, S.; NORTHCOTT, D. The “singular view” in management


case studies qualitative research in organizations and management. An
International Journal, v. 2, n. 3, p. 194-207, 2007.

NOVAES, Antônio G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição.


3ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

PATTON, M. G. Qualitative Research and Evaluation Methods, 3 ed.


Thousand Oaks, CA: Sage, 2002.
42

ANEXOS

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO REFERENTES À


ATIVIDADE LOGÍSTICA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP DO- 01 REV 00

Procedimento operacional para descarregamento de matéria-prima

1. Objetivo: Este documento tem por objetivo padronizar o processo logístico de


recebimento de matéria-prima, através do fornecedores.Será desenvolvido pelo
departamento operacional da empresa.

2. Aplicação: Este procedimento aplica-se às unidades produtivas da empresa


Cooperativa Agrícola Mista Aceguá Ltda.

3. Descrição:
3.1) A empresa fornecedora de matéria-prima deverá entrar em contato informando
a data prevista para a entrega da mercadoria para empresa;
3.2) O motorista do veículo ao chegar na portaria principal da empresa, deverá
realizar um contato com o vigilante, informando qual o material transportado. O
veículo deverá ficar estacionado no lado de fora da empresa, no aguardo da
verificação da carga por parte de um representante da empresa;
3.3) O vigilante da empresa deverá entrar em contato com o gerente operacional ou
algum membro de sua equipe, informando a chegada do veículo e o material da
carga recebido.
3.4) Um representante da empresa será direcionado para realizar a verificação da
carga no veículo;
Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


1
Fonte: Autores, 2019
43

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP DO- 01 REV 00

Procedimento operacional para descarregamento de matéria-prima

3.5) A verificação da carga será através da nota fiscal emitida pela empresa e do
formulário de solicitação de matéria-prima. Item esse desenvolvido como proposta
de melhoria na fase três;
3.6) Durante a verificação da carga, o representante da empresa verificará o tipo de
matéria-prima, quantidade transportada e forma de acondicionamento da carga no
interior do veículo;
3.7) Após a conferência da carga e liberação do caminhão para acessar as
dependências da empresa. O vigilante realizará o cadastro do veículo e do motorista
no sistema de banco de dados da empresa;
3.8) Logo após realizar o cadastro, o vigilante irá fornecer equipamentos de
proteção individual (EPI) ao motorista, os quais deverão ser devolvidos na saída do
veículo. Os EPI’s fornecidos pela empresa serão:
● Capacete de segurança na cor azul.
● Óculos de segurança.
● Protetor auricular descartável.
Não será permitido o acesso de motorista com calçados abertos ou vestimentas
curtas como bermudas ou shorts;
3.9) Ao acessar as dependências da empresa, o veículo deverá transitar com uma
velocidade máxima de 20 km/h.
Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


2
Fonte: Autores, 2019
44

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP DO- 01 REV 00

Procedimento operacional para descarregamento de matéria-prima

3.10) O representante da empresa informará o local para descarregamento:


● Se a matéria-prima estiver a granel, o veículo será direcionado para as
moegas recebedoras, próximos aos silos de armazenamento, para efetuar o
descarregamento através do basculamento da caçamba do veículo.
● Se a matéria-prima estiver acondicionada em pallets, o veículo será
direcionado até o setor de almoxarifado, para que ocorra o descarregamento da
carga com o auxílio de uma empilhadeira.
● Se a matéria-prima estiver em caixas de papelão ou potes plásticos, o veículo
será direcionado ao setor de almoxarifado, para que a descarga ocorra
manualmente pelos auxiliares de produção direto para o armazenamento conforme
orientação do fabricante.
3.11) Durante a atividade de descarregamento o motorista deverá permanecer no
interior do veículo durante todo o tempo.
3.12) Após realizar o descarregamento da carga, o veículo irá dirigir-se até a portaria
principal para a devolução dos EPI’s e acessar a cancela de saída.
3.13) Esse documento deverá ser revisado periodicamente.

Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


3
Fonte: Autores, 2019
45

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP DO- 01 REV 00

Procedimento operacional para descarregamento de matéria-prima

4. Responsabilidade: Departamento operacional.

5. Anexos: Não se aplica.

6. Histórico:

Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


4
Fonte: Autores, 2019
46

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP DO- 02 REV 00

Procedimento para análise do percentual de umidade da matéria-prima

1. Objetivo: Este documento tem por objetivo padronizar o processo logístico de


análise do percentual de umidade da matéria-prima, através de análise laboratorial.

2. Aplicação: Este procedimento aplica-se às unidades produtivas da empresa


Cooperativa Agrícola Mista Aceguá Ltda.

3. Descrição:
3.1) Para a classificação da matéria-prima recebida a granel, se faz necessário
realizar o procedimento operacional da análise do percentual de umidade do
produto.
3.2) O auxiliar laboratorial retira duas amostras de aproximadamente cinquenta
gramas das matérias-primas descarregadas nos silos de armazenamento,
acondicionando as em sacos plásticos padrões transparentes com capacidade de
cem gramas cada um. As amostras são retiradas dos seguintes produtos:
● Componente A;
● Componente D;
● Componente E;
3.3) Após retirar essas amostras, o auxiliar laboratorial encaminha as para o
laboratório, onde serão classificadas e analisadas pelo responsável técnico
laboratorial.
3.4) No laboratório o técnico laboratorial, classifica as como amostras um e amostra
dois. Logo após as amostras são pesadas por uma balança digital de precisão com
o peso padrão de cinquenta gramas.
Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


1
Fonte: Autores, 2019
47

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP DO- 02 REV 00

Procedimento para análise do percentual de umidade da matéria-prima

3.5) Com as amostras classificadas, o técnico laboratorial parte para a


análise do percentual de umidade de cada componente, colocando a amostra de
número um no equipamento denominado Medidor de umidade de grãos. Este
equipamento utiliza a técnica de medição indireta não destrutiva. No seu interior
existe uma câmara de deslocamento, local por onde ocorre a passagem dos grãos
e através do capacímetro é feito a leitura. O capacímetro é um instrumento
eletrônico utilizado para medir a capacitância no interior da câmara de
deslocamento. O instrumento apresenta um leitor digital na sua interface.
3.6) O processo de análise de umidade é realizado individualmente para
cada componente de matéria-prima. Após cada análise, o técnico laboratorial
armazena esses valores em uma tabela.
3.7) Logo após essa etapa, o técnico laboratorial realiza o procedimento de
análise com as amostras de número dois. Esses valores são adicionados em uma
tabela novamente, onde ocorrerá a comparação dos valores encontrados nas duas
amostras. digital na sua interface.
3.8) As informações relativas ao percentual de umidade média da matéria-
prima são encaminhadas para o setor de qualidade, para posterior análise.

Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data Data da Data da revisão:


elaboração: verificação:

Fonte: Autores, 2019


48

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP DO- 02 REV 00

Procedimento para análise do percentual de umidade da matéria-prima

3.9) Após o término do procedimento de análise, as amostras são armazenadas em


prateleiras no interior do laboratório pelo auxiliar laboratorial por um período
sessenta dias até serem descartadas.
3.10) Esse documento deverá ser revisado periodicamente.

4. Responsabilidade: Departamento operacional.

5. Anexos : Não se aplica.

6. Histórico:

Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


3
Fonte: Autores, 2019
49

INTRUÇÃO DE TRABALHO REFERENTE À TAREFA LOGÍSTICA

INSTRUÇÃO DE TRABALHO

IT DO 01-REV 00

Instrução de trabalho para operação na moega descarregamento

1) Objetivo : Desenvolver instrução de trabalho para as atividades de


descarregamento de matéria-prima a granel na moega descarregadora.
2) Função responsável: Operadores do setor de descarregamento e secagem.
3) Instrução de trabalho:
Todos os funcionários presentes no setor, deverão utilizar obrigatoriamente os
seguintes equipamentos de proteção individual (EPI’s)l:
● Óculos de segurança;
● luva de raspa;
● capacete de segurança;
No início e término de cada jornada de trabalho, os operadores deverão realizar a
limpeza ao redor da moega descarregadora, removendo a matéria-prima
remanescente dos descarregamento anteriores.
A rosca transportadora somente poderá ser colocada em operação após a partida
do elevador transportador de canecas que alimenta o silo de armazenagem.
Ao ligar a rosca transportadora na parte inferior da moega descarregadora, o
operador deverá certificar-se que a mesma encontra vazia e liberada para operação
por parte da manutenção.
O interior da moega descarregadora só poderá ser acessada desligada e com
obrigatoriedade de bloqueio elétrico no motor de acionamento.
Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


1
Fonte: Autores, 2019
50

INSTRUÇÃO DE TRABALHO

IT DO 01-REV 00

Instrução de trabalho para operação na moega descarregamento

Quando ocorrer o transbordo da rosca transportadora por excesso de matéria-


prima, será necessário desligar e bloquear eletricamente o equipamento, para a
remoção manual do material no ponto de transbordo. Logo após a limpeza interna
do equipamento,deverá ser retirado o bloqueio elétrico e colocado em operação
novamente.
O operador responsável deverá realizar o registro da cargas recebidas em uma
planilha para o controle de matéria-prima em estoque.
Durante a operação do equipamento, será permitido somente o descarregamento
de um veículo de cada vez.
4) Informações: A norma regulamentadora NR-12, exige a obrigatoriedade de um
operador em período integral durante a operação dos equipamentos.

Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


2
Fonte: Autores, 2019
51

INSTRUÇÃO DE TRABALHO

IT DO 01-REV 00

Instrução de trabalho para operação de secagem de matéria-prima

1) Objetivo: Desenvolver instrução de trabalho para a tarefa de secagem de


matéria-prima
2) Função responsável: Operadores do setor de descarregamento e secagem.
3) Instrução de trabalho:
Todos os funcionários presentes no setor, deverão utilizar obrigatoriamente os
seguintes equipamentos de proteção individual (EPI’s)l:
● Óculos de segurança;
● luva de raspa;
● capacete de segurança;
O processo consiste em transportar a matéria-prima da moega de
descarregamento para a rosca transportadora, a qual alimentará um elevador
transportador de canecas que transportará o produto até o silo de armazenamento.
No início de cada jornada de trabalho,o operador deverá realizar a inspeção
operacional dos equipamentos presentes no processo. São eles:
● Moega de descarregamento;
● Rosca transportadora;
● Elevador transportador de canecas;
● silos de armazenamento;
Ao identificar alguma anormalidade no funcionamento dos equipamentos, o
operador deverá relatar imediatamente ao supervisor operacional, que irá realizar o
registro do problema e efetuar contato com o setor de manutenção.
Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data elaboração: Data da verificação: Data da revisão:


1
Fonte: Autores, 2019
52

INSTRUÇÃO DE TRABALHO

IT DO 01-REV 00

Instrução de trabalho para operação de secagem de matéria-prima

o final de cada jornada, operador deverá verificar o nível do silo de


armazenamento através da porta de inspeção localizada na parte superior do
equipamento e informar ao supervisor operacional. No interior do silo de
armazenamento existe uma escala numérica, que registra o quantidade de matéria-
prima armazenada em seu interior.
4) Informações: A norma regulamentadora NR-12, exige a obrigatoriedade
de um operador em período integral durante a operação dos equipamentos.

Elaborado por: Verificado por: Revisado por:

Data Data da Data da revisão:


elaboração: verificação:

Fonte: Autores, 2019


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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA COM FOCO LOGÍSTICO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA FORNECIMENTO DO COMPONENTE “G”

1) Objetivo: Identificar fornecedores habilitados e certificados pelos órgãos


responsáveis para o fornecimento do componente “ G ”.
2) Produto: Elemento presente na fabricação de ração destinada a suplementação
de animais. Denominado componente “G”.
3) Fornecimento: O produto deverá ser fornecido em sacos plásticos de 10 kg
com lote mínimo de 1600 kg e acondicionados em pallets.
A empresa fornecedora deverá apresentar documentação comprovando a
liberação para comercialização do produto pelos órgãos competentes e agências
reguladoras.
4) Especificação: A empresa fornecedora deverá apresentar documentação
comprovando as características técnicas do componente ”G”.
A empresa fornecedora deverá ter um responsável técnico qualificado e certificado
pelo órgão competente.
5) Transporte: O transporte do produto estará a cargo do fornecedor e deverá ser
entregue diretamente na empresa.
6) Prazo: O prazo para fornecimento do componente “ G ”, será pelo período de
um ano mediante contrato de fornecimento firmado entre fornecedor e empresa,
obedecendo a todos o critérios abordados nos itens anteriores.

Fonte: Autores, 2019


54

INDICADORES DE DESEMPENHO COM FOCO LOGÍSTICO

INDICADORES DE DESEMPENHO

1. Nível de serviços de entregas

Esse indicador será desenvolvido para controlar o cumprimento dos prazos de


entrega dos produtos fabricados pela Cooperativa Agrícola Mista Aceguá Ltda a
seus clientes. Esse indicador logístico considera o tempo em que a carga demora
para chegar ao cliente, a partir do momento em que o caminhão foi liberado para o
transporte. Através dele é possível identificar as principais falhas nas entregas em
determinadas regiões e buscar identificar quais são as principais causas para os
atrasos. O controle será realizado através de planilhas desenvolvida pelo
departamento operacional ao final do carregamento.
2. Índices de ocorrências no processo
Nesse indicador de desempenho logístico, as ocorrências serão registradas toda
vez que ocorrer algum evento, que não tenha sido planejado.
Essas ocorrências são:
● Avarias na embalagem de ração ensacada;
● Devoluções por parte dos clientes devido a algum problema no produto;
● Problemas no carregamento a granel;
Esse indicador tem o objetivo de identificar os fatores que resultam em aumento de
custos para a empresa, como retrabalho e perda na produtividade. Esses fatores
além de comprometer a produtividade podem impactar na imagem da empresa
frente a seus clientes.

Fonte: Autores, 2019


55

INDICADORES DE DESEMPENHO

3. Tempo de ciclo do pedido


Esse indicador logístico tem por objetivo, monitorar o tempo de ciclo do produto,
ele considera o tempo em que o pedido leva para ser concluído, do momento em
que ele é inserido no sistema até o momento em que é recebido pelo cliente final.
É importante fazer esse cálculo, pois nem sempre os atrasos nas entregas são de
responsabilidade do transporte. Pode ser devido a um item da composição da ração
que não esteja disponível em estoque e a falta não foi apontada no sistema, pode
ser devido ao atraso na liberação da documentação do veículo, como também pode
ser pela demora no carregamento, entre outras várias razões. Dessa forma a
empresa conseguirá identificar os gargalos e criar ações para minimizar ou eliminar
os impactos negativos. O controle será realizada através da coleta de dados
adicionados a planilhas em algumas etapas do processo, a coleta das informações
será realizadas pelos operadores dos processos e repassadas ao departamento
operacional para análise.
Fonte: Autores, 2019

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