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Morro do Amaral
Patrimônio na Escola
Morro do Amaral:
Uma Ilha de Patrimônios em Joinville.
SESI/EJA
CIÊNCIAS HUMANAS
Apresentação
“Um olhar diferente sobre o patrimônio cultural e a sua identificação,
muitas vezes esquecido pelo cotidiano”. TOLENTINO, Átila
Como se constrói e reconstrói as narrativas de uma cidade, nos diferentes tempos e espaços,
entre pessoas e memórias, o que é patrimônio e para quem ele serve?
Tendo como foco a Ilha do Morro do Amaral, área que se configura atualmente como Reserva
de Desenvolvimento Sustentável, região pertencente ao bairro Paranaguamirim, no município de
Joinville. Este e-book busca analisar as narrativas de memórias, do saber fazer, das festas e
tradições (r)existentes, além dos aspectos ligados à economia, trabalho, moradores/nativos,
histórias e as configurações que remetem o espaço e o patrimônio material e imaterial que
salvaguarda as construções narrativas do local.
“As memórias constituem a nossa capacidade de perceber e reunir experiências,
saberes, sensações, emoções e sentimentos que, por um motivo ou outro,
escolhemos para guardar. Elas são essenciais a um grupo porque estão atreladas à
construção de sua identidade. São o resultado de um trabalho de organização e de
seleção do que é importante para o sentimento de continuidade e de experiência, isto
é, de identidade". Tolentino, Átila.
Índice
O que é Walking_____________________________________ 04
Walking Tour no Morro do Amaral_________________________05
História e aspectos gerais do Morro do Amaral _________________06
Sambaqui ________________________________ _________11
Igreja Comunidade Senhor Bom Jesus ______________________ 16
Saber Fazer ________________________________________22
Pesca ____________________________________________25
Festas e Brincadeiras __________________________________28
Conclusão _________________________________________34
Anexos - Fotos e relatos_________________________________
35
Bibliográfia_________________________________________
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O que é Walking Tour?
O termo Free Walking Tour surgiu em 2005 na Alemanha e é uma prática de turismo, que se
espalha por várias cidades do mundo.
Em resumo esses passeios são organizados por um guia local, seguindo um determinado roteiro
caminhando.
O Walking Tour (passeio a pé) foge do turismo convencional de massa, possui roteiros mais
informais, livres e de breve duração e podem ser "gratuitos", geralmente o grupo/individuo paga um
valor para o guia, pela sua disponibilidade e desempenho como guia local.
No Walking Tour realizado com nossos estudantes, fomos desvendando um local pouco conhecido
na cidade, com base nas pesquisas que havíamos realizado, vídeos e conversas, fomos "explorando o
local" com muito respeito, através de conversas com os moradores que nos recebiam e eram
encantadores na recepção.
04
Walking Tour no Morro do Amaral
Idealização do projeto e etapas.
O projeto: Patrimônio na escola.
A área de ciências humanas na EJA, possui o total de 10 encontros com 5 aulas, aos quais foram organizadas para
abordar temas da grade curricular relacionado a temática do projeto, como Formação da Sociedade Brasileira, Cultura e
Patrimônio Material e Imaterial, apresentação do Projeto Patrimônio na Escola aos educandos, explicação da proposta: o que
é Walking tour? E o local ao qual foi proposta a pesquisa/projeto.
Se faz necessário destacar que muitos dos nossos estudantes são migrantes, outros de Joinville e região, porém, por se
tratar de um local mais afastado da região central, muitos estudantes não conheciam o local.
Organização metodológica:
1º, 2º e 3º Encontro: Explicação da situação de aprendizagem; Relação entre História e Memória; Debate sobre a percepção do
patrimônio; Formação das equipes com temas de estudo.
4º Encontro: Aula de campo no Arquivo Histórico de Joinville - busca de material sobre o Morro do Amaral, aspectos
culturais, locais de preservação e história. Objetivo: familiarizar através das notícias o local do passeio relacionando as
pesquisas em textos e internet.
5º e 6º Encontro: Construção do roteiro; reunião de informações, vídeos, artigos e textos em geral sobre o Morro do Amaral -
início da construção do E-book.
7º Encontro - Walking Tour no Morro do Amaral
8º e 9º Construção e finalização do e-book.
10º Encontro: Apresentação 05
História e aspectos gerais do Morro do Amaral
A comunidade do Morro do Amaral está localizada fora dos limites do perímetro urbano de Joinville. Originalmente esta
região constitui uma ilha, e foi conectada ao continente na década de 1980, quando construída a ponte sobre o Rio do Riacho
(ou Rio Biguaçu).
Em 1989, foi criado o Parque Municipal da Ilha do Morro do Amaral, por Decreto Municipal no 6.182. Sua área corresponde a
2,7 km² e localiza-se às margens da Baía da Babitonga, na saída da Lagoa do Saguaçú,
Com a lei nº 7208 , de 12 de abril de 2012, a localidade deixa de ser Parque Municipal e passa a ser uma Reserva de
Desenvolvimento Sustentável da Ilha do Morro do Amaral, Unidade de Uso Sustentável. Tendo como principais objetivos:
I - Proteger a fauna e a flora silvestre;
II - Preservar e valorizar a cultura, história e tradições locais;
III - assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida à
população local, integrando os moradores no processo de desenvolvimento municipal, com incentivo ao acesso aos projetos
sociais e à infraestrutura básica;
IV - disciplinar o uso e ocupação do solo, restringindo novas ocupações;
V - fomentar o turismo ecológico e a educação ambiental na região;
VI - preservar e valorizar a cultura, história e tradições locais;
VII - preservar os sítios arqueológicos, denominados sambaquis, presentes na ilha e seu entorno;
VIII - garantir a exploração sustentável dos recursos naturais das populações tradicionais;
IX - valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido pelas populações
tradicionais.
06
O Morro do Amaral faz parte da Baia da Babitonga (importante estuário da região, com mais de 20 ilhas e com Mata
Atlântica preservada, além da fauna e flora).
A História de ocupação do Morro do Amaral é mais antiga do que a própria cidade de Joinville. A principal relação
dos moradores da Ilha era com a cidade de São Francisco do Sul, o local constituía-se também como litoral desta cidade.
Por ser uma Ilha isolada da chamada "Colônia", munícipio de Joinville, a ligação com a colônia era feita por mar,
desembocando nos afluentes da região central ou bairros próximos.
Os habitantes dessa região são “resultados de uma mistura de portugueses, espanhóis e índios”. Em nosso Walking
Tour, foi possível identificar na fala dos Nativos, a referência para alguns moradores como "bugres" (referência popular
para mistura de negros e índios)¹.
A partir de 1935, a região passou a ser chamada de Morro do Amaral, em virtude das terras pertencentes, em sua
grande maioria, à família Amaral, anterior a isso o local chamava-se "Riacho Saguaçu".
A Ilha do Morro do Amaral abriga sítios arqueológicos, Sambaquis e uma comunidade de pescadores artesanais que
guardam a história de seus ancestrais, além de possuir um grande potencial turístico. AVIZ, Adilson.
"O prefeito da época, Pedro Ivo – [...] Abriu a primeira estrada e empregou na
Prefeitura grande parte dos pescadores chefes de família. [...]. Quem não
empregou-se na Prefeitura optou por serviços em fábricas. A Tupy foi uma das
empresas que mais empregou os ex-pescadores do Morro do Amaral. A
maioria preferia usar a canoa para chegar ao trabalho, atravessando a baia.
Enfrentavam chuva, sol, frio, calor ". ASSUNÇÃO, 1997
¹Não iremos discorrer neste livro sobre a relação etnica que foi atribuída ao "bugre" ao longo da construção da história do Morro do Amaral e de Santa Catarina.
07
O Morro do
Amaral
09
Captura de imagem - Região do Morro do Amaral.
Google Earth - 23/05/2023
10
SAMBAQUI - Patrimônio Arqueológico
Sambaqui é uma palavra que o português se
apropriou, é original da língua Tupi para se referir
aos amontoados de conchas existentes em boa
parte do litoral brasileiro e nos cursos dos grandes
rios. Tamba Ki significa, literalmente conchas
amontoadas.
Os sambaquis são o resultado do
empreendimento de grupos humanos e foram
construídos há milhares de anos. Por entre as
várias camadas de conchas e sedimentos, existem
indícios da vida e da cultura desses povos.
No Morro do Amaral, existem 4 sambaquis,
tombados pelo COMPHAAN – Comissão do
Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e
Joinville tem hoje 42 sítios arqueológicos catalogados como sambaquis (foto: Arquivo AN)
Natural do Município de Joinville-SC,
11
lOCALIZAÇÃ0 DOS SAMBAQUIS
12
Estas imagens mostram a escavação de um dos
sambaquis do MORRO DO AMARAL em 02/06/2021,
podemos ver a extração de materiais como conchas e
o trabalho de escavação, investigação e mapeamento
de arqueólogos no local.
Imagens cedidas pelo Arqueólogo
ProfºJúlio César de Sá.
14
O sambaqui que consegui um pouco
de informação, está no terreno do Sr.
ÉLIO CARDOSO de 80 anos nativo do
local, "o mesmo informou que os povos
que habitaram naquele local eram
índios". Segundo ele, "como naquela
época tinha bastante caça e pesca na
região, eles iam armazenando ossos de
animais, peixes, crustáceos e tudo aquilo
que era de alimento e uso pessoal, por
esse, motivo hoje existem os sambaquis".
15
Igreja Católica do
Senhor Bom Jesus
Em 2009, iniciou-se o processo de
tombamento da Igreja Católica do Senhor Bom
Jesus e em 2018, o processo foi concluído. A
Igreja foi tombada pelo município de Joinville,
através da portaria publicada nº 57, de 03
Dezembro de 2018, e inscrita no livro tombo
sob o nº 99, e no livro de registro de bens e
imóveis sob o nº 33.
A Igreja nem sempre esteve no local atual, ela
foi transferida para próximo do mar, por volta
do ano de 1945. Com a igreja vieram os últimos
moradores; os padres vinham de São Francisco
do Sul, para celebrar os ofícios religiosos.¹
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¹Aviz, Adilson José de A959p O patrimônio cultural do Morro do Amaral no imaginário dos jovens : tensões possíveis / Adilson José de Aviz ; orientadora Dra Raquel ALS Venera – Joinville: UNIVILLE, 2013.
Ainda é possível, caminhando alguns quilômetros
mais ao sul da Ilha, por entre a mata, encontrar os
alicerces da antiga igreja católica e algumas ruínas
de casas.
Com a chegada de novos moradores, o núcleo da
região foi puxado para próximo da baía, forçando a
mudança das casas para o local onde hoje estão,
local conhecido como Riacho Saguaçú.
A última a mudar-se para o novo ponto foi a
Igreja católica, demolida e transportada para onde
hoje se encontra de frente para o mar.
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Memória e Patrimônio
A Igreja Senhor Bom Jesus, que abrigou por muitos anos as festas populares, pode ser
percebida como um importante espaço, que contribuiu para a construção, preservação e
afirmação da identidade cultural dos moradores do Morro do Amaral.
A importância que a igreja tem para a população ficou evidenciada quando, no processo de
mudança do centro da localidade, a Igreja foi desmontada e reconstruída em um novo local
para ficar mais próxima dos moradores: os tijolos eram levados em canoas, em muitas viagens,
levaram alguns dias para que a construção fosse erguida.
Nos dias atuais, o espaço da Igreja continua representando importante centro de
convivência e de sociabilidade para a comunidade, necessitando, no entanto, de maior
incentivo para a promoção de eventos que promovam a conscientização acerca das
necessidades de melhorias para a realidade social da comunidade.
A preservação e a divulgação das riquezas ambientais e culturais existentes na localidade,
contribuirão ainda mais para o desenvolvimento econômico e social da comunidade ali
localizada. 18
Festas dos Padroeiros
Acontecem duas festas em comemoração aos
padroeiros da região.
A Festa de Nossa Senhora de Navegantes acontece na
1ª semana de fevereiro e a Festa do Senhor Bom Jesus
na 1ª Semana de agosto.
Em fevereiro, em conjunto com a Comunidade
Nossa Senhora dos Navegantes, da Paróquia São
Francisco de Assis, do bairro Espinheiros, acontece a
procissão de barco até o Morro do Amaral. Em agosto,
na festa do Senhor Bom Jesus, o trajeto é feito ao
contrário: a imagem do padroeiro sai em embarcações,
do Morro do Amaral até a comunidade Nossa Senhora
dos Navegantes, no bairro Espinheiros.
Essa tradição dura há mais de 40 anos pelos
moradores da região, a travessia do Santos Padroeiros
pelas águas da Baía da Babitonga.
Imagem Ilustrativa 21
Saber Fazer
Pratos típicos
Ingredientes:
Origem do prato camarão no feijão 1Kg de feijão cozido;
1Kg de camarão inteiro incluindo a cabeça;
O prato camarão no feijão foi criada por
1 colher de sopa de óleo;
pescadores da praia de Atafona, em São João da
pimenta a gosto; Sal a gosto;
Barra, no Rio de Janeiro, não sabendo ao certo sua suco de dois limões;
origem. tempero verde a gosto: cebolinha verde,
Possivelmente foi trazida para o Morro do salsinha, alfavaca;
Amaral, por pescadores que vieram de outra 1 cebola branca de cabeça picada;
região. 1 tomate maduro em pedaços;
farinha de mandioca 22
https://mapadecultura.com.br/manchete/feijao-com-camarao
Dona Ângela - Memórias do Saber fazer
Patrimônio vivo do Morro do Amaral
Liderança e Presidente da Colônia de Pescadores
Neste "Passeio a pé", conversamos com a Dona Ângela, moradora
nativa da região, onde contou que seu pai, o senhor Reinaldo Pedro de
França, foi o primeiro professor de alfabetização do Morro do Amaral.
Ela contou que aprendeu a pescar com seu pai e que a pesca é
passada de geração em geração, de pai pra filho; seus irmãos são
pescadores e seus filhos também, mas não atuam na área, sendo que
uma das filhas ajuda na petisqueira que tem há muitos anos na região.
Dona Ângela, é a segunda presidente da Colônia de Pescadores Z32,
que conta com mais de 200 associados.
A pesca faz parte da sua vida, pois além do ofício, que foi fonte de
renda durante anos, atualmente possui uma Petisqueira que serve
diversos pratos com base em frutos do mar. Dona Ângela e Profª Marluce
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Durante o nosso percurso, encontramos o senhor João que contou um pouco da história do Morro
do Amaral, ele frisou que da ponte que dá acesso à Ilha até o final da rua onde eles moram, foi
construído tudo à mão, ou seja, o aterramento da área na época, foram os próprios moradores que
fizeram. A prefeitura não ajudava os moradores e até hoje eles sofrem com alguns descasos.
Eles dependiam muito dos barcos, pois quando tinha alguém doente ou alguma mulher grávida e
até mesmo no caso de morte, todo transporte era feita de barco.
"Até o caixão com o defunto era levado de barco pra cidade."
Estudantes:
Francivaldo A. dos Santos
Leonardo B. de Jesus,
Leonardo V. Wolff
Maiara C. M. Santos
24
Os tipos de pesca no Morro do Amaral
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Entrevista
Seu Djalma contou um pouco da sua história como
pescador no morro do Amaral; Falou que o pai dele
ensinou a pescar e ele ensinou os seus filhos. Falou
também sobre uma doença que "deu lá no rio" que
acabou matando vários peixes e camarões e assim
ocasionando na escassez no ano 2000, voltando
recentemente a ter novamente bastante camarão na
região.
Seu Djalma é morador há 72 anos no Morro do
Amaral, é casado, teve oito filhos e atualmente pesca
só pelo consumo próprio.
Estudantes: Elias dos Santos Favacho, Idário Silva de Gós e José Felipe Neves Silva 27
Festas e
Brincadeiras
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Festas
"Foi por intermédio de uma iniciativa de Pedro Rosalvo que o
Morro do Amaral criou a Festa do Pescador em 2005. “O objetivo da
festa é mostrar a qualidade dos pescados e da gastronomia da ilha,
onde a pesca continua sendo importante meio de sustento de
muitas famílias”. (AVIZ, pag. 40)
Atualmente a festa não ocorre mais, um dos grandes problemas
pontuado pelos moradores, é a falta de infraestrutura, para chegar
na região, o acesso é feito por rua de barro e a maré quando sobe,
passava por cima da ponte, impedindo os carros de saírem ou
chegarem ao Morro.
"Saudosas festas eram realizadas em casas particulares e
animadas a toque de cavaquinho, violão, rabeca e tambor, segundo
conta D. Vergília. Se traduziam em domingueiras e fandangos, nas
quais dançavam a chama-rita (ou chamarrita), a Dança de São
Gonçalo, entre outras. Essas festas começavam em média as 20h00 e
iam até de manhã, nelas eram servidos vinho e queimada." (AVIZ,
pag. 35). 29
"A iluminação local consistia em um lampiãozinho".
Conta o Sr. Francisco Soares que “ os mais novos não dançavam, ficando a
observar o cantador “. Como forma de preservar as tradições, festejaram
por muitos anos o Terno de Reis, cantado anualmente no dia 6 de janeiro.
E ainda, Boi-de-mamão, Cavalo-Marinho, Pau-de-Fita. Lamentando, diz
Francisco Soares “ Ficou só a lembrança".
31
Dentre as brincadeiras praticadas no
Morro, podemos citar: amarelinha,
bicicleta, futebol de rua, esconde-esconde,
pega-pega, pipa e uma brincadeira local
que eles chamam de "maré", que é
basicamente, quando a maré enche e as
crianças conseguem se banhar em uma
área mais bem localizada do Morro.
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O diferencial de ver as crianças do morro
comparando-as com as dos demais bairros, é que lá
como é um local mais afastado, as crianças não
perderam a essência de se divertir mais em contato
com as outras e realizarem brincadeiras que passam
de geração em geração.
Creio que o contato que essas crianças tem umas
com as outras, é algo essencial e necessário nos dias
de hoje, pois elas gastam mais energia e
posteriormente tem menos índices de desenvolver
problemas psicológicos, como: ansiedade e
síndromes que as demais crianças que se prendem
demais à tecnologia dentro de casa, desenvolvem
com mais frequência.
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Conclusão
Conhecer a região do Morro do Amaral é desmistificar a história oficial de Joinville para além de uma
migração europeia, é adentrar em outras narrativas de povoamento, território e pertencimento à cidade.
Nesta caminhada, chegamos conhecendo um pouco ou quase nada e voltamos mais certos de que não
há limite para o conhecer, compreendendo um pouco mais sobre as diversas formas que podemos aplicar
o conceito de patrimônio, preservação ou até mesmo a ideia de turismo.
Re(conhecer) a cidade, ocupar os espaços, ter acesso aos lugares dentro desta cidade, aos seus
patrimônios simbólicos, materiais ou imateriais, se constituir de histórias de vida, sobre histórias do
saber fazer, da resistência, da cultura, do pertencer...
Como educadora, penso que o conhecimento é a maior herança patrimonial que uma geração pode
deixar para outra. Costumes, tradições e memórias, cumprem um papel de salvaguarda de zeladoria para
a constituição de nossa história.
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Relato dos alunos sobre o Passeio ao Morro do Amaral:
integração, valorização e memória como patrimônio Imaterial
Um local muito interessante de muita cultura. Foi bom Gostei muito de ter ido ao Morro do Amaral, pois foi
conversar com alguns moradores locais, que foram um dia diferente. Conheci um pouco da cultura,
muito receptivos. Foi bom ter tido essa experiência, pois falei com pessoas que fazia tempo que não
era um local que não conhecia. conversava, foi um dia interessante! Aprendemos
Fiquei impressionado com a riqueza da cultura em um só coisas que nós nem imaginávamos, uma delas foi
lugar, desde os sambaquis, os pescadores locais e a igreja sobre o cemitério e da vassoura de cipó.
que tem uma história como patrimônio cultural e local. Leonardo Vera Wolff
Leonardo Bublitz de Jesus
Gostei muito, pois foi algo diferente de fazer e Passeio bastante atípico, muito interessante
pudemos aprender um pouco sobre as conhecer a cultura local, aprender e conhecer é
histórias das pessoas que moram na Ilha. essencial para a vida.
Luis Felipe de Souza Valdivino Carreira Junior
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Relato dos alunos sobre o Passeio ao Morro do Amaral:
integração, valorização e memória como patrimônio Imaterial
"Gostei da visita, um lugar muito bonito Gostei muito de conhecer o Morro do Amaral, mesmo
tranquilo e pouco valorizado. morando em Joinville, nunca tinha visitado, um bairro
Idário Silva de Gós que foi meio esquecido, que não investiram em
melhorias, onde tudo é simples e humilde. Porém, com
Gostei bastante do local , a visita foi super uma vista linda para o mar, um lugar tranquilo com
interessante, as pessoas bem gentis e o lugar pessoas acolhedoras. As pessoas que moram ali são
muito tranquilo. pescadores e sobrevivem da pesca e muitos daquela
Elias dos Santos região são nativos, moram há muitos anos.
Maíara Cristina Mariano Santos
Gostei muito do lugar, um povo acolhedor,
pessoas humildes e comunicativas, de uma
cultura muito acolhedora.
Foi muito bom conhecer o local.
Que sobreviviam da pesca, artesanato e etc.
Um lugar tranquilo e povo muito acolhedor.
Eles vendiam para os visitante que por ali
Espero ir mais vezes.
passavam: camarão, peixe e suas comidas
Júlio Pereira da Silva
típicas.
Francivaldo Almeida dos Santos
Visita ao Arquivo Histórico de Joinville.
Conhecendo o arquivo e as possibilidades de pesquisas.
Pesquisa realizada no Arquivo Histórico de Joinville,
recortes de jornais com notícias, relacionadas ao Morro do Amaral.
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