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Atuação e tratamento fisioterapêutico no paciente usuário de cigarro eletrônico

De acordo com a OMS os cigarros eletrônicos são incontestavelmente prejudicais e


deveriam passar por regulação, apesar de proibidos no Brasil desde 2009 e não ter aval da anvisa
para comercialização e uso, o dispositivo é amplamente comercializado e usado de forma
indiscriminada, principalmente entre os adolescentes e jovens adultos que em sua grande maioria
desconhecem os malefícios que o cigarro eletrônico pode acarretar a saúde.
O cigarro eletrônico surgiu como um auxiliar na cessação do tabagismo, porém não existe
comprovação científica de que o dispositivo seja seguro eficaz nesse processo, ao contrário as
pesquisas e estudos apontam que devido a sua composição, toxicidade e mecanismo acaba sendo
mais agressivo e com maior potencial de lesionar o pulmão que o cigarro tradicional.
Devido as inúmeras consequências e prejuízos que o uso do cigarro eletrônico causa ao
usuário, em 2019 foi dado nome a doença que esse mal hábito causa: Evali (Doença pulmonar
associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping). Segundo a sociedade brasileira de
pneumologia e Tisiologia a Evali pode causar fibrose pulmonar, pneumonia, insuficiência
respiratória, asma, DPOC, além de afetar a saúde outros sistemas como o cardiovascular podendo
também provocar lesões arteriais, infarto e derrame.
Diante desse contexto deve se ressaltar a importância da fisioterapia no enfrentamento e
tratamento das patologias causadas pelo uso do cigarro, a atuação e o tratamento fisioterapêutico em
pacientes usuários de eletrônico pode variar a depender dos problemas de saúde específicos
apresentados pelo paciente. A seguir elencamos a conduta fisioterapêutica nas patologias
cardiorrespiratórias:

1. Avaliação inicial: O fisioterapeuta realizará uma avaliação detalhada da condição do paciente é o


que chamamos de anamnese e inspeção estática e dinâmica, isto inclui a análise de todos os dados:
histórico médico, sintomas respiratórios, capacidade pulmonar e função cardiovascular. A avaliação
pode incluir testes de função pulmonar como a espirometria, ventilometria e o TC6M que servem de
modo geral para medir a capacidade respiratória do paciente.

2. Tratamento respiratório:

• Exercícios de proteção respiratória podem ser prescritos para melhorar a capacidade


pulmonar e a função respiratória. - Técnicas de expansão pulmonar, como exercícios de
incentivo adversos, podem ajudar a fortalecer os músculos resistentes.
• Fisioterapia Respiratória: A fisioterapia respiratória pode incluir técnicas manuais para
mobilizar secreções pulmonares e facilitar a expectoração. - A devolução postural e a
percussão torácica são técnicas que podem ser utilizadas para ajudar na remoção de
secreções.
• Cinesioterapia: Exercícios são recomendados para melhorar a condição cardiovascular e a
resistência. O treinamento aeróbico regular pode ajudar a reduzir os efeitos negativos do uso
de cigarros eletrônicos no sistema cardiovascular
• Educação e orientação em saúde: Os fisioterapeutas podem fornecer informações sobre os
riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos e a importância de cessar esse hábito.
Orientar sobre estratégias para parar de fumar, se aplicável, pode ser incluído no tratamento.
• Acompanhamento

Portanto, é notório que a atuação do fisioterapeuta tem por objetivo melhorar a função respiratória ,
promovendo os níveis adequados de oxigenação na circulação sanguínea e contribuir para que o
paciente seja capaz de retornar as suas atividades de vida diária de forma independente e sem
agravos.
Referências:

-Cigarro eletrônico: o novo cigarro do século 21?


-Prevenção e tratamento fisioterapêutico em pacientes tabagistas

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