Ano 36 - Nº 876 - Novembro de 2023 - Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres do DF

Assembleia geral
Sindicato convoca assembleia geral
A categoria está convocada a comparecer à

ASSEMBLEIA GERAL
assembleia geral no próximo domingo. Na pauta, avalição
das negociações e tomadas de decisões. Desde a audiência
na justiça que considerou a greve abusiva (entendimento do
desembargador doutor Alexandre Nery) e determinou a
suspensão do movimento, várias foram as tentativas de
entendimento com o setor patronal. Na assembleia de
domingo, a categoria deverá analisar o estágio das
negociações e tomar as decisões.
Domingo 19/11/2023
Todos os companheiros que estiverem de folga no dia
e horário da assembleia devem comparecer. A assembleia é Horário: 08h30min em primeira e 09h30min em segunda convocação
soberana e as decisões tomadas nelas devem espelhar a
vontade da maioria. Convide seu colega de trabalho e Local: Estacionamento do CONIC, ao lado da sede do Sindicato, Plano Piloto
compareça. Sua presença é essencial.

Negociações ocorrem no
âmbito do Ministério Público
As dificuldades para um acordo são enormes
Com a decretação de greve no domingo, dia
05 de novembro, a procuradoria do GDF ingressou
com ação no Tribunal Regional do Trabalho pedindo
que fosse considerada abusiva a greve e aplicação de
penalidades diversas contra o Sindicato dos
Rodoviários. O desembargador, doutor Alexandre
Nery, atendeu ao pedido do GDF e determinou a
suspensão imediata da greve. Aplicou multa de 10
mil reais por hora de paralização em caso de
descumprimento, sem prejuízo de agravamento da
penalidade em caso de inobservância da decisão. O
Tribunal Regional do Trabalho buscou asfixiar
financeiramente o sindicato.
Com a greve, as empresas retiram a proposta.
O cerco se fechou contra a categoria. O próximo
passo por parte das empresas, GDF e justiça seria o
endurecimento das sanções contra a categoria.
S a b i a m e n te o s t ra b a l h a d o re s fi ze ra m u m
movimento estratégico e recuaram para avançar em
momento seguinte. A greve foi suspensa com a
promessa da retomada das negociações.
Com a suspensão do movimento, Dr. Adelio
Justino, Procurador Regional do Trabalho, foi
designado mediador.

Na segunda rodada de negocições no MPT, o secretário de Mobilidade, Flavio Murilo, participou e falou das grandes dificuldades do Sistema para o próximo periodo.
 Recomeço das negociações
Primeira reunião no MPT começou sem a proposta feita antes da greve
Duas reuniões foram realizadas no Ministério
Público do Trabalho após suspensão da greve. Na
primeira, Dr. Adelio buscou estabelecer como ponto de
partida a proposta apresentada pelas empresas antes
da greve. Elas não aceitaram. Segundo os negociado-
res, com a greve, as condições haviam mudado, pois
além dos problemas que já existiam, o prejuízo com a
paralização agravou a situação. As empresas solicita-
ram prazos para calcularem os prejuízos e seus
reflexos sobre as negociações.
O Sindicato propôs negociação tomando por
base a contraproposta feita pela assembleia,
acrescida da negociação do dia da greve. Se for
considerado falta, o prejuízo para os trabalhadores é
enorme, uma vez que, implica no corte do dia, da
gratificação dos 7 dias nas férias e conta para reduzir a
quantidade de dias nas férias para os que acumularem
mais de 5 dias de falta.
Não houve avanços na primeira rodada de ne-
gociações. Pela proposta do presidente do Tribunal
Regional e do MPT, as partes deveriam suspender a
greve por 10 dias e negociar. Esgotadas as tentativas e
não se chegando a um entendimento, a categoria
deveria decidir em assembleia os rumos do
movimento.
Doutor Adelio Justino, Procurador Geral Regio-
nal do Trabalho, muito se esforçou para que as partes
pudessem chegar a entendimento nas duas reuniões
ocorridas, mas as partes não conseguiram avançar.
Uma nova rodada de negociação ficou marcada
para sexta-feira.

GDF foi convidado para Sindicato e GDF

ajudar nas negociações teve encontro
A direção do Sindicato reuniu-se
Secretário de mobilidade compareceu à mediação feita pelo MPT
com o Secretário de Mobilidade

Na busca de superar as dificuldades de avanços

Na segunda mediação promovida pelo MPT
(Ministério Público do Trabalho) o Secretário de
Mobilidade, Flávio Murilo, foi convidado e compareceu
representando o Governo do Distrito Federal. O
secretário informou ao procurador que o governo fez
e está fazendo esforço pelo entendimento entre
Sindicato e empresas afim de garantir à população os
serviços regulares de transporte coletivo. Reafirmou
que as condições orçamentárias do GDF são de
grandes dificuldades em razão de redução na
arrecadação ao tempo em que houve aumento de
despesas. Atribuiu o desequilíbrio atual do Sistema à
manutenção de 100% da frota em circulação durante
a pandemia e ao aumento de custos sem repasse para
o usuário. Segundo o secretário qualquer aumento
concedido pelas empresas, elas terão que pagar para
receber no futuro, pois o GDF não disporá de recursos
no curto prazo para pagá-las.
A segunda reunião terminou sem avanços.
Tanto o GDF quanto o procurador, Dr. Adelio Justino,
fizeram apelo para que as partes busquem chegar a
um acordo para evitar prejudicar a população.
com as empresas, a Comissão de Negociação do Sin-
dicato, solicitou reunião com o Secretário de Mobilida-
de, Flávio Murilo. Na reunião, o secretário registrou o
empenho para ajudar, mas falou da enorme dificulda-
de do governo. Pediu a compreensão para o momento.
Alegou que a posição do governo perante as empresas
é frágil, uma vez que, o GDF não vem cumprindo com o
dever de paga-las em dia, por falta de recurso. Regis-
trou ainda que, já houve empenho do governo para ga-
rantir que houvesse a proposta que foi levada à as-
sembleia, uma vez que as empresas, por si mesmas,
propuseram apenas 4% de reajuste nos salários e 6,53
% no tíquete e cesta. Apenas após intermediação do
secretário, a proposta avançou para reajuste de 5,33%
nos salários, 8% no tíquete e 10% na cesta básica.

Marechal foi enquadrada

Trabalhadores da Marechal
mantiveram greve até receber salários
A empresa Marechal enfrenta sérios problemas financeiros e
em decorrência disso, deixou de pagar os salários. A empresa não
recebeu do GDF, assim como as demais, porém, enquanto as outras
deram um jeito de providenciar recursos, ela não. Os trabalhadores
decidiram que só voltariam a trabalhar com recurso no bolso e as-
sim foi feito. O sindicato apoiou os trabalhadores nessa justa
decisão. O movimento foi suspenso assim que os recursos entraram
na conta.
A situação da Marechal inspira muita preocupação e vem
sendo acompanhada de perto pelo Sindicato. A empresa acumula
dívidas, não possui certidão negativa de débitos, não renovou a
frota e teve seu contrato renovado com condicionantes, pois não
possui certidão negativa, o que é indispensável para continuidade
de seu contrato.
O Sindicato tem adotado uma postura de apoio a
recuperação da em-presa, pois, o trabalhador é o maior penalizado
na hipótese de fechamento. Será feito acompanhamento
permanente da situação da empresa e providencias para que os
direitos dos trabalhadores sejam assegurados.