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Módulo III
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INVESTIGAÇÕES CIVIS E CRIMINAIS
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Módulo III
Índice
MÓDULO III
I.Crime e Contravenção
II. Investigação Criminal
III.Homicídios
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I.Crime e contravenção
Crime é a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou detenção, quer
isoladamente, quer alternativamente, quer cumulativamente com a pena de multa.
A infração penal pode ser cometida por ação ou omissão, consciente e
voluntariamente, dela decorrendo um dano para o cidadão ou para a sociedade.
A contravenção é a inobservância das leis e dos regulamentos que têm por fim
prevenir crimes, acidentes ou atos que possam causar prejuízo à ordem pública ou
ao direito alheio e que o Estado considera infração punível diversa do crime, por ser
este mais grave. Na contravenção é aplicada a pena de prisão simples ou multa.
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negligência.
O crime do volante é um caso típico de crime culposo, uma vez que é praticado ou
por negligência, ou por imprudência ou imperícia. Agora, se o agente matou o
desafeto com um tiro na rua, temerariamente, ou por exibição no volante matou um
transeunte (dolo eventual), praticou o crime doloso.
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Segue abaixo um guia com todos os passos que um detetive deve seguir em
todos os seus casos:
!O detetive deve responder a um crime assim que for chamado para o caso. As
pessoas e equipamentos utilizados na investigação de um crime fazem a diferença
entre um crime com ou sem solução;
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acesso e o detetive pode investigar todas as rotas que dão na entrada dos fundos em
busca de dicas;
!O detetive não deve achar que alguém é inocente ou culpado antes de ter apurado
todos os fatos;
!O detetive não deve ter confiança em excesso na certeza dos fatos. Deve deixar em
aberto a possibilidade de outros eventos terem ocorrido;
!O detetive não deve fazer conclusões precipitadas. Uma boa decisão é baseada em
profunda análise de fatos;
!O detetive deve fotografar as áreas do crime. Isso vai facilitar sua visualização do
local mais tarde quando estiver refletindo sobre o crime;
!O detetive deve pensar na maneira como o crime foi praticado; de acordo com isso,
o investigador poderá concluir se o criminoso tinha conhecimento prévio ou não do
local. Se sim, o criminoso possivelmente mora perto em residência permanente ou
temporária;
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!O detetive deve aprender a obter informantes. Eles são muito precisos na solução
rápida de um crime.
MODUS OPERANDI
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Há casos, porém, em que o homicídio não foi cometido no local onde o cadáver
foi encontrado. Pode acontecer de o corpo ter sido levado até o local em que foi
descoberto. Devem então ser procurados vestígios nas proximidades como pegadas,
manchas de sangue, marcas de pneu, etc.
O corpo pode ter sido retalhado e suas partes dispostas em vários lugares; o
cadáver pode ter sido colocado numa mala e esta foi guardada num depósito de
bagagens ou o corpo foi atirado num lago. Deve, portanto, ser notada a natureza do
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material que envolve o corpo, isto é, alguma matéria incomum, tecidos defeituosos,
pedaços de jornal cuja origem e data devem ser descobertas, etc.
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!Hora da descoberta;
!Causa da morte;
!Hora em que ocorreu a morte;
!Idade presumível;
!Profissão presumível;
!Descrição do cadáver;
!Descrição da vestimenta;
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pela maioria das pessoas em reconhecer um parente ou amigo por uma fotografia
póstuma. Os olhos em geral estão fechados e, quando se acham abertos, estão
encovados e revestidos de uma película acinzentada.
um cartão com a parte externa exposta e fotografada. Como se sabe, todo o desenho
das saliências papilares pode ser encontrado na superfície interna, aí
permanecendo até que a pele seja totalmente destruída. Deve ser fotografada com
iluminação oblíqua para se obter o relevo.
Nas cidades em que não existe corpo policial técnico especializado, nem
órgãos como o Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro, o problema tem de ser
resolvido mesmo pelo contingente de detetives e efetivo policial. Houve um tempo
em que longas e intrincadas descrições eram realizadas por escrito. Tais descrições,
por serem demasiado complicadas, não chegavam a fornecer à imaginação
elementos suficientes para a formação de uma imagem precisa da cena.
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CASO DO VERÍDICO
Voltamos à casa da vítima e pedimos aos familiares para fazer uma busca em
seus pertences a fim de achar pistas. Encontramos alguns bilhetes dentro de uma
pasta escritos em alemão com alguns corações desenhados, que nos deixaram
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intrigados e por isso mandamos traduzir. Percebemos com o bilhete traduzido, que
ele mantinha um relacionamento secreto com uma mulher alemã. Investigamos
àquela mulher e descobrimos que ele há seis meses não mantinha mais
relacionamento amoroso com ela, mas continuavam sendo amigos e, por
coincidência, a mulher que viajava de carona na Mercedes Benz no dia do atentado,
era a filha dela que escapou ilesa.
É muito estranho uma pessoa amiga fazer tantas perguntas para dar
informações sobre um amigo que morreu ao lado de sua filha. Depois de insistirmos
muito, ela resolveu nos atender. Comparecemos na empresa dela e para nosso
espanto, apenas ela nos esperava; alegou que sua filha ainda estava traumatizada
com os fatos e não queria mais falar sobre o assunto. Ao cumprimentá-la, notamos
que suas mãos estavam frias e que aparentava grande nervosismo.
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Os indícios apontavam que aquela mulher sobreviveu não por sorte, mas por
algum motivo ligado ao crime. Pelo modus operandi (Modus operandi é uma
expressão em latim que significa "modo de operação", utilizada para designar uma
maneira de agir, operar ou executar uma atividade seguindo sempre os mesmos
procedimentos.) dos criminosos, podemos perceber que na realidade, a intenção era
matar e não roubar. Seria um crime passional, por isso não mataram aquela
mulher? Investigamos esta possibilidade e concluímos que na realidade, a vítima
mantinha relações amorosas com a mãe e não com a filha, que era casada. O quebra-
cabeça estava quase montado, mas faltavam algumas peças chaves.
Era a peça que faltava para completar o quebra-cabeça. Ele tentou se esquivar
várias vezes, mas conseguimos interrogá-lo após alguma insistência. Contou-nos
que a vítima era uma pessoa muito reservada, e era com ele, durante as viagens,
que costumava contar confidências. Na última viagem, ele estava muito aborrecido.
Disse que durante anos manteve relacionamento extraconjugal com uma mulher,
mas que há três meses resolveram terminar. Havia emprestado 200 mil dólares
para o genro dela para montar um negócio há um ano. Pediu então que o genro da
mulher devolvesse o dinheiro conforme combinado, sem juros. Disse que pediu ao
mesmo que depositasse o dinheiro, em uma de suas contas no exterior.
III. Homicídios
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da perícia e o inquérito respectivo, que será distribuído dez dias depois à Justiça
Criminal.
Se o homicídio for misterioso ou não forem presos seus autores a tarefa será
confiada à Delegacia de Homicídios, que possui profissionais especializados na
descoberta de assassinos e na apuração de casos de assassinatos.
Mas como atuar num caso de homicídio? São bem grandes as exigências
impostas ao detetive que chegar, em primeiro lugar, à cena de um homicídio ou
qualquer crime grave. O resultado final da investigação geralmente depende das
medidas preliminares ou preventivas que ele terá de projetar ou realizar. Ao chegar
à cena do crime, o detetive deve procurar formar uma imagem clara da situação.
Entrar no local cuidadosamente e prestar bem atenção para não destruir alguma
possível pegada ou outro vestígio no assoalho.
Nos dias atuais esta é a especialidade que o detetive tem mais oportunidades
de trabalho. Provavelmente em razão da decadência moral porque passa a nossa
sociedade; há um aumento significativo de furtos em residências e empresas,
realizado quase sempre por pessoas que, até então, eram tidas como idôneas,
muitas vezes sendo até familiares do investigado. Antigamente quando se
investigava esses furtos, quase sempre seus autores eram pessoas marginalizadas
pela sociedade.
Ao fazer esse tipo de investigação, o detetive irá deparar-se com casos em que
os autores são pessoas de bom nível social e cultural. Quando os furtos ocorrerem
em empresas, o detetive encontrará casos em que o autor do crime é aquele
funcionário exemplar, de total confiança da direção da empresa. Por isso, o detetive
deve estar atento aos mínimos detalhes, investigando todos os suspeitos em
potencial, sem distinção de sexo, raça e nível social.
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Apropriação Indébita
Do Furto
Código Penal art.155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
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Os furtos em casas são mais difíceis de apurar, pois geralmente são feitos
durante fins de semana quando os moradores costumam viajar. Na maioria dos
casos, são realizados por profissionais que observam a rotina dos moradores e
sabem que eles têm o costume de viajar deixando o imóvel vazio. Esses casos são de
difícil solução porque os crimes são cometidos quase sempre na “calada da noite” e
poucas pessoas testemunham o fato. Por ser um crime sem testemunhas oculares, a
única arma que resta ao detetive é a perícia do local.
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Nos casos onde grandes somas de dinheiro forem furtadas, o detetive deve
prestar atenção nos seguintes indícios:
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· Campana
· Escuta eletrônica
· Infiltração
CASO VERÍDICO
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cerca de oito lentes que no final do mês significavam um prejuízo de 176 lentes, e no
final de um ano, 2.112 lentes furtadas aproximadamente.
CASO VERÍDICO
Uma famosa empresa foi lesada em cerca de US$ 500.000,00 (quinhentos mil
dólares) furtados do cofre do diretor. Imediatamente contrataram os serviços do
escritório Bechara Jalkh para elucidar o crime.
Por volta das 17 horas o diretor entregou o pacote com os dólares para a
secretária do outro diretor e disse-lhe: “Guarde com cuidado porque minha vida
está aqui”. A secretária colocou o pacote dentro do cofre, trancou-o e às 18 horas foi
embora. Na manhã seguinte, ela foi trabalhar e nada de estranho percebeu. Às 10
horas, o diretor foi à sala da secretária e pediu-lhe o pacote de dólares. A secretária
prontamente abriu o cofre e, para o espanto de todos, nada havia em seu interior
além de documentos.
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raramente colocava valores no interior do cofre, pois era usado para guardar
documentos. Alegou que autorizara o uso do cofre pelo outro diretor por telefone
por volta de 17 horas. Disse que não sabia da senha do cofre porque é sua secretária
quem costuma utilizá-lo; só ela possuía a chave e a senha. Afirmou que poucas
pessoas circulam naquele setor além dele e mais três funcionários.
Por volta de 10 horas, chegou o diretor que lhe confiara o dinheiro; ela então
abriu o cofre e ficou espantada quando o viu vazio. Ela alegou que era a única que
possuía a senha e a chave do cofre, mas disse que nunca o trancava com a chave,
girando somente o segredo. Disse que não guardava de cabeça o segredo; por isso
mantinha a senha escrita em um pequeno papel colado debaixo da gaveta de sua
mesa e, sempre que abria o cofre, fechava sua sala e olhava a senha debaixo da
gaveta. Disse que o setor o qual trabalha é composto de quatro funcionários: um
diretor, uma secretária, um assistente e um contínuo. Disse também que após a
entrega do dinheiro, só havia três pessoas na seção: ela, o assistente e o diretor.
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chegado. Por volta de 10 horas, o diretor chegou ao setor carregando uma pasta e
quando foi para a sala da secretária comunicaram-lhe o ocorrido.
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!Determinado dia, entrou na sala da secretária e viu que ela fixava o olhar numa
etiqueta colada no fundo de uma gaveta e mexendo no cofre. Percebeu que ali ficava
a senha do cofre;
!Sua companheira era muito gananciosa e seu salário não permitia dar a ela o
conforto que almejava. Com medo de perdê-la, resolveu arquitetar um plano para
dar um desfalque na empresa e colocar a culpa na secretária;
!Passou a chegar cedo à empresa e, costumeiramente, a acender as luzes e os
aparelhos de ar-condicionado do setor, aguardando que um dia o cofre tivesse
valores altos para furtá-los;
!Naquele dia, estranhou quando o diretor de outro setor entrou na sala da
secretária com um grande pacote nas mãos e ficou ouvindo a conversa por detrás da
divisória. Teve certeza do alto valor do pacote quando o diretor disse para a
secretária: “Minha vida está aí”;
!No dia seguinte, pediu o carro do irmão emprestado, estacionando-o próximo à
empresa num terreno particular. Como de costume, foi o primeiro a chegar ao setor.
Acendeu as luzes e os aparelhos de ar- condicionado e foi para a sala da secretária.
Copiou a senha, abriu o cofre e apanhou o dinheiro. Espalhou-o por debaixo das
roupas e do paletó, e saiu do setor dizendo que ia para o restaurante da empresa
tomar café. Mas seguiu para o estacionamento para colocar todo o dinheiro debaixo
do banco do carro, retornando para o restaurante onde só deu tempo de tomar um
suco e voltar para o setor.
clientes.
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liga para seu detetive de confiança e solicita que o mesmo compareça ao local para
investigar o caso.
Procedimento:
!Averiguar quem foi que descobriu o roubo. O detetive pode conseguir algum indício
conversando com essa pessoa sobre o horário em que foi cometido o roubo;
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aprofundada. Esse pode ser um indício de que o roubo foi cometido por um
funcionário com acesso a essas informações;
!Verificar se já existe uma estimativa de como o crime foi cometido, qual foi a
pessoa que o concluiu e qual foi a maneira para chegar a essa conclusão;
Houve tempo que uma pessoa morta no interior de um aposento, com a porta
trancada por dentro, era um caso tranquilo de suicídio que não admitia
controvérsia ou maiores exames. Uma porta encontrada fechada por dentro era um
sinal seguro de que ninguém saíra por aquela porta. Em muitas investigações os
detetives consideravam o fato infalível, e se não surgisse nenhuma circunstância
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Módulo III
Uma porta com fechadura comum é facilmente trancada por fora depois de
deixar a chave do lado de dentro. Os criminosos profissionais podem abrir muitas
fechaduras pelo lado de fora e ao saírem conseguem trancar a porta pelo lado de
fora. Também serão encontrados arranhões nas alavancas dos basculantes.
Vestígios de carbono no interior da fechadura indicam que o arrombador
experimentou chaves em bruto carbonizadas para poder tirar o modelo. Assim,
teria utilizado sua própria chave para entrar e sair.
Nas portas com fechaduras comuns, o criminoso poderá escolher entre dois
métodos para trancar a porta por fora e depois deixar a chave na parte interna:
utilizar uma ferramenta conhecida pelos tarôs de hotéis internacionais por oustiti,
termo de gíria francesa ou improvisar um instrumento simples constando de um
cordão e um pequeno pedaço de madeira.
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! Delírio, distúrbio mental que pode ser causado por ingestão de atropina,
barbitúricos, morfina e álcool;
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A ação dos venenos pode ser local (venenos ácidos minerais que destroem os
tecidos com os quais entram em contato direto); remota (venenos que atuam
somente após sua absorção pelo sangue, como a morfina) e local e remota (venenos
que afetam os tecidos com os quais entram em contato e tem uma ação ulterior após
sua absorção, como o arsênico).
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coração poderá mostrar uma diferença acentuada e deve ser determinado nos casos
suspeitos.
Por outro lado, se o afogamento for ao mar, o conteúdo de cloreto será acima
do normal. A diferença entre o conteúdo de cloreto dos lados direito e esquerdo do
coração representa, portanto, um bom critério para a conclusão de afogamento. A
água não pode entrar no lado esquerdo do coração se a pessoa estiver morta antes
de ser atirada na água.
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Módulo III
Nos suicídios normais, a entrada do ferimento é maior que a saída, pois a bala,
em sua trajetória no corpo, encontra certa resistência que altera sua forma. As
bordas à entrada, geralmente, são voltadas para o interior e as de saída para o
exterior.
O investigador tem que examinar com cuidado as fibras da corda. Elas podem
revelar se o caso é de assassinato ou suicídio. Se uma pessoa desliza ao longo de
uma corda, as fibras estarão voltadas para baixo. Se o que aparenta ser um
enforcamento voluntário for, na realidade, um homicídio (nesse caso o assassino
deve ter erguido o corpo), as fibras se dirigirão para cima na parte que foi puxada
pelo assassino, em virtude do contato da corda com a base.
A pessoa morta fica muito pesada, razão pela qual é grande a dificuldade de
erguê-la e colocar a cabeça no laço. As experiências indicam que, em alguns casos, o
assassino passará a corda pelo galho de uma árvore, por exemplo, colocando o laço
no pescoço do cadáver e puxando-o para cima.
Se as fibras da corda mantêm sua posição normal, isso não provará se tratar
de suicídio, pois o assassino, talvez, tenha erguido o corpo e colocado a cabeça no
laço.
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das artérias e vias naquele lado. Isso é tão frequente, que as suspeitas de homicídio
têm algum fundamento, quando a vítima é encontrada com a face lívida, apesar de o
nó ter sido dado em um dos lados do pescoço. Na maioria dos enforcamentos em que
o nó foi feito na nuca, a face se mostrará pálida.
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Módulo III
Os suicídios com ferimentos por objetos cortantes também são muito comuns.
Tais ferimentos são encontrados em regiões que podem ser alcançadas com
facilidade pelo braço, isto é, a parte fronteira do pescoço, o centro do antebraço,
cotovelo, os pulsos ou as coxas. Raramente, em casos de suicídio, são verificados
ferimentos no abdome. Mas pessoas com desequilíbrio mental produzem em si
mesmos ferimentos em outras regiões do corpo que são de difícil acesso. É muito
frequente encontrar-se, além da incisão fatal de uma artéria, outros ferimentos
causados por tentativas frustradas.
Nos casos normais, a direção dos ferimentos num suicídio deverá indicar se
uma pessoa canhota ou destra foi capaz de praticá-lo com pressão suficiente e em
uma posição normal. Se, por exemplo, supomos que uma pessoa destra cortou o
próprio pescoço, o ferimento deverá ter início no lado esquerdo, atrás ou debaixo da
orelha esquerda e correr obliquamente pela frente do pescoço para a direita.
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Módulo III
Não pode ser determinado, com absoluta segurança, se um corte foi feito da
direita para a esquerda ou vice-versa. Igualmente, não há possibilidade de
conclusão com base no número de cortes no pescoço, já que tanto nos casos de
suicídio como nos de homicídio poderemos encontrar um ou mais cortes. Nem pela
profundidade dos ferimentos, nem por sua direção o detetive poderá tirar
conclusões definitivas. Os suicidas, muitas vezes, produzem em si mesmos
ferimentos que diferem totalmente dos tipos clássicos acima descritos.
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Módulo III
a)No primeiro caso, só há uma prova técnica para casos de crime de morte, de
acidente de trânsito, roubo ou assalto; já nos casos de suicídio pode haver várias
provas técnicas.
c)Nos casos de crime de morte, acidente de trânsito, roubo ou assalto podem-se ter
vários tipos de provas para instaurar os inquéritos; já nos suicídios a prova técnica
é quase única e exclusiva.
c)O envenenamento agudo é produzido pela ingestão de uma única dose excessiva
de veneno – em geral o caso é de suicídio.
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Módulo III
e)No homicídio por envenenamento, o assassino não usa venenos que poderão
levantar suspeita em função de sua cor, odor ou gosto. Já o suicida poderá tomar
qualquer substância de odor e gosto desagradáveis.
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Módulo III
d)Saber quem foi que descobriu o roubo. O detetive pode conseguir algum indício
conversando com essa pessoa sobre o horário em que foi cometido o roubo.
a)A pena de detenção para delitos menos graves admite a suspensão condicional; a
de reclusão não admite a suspensão condicional, salvo quando o condenado for
menor de 21 anos ou maior de 70 anos, e a condenação não for maior que dois anos.
b)Na detenção a pessoa fica presa de dia e sai à noite para dormir em casa. Na
reclusão fica presa somente durante a semana.
c)A pessoa fica detida na prisão aos sábados e domingos e reclusa quando vai para
um convento.
d)Na detenção o sujeito fica preso durante 50 anos, e na reclusão pode ficar preso
até 100 anos.
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Módulo III
I.O detetive que for contratado para servir como mediador do pagamento de resgate
num caso de sequestro necessitará de muita habilidade e tranqüilidade para
dialogar com o sequestrador.
a)I.
b)II.
c)III.
d)I e II.
e)II e III.
c)Procurar as testemunhas
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Módulo III
10) Local e hora onde foi descoberto o corpo, causa da morte, hora em que ocorreu a
morte, idade e profissão presumíveis, descrição do cadáver, da vestimenta, jóias e
objetos diversos.
a)Uma mistura de glicerina e água é injetada nas órbitas com o auxílio de uma
seringa de ponta fina para suspender as pálpebras.
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Módulo III
b)Para que a face de um corpo que ficou submerso na água por muito tempo
ocasionando a perda parcial da pele fique mais natural um talco é polvilhado
fazendo uma massagem com ele sobre a carne e os restos de pele.
c)No caso de o punho encontrar-se cerrado poderá ser feita uma pequena incisão na
base dos dedos.
d)Para tirar impressão digital de afogados que permaneceu pouco tempo na água, o
dedo é secado com uma toalha macia, injetando-se depois glicerina com uma seringa
sob a pele das pontas dos dedos para amaciar a superfície.
13) No furto não há o emprego da violência contra pessoas; se houver passa a ser
tipificado como roubo. O furto é aquele clássico exemplo do ladrão que arromba a
porta da casa na ausência dos seus moradores para furtar objetos em seu interior.
Com a insegurança das grandes cidades ninguém está livre dos arrombamentos.
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Módulo III
c)Observam a rotina dos moradores do imóvel visado, e sabem que eles têm o
costume de viajar deixando o lugar vazio.
e)Só querem passar uma noite na casa desfrutando das suas acomodações.
14) O crime de furto em uma casa é de difícil solução, pois é cometido à noite, e
poucas pessoas costumam testemunhar o fato. A única arma que resta ao detetive
para descobrir o autor é a perícia técnica.
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Módulo III
17) Quando o profissional for contratado para esclarecer casos de roubos ou furtos
convém verificar com o cliente se a ocorrência policial foi registrada na delegacia da
área. Em caso negativo, o detetive deve orientá-lo a fazer um (a):
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Módulo III
19) Caso de furto que consiste em uma pessoa pegar produtos em pequenas
quantidades ao longo do dia é conhecido na gíria investigativa como:
a)Policial.
b)Formiguinha.
c)Ocultação.
d)Subtração.
e)Cachorrinho
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Módulo III
Matrícula: _________________
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INVESTIGAÇÕES CIVIS E CRIMINAIS
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