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PLANO DE ENSINO

Ano Letivo: 2021


Campus: Curitiba I
Curso: Museologia
Grau: Graduação
Disciplina: Cultura e Arte Africana e Afro-brasileira
Série / Período: 3o ano
Turma: 2021
Carga Hor. Total: 51h
Turno: Manhã
Teórica: 3
Prática: -
Carga Hor. Semanal: 3
Carga Hor. Extensão: -
Oferta da Disciplina: Semestral
Docente: Mário Eugênio Saretta
Titulação/Área: Doutorado em Antropologia Social

EMENTA

Análise da construção histórica da identidade negra e seu papel na formação da sociedade


brasileira, identidade, legados e práticas culturais afro-brasileiras e as relações inter-raciais
na sociedade contemporânea.

OBJETIVOS

Introduzir conceitos analíticos da diáspora africana e da formação identitária negra no


Brasil. Abordar manifestações artístico-culturais afrodescendentes no país e debater as
práticas artísticas afro-brasileiras, analisando o impacto das relações raciais. Discutir
processos de apropriação de objetos africanos em museus de países colonialistas.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

- Experiências da Diáspora Africana


- O conceito de Arte Afro-brasileira e suas implicações
- Identidade negra
- Cultura imaterial
- Estatuto dos objetos materiais

METODOLOGIA DE ENSINO

Encontros síncronos semanais via a plataforma Google Meet e atividades assíncronas a


partir de materiais obrigatórios e complementares indicados no Google Classroom. As
aulas expositivas estimularão o diálogo com a turma e os(as) alunos(as) serão
convidados(as) a realizarem apresentação de seminário. Ao menos uma das aulas contará
com um convidado especialista no tema abordado.

RECURSOS DIDÁTICOS

Projeções de slides, vídeos, filmes, fotografias, artigos, capítulos de livros, músicas,


podcast, playlist, lives, palestras e reportagens. Serão utilizados também fóruns na
plataforma Google Classroom.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

Participação em aula, seminário e realização de trabalhos escritos.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CONDURU, Roberto. Arte afro-brasileira. Belo Horizonte: C/Arte, 2007.

BEVILACQUA, Juliana Ribeiro da Silva; SILVA, Renato Araújo da. África em artes. São
Paulo: Museu Afro Brasil, 2015., 2016.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo brasileiro, v. 92,


n. 93, p. 69-82, 1988.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Editora Cobogó,


2020.

LOPES, Nei; SIMAS, Luiz Antonio. Filosofias Africanas: uma introdução. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2020.

MUNANGA, Kabengele. Arte afro-brasileira: o que é afinal?. PARALAXE, v. 6, n. 1, p. 5-23,


2019.

NASCIMENTO, Abdias. Arte afro-brasileira: Um espírito libertador. In: O genocídio do negro


brasileiro: processo de um racismo mascarado. Editora Perspectiva SA, 2016.

NUNES, Eliene. Raimundo Nina Rodrigues, Clarival do Prado Valladares e Marianno


Carneiro da Cunha: três historiadores da arte afro-brasileira. Cadernos do
PPGAV/EBA/UFBA, n. 4, pp. 109-122, 2007.

PRICE, Sally. Arte primitiva em centros civilizados. UFRJ, 2000.

SANTOS, Renata Aparecida. Contemporaneidade: discursos individuais ou coletivos sobre


identidade e afrodescendência e A transposição da terminologia “Afro-Brasileiro” para o
Brasil e sua incorporação às Artes Visuais. In: SANTOS, R. A construção da identidade
afrodescendente por meio das artes visuais contemporâneas – estudos de produções e de
poéticas. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Arte, Universidade
Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, pp.148-172, 186-201, 2016.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

AJZENBERG, Elza; MUNANGA, Kabengele. Arte moderna e o impulso criador da arte


africana. Revista USP, n. 82, p. 189-192, 2009.

CARNEIRO, Sueli. Gênero e raça na sociedade brasileira. In: CARNEIRO, Sueli. Escritos
de uma vida. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.

CONDURU, Roberto. Pérolas negras, primeiros fios. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013.

CUNHA, Marianno Carneiro da. Arte afro-brasileira. in: ZANINI, Walter. (org.) História geral
da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walter Moreira Salles, 1983. v.2.

DA SILVA, Vagner Gonçalves. Arte religiosa afro-brasileira: as múltiplas estéticas da


devoção brasileira. Debates do NER, v. 1, n. 13, 2008.
DE MATTOS, N. C. S. B. Arte afrobrasileira: contornos dinâmicos de um
conceito. DAPesquisa, Florianópolis, v. 9, n. 11, p. 119-133, 2014.

DOS ANJOS, José Carlos. Racismo estrutural: desafios e enfrentamentos antirracistas.


Palestra conferida 2ª Atividade Integradora do Bacharelado em Saúde Coletiva da UFRGS
em parceria com os Diálogos Negros da Escola de Enfermagem da UFRGS em 11 de
março 2020.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Antropologia dos objetos: coleções, museus e


patrimônios. 2007.

HOOKS, bell. Linguagem: ensinar novas paisagens/novas linguagens. Revista Estudos


Feministas, v. 16, n. 3, p. 857-864, 2008.

LAGROU, Els. A arte do outro no surrealismo e hoje. Horizontes antropológicos, v. 14, n.


29, p. 217-230, 2008.

LATOUR, Bruno. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Edusc, 2002.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições, 2018. 80 p.

MUNANGA, Kabengele. Negritude - usos e sentidos. Autêntica, 2015

OLIVEIRA, Alecsandra et al. Memória da Pele – O Devir da Arte Contemporânea


Afrobrasileira. Biblioteca Digital da Produção Intelectual–BDPI. Universidade de São Paulo,
2012.

RAMOS, Arthur. O negro na pintura, escultura e arquitetura. In: O negro na civilização


brasileira. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil, 1956, cap. X, p. 138-149.

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019.

RODRIGUES, Raimundo Nina. Sobrevivencias africanas – As linguas e as Bellas Artes nos


colonos pretos In: RODRIGUES, N. Os Africanos no Brasil, pp.185-256, 1935.

SALUM, Marta Heloísa Leuba. Estilos de escultura em peregrinação: marcas de um Brasil


africano ou de uma África brasileira em objetos de coleção. Textos escolhidos de cultura e
arte populares, Rio de Janeiro, v.11, n.1, p. 9-32, mai. 2014.

SALUM, Marta Heloísa Leuba. Des-En-terrando achados: vistas sobre a África das
diásporas. R. Museu Arq. Etn., São Paulo, n. 22: 195-218, 2012.

SODRÉ, Muniz. Pensar nagô. Editora Vozes Limitada, 2017.

______. Capoeira, um jogo de corpo. In: SODRÉ, Muniz. A verdade seduzida. Rio de
Janeiro: Francisco Alves, pp. 202-214,1988.

SOUZA, Mateus Raynner André de. Corporeidade negra como local para discursos na arte
afro-brasileira contemporânea. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Graduação
em Teoria, Crítica e História da Arte da Universidade de Brasília, 2018.

DISCOGRAFIA COMPLEMENTAR:

ASSUMPÇÃO, Itamar e VASCONCELLOS, Naná. Isso vai dar repercussão.


CÉSAR, Chico. Aos Vivos.
EMICIDA. Amarelo.
GIL, Gilberto. Refavela.
LARA, Dona Yvonne. Sorriso Negro.
MARÇAL, Juçara e DINUCCI, Kiko. Padê.
MELODIA, Luiz. Pérola Negra.
NASCIMENTO, Milton. Travessia.
PINHEIRO, Paulo Cesar. Capoeira de Besouro.
RECIFE, Estrela Brilhante. Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife
SOARES, Elza. Do Cóccix ao Pescoço.
TIZUMBA, Maurício. África Gerais.

ROMANCES COMPLEMENTARES:

EVARISTO, Conceição. Ponciá Vicêncio. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.


GONÇALVES, Ana Maria. Um defeito de cor. Record, 2006.
SCOTT, Paulo. Marrom e amarelo. Alfaguara, 2019.
TENÓRIO, Jeferson. O avesso da pele. Companhia das Letras, 2020.
VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto arado. Todavia, 2019.

FILMOGRAFIA COMPLEMENTAR:

GERBER, Raquel. Óri (93min), 1989


PRETO, Fred. AmarElo: É tudo pra ontem (89min), 2020
NERI, Nátaly.; BARROS, Oliv; URSULINO, Tatiane. Negritudes Brasileiras (58min), 2018

APROVAÇÃO DO COLEGIADO
Aprovado em reunião do Colegiado de Curso em: __/__/2021 Ata nº ____

Assinaturas

Docente Coordenação do Curso

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