ESTUDO DE CASO – OFERTA E DEMANDA

Expectativa de demanda crescente justifica novo recorde para preço do petróleo em NY

Valor Online

SÃO PAULO - A expectativa de demanda forte por petróleo e derivados fez com que os contratos futuros da
commodity atingissem novo recorde de preços no mercado internacional, superando a marca de US$ 78 por
barril em Nova York neste último pregão do mês. O indicador de confiança dos consumidores nos Estados
Unidos, divulgada hoje, deu suporte para a valorização do produto. O contrato de WTI negociado para o mês de
setembro subiu US$ 1,38 em Nova York, para US$ 78,21. O barril transacionado para o mês seguinte fechou
valendo US$ 77,60, com aumento de US$ 1,39. Em Londres, o barril de Brent para setembro próximo encerrou
cotado a US$ 77,05, com valorização de US$ 1,31. O vencimento para outubro avançou US$ 1,33, para US$
76,88. (...) Além disso, há a expectativa em relação aos estoques de petróleo e derivados nos EUA, que serão
divulgados amanhã pelo Departamento de Energia. Muitos analistas acreditam que o desequilíbrio entre oferta
e demanda pode continuar caso as refinarias não elevem o ritmo de atividade. A preocupação se estende não
só ao consumo dos americanos, mas à necessidade crescente de energia na China também. Todos esses
fundamentos, entretanto, são acompanhados também por movimentos especulativos nesse segmento, que
buscam ganhos de curto prazo e não estão atrelados a expectativas reais sobre o mercado.

i) Suponha que o mercado de petróleo seja uma concorrência perfeita (o que não é verdade). Defina a
situação de excesso de oferta e excesso de demanda. O desequilíbrio citado na reportagem, entre oferta
e demanda, é fruto de um excesso de oferta ou de demanda? Com este desequilíbrio pode ser corrigido?

Valorização do euro não aumenta vendas para Europa

Folha de S.Paulo, em Brasília

A valorização do euro em relação ao dólar não deve promover maiores benefícios no saldo comercial do Brasil
com a União Europeia no curto prazo, pelo menos não no lado das exportações, segundo o economista da
Funcex Fernando Ribeiro (...) Os principais produtos exportados pelo Brasil para a União Europeia são as
chamadas commodities, que são matérias-primas e mercadorias básicas. O complexo de soja é, disparado, o
item de mais peso na pauta de vendas para lá. (...) O euro mais forte permitiria comprar mais mercadorias em
dólar. No entanto não há muita elasticidade na demanda por "commodities" por causa de preço. Ou seja, ninguém
consome muito mais esses produtos porque estão mais baratos. As pessoas não vão fritar mais batatas porque
o óleo de soja está mais barato, por exemplo. Mesmo que isso não ocorresse, e a demanda fosse influenciada
pelo preço mais baixo, a produção de "commodities" não pode ser elevada com facilidade. No caso de grãos, há
todo um planejamento de plantio. Aumentos na produção não ocorrem na mesma safra. O Brasil poderia
aumentar suas vendas de produtos manufaturados, como eletrodomésticos, cuja demanda é afetada por preços.
Mas o crescimento da economia europeia está muito fraco neste ano. Portanto, mesmo que os exportadores
brasileiros conseguissem reduzir seus preços, provavelmente não haveria grande aumento na procura por esses
produtos no curto prazo.

iii) Com base no que foi apresentado no artigo, responda:

a) Quais elasticidades são citadas neste artigo? O que elas medem?
b) No trecho: “não há muita elasticidade na demanda por "commodities" por causa de preço”, explique
com base nas características da curva de demanda o que explica o comportamento dos consumidores
nesse caso.

Tesoura afiada pelo cliente

Caderno de Economia do jornal O Estado de Minas

O serviço de barbeiro e cabeleireiro em Belo Horizonte não tem mais o charme que ostentava até a segunda
metade do século passado, mas se transformou em um mercado competitivo. (...) o preço baixo engana quem
imagina que o investimento não vale a pena. (...) “Consigo trabalhar com preço baixo porque ganho na
quantidade de clientes atendidos”.

ii) Sobre o conceito de elasticidade, responda os itens que seguem a partir do contexto da matéria acima:
a) O que a afirmativa em destaque sugere quanto à elasticidade-preço da demanda por cortes de cabelo?
b) Um determinado barbeiro atendeu, em abril, 100 clientes ao preço de R$ 10 o corte. Em maio, o preço
passou para R$ 15,00 e o seu atendimento diminuiu pela metade. Qual a elasticidade preço-demanda dos
cortes de cabelo e qual o tipo de elasticidade: elástica, inelástica ou unitária?