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PSICOLOGIA-MATEMÁTICA.

MEIRÍCIA MENDES AMORIM RA 223682022

DEPRESSÃO AUMENTA O NÚMERO DE MORTES POR SUICÍDIO.

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Guarulhos
2022
MEIRÍCIA MENDES DE AMORIM

DEPRESSÃO AUMENTA O NÚMERO DE MORTES POR SUICÍDIO.

Trabalho apresentado ao Curso Psicologia


do Centro Universitário ENIAC para a
disciplina Matemática

Prof. Gabriel Pinto.

Guarulhos
2022
Trabalho:

A depressão está ligada às altas taxas de mortalidade por suicídio , cerca


de 98% dessas mortes estão ligadas a doenças mentais, sendo a depressão
encontrada na maioria dos casos.
Uma pessoa com depressão, na maioria das vezes, se fecha em seu
próprio mundo, não buscando ajuda para seu problema. Raramente aceitam a
sua condição mental, porque há muita discriminação relacionado a depressão.
A quem julgue pessoas depressivas como fracas, dissimuladas ou com falta de
caráter. E pra maioria das pessoas em crise, assumir publicamente sua doença
é atestar essa fraqueza. Assim eles seguem sofrendo calados, numa dor que
aumenta constantemente, até que eles não suportam mais e decidem ir ao
extremo.
Para o psiquiatra José Manoel Bertolote “ a pessoa numa crise suicida,
é altamente ambivalente e em geral não quer exatamente morrer, mas por fim ao
sofrimento insuportável”
Segundo a OMS cerca de 800.000 pessoas morrem por ano, vitimadas
por suicídio. A cada 40 segundos uma pessoa comete o suicídio no mundo. A
cada 45 minutos uma pessoa comete o suicídio no Brasil.
Estudos apontam que pra cada morte por suicídio, 25 pessoas tentaram
suicídio sem êxito . O que torna tudo isso ainda mais alarmante.
Para a OMS o suicídio deve ser tratado como um problema de saúde
pública.
Em uma recente pesquisa feita pelo Anuário Brasileiro de Segurança
Público apontou o crescimento do número de mortos por suicídio no país, como
vemos na tabela abaixo.

Sendo a maior concentração por incidência de suicídio: São Paulo,


Minas Gerais e Porto Alegre.
Há uma concentração na região Sul e Centro Oeste, onde há uma
prevalência no uso de agrotóxicos, recentemente após algumas pesquisas
houve uma associação quanto ao uso de agrotóxicos ao aumento nos casos de
depressão, e consequentemente um aumento nas taxas de suicídio, nas regiões
onde o uso do agrotóxico eram comum.
Durante a pandemia, ao contrário do que se esperava, não houve
aumento das taxas de suicídio, os níveis ficaram dentro do patamar, em
contrapartida, houve um aumento de mortes por suicídio na área da saúde,
especialistas acreditam que a sobrecarga que viveram esses profissionais com
a falta de leitos, de materiais, de equipamentos, o medo de se contaminarem e
levarem a doença pra casa, enfim, de todo o caos que esses profissionais
viveram aumentaram consideravelmente o índice de suicídio entre eles.
Mas o fim da pandemia, tem gerado preocupação, acredita-se que o alto
índice de desemprego, o isolamento, as mortes de pessoas próximas ocorridas
durante a pandemia, podem levar a uma crise depressiva e com isso aumentar
as taxas de suicídios.
Estudos mostram que entre os gêneros, o homem comete mais suicídio
do que as mulheres, embora pesquisas evidenciam, que o número de tentativas
de suicídio, sejam maiores entre as mulheres.
Não há uma faixa etária isenta, infelizmente o suicídio acomete pessoas
de todas as idades, gêneros e classes sociais, prevalecendo sua maior
incidência cerca de 79% nos países de baixa e média renda.
A cada 100.000 óbitos 10% é suicídio. Torna-se de suma importância a
sociedade começar a receber orientações sobre como identificar uma pessoa
com depressão, nem sempre, será a tristeza que vemos em alguém indícios de
que ela esteja depressiva. Há relatos de pessoas que cometeram suicídio e
aparentemente estavam sempre sorridentes e brincando, importa estar atento á
um conjunto de sinais, uma pessoa que se isola dos demais, que se considera
um peso na vida de sua família, uma pessoa apática e indiferente pode estar
enfrentando uma crise depressiva.
A sociedade precisa estar atenta, aprender a ouvir as pessoas do seu
convívio e prestar atenção no seu comportamento, nas conversas e posturas
que possam indicar que algo não vai bem. Na maioria dos depoimentos de
familiares e conhecidos que perderam um ente querido por suicídio, perceberam
que existiam sinais de isolamento, apatia e certas atitudes que demonstravam
sinais depressivos, mas que antes passaram despercebidos.
Ao perceber sinais de depressão em alguém próximo, tente ajudar,
conversando, mostrando que a pessoa precisa de ajuda.

Uma das formas de buscar ajuda é através do CVV ( Centro de


Valorização da Vida), pelo número de telefone 188 com um atendimento gratuito,
voluntários treinados, tentam ajudar pessoas deprimidas.
São informações simples que podem salvar uma vida. Por isso é tão
importante ser passada á frente.
Conclusão
Os números analisados durante o trabalho, mostraram um crescimento
exacerbado nas pessoas mais jovens, entre 14 a 29 anos. É de fundamental
importância, que haja um trabalho feito pelos órgãos públicos, enfatizando as
escolas, já que boa parte desses jovens, ainda estão em idade escolar, sobre a
importância de se buscar um tratamento contra a depressão, abordando sobre
a importância do respeito pelo ser humano, independente da sua cor, opção
sexual; combatendo o bullying que muitas vezes é fator determinante para que
a estatística do suicídio aumente.
Ensinar as pessoas a identificarem, outra pessoa com problemas depressivos,
já que muitas vezes quem é acometido pela depressão, não tem forças para
buscar ajuda, é um assunto a ser priorizado pelos órgãos públicos.
É importante que os meios de comunicação veiculem informações que
favoreçam reconhecimento de pessoas com depressão; não divulgando
informações sobre suicídio, bem como divulgar os métodos utilizados, evitando
que o método possa ser copiado, por quem tem tendência suicida.
Ainda, sobre o crescente aumento que vimos nos dados referentes aos
funcionários da área da saúde, é importante que haja um programa de atenção
e acompanhamento a todos os funcionários envolvidos diretamente na linha da
frente, do cuidar a pacientes críticos.
Por fim, manterem estudos esmiuçados quantitativos e regionais; com enfoque
nos bairros, determinando não só o problema, mas situações que possam estar
elevando esses números, tais como uso de agrotóxicos, situações abusivas,
entre outros fatores que possam aumentar o número de pessoas que atentem
contra a própria vida. São medidas necessárias para que haja maior
engajamento nessas regiões, buscando a diminuição dessas estatísticas, já que
a prevenção sempre será a melhor opção de escolha para salvar uma vida.
Referências Bibliográficas:

Boletim Epidemiológico- Secretaria de Vigilância em Saúde: Ministério


da Saúde. Volume 52/Setembro 2021
Portal Hospitais Brasil
Atlas da Violência- Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
Site OPAS
Site CNN Brasil

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