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LARISSA GABRIELE DOS SANTOS MANTOVANI

A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA ATIVA COMO


PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I

**** APRESENTE O TEMA DO SEU TCC ***

Pindamonhangaba
2019
LARISSA GABRIELE DOS SANTOS MANTOVANI

A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA ATIVA COMO


PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Anhanguera de Pindamonhangaba, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Pedagogia.

Orientador: Mariana Cardoso

Pindamonhangaba
2019
LARISSA GABRIELE DOS SANTOS MANTOVANI

A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA ATIVA COMO


PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Anhanguera de Pindamonhangaba, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Pindamonhangaba, ___de novembro de ano 2019


Dedico este trabalho aos meus pais e a
toda minha família que não mediram
esforços para que eu pudesse realizar esta
conquista, apoiando-me e fazendo-me
acreditar que era capaz
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar, por me guiar e me dar forças para concluir esse
trabalho. Quantas vezes, diante das barreiras e da ansiedade pensei, em desistir, mas
Ele estava sempre ali ao meu lado me dando forças para dar continuidade aos meus
sonhos e os meus desejos. Mostrou que é possível superar as barreiras, muitas vezes
criadas por nós mesmos, e alcançar nossos sonhos.
Agradeço aos meus pais, Rosângela e Ricardo por sempre acreditar e se orgulharem
de mim. Agradeço ao meu noivo Fábio por estar sempre do meu lado, me apoiando e
por não me deixar desistir mesmo diante de situações difíceis. Agradeço minha tia
Michele, por sempre cuidar de mim e por ser alguém que eu tanto admiro, me fazendo
querer ser igual a ela.
Agradeço a minha avó Jeanne por ser a pessoa mais importante que eu tenho na vida,
por sempre dar o seu melhor para toda a família, que são minhas inspirações, meu
referencial, meu porto seguro e que sempre acreditaram no meu potencial.
Ao meu tio Anderson, que infelizmente não está entre nós, por estar sempre presente
na minha vida, me incentivando e me mostrando o que realmente importa.
Meu eterno agradecimento à todos os educadores que me orientaram, na hora que
mais precisei, por serem excelentes educadores, me propiciaram novos saberes, me
deram apoio incondicional, carinho, tiveram compreensão, paciência e dentre outras
virtudes. Agradeço à Prof.ª Mariana Cardoso por sua bondade em sempre querer
ajudar ao próximo. Fico muito agradecida por ter aceitado ler e avaliar este trabalho.
Agradeço aos colegas de trabalho pelo apoio.
Enfim, sou grata a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para realização
desta monografia.
“Não há educação sem amor. O amor
implica luta contra o egoísmo. Quem não é
capaz de amar os seres inacabados não
pode educar. Não há educação imposta,
como não há amor imposto. Quem não
ama não compreende o próximo, não o
respeita.” Paulo Freire
MANTOVANI, Larissa Gabriele dos Santos. A importância da metodologia ativa como
prática Pedagógica no ensino Fundamental.2019. 37 folhas. Trabalho de Conclusão
de Curso (Graduação em Pedagogia) – Anhanguera, Pindamonhangaba, 2019

RESUMO
A metodologia ativa é uma ferramenta que busca as melhores maneiras de colocar
em prática a produção do conhecimento, é considerado algo completamente diferente
daquilo que encontramos hoje em dia nas instituições de ensino, pois, apresentam um
modelo de aula colaborativo, com discussões e interação entre aluno-professor.
Objetivo geral, descrever as principais contribuições das metodologias ativas no
processo de ensino e aprendizagem. Metodologia utilizada: Essa pesquisa trata-se de
uma Revisão da Literatura, desenvolvido com base em material já elaborado (artigos,
livros, capítulos de livros, trabalhos completos publicados em anais de congressos, e
de outra natureza com datas 2009 a 2019 fundamentando ideias de autores), cuja
principal vantagem reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama
de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente,
tendo como os principais autores utilizados, tais como : Araújo & Sastre (2009),
Barbosa e Moura (2013), Golderg (2010), Luckesi (2011), Moran (2013), Valente
(2018). Considerações finais: Esse estudo demonstrou que a aplicação da
metodologia ativa no estabelecimento de ensino, contribui para que o aluno se
desenvolva de maneira crítica e reflexiva diante da sociedade e para a sua vida toda,
tornando-se protagonista do seu aprendizado. Nota-se, que o uso dessa Metodologia
favorece inúmeras aptidões de pensamento, como interpretar, analisar, sintetizar,
classificar, relacionar e comparar, além de propiciar motivação, proatividade e
autonomia em sala de aula, aperfeiçoando a aquisição do saber. Dessa forma, a
Metodologia Ativa promove a inclusão do aluno no sistema de ensino e aprendizagem,
tornando o aluno um agente e membro ativo na construção do saber por meio de
incentivos sobre o conhecimento e análise de problemas.

Palavras-chave: Metodologia ativa; Prática pedagógica; Ensino-aprendizagem;


Ensino Fundamental I;
MANTOVANI, Larissa Gabriele dos Santos. A importância da metodologia ativa como
prática Pedagógica no ensino Fundamental.2019. 37 folhas. Trabalho de Conclusão
de Curso (Graduação em Pedagogia) – Anhanguera, Pindamonhangaba, 2019

ABSTRACT

The active methodology is a tool that seeks the best ways to put into practice the
production of knowledge, is considered something completely different from what we
find today in educational institutions, because they present a model of collaborative
class, with discussions and interaction between student teacher. General objective, to
describe the main contributions of the active methodologies in the teaching and
learning process. Methodology used: This research is a Literature Review, developed
based on material already prepared (articles, books, book chapters, complete works
published in congress proceedings, and of other nature with dates from 2009 to 2019
substantiating ideas of authors), whose main advantage is that it allows the researcher
to cover a much wider range of phenomena than he could directly research, having as
the main authors used, such as: Araújo & Sastre (2009), Barbosa and Moura (2013),
Golderg (2010), Luckesi (2011), Moran (2013), Valente (2018). Final Considerations:
This study showed that the application of the active methodology in the educational
establishment contributes to the student's development in a critical and reflexive way
before society and for their whole life, becoming a protagonist of their learning. Note
that the use of this Methodology favors innumerable thinking skills, such as
interpreting, analyzing, synthesizing, classifying, relating and comparing, as well as
providing motivation, proactivity and autonomy in the classroom, improving the
acquisition of knowledge. Thus, Active Methodology promotes the inclusion of the
student in the teaching and learning system, making the student an agent and active
member in the construction of knowledge through incentives on knowledge and
problem analysis.

Keywords: Active Methodology; Pedagogical practice; Teaching and learning;


Elementary School I;
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Tirinha de Calvin e Haroldo – Aprendizagem significativa ...................... 15


Figura 2 – Estratégia para resolução de problema .................................................. 17
Figura 3 – Princípios que constituem as metodologias ativas ................................. 24
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2. FUNDAMENTAÇÃO DAS METODOLOGIAS ATIVAS E PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS ....................................................................................................... 13
2.1 COMO É APLICADA A METODOLOGIA ATIVA .................................................. 14
2.2 APRENDIZAGEM BASEADA POR PROBLEMA ................................................ 16
2.3 APRENDIZAGEM BASEADA POR PROJETO .................................................... 17
2.4 APRENDIZAGEM ENTRE TIMES ....................................................................... 18
2.5 SALA DE AULA INVERTIDA ................................................................................ 19
2.6 ESCOLA DA PONTE ........................................................................................... 20
2.7 ESCOLANOVISMO ............................................................................................. 22

3 METODOLOGIAS DE ENSINO DA PEDAGOGIA ATIVA E DA PEDAGOGIA


TRADICIONAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL I .............................................. 23
3.1 METODOLOGIAS ATIVAS CONTRIBUINDO COM A APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA ........................................................................................................ 25
3.2 PEDAGOGIA TRADICIONAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL I .................... 26

4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE, SEUS CONHECIMENTOS E


USO DAS METODOLOGIAS ATIVAS...................................................................... 28
4.1 BENEFÍCIOS DE TRABALHAR COM AS METODOLOGIAS ATIVAS ................. 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 34


REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35
11

1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, compreende-se que os métodos utilizados para o ensino são
tão pertinentes quanto os assuntos referentes a aprendizagem. Dessa forma, o
mecanismo de ensino tradicional transforma-se em alvo de especialistas não só da
área da Educação, mas de toda a comunidade intelectual que busca reconhecer suas
deficiências e procuram indicar novas metodologias de ensino-aprendizagem.
Observa-se que a utilização das metodologias ativas de ensino-aprendizagem
pode acontecer em diversos campos da educação, com inúmeras formas de aplicação
e benefícios altamente desejados na área da educação. Assim, identificam-se
diferentes modelos e estratégias para sua operacionalização, constituindo alternativas
para o processo de ensino aprendizagem, com diversos benefícios e desafios, nos
diferentes níveis educacionais.
Logo, essa pesquisa justifica-se, pois, a metodologia ativa é uma ferramenta
que coloca o estudante como agente principal do próprio crescimento e
aprendizagem. O uso dessas metodologias possibilita que a aprendizagem ocorra de
forma significativa, com maior interação e comprometimento. O processo de ensino
se torna mais dinâmico, fazendo com que o aluno deixe de ser agente passivo e passa
a ser um membro ativo, dessa forma se sentem mais motivados e interessados.
Na pedagogia tradicional o professor é o ator principal, responsável por
transmitir o conhecimento e o aluno se limita a apenas escutar e memorizar os
conteúdos. Com a metodologia ativa o professor é um facilitador da discussão e
propositor de desafios, enquanto o aluno se transforma em um agente questionador,
ele colabora com suas opiniões e ideias, participa de debates, trabalha em equipes,
promove pesquisas, executa atividades diferenciadas e faz conexões entre os
conteúdos de sala de aula com os acontecimentos do dia a dia. Essas metodologias
asseguram o desenvolvimento das capacidades de pesquisa, observação e visão
crítica, tornando o conhecimento mais amplo e aprofundado.
Desta forma, para realizar esta pesquisa partimos do seguinte problema: Como
os docentes desenvolvem competências para trabalharem com as metodologias
ativas no ensino fundamental I?
O presente trabalho apresenta como objetivo geral descrever as principais
contribuições das metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem, sendo
os objetivos específicos: refletir sobre os fundamentos da metodologia de ensino ativa
12

e sobre o Escolanovismo, fundamentar sobre os conceitos das metodologias de


ensino da pedagogia ativa e da pedagogia tradicional para o ensino fundamental I e
contextualizar a prática docente, seus conhecimentos e uso das metodologias ativas.
Essa pesquisa trata-se de uma Revisão da Literatura, que segundo GIL (2002),
desenvolvido com base em material já elaborado (artigos, livros, capítulos de livros,
trabalhos completos publicados em anais de congressos, e de outra natureza com
datas 2009 a 2019 fundamentando ideias de autores), cuja principal vantagem reside
no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais
ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.
Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi analisar a importância de se
trabalhar a metodologia ativa como prática pedagógica no ensino fundamental I e
construir um material que possa auxiliar outros profissionais na área de Educação do
ensino regular.
13

2. FUNDAMENTAÇÃO DAS METODOLOGIAS ATIVAS E PRÁTICAS


PEDAGÓGICAS

De acordo com a literatura, é fundamental que ocorram modificações


curriculares, prevendo a mudança da disciplinaridade para a interdisciplinaridade.
Assim, serão apresentadas novas estratégias de ensino-aprendizagem, como as
metodologias ativas, consideradas um novo desafio para a formação de professores
do futuro (ARAÚJO & SASTRE, 2009).
Metodologia é o estudo dos métodos, significa um caminho ou via para a
realização de algo. É uma ferramenta que busca as melhores maneiras de colocar em
prática a produção do conhecimento. A metodologia ativa é algo completamente
diferente daquilo que encontramos hoje em dia nas instituições de ensino, pois,
apresentam um modelo de aula colaborativo, com discussões e interação entre aluno-
professor.
Sobre o uso das metodologias ativas Valente (2018), salienta que:

O fato de elas serem ativas está relacionado com a realização de práticas


pedagógicas para envolver os alunos, engajá-los em atividades práticas nas
quais eles sejam protagonistas da sua aprendizagem. Assim, as
metodologias ativas procuram criar situações de aprendizagem nas quais os
aprendizes possam fazer coisas, pensar e conceituar o que fazem e construir
conhecimentos sobre os conteúdos envolvidos nas atividades que realizam.
(VALENTE, 2018, p. 28).

Desse modo fica claro que as metodologias ativas viabilizam capacidades de


metodologias de ensino que coloquem os alunos em permanente vivência com
“movimento”, assumindo uma postura de construtor do conhecimento. Logo, entende-
se que as metodologias ativas podem exibir boas perspectivas para a inovação no
ensino.
De acordo com Valente (2018), a aprendizagem Ativa é um conjunto de práticas
pedagógicas que discute a questão das técnicas clássicas de aprendizagem. O aluno
se encontra no centro do processo de aprendizagem e deve se engajar de maneira
ativa na aquisição do conhecimento, que será de sua responsabilidade. Essa
abordagem estimula a aptidão em resolver problemas, colaboração dos indivíduos, o
aprendizado envolvente, empatia, confiança, senso crítico e o protagonismo. O
14

principal objetivo é incentivar os alunos para que aprendam de forma autônoma e


participativa, a partir de situações e problemas reais. (VALENTE, 2018)
Para que funcione, o professor deve ser o primeiro a ter uma mudança radical
na sua atuação, ter atitude inovadora, se transformando em um verdadeiro orientador
de estudos, compreender o que é ser mediador e trabalhar em cima disso,
desenvolver suas competências e sair da sua zona de conforto, mapeando as
necessidades e dificuldades de cada aluno, se fazendo mais presente e abrindo um
caminho com abordagens individualizadas.
Segundo José Moran (2013), (ARAÚJO & SASTRE, 2009).

As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se


queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias
em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em
que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de
materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam
experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa.
(MORAN, 2013, p.17).

2.1 COMO É APLICADA A METODOLOGIA ATIVA

Sabe-se, que por anos vem sendo discutido a importância de melhorar os


métodos de ensino das instituições, pois, esse método além de gerar experiências
importantes, também contribui para o desenvolvimento social dos alunos, passando
os mesmos apresentar autonomia sobre o aprendizado do conteúdo ministrado,
transformando o tempo na escola mais atrativos e significativo.

Quando aprendemos a fazer algo, realizamos a tarefa sem pensar muito a


respeito, somos aptos a nos impulsionar espontaneamente à realização das
tarefas, nem sempre sendo dessa forma. Todas as experiências, sejam
agradáveis ou não, contêm um elemento de surpresa, quando algo não está
de acordo com nossas expectativas, podemos responder à ação colocando a
situação de lado, ou podemos responder a ela por meio da reflexão, tendo
esse processo duas formas: refletir sobre a ação, examinando
retrospectivamente o que aconteceu e tentando descobrir como nossa ação
pode ter contribuído para o resultado, ou refletir no meio da ação, sem
interrompê-la, chamando esse processo de reflexão-na-ação. Nesse
momento, nosso pensar pode dar uma nova forma ao que estamos fazendo
enquanto ainda estamos fazendo, portanto estamos refletindo-na-ação
(SCHÖN, 2000, p. 32).

Percebe-se que a partir das observações das práticas profissionais, a conversa


reflexiva que ocorre durante a ação junto com outros participantes ou colegas é o
centro da reflexão sobre a prática, desse modo esses diálogos meditativos podem
15

auxiliar para tomada de soluções, percepção e troca de experiências (Romanowsky e


Dorigon 2008).
No que tange à educação profissional, percebe-se que essa temática tem sido
abordada especialmente pelos movimentos de reflexão e reestruturação das novas
organizações curriculares e percursos formativos, “com ênfase em metodologias de
aprendizagem voltadas para a construção de competências profissionais” (BARBOSA;
MOURA, 2013).
Desse modo, manifesta-se o questionamento sobre qual tipo de aprendizagem
é imprescindível para a educação profissional. Golderg (2010), salienta que os tipos
de aprendizagem diversificam em função do tipo da área do saber correspondente.
Conforme o autor mencionado, para a área tecnológica, por exemplo, há sete
aspectos elementares para a formação dos estudantes: (i) construção de perguntas
relevantes; (ii) definição de objetos tecnológicos; (iii) estruturação qualitativa de
processos e sistemas; (iv) decomposição de sistemas complexos em subsistemas; (v)
realizar procedimento de coleta de dados; (vi) reflexão, argumentação e construção
de novas ideias; e (vii) habilidades de escrita e leitura (GOLDERG, 2010).

Figura 1 – Tirinha de Calvin e Haroldo – Aprendizagem significativa

Fonte:http://1.bp.blogspot.com/Gen9C0qKKq4/UUFKNj3W_5I/AAAAAAAAADg/U_KLgyTkXQ8/s1600/
aprcalvin.jpg

Dessa forma, constata-se que a função do professor em um estabelecimento


escolar, é fundamental nas ações para compreender os processos de construção do
conhecimento que têm a mediação e a interação como pressupostos fundamentais
para que se inicie a aprendizagem significativa. (BORGES, 2014)
Observa-se que os professores estão presentes em sala de aula, não apenas
para lecionar o conteúdo, mas também desempenhando um papel fundamental na
vida dos alunos, dando apoio, encorajando e construindo um bom relacionamento.
16

Com essa estratégia de ensino, possibilita uma maior interação, criando um vínculo
mais forte, podendo estar perto para esclarecer as dúvidas e trabalhar cada
dificuldade de modo individual.

Os alunos contam com a presença de materiais lúdicos, jogos, debates,


vídeos, entre outros recursos, que incentivam a observação, raciocínio,
pensamento e reflexão dos estudantes. Já o professor, que tem um currículo
a cumprir, se vê num ambiente mais descontraído e flexível. Sabe-se que
cada aluno tem um ritmo e aprende no seu tempo, muitas das vezes, alguns
não compreendem totalmente o conteúdo administrado, por isso, quando
usamos a metodologia ativa, transferimos o controle da situação para os
alunos, ele tem toda a capacidade de se organizar e otimizar seu aprendizado
de modo a estimular “tomadas de decisões individuais e coletivas, advindos
das atividades essenciais da prática social e em contextos do estudante”
(BORGES; ALENCAR, 2014, p.119-120).

Através das ideias dos autores, constata-se que jogos, brincadeiras, vídeos e
outros recursos são excelentes oportunidades de mediação entre o prazer e o
conhecimento. Desse modo, o pensamento, ou reflexão, é o discernimento da relação
entre o que tentamos fazer e o que acontece como consequência. Se não tivermos
abertura intelectual, não é possível uma experiência significativa, e, sendo assim
percebemos dois diferentes tipos de experiência conforme a proporção que damos à
reflexão, denominadas pelos psicólogos com o experiência e erro. (DEWEY, 1979,
p.165).

2.2 APRENDIZAGEM BASEADA POR PROBLEMA

O conhecimento fundamentado em problema é um método utilizado, onde


percebe-se que os estudantes aprendem por meio da solução colaborativa de
desafios, sendo esse conceito evidenciado na parte teórica da solução do caso. À
vista disso, os alunos são capazes de construir o aprendizado conceitual,
procedimental e atitudinal. "O ensino e aprendizagem dos conhecimentos elaborados
e em elaboração pela ciência, pela filosofia e pelas artes são recursos fundamentais
para a ampliação da consciência" (LUCKESI, 2011, p.55).
17

Figura 2 – Estratégias para a resolução de problema.

Reunir/organi
Identificar
zar
- Qual a
- O que eu sei
tarefa?
sobre isto?

Aprender Gerar
com a - Em
experiênci quantas
a ideias eu
- O que eu consigo
aprendi pensar?

Comunicar
Decidir
-se
- Qual a
- Vamos
melhor
contar a
ideia?
alguém

Avaliar
Implemen
- Qual foi o
tar
meu
- Mãos à
desempen
obra
ho?

Fonte: VICKERY, Anitra. Aprendizagem Ativa: Nos anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre:
Penso, 2016. 252p.

De acordo com a autora Vickery (2016), esse tipo de metodologia permite que
o aluno faça uso das tecnologias e outros recursos para ampliar os estudos, além de
incentivar a habilidade de investigação, reflexão, visão crítica e criatividade. O
professor atua como mediador, provocando, estimulando e instigando o aluno a
buscar as relações por si só.

2.3 APRENDIZAGEM BASEADA POR PROJETO

Aprender através de um projeto é diferente de realizar um projeto. O ponto de


partida para trabalhar com esse modelo é o interesse dos alunos, já que os mesmos,
por meio de experiências, precisam desenvolver competências necessárias para que
sejam capazes de criar um projeto demandado pelo professor. Sendo assim, ele se
torna um recurso de aprendizagem, com o objetivo de adquirir conhecimento,
habilidades e atitudes necessárias para ser concluído com êxito.
18

Segundo Dewey (1859-1952), “O aprendizado se dá quando compartilhamos


experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras
ao intercâmbio de pensamento”. O professor deve planejar o projeto com foco em
qual tipo de experiência que ele deseja proporcionar aos seus alunos, ao mesmo
tempo, deve guia-los durante um intenso processo de pesquisa, mediar os conflitos e
impasses dentro da turma, sugerir caminhos e estar constantemente questionando as
tomadas de decisões dos alunos.
Para fomentar as ideias do papel do professor, convém mencionar os ideais de
Moran (2015), segundo o qual o professor que se utiliza do método ativo tem o papel
de curador e de orientador:

Curador, que escolhe o que é relevante entre tanta informação disponível e


ajuda a que os alunos encontrem sentido no mosaico de materiais e
atividades disponíveis. Curador, no sentido também de cuidador: ele cuida de
cada um, dá apoio, acolhe, estimula, valoriza, orienta e inspira. Orienta a
classe, os grupos e a cada aluno. Ele tem que ser competente
intelectualmente, afetivamente e gerencialmente (gestor de aprendizagens
múltiplas e complexas). Isso exige profissionais melhor preparados,
remunerados, valorizados. Infelizmente não é o que acontece na maioria das
instituições educacionais. (MORAN, 2015, p. 24)

Nessa conjuntura, deve-se potencializar ininterrupto saberes relacionais e


emocionais de educadores e educandos, através de um programa sistematizado de
educação socioemocional, fomentando o processo de aprendizagem personalizado
dos educandos, proporcionando sua autonomia e esquivando-se da reprodução
automática de práticas pedagógicas engessadas se perpetue em sala de aula.

2.4 APRENDIZAGEM ENTRE TIMES

Esse modelo foca no trabalho em conjunto, na formação de equipes, uma


concepção que privilegia o fazer em conjunto para compartilhar ideias. O professor
trabalha através de estudos de caso ou projetos, para que os alunos resolvam os
desafios de forma colaborativa. Os estudantes aprendem uns com os outros,
fortalecendo o pensamento crítico que é construído por meio de discussões e
observações entre os grupos.
19

Para enfatizar essa ideia, Dewey (1859-1952) declara que:

Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças


passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse
contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o
maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o
destino do grupo a que pertencem. ”

Através das ideias do autor mencionado, nota-se que a democracia era


defendida não só no campo institucional, mas também no interior das escolas, o
mesmo autor acreditava que escolas que atuavam dentro de uma linha de obediência
e submissão não eram efetivas quanto ao processo de ensino-aprendizagem.

2.5 SALA DE AULA INVERTIDA

Segundo a literatura, a sala de aula invertida é considerada um apoio para


trabalhar com as metodologias ativas, sendo seu objetivo substituir a maioria das
aulas expositivas, com recursos variados, conteúdos virtuais e diferentes ambientes.
Desse modo, considera-se que quando o estudante tem acesso aos conteúdos de
maneira antecipada, chega na sala de aula com um conhecimento prévio sobre o que
será discutido, tendo mais tempo para interagir com os colegas e tirar apenas as
dúvidas com os professores. (SACRISTÁN; GÓMEZ, 2000)
Desse modo, afirma Freire (2015):

Percebe-se, assim, a importância do papel do educador, o mérito da paz com


que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar
os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo. Daí a impossibilidade de
vir a tornar-se um professor crítico se, mecanicamente memorizador, é muito
mais um repetidor de frases e de ideias inertes do que um desafiador.
(FREIRE, 2015, p.29)

É fundamental que o docente seja um professor reflexivo, pois a formação


docente reflexiva promove as mudanças necessárias para uma interação crítica entre
professor e aluno, não somente os conteúdos a serem ensinados, mas a
problematização da prática docente. (SCHÖN, 2000)
Nota-se que os estudos de Schön (2000), têm colaborado muito no que se
refere as conferências que tratam sobre as reformas curriculares dos cursos de
licenciatura. Isso tudo é equivalente às diversas causas, sendo a principal delas “a
necessidade de formar profissionais capazes de ensinar em situações singulares,
20

instáveis, incertas, carregadas de conflitos e de dilemas, que caracteriza o ensino


como prática social em contextos historicamente situados” (PIMENTA, 2002, p. 21).
Para Bergman e Sams (2016), o conceito de sala de aula invertida consiste,
basicamente, em inverter o que é feito em sala de aula, que agora é executado em
casa, e o que é tradicionalmente feito em casa, agora é realizado em sala de aula.
Porém, significa muito mais que isso

Não existe uma única maneira de inverter a sala de aula – não há essa coisa
de a sala de aula invertida. Não existe metodologia específica a ser replicada,
nem checklist a seguir que leve a resultados garantidos. Inverter a sala de
aula tem mais a ver com certa mentalidade: a de deslocar a atenção do
professor para o aprendiz e para a aprendizagem. Todo professor que optar
pela inversão, terá uma maneira distinta de colocá-la em prática (BERGMAN;
SAMS, 2016, p.10).

De acordo com os estudos, os autores mencionados são considerados os


criadores da sala se aula invertida, eles revelam os benefícios de utilizar essa
metodologia. Segundo os autores, quando os docentes utilizam o método da sala
invertida, possibilita que eles fiquem mais perto da realidade dos alunos,
possibilitando a dedicação; esclarecendo dúvidas; intensificando a relação professor-
aluno; favorecendo que os professores conheçam melhor os alunos; intensificando a
interação aluno-aluno; ocasionando a verdadeira diferenciação de modo que possam
atender à diversidade dos alunos existentes em sala de aula; muda o gerenciamento
da sala de aula, com os alunos mais envolvidos nas atividades; torna a aula mais
transparente; é uma ótima ferramenta na ausência dos professores.

2.6 ESCOLA DA PONTE

A Escola da Ponte é uma instituição da rede pública na cidade de Porto em


Portugal, seu idealizador é o educador e pedagogo português, José Pacheco, que
fundou a escola em 1976. José Pacheco enfatiza um modelo de ensino que foge dos
parâmetros tradicionais. A escola é baseada na liberdade, responsabilidade e
solidariedade. Os alunos não são separados por turmas ou ciclos, não faz o uso de
provas, reprovações e delimitação de horários.
Fica a critério da criança o que e com quem estudar. Os professores não
necessitam de nada além da graduação já exigida no modelo tradicional, apenas tem
que estar preparados para mudanças. Existe uma avaliação continuada e auto
21

avaliação. Essa metodologia utilizada pela escola reconfigura suas práticas e viabiliza
uma educação integral.
Ajello (2005), ressalta que o professor se torna responsável por promover o
intercâmbio coletivo entre os estudantes, atuando como agente promotor do
movimento do saber atual para o saber a ser alcançado, evidenciando o
desenvolvimento cognitivo frente às discussões em relação às diversas formas de
intervenção social.

Lá não há séries, ciclos, turmas, anos, manuais, testes e aulas. Os alunos se


agrupam de acordo com os interesses comuns para desenvolver projetos de
pesquisa. Há também os estudos individuais, depois compartilhados com os
colegas. Os estudantes podem recorrer a qualquer professor para solicitar
suas respostas. Se eles não conseguem responder, os encaminham a um
especialista. Não há salas de aula, e sim lugares onde cada aluno procura
pessoas, ferramentas e soluções, testa seus conhecimentos e convive com
os outros. São os espaços educativos. Hoje, eles estão designados por área.
Na humanística, por exemplo, estuda-se História e Geografia; no pavilhão das
ciências fica o material sobre Matemática; e o central abriga a Educação
Artística e a Tecnológica. (José Pacheco, 1951, p. 56).

Diante deste modelo de ensino, os alunos podem aprender a usar sua


curiosidade e a capacidade de investigação a favor da construção do conhecimento.
Cotta et al. (2012), ressalta que a metodologia ativa de aprendizagem é vista como
técnica extensa e apresenta como fundamental característica a inserção do discente
como administrador principal responsável pela sua aprendizagem, envolvendo-se com
seu aprendizado. Conforme Barbosa e Moura (2013) a aprendizagem significativa
ocorre quando:

O aluno interage com o assunto em estudo – ouvindo, falando, perguntando,


discutindo, fazendo e ensinando – sendo estimulado a construir o
conhecimento ao invés de recebê-lo de forma passiva do professor. Em um
ambiente de aprendizagem ativa, o professor atua como orientador,
supervisor, facilitador do processo de aprendizagem, e não apenas como
fonte única de informação e conhecimento (BARBOSA; MOURA, 2013, p.55).

Desse modo, observa-se que o discente produz seu próprio conhecimento em


vez de obtê-lo de forma passiva do docente, adquirindo aptidões para questionar e
manifestar-se na realidade com muito mais domínio, sendo possível usar a
problematização como estratégia de ensino-aprendizagem, corroborando no discente
a competência dele saber ouvir, ver, perguntar, discutir, fazer e ensinar.
22

2.7 ESCOLANOVISMO

O Escolanovismo no Brasil começou por volta da década de 1920. Foi


considerado um movimento de renovação no ensino, tendo em destaque o filósofo e
pedagogo John Dewey (1859-1952). Dewey acreditava que a educação seria o único
elemento capaz de construir uma sociedade democrática, que respeita a
multiculturalidade e a individualidade de cada sujeito.
Conforme Saviani (2009), o ideário da Escola Nova desenvolveu-se no Brasil
no momento em que o país sofria importantes mudanças econômicas, políticas e
sociais. O entendimento sobre escolanovismo tinha forte convicção no poder da
escola enquanto instituição preparada para consertar as deturpações sociais
exteriorizas pela adversidade da marginalidade. (SAVIANI, 2009)
Segundo o autor citado, a instituição escolar então era compreendida como
panaceia, logo, se o ambiente escolar não exerce seu papel de social o problema
habitava no tipo de escola proposta até então, isto é, o problema era a escola
tradicional. Deste modo, o pensamento escolanovista é construído sob à crítica escola
tradicional. (SAVIANI, 2009)
Saviane (2009), ressalta que principais características do Escolanovismo se
concentram em colocar o aluno no centro do seu processo de ensino. O professor
torna-se um facilitador, enfatiza as experiências dos alunos e o conteúdo passa a ser
compreendido e não decorado. Uma das principais contribuições do Escolanovismo
para a pedagogia foi sua organização dos métodos de ensino diferenciados e ativos.

O conhecimento, em lugar de ser transmitido pelo professor para


memorização, emergia da relação concreta estabelecida entre os alunos e
esses objetos ou fatos, devendo a escola responsabilizar-se por
incorporar um amplo conjunto de materiais. (VIDAL, 2003, p. 509).

Dessa forma, fica claro o quanto a metodologia ativa é importante na vida dos
alunos e professores, já que a aprendizagem ocorre de maneira simbiótica e profunda.
O poder “fazer você mesmo” cria responsabilidade e aptidão em resolver problemas
nos alunos. É preciso estar consciente das mudanças no ambiente escolar e fazer
parte dessa mudança, tornando a aprendizagem significativa e relevante.
23

3 METODOLOGIAS DE ENSINO DA PEDAGOGIA ATIVA E DA PEDAGOGIA


TRADICIONAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL I

De acordo com a literatura, o uso da metodologia de ensino da pedagogia ativa,


concerne a algo que não é considerado atual, sendo assim, refere-se a uma
abordagem de ensino com ensinamentos teóricos indispensáveis, onde os
professores fazem a utilização em maior ou menor proporção de técnicas de ensino.

O método envolve a construção de situações de ensino que promovam uma


aproximação crítica do aluno com a realidade; a opção por problemas que
geram curiosidade e desafio; a disponibilização de recursos para pesquisar
problemas e soluções; bem como a identificação de soluções hipotéticas mais
adequadas à situação e a aplicação dessas soluções. Além disso, o aluno deve
realizar tarefas que requeiram processos mentais complexos, como análise,
síntese, dedução, generalização (MEDEIROS, 2014, p. 43).

Dessa maneira, observa-se que as metodologias ativas constituem-se numa


idealização educativa que incentiva técnicas de ensino e de aprendizagem sobre um
ponto de vista que seja questionador e reflexivo, em que o aluno tenha um papel ativo
e é coparticipante pelo seu próprio aprendizado. (MEDEIROS, 2014)
Conforme Abreu (2009), a natureza dessas metodologias ativas, tiveram os
primeiros indícios na composição do filósofo Emílio de Jean Jacques Rosseau (1712-
1778), que foi considerado o primeiro acordo sobre filosofia e educação do mundo
ocidental e na qual a experiência atribui-se evidência em detrimento da teoria.
Segundo o autor mencionado, esse tipo de metodologia, tem sido propagado em
diversas universidades e vem apresentando diferenciais em organizações brasileiras
que introduziram este referencial em sua instituição.
Dewey (1978), mediante ao seu ideário da Escola Nova, teve grande
intervenção nessa ideia ao resguardar que a aquisição ocorre pela atuação, colocando
o aluno no centro dos processos de ensino e de aprendizagem. Nesse sentido, é
imprescindível que se coloque as metodologias ativas numa perspectiva de estimular
o aprendizado dos estudantes, colocando-os no centro do processo. Esse tipo de
metodologia, apresenta-se como o inverso do método tradicional, que primeiro
apresenta a teoria e dela parte, o método ativo busca a prática e dela parte para a
teoria. (ABREU, 2009)
Souza; Iglesias e Pazin-Filho (2014, p. 285), ressaltam que para seguir o
caminho da Metodologia ativa existe uma “migração do ‘ ensinar ’ para o ‘ aprender’,
24

o desvio do foco do docente para o aluno, que assume a corresponsabilidade pelo


seu aprendizado”. Segundo os autores mencionados, quando o discente apresenta
uma interação no processo de construção do próprio conhecimento, o mesmo passa
a ter mais domínio e atuação na sala de aula, demandando dele ações e construções
mentais diversas, como por exemplo: leitura, pesquisa, comparação, observação,
imaginação, obtenção e organização dos dados, elaboração e confirmação de
hipóteses, classificação, interpretação, crítica, busca de suposições, construção de
sínteses e aplicação de fatos e princípios a novas situações, planejamento de projetos
e pesquisas, análise e tomadas de decisões. (SOUZA; IGLESIAS; PAZIN-FILHO,
2014)
Todavia, com o propósito de elucidar o que se entende por uma abordagem
pautada em metodologias ativas de ensino, apresenta-se a Figura 1, a seguir, que
sintetiza seus principais conceitos que constituem as metodologias ativas.

FIGURA3 – Princípios que constituem as metodologias ativas

Aluno centro do
ensino e
aprendizagem

Professor:
mediador, autonomia
facilitar,
ativador

Metodologia
inovação ativas reflexão

Trabalho em Problematização
equipe da realidade

Fonte: Diesel, Marchesan e Martins (2016)


25

De acordo com os autores, as Metodologias Ativas são ferramentas de ensino


que destinam-se a aquisição de maior volume de conteúdo, viabilizando a
aprendizagem significativa, resultando em discentes mais confiantes e determinados
no emprego do conhecimento, demandam de mudanças nas particularidades dos
docentes.

3.1 METODOLOGIAS ATIVAS CONTRIBUINDO COM A APRENDIZAGEM


SIGNIFICATIVA

Diesel, Marchesan e Martins (2016), salientam que a metodologias ativas


contribuem de forma significativa para a evolução da autonomia e motivação dos
alunos. Conforme os autores citados, ao passo que contribui o sentimento de pertença
e de conivência, haja visto que o efeito de teorizar deixa de ser o ponto de partida e
passa a ser o ponto de chegada, dado os diversos rumos e expectativas que a
realidade histórica e cultural dos indivíduos deriva.
Por esse ângulo de compreensão é que se dispõe as metodologias ativas como
uma alternativa de impulsionar o aprendizado dos discentes, posicionando-os no
centro do processo, no lugar de expectador, aplicada na maioria dos modelos
pedagógicos. (DIESEL; MARCHESAN; MARTINS, 2016)
Segundo Moreira (2011),

[...] independentemente do quão potencialmente significativo seja o material


a ser aprendido, se a intenção do aprendiz for simplesmente a de memorizá-
lo, arbitrária e literalmente, tanto o processo de aprendizagem como seu
produto serão mecânicos (ou automáticos). De maneira recíproca,
independentemente de quão disposto para aprender estiver o indivíduo, nem
o processo nem o produto de aprendizagem são significativos, se o material
não for potencialmente significativo. (MOREIRA, 2011, p. 156)

Assim sendo, para que a aprendizagem seja significativa, é fundamental que o


docente considere o conhecimento prévio do aluno, a capacidade do material e a
disposição do aprendiz em aprender, assim, que se caracteriza a proximidade com o
método ativo. Nota-se, que emprego das metodologias ativas rompe com o modelo
tradicional de ensino e consiste em uma pedagogia complexa, onde o aluno é
incentivado a assumir uma postura ativa em seu processo de aprender.
De acordo com Saint-Onge (2001), o processo de ensino determina uma
relação diferenciada com o educando, onde se observa uma rota de construção do
26

saber. Assim sendo, refere-se a uma relação que provoca o processo de


aprendizagem em função das capacidades particulares de cada indivíduo, pois a
significação do ensino depende do sentido que se dá à aprendizagem e a significação
da aprendizagem depende das atividades geradas pelo ensino.

3.2 PEDAGOGIA TRADICIONAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL I

Mizukami (2007), salienta que as práticas da concepção da pedagogia


tradicional são consideradas como a capacidade de memorização, desse modo, os
discentes passavam ser classificados como não inteligentes por não conseguirem
memorizar. Assim, a inteligência era vista como uma forma de armazenar e aglomerar
informações, quanto mais informações um indivíduo armazenasse, mais inteligente
era considerado.
Conforme Luckesi (2011), para refletir sobre a pedagogia tradicional, deve-se
considerar no que em geral se pensa quando se fala em avaliação. O autor
mencionado evidencia quatro pontos que são pertinentes de muitos educadores a
respeito do assunto que se trata sobre “avaliação”, 1. Efetuar um questionário, para
reunir informações sobre a ação dos alunos. 2. Estabelecer que os alunos respondam
ao questionário, o professor deve seguir o seguinte procedimento: colocar todos
sentados e distantes uns dos outros para não colarem, distribuir o questionário,
inspecionar os alunos durante a realização da atividade para evitar a “cola” e recolher
o documento com as respostas. 3. Corrigir cada um dos questionários, outorgando
uma nota classificatória. 4. No final, anotar tudo na caderneta. (LUCKESI, 2011, p.
223-224)
Em sua literatura Luckesi (2011), evidencia uma prática que permanece há
anos na educação brasileira e demonstra bem a concepção da avaliação na
abordagem tradicional: a de reprodução do conteúdo trabalhado na escola. Desse
modo, nesse tipo de metodologia, não compete ao discente meditar, meramente
reproduzir as informações no seguimento em que estas lhe foram apresentadas.
Ainda segundo o autor Luckesi (2011), os fatores mais fundamentais na
avaliação eram quantificáveis, a base da avaliação nesse pensamento era realmente
a mensuração e, nessa conjuntura, atribuir uma nota classificatória era fundamental.
Por muitos anos, várias escolas públicas utilizaram uma listagem classificatória
de desempenho dos seus alunos como forma de incentivá-los a prosseguir na busca
27

pelas melhores notas. Nessa circunstância, castigos físicos e humilhações eram


práticas que os professores utilizavam tanto para disciplinar o comportamento do
aluno em sala de aula quanto para repreendê-lo por um desempenho inadequado aos
padrões vigentes. (LUCKESI, 2011)
Conforme o autor citado, a pedagogia tradicional concerne à frequência da
avaliação: em tese, esta era executada ao final de períodos de aula bimestrais,
semestrais, anuais, sendo caracteriza como um fator do final do processo. Luckesi,
(2011), ressalta que ao término de um ensinamento, os docentes faziam com que os
alunos repetissem as atividades cansativamente, e em coro. Logo após a
memorização, eles aplicavam uma “prova”, que se resumia em solicitar que os alunos
repetissem oralmente aquilo que haviam memorizado.
Lamentavelmente, a pedagogia tradicional ainda é vista atualmente e vigora
em vários estabelecimentos escolares. Mesmo com o impedimento de castigos físicos
e humilhações, como consta no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), muitas
instituições de ensino ainda acabam fazendo do momento da avaliação uma coleta de
informações meramente decoradas, sem qualquer ligação significativa com os alunos
ou relação com a vivência deles.
Mikukami (2007), salienta que na abordagem tradicional, o entendimento
referente a avaliação era essencialmente aquele em que o discente deveria plagiar o
conteúdo exposto pelo docente, que, por sua vez, deveria medir o desempenho deste
em erros e acertos. Consequentemente, avaliações, exames, chamadas orais e
exercícios eram bastante evidenciados, uma vez que possibilitavam que os alunos
reproduzissem com exatidão as informações recebidas.
28

4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE, SEUS CONHECIMENTOS E


USO DAS METODOLOGIAS ATIVAS.

Através dos estudos, nota-se que quando os docentes utilizam suas práticas
de forma estruturada, podem favorecer diversos incentivos aos discentes, como: um
melhor entendimento dos conteúdos tratados; contribuição entre a teoria e a prática;
faz com que os discentes auxiliem uns aos outros, intervindo no mundo a sua volta,
sendo dessa forma, mais crítico, participando de forma ativa nas aulas (MORAM,
2104)
Segundo o autor citado, os docentes necessitam modernizar o ensino. Sendo
assim, essa modernização só será viável, se tiver uma incessante ponderação dos
docentes, sobre seu desempenho, bem como, debate, pesquisa universitária,
referentes as medidas tomadas por algumas organizações para que os discentes
tenham satisfação em aprender, passando a ter uma aprendizagem mais significativa.
Conforme Lopes e Borba (1994), quando o docente desenvolve as
metodologias ativas na instituição escolar, o mesmo favorece no processo de ensino
e aprendizagem podendo esclarecer para que “[...] talvez, possamos falar menos em
ensino e escolarização e mais em educação” (LOPES; BORBA, 1994, p. 59).
Dessa forma, os discentes terão a chance de serem os próprios agenciadores
e construtores do seu conhecimento. Por conseguinte, eles começarão a meditar,
julgar, averiguar, refletir e terão estabelecimento escolar mais confiante. Logo, a
utilização de metodologias ativas no ensino, busca transformar a forma com que a
maioria dos professores atuam. (MORAM, 2015)
Mediante os estudos, verifica-se que esses esclarecimentos também se
apresentam ao encontro da afirmação de Freire (1996), sobre a relevância da reflexão
a respeito da prática no processo de formação docente:

[…] o que se precisa é possibilitar que, voltando-se sobre si mesma, através


da reflexão sobre a prática, a curiosidade ingênua, percebendo-se como tal,
se vá tornando crítica. Por isso, na formação permanente dos professores, o
momento fundamental na formação permanente dos professores é o da
reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou
de ontem, que se pode melhorar a próxima prática (FREIRE, 1996, p. 43).

Portanto, fica claro nos dizeres do autor que é fundamental que os docentes
sejam críticos sobre a prática, sendo assim fundamental que esses profissionais no
decorrer da prática de ensino, acrescentem várias metodologias de ensino. Dessa
29

maneira, será dado ocasiões diferentes, para que possam expressar seus saberes,
mesmo que estes sejam provenientes de senso comum. (DCN, 2008)
Conforme a literatura, os documentos oficiais da SEED-PR referem-se à
emergência de mudança no ensino contemporâneo, conforme Brancalhão (2008)

“é unânime entre os educadores a consciência de que o ensino


exclusivamente informativo, centrado no professor, representado pela aula
expositiva, ou por meio de textos ou figuras está fadado ao fracasso,
estabelecendo-se um clima de apatia e desinteresse, impedindo a interação
necessária ao verdadeiro aprendizado” (BRANCALHÃO, 2008).

Embora compreende-se que o estabelecimento escolar deve ser conhecido


como um ambiente de enfrentamento e conversa, é primordial que no decorrer da
prática de ensino sejam introduzidas diferentes metodologias, dando abertura aos
alunos de expressar seus conhecimentos, mesmo que sejam advindos de senso
comum. (DCN, 2008)
Em concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais (2008), as
metodologias ativas auxiliam para o estímulo das funções mentais de pensar,
raciocinar, observar, refletir, entender e combinar dos alunos. Segundo Barbosa e
Moura (2013)

[...] aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage com o assunto em


estudo – ouvindo, falando, perguntando, discutindo, fazendo e ensinando –
sendo estimulado a construir o conhecimento ao invés de recebê-lo de forma
passiva do professor. Em um ambiente de aprendizagem ativa, o professor
atua como orientador, supervisor, facilitador do processo de aprendizagem, e
não apenas como fonte única de informação e conhecimento (BARBOSA;
MOURA, 2013, p.55).

Dessa maneira, nota-se que neste ambiente escolar o docente também tem
que colocar-se em posição ativa, buscando sempre estar atualizado, pesquisando
conhecimentos, explanando de formas distintas, fazendo correlação, selecionando
terminologias apropriadas. Sendo assim, o êxito de qualquer uma delas dependerá de
uma drástica alteração na atuação do professor em sala de aula.
Todavia, a modificação no ensino-aprendizagem, passa a ser um grande
emprazamento, que requer a ruptura com o modelo tradicional, aplicado em aulas
expositivas, consequentemente, o docente deverá ter a emotividade de saber explorar
e estimular o aluno, seja criança, adolescente ou adulto. (MOURA, 2013)
30

Jofili (2002), salienta que a inserções de metodologias ativas devem:

[...] assegurar um ambiente dentro do qual os alunos possam reconhecer e


refletir sobre suas próprias ideias; aceitar que outras pessoas expressem
pontos de vista diferentes dos seus, mas igualmente válidos e possam avaliar
a utilidade dessas ideias em comparação com as teorias apresentadas pelo
professor (JÓFILI, 2002, p. 196).

Sendo assim, os alunos poderão participar efetivamente do processo,


precisando apenas de um local para averiguar suas ideias e suas incertezas; um local
favorecido para se empregar e evoluir atuações, aplicar situações de desafios em
‘situações problematizadoras, onde os integrantes são indivíduos que trazem suas
perspectivas, ideias e local para troca de informações, possibilitando que ideias
míticas sejam revisadas.
Dessa forma Berbel, ressalta que:

O engajamento do aluno em relação a novas aprendizagens, pela


compreensão, pela escolha e pelo interesse, é condição essencial para
ampliar suas possibilidades de exercitar a liberdade e a autonomia na tomada
de decisões em diferentes momentos do processo que vivencia, preparando-
se para o exercício profissional futuro. (BERBEL, 2011, p. 29)

À vista disso, é fundamental que se tenha um novo pensamento para o ensino,


que seja feito implantação de uma proposta de metodologia de ensino, que possa
favorecer, para que o aluno possa verdadeiramente participar, manifestar suas ideias
de senso comum, reconsiderar seus saberes e conceber conceitos científicos para o
processo de ensino-aprendizagem
Observa-se que um ambiente em que a metodologia seja de aprendizagem
ativa devam haver momentos que favoreçam; a aprendizagem individual e
coletivamente do aluno, objetivando um desafio que aviste a produção final e
individual, auxiliando nas diferenças, complementando momentos de situações de
contextualização, aulas experimentais, de campo, visitas, excursões, avaliação por
meio de exercícios com produção de respostas, desenhos, modelos, pesquisas tipos
variados de exercícios, trabalhos e atividades em dupla ou pequenos e grandes
grupos.
31

4.1 BENEFÍCIOS DE TRABALHAR COM AS METODOLOGIAS ATIVAS

Conforme Garofalo (2018), os docentes apresentam várias vantagens ao


desenvolver as metodologias ativas nas instituições escolares, entre essas vantagens
a autora mencionada ressalta as modificações na forma de planejar o aprendizado,
ao favorecer que o aluno pense de maneira diferente e resolver problemas conectando
ideias que, em princípio, parecem desconectadas.

Aprendiza
Autonomia Confiança do
envolvente

Aptidão em
resolver Protagonismo Empatia
problemas

Responsabi-
Senso lidade e
colaboração Critico participação

Fonte: Garofalo, Débora (2018)

Desse modo, é imprescindível que os docentes apliquem conteúdos que sejam


envolventes e participativos, sendo fundamental ter esse olhar para aperfeiçoar os
procedimentos para abranger os alunos na aprendizagem, logo as metodologias
precisam acompanhar os objetivos projetados. (MORAN, 2015)
32

Segundo o autor mencionado, para que os discentes sejam proativos, é


necessário que a equipe docente utilize metodologias em que circundem os seus
discentes, em atividades cada vez mais obscuras, em que tenham que tomar
providências e avaliar os efeitos, com suporte de materiais pertinentes.
Logo, para que alunos sejam criativos, eles precisam vivenciar infinitas
perspectiva de mostrar sua decisão. Sendo assim, as metodologias ativas podem
auxiliar a melhorar a educação, pois fazem com que o aluno se interesse, participe,
se envolva, pesquise, busque e apresente soluções, discuta, reflita e, por fim, seja o
sujeito ativo no processo educacional.
Dessa forma, nota-se que essas metodologias ativas podem ser colocadas em
prática por meio da resolução de problemas ou da Pedagogia de Projetos, existindo
processos exorbitantes de comunicação entre os sujeitos envolvidos no aprendizado,
o que ajuda a minimizar as dificuldades, por meio das partições de informações.
Assim, deve-se oferecer aos alunos atividades que eles possam resolver, pesquisar,
discutir, visando incentivar cada vez mais sua compreensão de mundo. (MORAN,
2015)
Percebe-se, que apesar desse método incentivar o raciocínio questionador,
destinam-se melhorar a interação entre os sujeitos, ocasionando um espirito de
trabalho em grupo, resultando em um recurso fundamental para a memorização de
informações, pois uns ajudam os outros com o seu conhecimento, passando até
mesmo melhorar na expressão oral e na escrita. (MORAN, 2015)
Segundo a literatura, o uso das metodologias ativas favorece uma formação
resistente e inovadora, logo, o uso desse método se adequa aos problemas diários e
contribui para um aprendizado mais pragmático por parte do aluno, que se torna um
sujeito mais habilitado e competente de fornecer modificações positivas dentro da
sociedade. (GIGANTE; CAMPOS, 2016)
Segundo os estudos, esse método incentiva o intelecto de cada aluno, objetiva
aperfeiçoar o entendimento, fazendo com que o discente adeque-se as modificações
que acontece no dia a dia na educação. Deste modo, pode-se verificar que a aplicação
da Metodologia Ativa no ambiente escolar, estimula no discente um entusiasmo
melhor pela temática apresentada pelo docente. Logo, o mesmo encontra-se cercado
pelas dificuldades utilizadas por esse método, onde por muitas vezes acabam
potencializando a sua competência de avaliar acontecimentos.
33

De acordo com Sobral e Campos (2012)

A metodologia ativa (MA) é uma concepção educativa que estimula


processos de ensino-aprendizagem crítico-reflexivos, no qual o educando
participa e se compromete com seu aprendizado. O método propõe a
elaboração de situações de ensino que promovam uma aproximação crítica
do aluno com a realidade; a reflexão sobre problemas que geram curiosidade
e desafio; a disponibilização de recursos para pesquisar problemas e
soluções; a identificação e organização das soluções hipotéticas mais
adequadas à situação e à aplicação dessas soluções. (SOBRAL; CAMPOS,
p. 209, 2012)

Diante disso, observa-se que esse exemplo de ensino, deve ser executado
pelos estabelecimentos escolares, pois evidencia-se que os discentes apresentam um
resultado positivo, pois quando o docente ao aplicarem esse método a maioria desses
alunos começam a ter um resultado melhor em sala de aula, aumentando suas notas
e melhorando seus conhecimentos sobre determinada temática.
De acordo com Moram (2015), os métodos mais eficientes de ensino estão
postos na Metodologia Ativa, pois os alunos apresentam uma melhor compreensão
do conteúdo difundido, debatendo com outras pessoas sobre o tema, praticando e
ensinando. Logo, é viável destacar a realidade dos inúmeros privilégios com o uso da
Metodologia Ativa, tanto para os estabelecimentos escolares quanto para as
instituições universitárias, pois ambos melhoram sua interação interpessoal.
Logo, é perceptível o avanço cognitivo e crítico de cada um dos alunos, pois
eles demonstram maior independência, começam a reparar o aprendizado como algo
tranquilo e agradável, apresentam uma autoafirmação, transformam-se em
profissionais mais preparados, pois sabem como lidar a frente de futuros problemas
que envolvam o âmbito profissional. (GIGANTE; CAMPOS, 2016)
Por fim, pode-se verificar que a Metodologia Ativa expande absolutamente a
desempenho dos discentes em sala de aula, pois ela acompanha as modificações do
mundo e favorece que os discentes apresentem seus argumentos diante das
situações. Do mesmo modo, o aluno torna-se protagonista do seu próprio crescimento
e desenvolvimento ao longo da vida.
34

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio dessa pesquisa, foi possível compreender que metodologia ativa é
uma ferramenta educativa que estimula processos de ensino-aprendizagem crítico-
reflexivos, no qual o aluno participa e se compromete com seu aprendizado, buscando
as melhores maneiras de colocar em prática a produção do conhecimento.
O uso da metodologia ativa como prática pedagógica no ensino Fundamental
I, se estabelece como uma considerável tática na otimização do processo da relação
entre o aluno e o assunto em estudo, isto é, ouvindo, falando, perguntando, discutindo,
fazendo e ensinando, bem como, sendo incentivado a desenvolver o conhecimento
ao contrário de recebê-lo de maneira passiva do professor
Dessa forma, o uso da metodologia ativa nas séries iniciais do Ensino
Fundamental se constitui como uma importante estratégia na potencialização capaz
de acompanhar as constantes mudanças e evolução do conhecimento, visto que, a
sua aplicabilidade desenvolve ativamente o pensamento e a iniciativa, tornando a
aprendizagem motivadora e prazerosa.
É imprescindível que o docente que atua na Educação Profissional deve, então,
desenvolver uma prática pedagógica em que o aluno continue aprendendo, de forma
autônoma e crítica. Dessa maneira, ele pode se tornar um sujeito ativo, e por meio da
apropriação desses conhecimentos poderá aprimorar-se no mundo do trabalho e na
prática social.
Espera-se que, esta pesquisa venha favorecer de forma a proporcionar
considerações sobre o reconhecimento e magnitude da Metodologia Ativa no
processo de ensino-aprendizagem, como também beneficiar ao alcance de novos
caminhos para a pesquisas na área da educação.
35

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